O manejo adequado da pastagem, do pasto e do pastejo, e as alternativas para reduzir a estacionalidade de produção de forragem, seguindo recomendações práticas, implica em melhoria na produção animal no Vale do Jequitinhonha, especificamente na região de Couto de Magalhães de Minas-MG, tornando um tema de grande importância por garantir fornecimento constante de proteína animal a população, principalmente desta região. A presente proposta visa atender, principalmente, os pequenos produtores do município de Couto de Magalhães de Minas-MG. Serão beneficiadas cerca de cinco propriedades rurais envolvidas no sistema de produção animal a pasto, num período de 12 meses.

Estacionalidade, Fenação, Pastagem, Planta forrageira, Silagem.

O Brasil possui em torno de 163 milhões de hectares de pastagem, sendo 115 milhões com espécies perenes ou anuais e o restante com pastagens nativas. O rebanho bovino está em torno de 196 milhões de cabeças, sendo a maioria destinada ao abate para suprir o mercado nacional e internacional de carne, couro e outros derivados (ABIEC, 2022). Assim, no Brasil, a produção de bovinos está baseada na utilização de pastagens, pois esta é uma das maiores vantagens competitivas da pecuária brasileira, permitindo a “conversão” da planta forrageira em proteína de alta qualidade a custos relativamente reduzidos. Porém, observa-se que a degradação das pastagens persiste (Pereira et al.; 2023) e um dos fatores da degradação das pastagens é a realização inadequada do manejo da pastagem e do pastejo, ou seja, o excesso da lotação de animais, a falta de reposição de nutrientes no solo, a ausência de práticas conservacionistas, o uso de sementes de baixa qualidade. Tal fato pode acarretar na perda gradual do vigor das plantas forrageiras e de sua capacidade de produzir forragem em quantidade e qualidade adequadas, superar estresses bióticos e abióticos e persistir no ambiente (Zimmer et al., 2012). Ressalta-se que as causas da degradação da pastagem já estão bem esclarecidas, porém há aspectos subjetivos associados às atitudes e aos comportamentos dos pecuaristas que são pouco explorados pelos estudos (Pereira et al.; 2023). Ou seja, há fatores psicossociais, culturais, econômicos, dentre outros, que os produtores praticam que recai no manejo inadequado das pastagens, e tal situação pode levar a baixos índices de produção animal. Neste contexto, a presente proposta de extensão, visa diagnosticar e orientar a partir de diálogo, observações e intervenções junto, principalmente, aos pequenos produtores rurais do município de Couto de Magalhães de Minas-MG sobre o manejo adequado da pastagem e do pastejo, bem como sobre as alternativas para reduzir a estacionalidade de produção de forragem, com base em recomendações práticas, que resultará em melhoria na produção animal do munícipio em tela. O coordenador, colaboradores e discentes envolvidos estreitarão os laços com o produtor rural por meio de conversas e diálogos, com o objetivo de entender melhor os problemas trazidos por este produtor, como por exemplo o problema da degradação da pastagem ou a baixa produção de forragem no período seco do ano. Após esse primeiro contato, todos os membros da equipe poderão utilizar dos seus conhecimentos adquiridos nas disciplinas relacionadas a fertilidade do solo, máquinas e mecanização, forragicultura, dentre outras, além dos dados e informações de pesquisas na temática e realizadas no Vale do Jequitinhonha ou em regiões próxima, na busca de promover intervenções nas propriedades rurais, com base em informações acadêmicas, trazendo melhorias na produção animal do município de Couto de Magalhães de Minas-MG. Vale ressaltar que este é um tema muito importante por garantir o fornecimento de planta forrageira aos animais ao longo do animal e, consequentemente, garantindo a produção de carne e/ou leite para a a população. Serão beneficiadas cerca de vinte propriedades rurais envolvidas no sistema de produção animal a pasto, num período de 12 meses. Logo, esta ação de extensão, por meio do levantamento e discussão de questões relacionadas ao manejo da pastagem e do pastejo, promover melhoria nos índices zootécnicos.

A produção animal no Brasil é baseada na utilização de plantas forrageiras como principal fonte de alimento, pois esta é uma vantagem da pecuária brasileira, permitindo a “conversão” da planta forrageira em proteína de alta qualidade a custos relativamente reduzidos (Pereira et al.; 2023). Próximo a Diamantina-MG está o município de Couto de Magalhães de Minas-MG, localizado no Vale do Jequitinhonha. A produção animal deste município é baseada na utilização de pastagens e que tem grande importância econômica e social para a região. Couto de Magalhães de Minas-MG tem, em sua maioria, pequenos produtores rurais, que, por questões culturais, tradicionais, sociais e/ou econômicas (dentre outras), não realizam o manejo adequada da pastagem e do pastejo, levando a extensas áreas de pastagens degradadas. Além deste fato, a caracterização climática de Diamantina-MG (município próximo a Couto de Magalhães de Minas-MG), segundo a classificação Köppen é Cwb, ou seja temperado úmido, com inverno seco e chuvas no verão (Normais Climatológicas do Brasil, de 1961 a 1990 - INMET, 2009), e a precipitação (PPT) média anual é de 1404 mm, o período chuvoso ocorre de outubro a março e representa 88% do total precipitado durante o ano (Vieira et al., 2010). Assim, observa-se que o município de Couto de Magalhães de Minas-MG, apresenta irregularidade de chuvas e queda da temperatura e fotoperíodo no período seco do ano, o que leva a baixa produção de plantas forrageiras nas pastagens (devido a vulnerabilidade das plantas forrageiras às mudanças climáticas) e, consequentemente, ocosiona em produção animal, seja de leite ou carne, irregular ao longo do ano, além de queda nos baixos índices zootécnicos de forma geral e degradação da pastagem, devido a baixa produção de forragem e reduzida produção animal por área (Santos et al., 2002). Neste contexto, esta ação de extensão se justifica na busca de caracterizar as áreas de pastagens do munícipio em tela e promover intervenções, como por exemplo, na formação de pastos mais produtivos e na adequação no manejo da pastagem e do pastejo, a fim de aumentar a produção de forragem, atendendo a demanda de alimento constante pelos animais ao longo do ano. Assim, é muito importante, por parte, principalmente, dos pequenos produtores, a compreensão dos fatores que afetam a eficiência da produção animal a pasto e o conhecimento e aplicação do manejo adequado para que possam aumentar a produção animal por área. Somente com bons retornos e lucros os produtores se fixarão na zona rural. Portanto, há necessidade de transmitir informações e conhecimentos adquiridos dentro da Universidade para o produtor, buscando sempre alternativas viáveis para contornar ou reduzir o problemas relacionados a produção animal a pasto, produzindo com custos aceitáveis e com melhor rentabilidade na atividade.

Objetivo Geral: Levantamento e caracterização das pastagens de propriedades rurais do município de Couto de Magalhães de Minas-MG e realização de intervenções visando à melhoria e aumento da produção de forragem, de modo a atender a demanda de alimento pelos animais ao longo do ano. Objetivos Específicos para os produtores rurais do município de Couto de Magalhães de Minas-MG: - Levantar, caracterizar e avaliar o perfil dos produtores, que utilizam o pasto como principal fonte de alimento para os animais; - Caracterizar e intervi na formação de pastagens; - Avaliar e intervir no manejo da pastagem e do pastejo; - Traçar alternativas para os produtores, viáveis e de baixo custo, para minimizar os efeitos das mudanças climáticas ao longo do ano sobre a produção das plantas forrageiras; - Conscientizar e capacitar os produtores rurais e seus colaboradores sobre a importância da aplicação adequada das práticas de manejo, da pastagem e do pastejo, para produção de forragem e fornecimento de alimento para os animais ao longo do ano; - Realizar ações de intervenção com os produtores voltados à produção e distribuição de forragem de alto valor nutritivo para atender a necessidade de nutrientes dos animais; - Possibilitar maior eficiência de produção de forragem das propriedades rurais assistidas por esta ação de extensão; - Transmitir aos produtores, conceitos básicos sobre Forragicultura e as formas de avaliação da produção do pasto adquiridos dentro da universidade para os produtores rurais; - Promover maior relação entre Universidade e Sociedade, ou seja, aproximação através do diálogo e maior contato dos discentes e de toda a equipe do projeto com os produtores rurais, transmitindo de forma prática os conhecimentos adquiridos dentro da universidade; - Modificar a postura dos produtores que utilizam técnicas de manejo da pastagem e do pastejo mais tradionalistas ou ultrapassadas, e mostrá-los da importância da utilização de técnicas de manejo mais atuais baseadas em comprovações científicas; - Promover, por meio do manejo adequado da pastagem e do pastejo, a transformação social dos produtores rurais do município; - Utilizar todos os conhecimentos adquiridos pelos membros da equipe, principalmente os discentes, nas áreas relacionadas a fertilidade do solo, máquinas e mecanização, forragicultura, dentre outras, além dos dados e informações de pesquisas na temática, na busca de promover intervenções nas propriedades rurais, com base em informações acadêmicas, trazendo melhorias na produção animal; - Mostrar aos produtores que é possível mudar a postura antiga de manejo da pastagem e do pastejo utilizando técnicas simples e práticas, de acordo com a infraestrutura já existente em sua propriedade rural.

As metas da presente proposta de ação de extesão indicam o que a proposta pretende alcançar, bem como os objetivos e as suas finalidades(https://www.dicio.com.br/meta/#:~:text=Significado%20de%20Meta,a%20meta%20j%C3%A1%20foi%20entregue.) Assim, as metas são realizar a caracterização e intervenção de cerca de vinte produtores rurais e propriedades ao seu redor. Para alcançar as metas desejadas nessa ação é importante traçar um planejamento eficiente e coerente com os objetivos. Assim, o objetivo geral da proposta de extensão é realizar o levantamento e caracterização das pastagens de propriedades rurais do município de Couto de Magalhães de Minas-MG e realização de intervenções visando à melhoria e aumento da produção de forragem, de modo a atender a demanda de alimento pelos animais ao longo do ano. Neste contexto as metas são entendidas como o planejamento necessário para que os produtores possam melhorar e aumentar a produção de forragem, de modo a atender a demanda de alimento pelos animais ao longo do ano, seja por meio da forragem fresca e/ou conservada. Ou seja, as metas que se deseja conquistar com essa ação de extensão para o município de Couto de Magalhães de Minas-MG, em um período de 12 meses, são: - Atendimento direto de cerca de 20 produtores e indiretamente das propriedades rurais vizinhas; - Ampliação da taxa de lotação (número de unidade animal por área – UA/ha em determinado período) - Redução em cerca de 10% da degradação das pastagens; - Aumento da produção por animal e por área; - Promoção de diálogo junto aos produtores sobre suas principais dificuldades em produzir animal a pasto; - Implementação de áreas de sombra (natural ou artificial) nas pastagens; - Conhecimento dos procedimentos de manejo da pastagem e do pastejo pelos pecuaristas; - Conhecimento dos procedimentos de conservação de plantas forrageiras pelos pecuaristas; - Intensificação do acompanhamento e monitoramento das pastagens; - Identificação de possíveis causas que estejam causando a degradação das pastagens; - Capacitação dos pecuaristas e de seus colaboradores nos aspectos relacionados a alimentação volumosa dos animais ao longo do ano, seja pela utilização da pastagem ou pelos processos de conservação de plantas forrageiras; - Demonstração de como a variação nas condições climáticas ao longo do ano, interferem diretamente na produção animal a pasto, reduzindo em cerca de 80% a produção de forragem do inverno em relação ao verão; - Conscientização dos produtores sobre o planejamento forrageiro utilizando a conservação de forragem pode garantir a produção animal mais estável ao longo do ano. - Demonstração de como o manejo correto da pastagem e a adequada conservação de forragem interferem diretamente na produção anima.

Esta proposta de ação de extensão será realizada em propriedades rurais do município de Couto de Magalhães de Minas-MG em um período de 12 meses. Serão preferencialmente propriedades rurais pequenas e/ou de baixo nível tecnológico e/ou com problemas no manejo da pastagem e do pastejo e/ou com problemas na produção animal. Ressalta-se que, atualmente, nesse município há várias pequenas propriedades rurais voltadas para a produção animal a pasto, pirncipalmente bovinos, seja de corte e/ou leite. O estudo ocorrerá de forma prática, exploratório, descritivo e com análises visuais e intervenções. No qual os os discentes envolvidos na ação junto ao coordenador do projeto utilizarão das informações adquiridas dentro das salas de aula e na literatura para auxiliar os pecuaristas em relação aos aspectos relacionados ao manejo da pastagem e do pastejo, alternativas para minimizar a estacionalidade de produção de forragem, de forma que, a partir do diálogo entre a comunidade interna da UFVJM (membros do projeto) e a comunidade externa (pecuaristas) possa ocorrer a transfoamação social destes pecuaristas, melhorando a produção animal e aumentando a fixação do homem no campo. Dessa forma será atendida a indissossiabilidade entre ensino x pesquisa x extensão. Toda a ação será realizada com a infraestrutura já existente da UFVJM (na qual serão necessários: transporte, material de almoxarifado e gráfico) e com a infraestrutura presente na propriedade rural. Haverá coleta de dados por meio de diálogo e entrevista com utilização de questionário, aplicado pelos membros da ação aos produtores que trabalham com produção animal a pasto e que tem interesse em participar da ação. A proposta está dividida em etapas que ocorrerão em sequência, como descrito a seguir, e contemplará, preferencialmente, pequenos produtores e de baixo nível tecnológico: 1ª Etapa: A equipe do projeto fará a divulgação dessa ação no município de Couto de Magalhães de Minas-MG. A divulgação será auxiliada pela Prefeitura do município. Os produtores interessados na participação do projeto poderão entrar em contato pessoalmente na prefeitura ou na Fazenda Rio Manso, ou por meio de telefone; 2ª Etapa: Elaboração do questionário e da ficha de verificação. O questionário será aplicado por meio de entrevista individual com o produtor e seu objetivo é conhecer e compreender um pouco mais sobre o perfil dos produtores de Couto de Magalhães de Minas-MG. Já o objetivo da ficha de verificação é deavaliar as condições de manejo da pastagem e pastejo, e verificar quais técnica utilizadas para reduzir a estacionalidade de produção de forragem. Este instrumento compreenderá questões organizadas em blocos, considerando: características da propriedade; perfil (tipos de plantas forrageiras); aquisição e armazenamento de suplementos volumosos; características do manejo adotado e questões relacionadas a qualidade do pasto, nível de conhecimento sobre o sistema de produção animal a pasto e sobre as técnicas de conservação de forragem; 3ª Etapa: Pelos menos 2 membros da equipe do projeto irão semanalmente no município e ficarão disponíveis para receber às demandas dos produtores, durante o período da manhã ou da tarde. Os membros do projeto ficarão na Fazenda Rio Manso ou em um espaço da Prefeitura; 4ª Etapa: Será realizado o contato inicial com os produtores com o objetivo de explicar um pouco mais sobre o projeto e quais são seus principais objetivos. A equipe entregará para o produtor uma cartilha escrita com tais informações. Logo em seguida haverá um diálogo prévio entre a equipe do projeto e cada produtor interessado em participar da ação. Neste momento ocorrerá uma espécie de ‘Clínica Tecnólogia sobre Produção Animal a Pasto’, ou seja, o produtor irá relatar todos os problemas, desafios, angústias, dificuldades, dentre outras questões relacionadas ao manejo da pastagem e do pastejo, e a conservação de forragem; 5ª Etapa: Após o atendimento dos produtores, sempre que necessário e possível, alguns membros da equipe irão até a propriedade realizar o levantamento descritivo, visual (fotográfico) e aplicação de questionário para junto ao produtor. Na visita ‘in loco’ o produtor irá demosntrar toda a área da propriedade utilizada para a produção animal a pasto, além dos problemas e dificuldades enfretados. Neste momento será possível realizar o levantamento, análise e avaliação do manejo da pastagem e do pastejo e também será realizado o fechamento da caracterização de toda a pastagem da propriedade. A análise e avaliação do manejo da pastagem e do pastejo serão realizadas visualmente e através de avaliações da altura do pasto, produção e acúmulo de forragem, e estimativa da taxa de lotação. As avaliações da produção e acúmulo de forragem serão determinadas pelo método do microondas; 6ª Etapa: Posteriormente, haverá uma reunião dos membros da equipe para analisar o questionários, as anotações, imagens fotográficas e a caracterização da pastagem de cada produtor; 7ª Etapa: Será realizado o diagnótico com base em estudo de referências bibliográficas pelos membros do projeto. Posteriormente, será elaborado um relatório com o perfil da propriedade e com as possíveis intervenções necessárias e possíveis de serem realizadas de acordo com a estrturada da propriedade; 8ª Etapa: Uma nova reunião com o pecuarista será realizada para explicar todo o relatório confeccionado e após sua aprovação os trabalhos de intervenção na propriedade serão realizados; 9ª Etapa: Acompanhamento contínuo, durante a vigência do projeto, das intervenções junto ao pecuarista com o objetivo de tirar dúvidas e esclarecer pontos que ainda ficaram falhos; 10ª Etapa: No final do ano de 2025 será realizada uma análise junto ao pecuarista para que o mesmo exponha os pontos positivos e negativos do projeto e das intervenções realizadas em sua propriedade. Também será elaborado Folder, Cartilhas e , sempre que possível, será realizado dias de campo. O objetivo é no folder e cartilhas contenha os princípios básicos do manejo da pastagem e do pastejo e alternativas para minimizar a estacionalidade de produção de forragem no município de Couto de Magalhães de Minas-MG. Este material será distribuído a todos os pecuaristas que participaram do projeto, do dia de campo (se possível) e demais pessoas interessadas. Ressalta-se que durante todo o desenvolvimento do projeto serão realizados acompanhamento das atividades por meio de diálogos e formulários simples

ABIEC. Perfil da Pecuária do Brasil. São Paulo: ABIEC, 2022. Dicio – Dicionário online de Português. https://www.dicio.com.br/meta/#:~:text=Significado%20de%20Meta,a%20meta%20j%C3%A1%20foi%20entregue Acessado em 16 de outubro de 2024. Gianotti, A.R.C.; Souza, M.J.H.; Machado, E.L.M.; Pereira, I.M.; Vieira, A.D. Magalhães, M.R. Análise microclimática em duas fitofisionomias do cerrado no Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Revista Brasileira de Meteorologia, v.28, n.3, 246 - 256, 2013. Normais Climatológicas do Brasil, 2009. https://portal.inmet.gov.br/normais. Acessado em: 16 de outubro de 2024. Pereira, M.A.; David, L.C.S.; Vinholis, M.M.B.; B. Jr., W.B.; Zimmer, A.H. Percepções e crenças de pecuaristas de corte sobre o manejo e a degradação de pastagens no Brasil. Comunicado Técnico nº 170 – Embrapa. ISSN 1983-9731. Novembro de 2023. Brasília-DF. 28p. Políticas de Extensão da UFVJM. Anexo da Resolução Consepe Nº. 06. De 17 de abril de 2009. SANTOS, P.M. Controle do Desenvolvimento das Hastes no Capim Tanzânia: Um Desafio. Tese (Doutorado em Agronomia), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Piracicaba, 98p., 2002. VIEIRA, J. P.G.; SOUZA, M. J. H.; TEIXEIRA, J. M.; CARVALHO, F. P. Estudo da precipitação mensal durante a estação chuvosa em Diamantina, Minas Gerais. Revista Agriambi, Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental. Campina Grande – PB. v. 14, n. 7, p.762-767, 2010. Versão On-line. ISSN 1415-4366. http:/www.agriambi.com.br

Neste projeto a extensão é entendida como um processo que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade, visando formação teórica e profissional dos acadêmicos (Política de Extensão da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM, 2009). Esta ação permitirá que os discentes tenham a possibilidade de colocar em prática o conhecimento adquirido em sala de aula, desenvolvindo experiência prática no campo e o senso mais crítico com ideias mais construtivas, enquanto dialogo com os pecuaristas e presta serviço à sociedade. Assim, a participação do discente, considerada como um dos pilares das ações entre extensão e prática profissional, ocorrerá ao longo de todo o projeto, sempre sob a supervisão do coordenador da ação, iniciando na parte do primeiro contato e diálogo com o pecuarista até a parte de visitação ‘in loco’ para a caracterização e evantamento das propriedades rurais, finalizando com a parte d eintervenções. Os discentes serão estimulados ao trabalho em equipe e colocarão em prática seu aprendizado técnico para preparar todas as atividades propostas, e ao mesmo tempo estes estarão utilizando seus conhecimentos interdisciplinares adquiridos em várias disciplinas, eles também irão elaborar, publicar e compartilhar folder e cartilhas a serem distribuídos. Sempre após a divulgação de folder e cartilhas a equipe do projeto irá se reunir para acompanhar, discutir e refletir sobre o desenvolvimento das atividades, fazendo com que a avaliação seja sempre constante, com o objetivo de promover o crescimento contínuo do trabalho em equipe. Os discentes envolvidos serão do curso de zootecnia e/ou agronomia, sugere-se que os discentes já tenham cursado a disicplinas de Forragicultura I (para discentes da agronomia) ou Forragicultura II (discentes da zootecnia) e participarão do grupo de estudos voltados a discussões sobre a Forragicultura, que é a temática desta proposta. No decorrer do projeto de extensão, o discente será acompanhado pelo docente coordenador daa ação com experiência na área e será avaliado em termos de participação no grupo de estudo, nas etapas de elaboração e implantação das atividades. Destaca-se que os discentes envolvidos nesta ação finalizarão o projeto com experiências na temática no projeto, principalmente a que envolve o manejo adequado da pastagem, para reduzir e evitar a degradação das pastagens, já que está é uma realidade da região onde está localizado o Campus JK e é também a realizada do Brasil como todo, pois cerca de 80% das pastagens (que ocupam cerca de 20% de todo o território brasileiro) estão degradadas e/ou em processo de degradação.

A produção animal em pastagens é uma das formas mais econômicas de produção animal, sejam eles bovinos, caprinos, ovinos ou bubalinos, porém observa-se que, para a região onde está localizado o Campus JK e o município de Couto de Magalhães de Minas-MG é quase impossível produzir estes animais utilizando exclusivamente as áreas de pastagens durante todo o ano. Tal fato ocorre em virtude da estacionalidade de produção de forragem, onde há períodos do ano que a produção de forragem é elevada (período das águas – verão) e há períodos do ano que a produção de forragem é reduzida (período seco – inverno). Ou seja, há variação climática que ocorre ao longo do ano, e até mesmo em uma mesma estação (veranicos) interfere na produção de forragem em áreas de pastagens, comprometendo o desempenho dos animais. Esta situação pode levar a degradação das pastagens por causa do superpastejo ou pelo uso indiscriminado do fogo. Atualmente, as áreas de pastagens do Brasil, sejam elas cultivadas ou nativas, compreendem cerca de 20% de todo o território brasileiro, porém cerca de 80% desta área está em processo de degradação ou degradada, comprometendo também o desempenho dos animais em áreas de pastagens. Neste contexto, a presente proposta de extensão visa difundir o conhecimento sobre o manejo da pastagem e do pastejo de modo a reduzir e/ou evitar a degradação de pastagens e difundir o conhecimento sobre alternativas viáveis para minimizar a estacionalidade de produção de forragem, de modo a possibilitar ao pecuarista o melhor desempenho dos animais de forma constante ao logo do ano. O público principal serão propriedades rurais pequenas e/ou de baixo nível tecnológico do município de Couto de Magalhães de Minas- MG.