Este é um projeto de extensão universitária, ativo desde 2019, que aborda a relação entre "Saúde Humana e Saúde Ambiental". O tema é discutido por meio de mini-programas de áudio, com duração de até 7 minutos, transmitidos pela rádio 98,5 FM de Diamantina, com alcance regional, e também disponibilizados em um canal de podcast no Spotify. Cada episódio é guiado por uma palavra-chave, que é explorada à luz da Teoria Ecossocial e da Abordagem Ecossistêmica de Saúde. As palavras-chave são escolhidas e elaboradas pela equipe do projeto, com base em reuniões periódicas com professores da Faculdade de Letras da UFVJM, que orientam a escrita a partir de conceitos da linguística cognitiva, evidenciando a interdisciplinaridade da iniciativa. Os episódios são compostos por: (1) uma vinheta de abertura criada pela equipe, junto com uma breve apresentação do projeto e seus objetivos; (2) a leitura de um texto entre 100 e 200 palavras, que define e exemplifica o contexto da palavra-chave, destacando sua relevância para a Saúde Humana; (3) a declamação de um trecho de poema ou letra de música relacionado à palavra discutida; (4) a execução da música cuja letra foi declamada; e (5) a vinheta de encerramento, seguida de agradecimentos e oferecimentos do programa. Essa iniciativa se justifica pela necessidade de um maior engajamento entre as Faculdades de Medicina e de Letras de Diamantina e a população regional, que poderá sugerir palavras-chave para serem exploradas em novos programas. Acredita-se que a comunicação de temas de saúde em linguagem simples, associada à música, possa gerar uma memória afetiva, capaz de influenciar mudanças nos hábitos de vida. Essa memória, ao tornar a pessoa mais consciente sobre a prevenção e origem de doenças, contribuirá para uma vida mais saudável e incentivará a disseminação do conhecimento sobre saúde. O projeto conecta ciência, música, memória e saúde.

Memória afetiva musical, Atenção Primária a Saúde, Música, Ecologia, Saúde Humana

No Brasil, a partir dos anos 1990, foram implementadas políticas públicas voltadas para a promoção da saúde, com foco na Atenção Primária à Saúde (APS), destacando a importância do trabalho junto às famílias e comunidades locais (Aquino, 2014). Muitas doenças crônicas não transmissíveis, doenças infecciosas e problemas de saúde estão associadas aos hábitos de vida das pessoas e ao ambiente em que vivem. No entanto, percebe-se que ações de promoção da saúde centradas apenas em estimular mudanças individuais nos hábitos de vida são menos eficazes do que aquelas que incentivam a reflexão sobre os determinantes gerais das condições de saúde (Pelegrini Filho et al., 2014). Inovações nessa área, tanto no nível individual quanto coletivo, devem incluir ações de educação e comunicação em saúde que promovam a compreensão do autocuidado e a importância dos determinantes sociais na saúde das populações (Brasil, 2011). A linguística cognitiva, um campo relativamente recente da linguagem, surgiu na década de 1980, impulsionada pelo interesse na questão do significado e pela crescente investigação psicolinguística da época (Rosch, 1978). Esta abordagem considera a linguagem como um meio de conhecimento, conectado à experiência humana no mundo. As unidades e estruturas da linguagem são vistas não como entidades isoladas, mas como expressões de capacidades cognitivas gerais, organização conceitual, princípios de categorização e processamento, além da experiência social, cultural e individual. Os principais temas de estudo da linguística cognitiva incluem: categorização linguística (prototipicidade, polissemia, modelos cognitivos, metáforas e imagens mentais), princípios funcionais da organização linguística (iconicidade e naturalidade), a relação entre sintaxe e semântica, a base pragmática da linguagem e a conexão entre linguagem e pensamento, discutindo tanto o relativismo quanto os universais conceituais (Silva, 2019). Com o tempo, a linguística cognitiva consolidou-se em torno de conceitos como categorização, metáforas e metonímias conceituais, esquemas imagéticos, modelos cognitivos e culturais, além dos processos cognitivos da gramática (Silva, 2019). Nas últimas décadas, avanços nas neurociências têm proporcionado maior compreensão sobre a relação entre música e o sistema nervoso central. Estudos com imagens de ressonância magnética mostram que a música influencia diversas áreas do cérebro, como o cerebelo, corpo caloso, córtex motor e auditivo. A música evoca emoções e registra momentos na memória, e pesquisas indicam que, ao ativar áreas como o hipocampo, ela pode ajudar no resgate de memórias aprendidas, contribuindo para intervenções em doenças como o Alzheimer (Rocha et al., 2013). A relevância da comunicação radiofônica nos dias de hoje tem sido evidenciada por estudos que mostram a convergência entre o rádio tradicional e as plataformas digitais, como Facebook, YouTube, Spotify e portais de rádios online, permitindo que emissoras sejam ouvidas ao vivo em qualquer lugar do mundo. O termo "rádio hipermidiático" refere-se às estações que integram diferentes linguagens e formatos, mantendo o áudio como foco principal (Bertoncello, 2019). No projeto Palavra Saúde, criado em 2020, foram produzidos 10 mini-programas no primeiro ano de sua existência. O objetivo foi conectar novo conhecimento com memória afetiva, contribuindo para a promoção da saúde entre os ouvintes da região do Vale do Jequitinhonha. Essa realização foi publicada em 2021 na revista de extensão da Universidade Federal de Goiás e já recebeu diversas citações (Machado et al., 2021). Com base nessas referências atuais, o projeto visa continuar explorando temas de promoção da saúde, utilizando uma abordagem que combina verbetes ecológicos, antropológicos e humanos de saúde, em linguagem acessível e contemporânea, seguindo princípios da linguística cognitiva. A proposta é associar esses verbetes a músicas populares, gerando memória afetiva e ajudando a fixar o conteúdo através das emoções despertadas pela música, promovendo a reflexão sobre autocuidado e incentivando mudanças nos hábitos de vida.

Desde sua criação, a Faculdade de Medicina de Diamantina (Famed) da UFVJM tem mantido um forte vínculo com a região, integrando ensino, pesquisa e extensão de forma indissociável. Reafirmando esse compromisso, o projeto PALAVRA SAÚDE utiliza a Rádio 98,5 FM de Diamantina e um canal de podcast no Spotify como veículos para promover educação em saúde junto à população regional. O objetivo do projeto é incentivar hábitos saudáveis de autocuidado e saúde coletiva, por meio da criação de uma memória afetiva, vinculando conceitos importantes em saúde a músicas conhecidas. A ampla audiência regional da Rádio 98,5 FM, que alcança as áreas do Alto Jequitinhonha e Vale do Jequitinhonha, faz desse meio de comunicação um canal essencial, com grande inserção tanto na comunidade acadêmica quanto na não acadêmica, e que precisa ser fortalecido. O projeto trabalha com verbetes em linguagem simples, que sintetizam conceitos fundamentais em saúde, e visa despertar nos ouvintes uma reflexão sobre os determinantes gerais das condições de saúde, evocando sentimentos a partir das memórias musicais. O projeto também incentiva a participação ativa do público, ouvindo opiniões e recebendo sugestões de temas e músicas por meio das redes sociais. Além disso, os estudantes envolvidos na produção dos mini-programas desenvolvem habilidades de comunicação e linguagem adequadas à realidade da população local. A interdisciplinaridade é uma característica central do projeto, conectando estudantes de Medicina e Letras, assim como os professores e técnicos participantes. A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão é uma marca deste projeto. Professores e alunos (atualmente 20 estudantes em 2023) participam de reuniões periódicas voltadas para a formação em escrita, orientada pela linguística cognitiva, com a pesquisa sendo discutida regularmente, a fim de consolidar a metodologia científica por meio da leitura de artigos sobre os temas abordados em cada mini-programa. A extensão, que é o carro-chefe do projeto, se concretiza sempre que algum ouvinte, seja pela rádio ou pelo Spotify, consome os conteúdos gerados. Nesse momento, a comunidade está aprendendo sobre saúde de forma eficaz, o que pode levá-la a modificar seus hábitos de vida, atingindo o principal objetivo do projeto.

Objetivo Geral: Gerar reflexão e consolidar um conceito relevante para a saúde humana, despertando ou criando uma memória afetiva por meio da música. Objetivos Específicos: Formar uma equipe de discussão ativa sobre os temas de Saúde e Ecologia Humana, tanto individual quanto coletiva, com a participação de estudantes, técnicos e professores das Faculdades de Medicina e Letras da UFVJM, para realizar ações de extensão universitária. Desenvolver definições contemporâneas para palavras-chave (verbetes) relevantes à Saúde Humana e Ambiental, com até 200 palavras, baseadas nos princípios da linguística cognitiva. Associar essas definições a letras e melodias de músicas populares, criando uma conexão entre os conceitos e a música. Produzir mini-programas de áudio de curta duração, nos quais as definições dos verbetes sejam vinculadas a poesias e melodias de canções conhecidas. Veicular os mini-programas em rádios regionais e plataformas digitais, como podcasts. Receber sugestões de temas para serem abordados, a partir de verbetes propostos pelos ouvintes. Promover a recategorização semântica de palavras que normalmente não são associadas diretamente a temas de saúde, criando novos significados. Participar de atividades de promoção e educação em saúde nas comunidades do Alto Jequitinhonha, divulgando os programas e conteúdos por meio de saraus itinerantes. Avaliar a efetividade da recategorização das palavras e da criação de memórias afetivas, considerando os efeitos sobre as reflexões e os hábitos de vida e saúde dos ouvintes.

1- Construir uma equipe multidisciplinar para discussão e formação coletiva do conceito de Linguagem cognitiva para educação em saúde entre estudantes, professores e técnicos das faculdades de Medicina e Letras da UFVJM. Impacto direto: Equipe 20 pessoas Impacto indireto: convívio da equipe com colegas 60 pessoas 2 - Produzir ao menos 10 mini programas no formato mp3 de no máximo 7 min, sobre ecologia e saúde humana . Impacto direto: Equipe 20 pessoas aperfeiçoando a escrita orientada pela linguística cognitiva e meios digitais de divulgação. Impacto indireto: convívio da equipe com colegas – 60 pessoas 3 Veicular esses mini programas, em série, em plataformas digitais (“Spotify”) e rádio comunitária regional, recebendo sugestões de temas e músicas. Impacto direto: Equipe 20 pessoas Impacto indireto: 10 mil ouvintes 4 - Avaliar, a partir do envio de questionários aos ouvintes, a efetividade e qualidade do projeto. Impacto direto: Equipe 20 pessoas Impacto indireto: respostas ao questionário - 50 pessoas 5 - Obter exito na comunicação cognitiva efetiva e recategorização de palavras importantes para a saúde e ecologia humana. Impacto direto: 10 mil ouvintes. Impacto indireto: pessoas do convívio dos ouvintes - 20 mil. 6 Gerar uma memória afetiva musical, ligando o conteúdo trabalhado ao sentimento que a música desperta na pessoa ouvinte promovendo mudanças atitudinais de promoção á saúde. Impacto direto: 10 mil ouvintes. Impacto indireto: família e convives do ouvinte - mil pessoas. 7 - A detenção do conhecimento pelo ouvinte o fará em diálogos com os seus próximos, multiplicar o aprendizado disponibilizado em cada mini programa. Impacto direto: 10 mil ouvintes. Impacto indireto: família e convives do ouvinte – 20 mil pessoas. 8 - Divulgar os programas e conteúdos na forma de saraus itinerantes. Impacto direto: 100 pessoas poetas/artistas convidados Impacto indireto: 1000 pessoas participantes ouvintes dos saraus

Etapas do Projeto PALAVRA SAÚDE 1- Preparação dos programas PALAVRA SAÚDE - Realização de reuniões semanais com a equipe de professores e pelo menos 20 alunos da FAMED e do curso de Letras UFVJM para discussão e seleção de verbetes a serem descritos como termos de relevância para a saúde humana e ambiental. - Divisão da equipe em SUB-EQUIPES para preparação de textos de até 200 palavras sobre os verbetes a serem conceituados e descritos, sendo que serão descritos um total de 2 a 4 verbetes por mês. - seleção pela equipe da musica popularmente conhecida para associação e vinculação com o tema em questão, a ser proposta por cada sub-equipe em reunião semanal. - antes iniciarmos as gravações dos mini programas devemos ter pelo menos 4 verbetes preparados. 2- Execução do Programa PALAVRA SAÚDE - Cada mini-programa terá a duração de 6-7 minutos e constará das seguintes etapas: (1) 'Dingle' inicial produzido pela própria equipe, uma rápida apresentação do projeto de extensão e seus objetivos - 20'; (2) leitura de texto de até 100 a 200 palavras conceituando, definindo e exemplificando o contexto daquele verbete, sua importância e interação com a Saúde Humana - 2'; (3) declamação de um pequeno trecho de poema letra de música que se relacione com o verbete descrito - 20'; (4) execução da música a qual teve seu trecho declamado - 3-5'; (5) execução do 'dingle' final e finalização com oferecimento e agradecimentos do programa e projeto - 20'. A leitura que vai ao ar do texto do verbete deverá ser feita pela sub-equipe responsável por sua escrita com os alunos se identificando antes da leitura. A proposta inicial é de que sejam veiculados na Rádio a 98,5 FM diamantina um mini programas semanais com reprises duas ou três vezes por semana. Alem de disponibilizados como Podcasts na plataforma Spotify e Instagram (@palavra.saude). (6) Avaliação do Projeto - A avaliação da efetividade do programa de rádio na criação de memórias afetivas será realizada a partir de questionário aplicado junto a população de Diamantina Minas Gerais, submetido por e-mail. Tal questionário será aplicado no quinto mês e no décimo mês de execução do projeto. Adequações no formato e conteúdo deverão ser realizadas a partir das sugestões e avaliações no sexto e o décimo primeiro mês com o objetivo de melhorar sua efetividade. Nas reuniões semanais da equipe do projeto, avaliações constantes serão realizadas e documentadas no intuito de melhor adequar os resultados parciais aos objetivos pretendidos. Os ouvintes poderão enviar a numero de Whatsapp disponibilizado pela radio, sugestões de verbetes e feedbacks sobre efeitos e formatos dos programas.

Bertoncello, Marcos Notari. A convergência no radiojornalismo : uma análise das transmissões da rádio Jovem Pan de São Paulo através do facebook. Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, PUC-RS, 2019. Acessado 20/09/2019 em:http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8566Brasil, 2011. MACHADO, A. S. D. .; ARRUDA, N. L.; CUNHA, G. A. S. da . Palavra saúde: podcasts, linguística cognitiva, saúde e ecologia humana. Revista UFG, Goiânia, v. 21, n. 27, 2021. DOI: 10.5216/revufg.v21.70422. Disponível em: https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/70422. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 20112022. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2011. PELLEGRINI FILHO, A.; BUSS, P. M.; ESPERIDIÃO, M. A. Promoção da Saúde e seus fundamentos: determinantes sociais da saúde, ação intersetorial e políticas saudáveis. In: PAIM, J. S.; ALMEIDA FILHO, N. (Org.). Saúde coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: Med Book. 2014. p. 305-326. ROCHA, Viviane Cristina da; BOGGIO, Paulo Sérgio. A música por uma óptica neurocientífica. Per musi, Belo Horizonte , n. 27, p. 132-140, June 2013 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 75992013000100012&lng=en&nrm=iso>.access on 30 Sept. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S1517- 75992013000100012. Silva, Augusto Soares. A LINGUÍSTICA COGNITIVA UMA BREVE INTRODUÇÃO A UM NOVO PARADIGMA EM LINGUÍSTICA. Universidade Católica - Faculdade de Filosofia de Braga. Fonte:http://www.facfil.ucp.pt/lingcognit.htm TEIXEIRA, C. F.; VILASBÔAS A. L. Q. Modelos de Atenção à Saúde no SUS: Transformação, Mudança ou Conservação? In: PAIM, J. S.; ALMEIDA FILHO, N. (org.). Saúde Coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: Med Book. 2014. Pag. 287- 302.

A equipe do projeto é composta por professores e técnicos dos cursos de Medicina e Letras, que atuarão como orientadores dos estudantes em todas as fases da iniciativa. No entanto, o projeto promove a integração entre docentes, discentes e técnicos-administrativos na execução das ações de extensão universitária. Sob a supervisão do coordenador, os estudantes serão responsáveis por todas as etapas do projeto, incluindo a criação e seleção dos verbetes, elaboração dos textos em equipes, leitura e gravação (sempre com a participação de uma aluna e um aluno), escolha da música tema e envio ao coordenador para a finalização dos mini-programas. Os estudantes terão seus nomes divulgados em cada programa e acompanharão as avaliações feitas pelos ouvintes. Este projeto de extensão tem como base a indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão, uma vez que os alunos envolvidos participarão ativamente da elaboração dos textos, que serão revisados e orientados pelo coordenador docente. Além disso, a interação entre estudantes de diferentes áreas do conhecimento ampliará a compreensão sobre a importância do diálogo interdisciplinar na solução de questões tanto de saúde quanto de educação. A pesquisa em revistas científicas, livros atuais e bibliografias, tanto médicas quanto não médicas, será fundamental para a definição dos verbetes, exigindo dedicação ao método científico por parte da equipe, o que pode, futuramente, servir de base para publicações dos resultados alcançados. O aspecto extensionista do projeto é o seu maior legado, já que o público-alvo das rádios, plataformas digitais e outros meios de comunicação receberá educação e orientações em saúde que ultrapassam os limites da universidade. Além disso, os ouvintes poderão contribuir com sugestões para o projeto.

A integração entre as ciências da Linguística e Letras com a área da Saúde é uma iniciativa inusitada, mas extremamente relevante, especialmente neste período pós-pandemia, em que a comunicação eficaz sobre hábitos saudáveis se tornou essencial. A aplicação da linguística cognitiva à educação em saúde tem o potencial de trazer benefícios tanto para a equipe envolvida quanto para a população ouvinte. A principal relevância do projeto, em execução desde 2023, é sua capacidade de promover uma inovação no entendimento e na recategorização semântica e imagética de palavras. Avaliações iniciais já demonstram que muitas palavras, antes não associadas à área da saúde, passaram a ser compreendidas dentro desse novo contexto após a escuta dos mini-programas. O maior ganho do projeto Palavra Saúde é justamente essa recategorização. Um exemplo claro é a palavra “varanda”, que, inicialmente, é associada à construção civil. Contudo, após ouvir o podcast onde se discute a importância de uma varanda para se expor ao sol, cultivar plantas, respirar ar fresco ou realizar exercícios, a pessoa passa a relacionar esse termo também com saúde. Esse novo entendimento pode gerar mudanças positivas nos hábitos de vida e saúde. Atualmente, há 32 podcasts em execução nas rádios e plataformas digitais. Em 2023, o projeto lançou uma nova atividade: os saraus itinerantes chamados "Desengaveta", que contaram com a participação de poetas e artistas, tanto do projeto quanto externos. Esses eventos permitiram a divulgação dos mini-programas e trouxeram um valioso retorno do público. Já em 2024 ocorreram várias ações de promoção a saúde das comunidades dos Vales do Jequitinhonha, levando estudantes de diversos cursos da saúde para conversar com a população local. Para o próximo ano, a proposta é aprimorar essa atividade, resultando em mais visitas e mais ações que associam tanto saúde quanto a arte.