O projeto de extensão "Para Marias e Teresas: incentivando meninas nas Ciências, Tecnologias e Engenharias" tem como objetivo promover a equidade de gênero nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática (STEM), incentivando a participação de meninas do ensino fundamental e médio em Diamantina e região. Com base em ações de divulgação, oficinas e debates sobre questões de gênero, o projeto busca desconstruir estereótipos, fortalecer a autoestima das alunas e ampliar o interesse por carreiras científicas e tecnológicas. Neste novo ano, o projeto introduz uma inovação significativa: a criação de um sistema de mentorias. A mentoria será realizada por uma rede de 10 mentoras, composta por mulheres profissionais atuantes em STEM, entre elas alunas de graduação e pós-graduação, docentes e técnicas-administrativas da UFVJM. Essas mentoras acompanharão alunas do ensino médio e fundamental, orientando e inspirando-as em suas jornadas educacionais, proporcionando um intercâmbio de experiências e fortalecendo redes de apoio. Além das mentorias, o projeto dará continuidade às atividades já bem-sucedidas, como palestras, oficinas e a produção de materiais pedagógicos, incluindo uma cartilha sobre cientistas brasileiras de destaque em STEM. A proposta visa promover a interação entre a comunidade universitária e a comunidade externa, fortalecendo laços de colaboração que possam impactar diretamente a realidade das meninas envolvidas, ao mesmo tempo em que qualifica os estudantes participantes para o mundo profissional e o exercício da cidadania. O projeto ainda reforça o compromisso com a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, além de promover a interdisciplinaridade ao integrar diferentes áreas do conhecimento, como ciências exatas, biológicas e humanas, na construção de ações conjuntas. Desta forma, busca-se não apenas aumentar a participação feminina nas áreas de STEM, mas também contribuir para a transformação social e a superação de desigualdades de gênero e sociais.

Equidade de gênero, Mulheres, STEM, Ciência

O projeto de extensão "Para Marias e Teresas: incentivando meninas nas Ciências, Tecnologias e Engenharias" continua a responder à necessidade de promover a equidade de gênero em áreas tradicionalmente dominadas por homens. Embora a presença feminina no ensino superior tenha aumentado, a disparidade de gênero em STEM persiste, especialmente nas engenharias e tecnologia. Esse desequilíbrio é fruto de construções históricas e culturais que ainda associam essas áreas ao sucesso masculino. Contudo, estudos e experiências mostram que esses estereótipos são limitadores e ultrapassados. Iniciado em 2021, durante a pandemia, o projeto tem atuado de forma dinâmica em Diamantina e, agora, busca ampliar seu alcance, envolvendo de forma mais contundente estudantes do ensino médio e fundamental. A atualização do nome do projeto reflete essa ampliação, com foco na inclusão abrangente de todas as áreas STEM. Através da extensão universitária, "Para Marias e Teresas" realiza ações em escolas públicas e privadas, promovendo o interesse de meninas por carreiras em STEM e apoiando o desenvolvimento das que já estão matriculadas nesses cursos na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O projeto também valoriza e destaca o trabalho de mulheres que contribuem para o avanço da ciência e tecnologia no Brasil e no mundo, reforçando a importância de ações que promovam a equidade de gênero tanto no ambiente acadêmico quanto no mercado de trabalho. A partir da integração entre ensino, pesquisa e extensão, busca-se contribuir para um futuro mais justo e equitativo nas áreas de STEM, criando oportunidades iguais para mulheres e homens.

O projeto de extensão "Para Marias e Teresas: incentivando meninas nas áreas STEM" surge como uma resposta à precariedade na divulgação e no incentivo à participação feminina no desenvolvimento científico e tecnológico, conforme apontado por Chassot (2004). A disparidade de gênero em áreas como Ciências, Tecnologias, Engenharias e Matemática (STEM) é evidente, mesmo quando as mulheres representam a maioria dos matriculados no ensino superior no Brasil, com 59,15% (INEP, 2023). Nas áreas STEM, no entanto, a participação feminina é inferior a 13% (Nascimento, 2017), o que reflete os padrões culturais e sociais que historicamente limitaram essa presença. Estudos como os de Tan-Wilson e Stamp (2015) revelam que, apesar dos avanços, estereótipos de gênero continuam a impactar a percepção de meninas e mulheres sobre suas capacidades em STEM mesmo que não haja diferença significativa de desempenho de meninos e meninas nas áreas de exatas até os 12,13 anos (Boffi e Oliveira-Silva, 2017). Além disso, mulheres enfrentam desafios significativos ao longo de suas carreiras, como a pressão social relacionada à maternidade, a falta de suporte institucional, a sobrecarga de trabalho doméstico e a violência de gênero, conforme observado por Bello e Estébanez (2022). Esses fatores contribuem para a menor participação efetiva de mulheres nas áreas STEM, especialmente em posições de liderança e tomada de decisão. Diante dessa realidade, o projeto "Para Marias e Teresas" se justifica pela necessidade de ações que incentivem a participação feminina nas áreas STEM desde cedo, ainda no ensino fundamental e médio. Desde 2021, o projeto tem produzido material didático pedagógico e de divulgação para a promoção da representatividade feminina em STEM, além de ministrar aulas de reforço na Vila Educacional das Meninas (VEM) desde 2023. Essas aulas têm proporcionado espaços de discussão sobre questões raciais, de gênero e autoestima, com base nas demandas trazidas pelas próprias alunas. Essas ações vêm contribuindo diretamente para o fortalecimento das meninas em sua trajetória acadêmica e social (ASSUNÇÃO et. al, 2024). Contudo, a continuidade do projeto é essencial, não só para alcançar ainda mais meninas de Diamantina, mas também para garantir a implementação completa de ações que foram prejudicadas pela extinção do contrato do pregão de aquisição de materiais gráficos, impossibilitando a realização de algumas atividades planejadas. Com a ampliação do alcance do projeto, especialmente junto a estudantes do ensino médio e fundamental, busca-se também fortalecer a conscientização sobre a contribuição de mulheres para o desenvolvimento científico e tecnológico, além de preparar essas jovens para atuarem de forma crítica e ativa no mercado de trabalho.

Objetivo Geral: Promover a equidade de gênero nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática (STEM) por meio de ações de extensão que incentivem a participação de meninas do ensino médio e fundamental em Diamantina, promovendo a interação dessas alunas com mulheres profissionais da área, e fortalecendo redes de apoio dentro e fora da comunidade acadêmica. Objetivos Específicos: 1- Integrar docentes, discentes e técnicos-administrativos da UFVJM na realização de ações de extensão voltadas à promoção da participação feminina em STEM, por meio de atividades de mentoria e capacitação, ampliando a articulação interna da universidade em prol da equidade de gênero. 2- Fomentar a interação entre a comunidade universitária e a comunidade externa, conectando alunas do ensino médio e fundamental com profissionais da área STEM, possibilitando o intercâmbio de conhecimentos, experiências e saberes que contribuam para a superação de dificuldades e desafios enfrentados pelas meninas em seu percurso educacional. 3- Desenvolver um sistema de mentoria, no qual mulheres profissionais atuantes em áreas STEM, principalmente docentes e discentes de pós-graduação e graduação da UFVJM, para que orientem e inspirem alunas do ensino fundamental e médio, fortalecendo o interesse dessas estudantes por carreiras científicas e tecnológicas. 4- Promover o impacto e a transformação social ao incentivar a participação feminina em áreas com baixa representatividade, como as engenharias e a tecnologia, contribuindo para a desconstrução de estereótipos de gênero e para o empoderamento das alunas como futuras profissionais. 5- Estimular a interdisciplinaridade no projeto ao promover a colaboração entre diferentes áreas do conhecimento, como ciências exatas, humanas e sociais aplicadas, buscando soluções inovadoras e integradas para aumentar a participação de meninas em STEM. 6- Fortalecer as habilidades e a autoestima das alunas da UFVJM e do público-alvo, através de atividades pedagógicas e debates sobre questões de gênero, raciais e sociais, atendendo a demandas trazidas pelas próprias alunas e promovendo o desenvolvimento de competências necessárias para sua inserção no mercado de trabalho e atuação em posições de liderança. 7- Estabelecer parcerias com escolas públicas e privadas de Diamantina e região, promovendo a participação das alunas em atividades acadêmicas, oficinas e eventos que incentivem o interesse por STEM e possibilitem o intercâmbio de experiências com a universidade.

- Promoção de palestras bimestrais em pelo menos quatro escolas e instituições filantrópicas de Diamantina, atingindo um público mínimo de 100 alunas do ensino fundamental e médio, levando a discussão sobre equidade de gênero, representatividade feminina em STEM e carreiras científicas e Sensibilização de professores, famílias e da comunidade escolar sobre a importância de promover equidade de gênero e incentivar meninas nas áreas científicas e tecnológicas. - Estruturar uma rede com 10 mentoras, composta por docentes, técnicas administrativas, alunas de graduação e pós-graduação da UFVJM, que atuarão no acompanhamento e orientação de alunas do ensino fundamental e médio, oferecendo orientação e apoio contínuo para 15 alunas do ensino médio e fundamental de escolas de Diamantina, com encontros mensais, promovendo o fortalecimento da rede de apoio entre mulheres da comunidade acadêmica, promovendo trocas intergeracionais e colaborativas, além de incentivar o desenvolvimento profissional das próprias mentoras. - Desenvolver e distribuir 1 cartilha sobre cientistas brasileiras em STEM, com uma tiragem inicial de 80 exemplares impressos e distribuição digital para escolas e instituições da região, disponibilizando um material de fácil acesso e leitura para as alunas, aumentando seu conhecimento sobre mulheres que fizeram história em STEM e servem como inspiração e disseminando exemplos de sucesso feminino no campo científico para uma comunidade mais ampla, estimulando discussões e promovendo a valorização da mulher nas ciências. - Realizar 3 oficinas ou workshops na UFVJM, voltados para alunas de graduação, pós-graduação e ensino fundamental e médio, abordando temas como equidade de gênero, liderança feminina, autoestima, e desafios para mulheres em áreas de STEM, alcançando um público de 50 participantes nas oficinas, incentivando a reflexão e a capacitação sobre a equidade de gênero e os desafios enfrentados por mulheres em STEM e fortalecendo o papel da universidade na promoção de discussões interdisciplinares sobre gênero, ampliando o conhecimento das participantes sobre a importância da equidade no mercado de trabalho.

O projeto será desenvolvido a partir de ações contínuas que visam a inclusão, capacitação e empoderamento de meninas do ensino médio e fundamental nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática (STEM). A metodologia proposta envolve a colaboração ativa entre docentes, discentes e técnicos administrativos da UFVJM, promovendo a integração da comunidade acadêmica em ações de extensão com forte impacto social. A primeira fase do projeto envolve a sensibilização e divulgação das atividades nas escolas públicas e particulares de Diamantina e região. Palestras bimestrais serão realizadas em pelo menos quatro escolas e instituições filantrópicas, com o objetivo de conscientizar alunas, suas famílias e a comunidade escolar sobre a importância da equidade de gênero em áreas tradicionalmente ocupadas por homens. As palestras terão foco na desconstrução de estereótipos de gênero e no estímulo ao interesse por carreiras em STEM, oferecendo exemplos práticos e inspiradores de mulheres que superaram barreiras e se destacaram nessas áreas. Paralelamente, será implementado um sistema de mentoria que conectará alunas do ensino médio e fundamental com mulheres profissionais atuantes em STEM. Essa rede de mentoria será composta por 10 mentoras, entre docentes, discentes de pós-graduação e técnicas administrativas da UFVJM, que orientarão as alunas, oferecendo apoio emocional, acadêmico e profissional. As mentorias ocorrerão mensalmente, seja de forma presencial ou virtual, e cada encontro será registrado para acompanhamento contínuo do progresso das alunas. Através dessa interação, espera-se fortalecer o interesse das alunas pelas áreas científicas e tecnológicas, além de fomentar uma rede de apoio que perdure mesmo após o término do projeto. Como parte das atividades de sensibilização e capacitação, será criada uma cartilha educativa sobre cientistas brasileiras de destaque em STEM, a ser distribuída em formato impresso nas escolas e também disponibilizada em formato digital. A cartilha tem como objetivo servir de inspiração para as alunas ao apresentar exemplos de mulheres que se tornaram referência no cenário científico, tecnológico e de inovação. Esse material será um recurso fundamental para incentivar as alunas a sonharem e almejarem carreiras em STEM, mostrando que esse é um espaço também destinado a elas. Além das atividades de mentoria, o projeto promoverá três oficinas e workshops internos na UFVJM, voltados para temas relacionados à equidade de gênero, autoestima e desafios enfrentados por mulheres em áreas tecnológicas e científicas. Essas oficinas terão caráter interdisciplinar, abordando não apenas questões técnicas, mas também sociais e culturais. As atividades serão conduzidas por professoras, técnicas e alunas da UFVJM e contarão com a participação ativa das alunas do ensino médio e fundamental. A troca de experiências entre diferentes faixas etárias e níveis de conhecimento permitirá o desenvolvimento de novas competências, como trabalho em equipe, liderança e resolução de problemas, além de fortalecer a confiança das alunas em sua capacidade de seguir carreiras em áreas de alta exigência acadêmica. Para garantir o acompanhamento e avaliação das atividades, serão utilizados indicadores quantitativos e qualitativos. Serão monitorados o número de alunas participantes nas palestras, oficinas e no sistema de mentoria, bem como o nível de engajamento das alunas e o feedback das mentoras. Questionários e entrevistas serão aplicados periodicamente para avaliar o impacto das ações, e relatórios semestrais serão gerados para documentar o progresso do projeto e implementar ajustes, se necessário. O acompanhamento contínuo permitirá uma avaliação precisa do impacto das ações sobre as alunas e possibilitará a adaptação das metodologias para atender às demandas e desafios emergentes. Em relação às questões éticas, o projeto adotará uma postura rigorosa de respeito à privacidade e confidencialidade das informações trocadas durante as mentorias. Todos os dados e informações pessoais das alunas serão tratados de forma segura e só serão acessíveis à equipe do projeto mediante consentimento informado das participantes e, quando necessário, de seus responsáveis. Esse cuidado visa garantir um ambiente seguro e de confiança, no qual as alunas possam expressar suas dificuldades e receber apoio sem receios. O projeto ainda promoverá parcerias com escolas públicas e privadas de Diamantina, incentivando a participação ativa das alunas em atividades acadêmicas, oficinas e eventos organizados pela UFVJM. Essa interação estreita entre a universidade e a comunidade externa será fundamental para a criação de um intercâmbio de experiências e saberes, contribuindo para o crescimento acadêmico e pessoal das alunas. Com essa metodologia, o projeto pretende não apenas incentivar a inserção de meninas em áreas de STEM, mas também provocar uma transformação social de longo prazo. Ao promover a equidade de gênero nessas áreas, o projeto contribuirá para a desconstrução de barreiras sociais e culturais que limitam a participação feminina, empoderando as alunas e criando condições para que elas se vejam como futuras profissionais e líderes em ciência e tecnologia.

ASSUNCAO, Ayra Karolliny Silva et al.. EMPODERANDO MARIAS E TERESAS: O IMPACTO DAS AULAS DE REFORÇO ESCOLAR NO INTERESSE DE MENINAS PELAS ÁREAS STEM.. In: Anais da Semana de Ciência e Tecnologia. Anais...Diamantina(MG) UFVJM, 2024. Disponível em: https//www.even3.com.br/anais/sct2024/833517-EMPODERANDO-MARIAS-E-TERESAS--O-IMPACTO-DAS-AULAS-DE-REFORCO-ESCOLAR-NO-INTERESSE-DE-MENINAS-PELAS-AREAS-STEM. Acesso em: 14/10/2024 BELLO,A. ESTÉBANEZ, M.E. Uma equação desequilibrada: aumentar a participação das mulheres na STEM na LAC. UNESCO. 2022 CHASSOT, A. A ciência é masculina? É, sim senhora!... Revista Contexto & Educação, v. 19, n. 71–72, p. 9–28, 2004. BOFFI, L. C. Oliveira-Silva, L. C. Enfrentando as estatísticas: estratégias para permanência de mulheres em STEM. Gerais: Rev. Interinst. de Psic, n. 14, p. 1-27, 2017. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Sinopse Estatística da Educação Superior 2023. . Brasília:Inep: [s.n.], 2023. Disponível em: <https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados>. Acesso em: 14 de outubro de 2024. DO, C. M. B.; MACHADO, T. T M. B. Mulheres na engenharia e descolonialismo. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 3, p. 24241–24256, 2021. MACHADO, M. C. F.; SOUZA, M. A. ; MELLOCARPES, P. B. Mulheres na Ciência: divulgando possibilidades de carreira científica com escolares. Revista Ciência em Extensão, v. 14, n. 1, p. 43–53, 2018. NASCIMENTO, J. D. Mulheres nos cursos de Engenharia da UFBA: um estudo sobre o acesso e desempenho. 2017. 269 f. 2017.

A inserção dos estudantes no projeto será de caráter central e atuante, com responsabilidades que favorecem o desenvolvimento acadêmico, pessoal e profissional. A formação acadêmica dos estudantes envolvidos — especialmente aqueles dos cursos de graduação e pós-graduação da UFVJM, em áreas relacionadas a STEM, Ciências Sociais, Educação e áreas afins — alinha-se diretamente aos objetivos do projeto, uma vez que os discentes possuem o embasamento teórico e técnico necessário para contribuir de maneira significativa nas ações de extensão. Além disso, sua formação será enriquecida pela interação prática com a comunidade externa, proporcionando uma experiência de aprendizado transformadora e interdisciplinar. O projeto contribuirá para a formação dos estudantes ao inseri-los em atividades que exigem planejamento, execução e acompanhamento contínuo das ações, capacitando-os em metodologias que envolvem tanto aspectos técnicos quanto sociais. Desde o início, os estudantes serão preparados por meio de capacitações que abordarão as metodologias específicas do projeto, como as dinâmicas de mentoria, o planejamento e a condução de palestras, a mediação de oficinas e a criação de materiais didáticos e de divulgação, como a cartilha sobre cientistas brasileiras em STEM. Essas capacitações serão conduzidas por docentes e técnicos-administrativos com experiência em ações extensionistas e em promoção de equidade de gênero, assegurando que os discentes estejam aptos a executar suas atividades com competência e sensibilidade social. O acompanhamento dos estudantes será feito de maneira contínua, por meio de reuniões quinzenais com a equipe coordenadora do projeto. Nessas reuniões, será possível discutir o andamento das atividades, solucionar eventuais problemas e promover trocas de experiências e aprendizado. A avaliação dos estudantes será baseada em indicadores de participação e desempenho que incluem a regularidade nos encontros, a proatividade na organização e execução das atividades, a qualidade das mentorias e oficinas ministradas e o impacto de suas ações na comunidade externa, medido por meio de feedbacks das alunas mentoreadas e participantes das atividades. Esses indicadores serão acompanhados por relatórios parciais elaborados pelos próprios discentes, incentivando a reflexão sobre o processo de aprendizagem e sua contribuição para o alcance dos objetivos do projeto. Além disso, a participação dos estudantes no projeto proporcionará uma interação direta com a realidade da população local, em especial com as jovens alunas de escolas públicas e privadas de Diamantina e região, muitas das quais enfrentam desafios de gênero, sociais e econômicos em seus percursos educacionais. Essa interação será essencial para que os discentes compreendam as dificuldades e barreiras que essas alunas encontram, e para que, a partir dessa vivência, possam qualificar suas próprias perspectivas profissionais e de cidadania. Ao interagir com a comunidade externa, os estudantes serão expostos a diferentes realidades que ampliarão sua visão sobre o impacto social de suas áreas de estudo, fortalecendo seu compromisso com uma atuação profissional inclusiva e transformadora. Finalmente, o caráter interdisciplinar do projeto será garantido pela articulação entre discentes de diferentes áreas do conhecimento. Estudantes de engenharia, ciências exatas e biológicas trarão uma visão técnica sobre as áreas STEM, enquanto estudantes de ciências humanas e sociais contribuem com reflexões sobre questões de gênero, empoderamento e educação. Essa integração será um dos pilares para a realização de ações inovadoras e efetivas, que dialoguem com as diversas demandas sociais envolvidas.

A proposta do projeto "Para Marias e Teresas: incentivando meninas nas Ciências, Tecnologias e Engenharias" é altamente relevante por abordar diretamente a desigualdade de gênero nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática, onde a participação feminina ainda é significativamente baixa. A inclusão de um sistema de mentoria inovador neste ciclo permite uma aproximação mais direta e inspiradora entre alunas do ensino fundamental e médio e mulheres já inseridas em carreiras STEM, ampliando a representatividade e o suporte necessário para essas jovens. Além disso, a proposta promove o empoderamento feminino, fortalece redes de apoio e interação entre a comunidade acadêmica e externa, e contribui para o desenvolvimento de uma nova geração de mulheres cientistas e engenheiras. Observa-se também que o projeto se alinha às demandas atuais de equidade de gênero e ao compromisso da UFVJM com a formação cidadã, preparando discentes para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, ao mesmo tempo em que promove impacto social significativo na região.