Detalhes da proposta

Literatura e Feminismos

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Procarte

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    fernanda valim côrtes miguel

    Número de inscrição:

    202110220216079

    Unidade de lotação:

    faculdade interdisciplinar em humanidades

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    linguística, letras e artes

    Área temática principal:

    direitos humanos e justiça

    Área temática secundária:

    cultura

    Linha de extensão:

    artes integradas

    Abrangência:

    regional

    Vinculado a programa de extensão:

    não é vinculado a nenhum programa.

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

vitória silva de jesus Bolsista

rebecca pedroso monteiro Vice-coordenador(a)

lilian simone godoy fonseca Voluntário(a)

ana paula nogueira nunes Voluntário(a)

lucirléia moreira alves pierucci Voluntário(a)

cristina arena forli Voluntário(a)

ana clara de oliveira marques Voluntário(a)

cleonice aparecida lopes Voluntário(a)

gilenna thaynan de oliveira duarte Voluntário(a)

caroline azevedo couto Voluntário(a)

taíza dias da silva Voluntário(a)

jaliton luiz souza ferreira Voluntário(a)

Resumo

O projeto Literatura e Feminismos pretende dar continuidade, desta vez com a expectativa de financiamento, aos projetos desenvolvidos ao longo de 2019 e interrompido em 2020 em função da Pandemia da Covid-19 (Protocolo: 332475.1864.138080.09052019; Protoc


Palavras-chave

Literatura; Feminismo; justiça; sociedade


Introdução

O projeto Literatura e Feminismos é uma versão aprimorada e que dá continuidade ao projeto sem financiamento e executado pela Proexc, intitulado I Ciclo de diálogos Literatura e Feminismos (Protocolo: 332475.1864.138080.09052019) e ao Literatura e Feminismos (Protocolo: 340405.1909.138080.01102019). As ações do projeto tiveram início em abril de 2019, tendo realizado um total de oito edições naquele ano, com última edição em dezembro. A proposta foi a de construção de espaços no formato de rodas de conversas mensais, que contassem, cada uma, com a presença de uma ou duas mediadoras por evento no intuito de garantirmos, sempre que possível, a apresentação de uma obra literária e uma obra teórica que dialogassem com o tema da ação do projeto. Dede o ano passado, o espaço vem sendo cedido, sempre aos segundos sábados do mês, por um de nossos parceiros, justamente o Museu do Diamante/Ibram, que também surpreso com a qualidade dos eventos, com o crescente público e com o retorno positivo por parte dos participantes, aceitou seguir apoiando o projeto no próximo em 2020. Também contávamos, naquele momento, com o apoio das duas livrarias da cidade, que além de nos auxiliar com as divulgações das edições também nos doavam, mensalmente, livros literários para serem sorteados entre os participantes em cada evento. Contudo, com o início da Pandemia, as atividades do projeto foram suspensas e o grupo passou a idealizar outras formas de dar continuidade aos encontros, utilizando a sugestão das plataformas virtuais e da criação de um programa em formato Podcast, chamado Poesia em Tempos de Pandemia, que está no ar deste então. Nosso propósito agora é o de dar continuidade ao projeto, partindo da possibilidade de realizar esses encontros em formato virtual, através do uso de alguma plataforma virtual, até que se seja possível repensarmos em um retorno seguro das atividades presenciais, no Museu do Diamante/Ibram, no centro histórico de Diamantina, Minas Gerais. No caso de aprovação da proposta, reuniremos toda a equipe de colaboradoras e colaboradores para que juntos possamos sistematizar detalhes sobre as metodologias das atividades, seleções de leituras, convite aos mediadores e formas de divulgação.


Justificativa

O interesse pelas questões de gênero na literatura e pelas narrativas de autoria de mulheres, especialmente no século XX e XXI, foi o ponto de partida para uma série de reflexões comuns que, como acreditamos, pode contribuir para uma formação estética e política das pessoas, motivando um olhar para as narrativas literárias como produtos das culturas. Acreditamos que os textos literários podem “motivar empatias por parte do leitor para situações importantes em termos éticos” (Ginzburg, 2013, p. 24). Nosso interesse parte de um questionamento sobre como a mulher vem sendo discursivamente representada na literatura. Como reconhecer o silenciamento histórico das vozes de escritoras ao longo de nossa tradição literária canônica? Pode a literatura denunciar essas violências? A proposta do projeto surge como espaço constrangido de privilégios que experimentamos na academia, mas igualmente como espaço para intervenção política possível e urgente, como reconhece Heloisa Buarque de Hollanda (2018), no desejo de enfrentar os retrocessos de nosso momento atual, explicitados recentemente em depoimentos públicos de políticos, como no conhecido: “menino veste azul e menina veste rosa” – para ficarmos apenas com um dos exemplos controversos. Compartilhamos da formulação de Hannah Arendt (2006) ao afirmar que “sem diálogo não há política” e do seu posicionamento diante da tese da diferença entre culpa e responsabilidade. Segundo a filósofa, o lugar do privilégio não pode se afastar da responsabilidade de agir, mesmo quando este lugar de agenciamento político não se sente culpado pelas situações em que se manifestam as desigualdades. O conservadorismo autoritário atual ameaça os debates em torno das questões de gênero e feminismo, e isso não pode passar desapercebido. As discussões feministas têm avançado no campo acadêmico nas últimas décadas, muito em função das lutas e articulações dos movimentos sociais em várias partes do mundo. O nosso empoderamento recente parece dialogar com os caminhos historicamente trilhados e com um exame crítico sobre os limites dos avanços dessas discussões. bell hooks (2000) argumenta que o feminismo não é propriamente um movimento pela igualdade, mas uma luta contra a opressão e contra a violência. A autora reconhece que as opressões não estão confinadas ao sexismo, elas se expressam também em outros locais, como no racismo, no heterossexismo e nas relações de classe. Silvia Federici discute como a perseguição às bruxas, que durou três séculos (na Europa e, de forma mais agressiva, nas colônias), coincide com “a transição para o capitalismo”, nos convidando a refletir sobre uma história das mulheres e da reprodução, invocando as lutas anti-feudais. Deveríamos construir, a partir daí, a confiança na possibilidade de mudar o mundo e na capacidade dos homens de tornar sua também a luta pela liberação das mulheres (FEDERICI, 2017). Nancy Fraser (2006), em seu último livro, nos oferece um panorama interessante em que coloca em perspectiva as sucessivas ondas feministas e suas principais demandas, desde as lutas inicias em nome da justiça econômica – como a redistribuição de papéis sociais e a remuneração no trabalho – até as demandas mais atuais – como o reconhecimento das diferenças na igualdade e da igualdade na diferença, em que a noção de gênero é recolocada sobretudo como construção cultural e historicamente constituída, afastando-se das heranças dualistas, essencialistas e heteronormativas. Nesta última década, assistimos ao crescimento da demanda pela justiça política, na qual a noção de “lugar de fala” e o poder da linguagem são tomados como plano central das agendas e dos debates, o que aponta para o fim da mediação discursiva e contesta a divisão excludente dos acessos da mulher aos espaços políticos. Historicamente, a literatura tem sido usada para recalcar manifestações culturais, orais e escritas, de grupos culturalmente marginalizados e politicamente reprimidos. Acreditamos que a linguagem poética, ao desestabilizar os lugares fixos e hegemônicos tradicionais, ultrapassa as contradições sociais e aponta para novas perspectivas de mudanças possíveis. Nesse sentido é que a literatura pode ser um instrumento valioso, seja como espaço de memória, seja como narrativas de resistência. Por fim, compreendemos a violência de gênero a partir de uma perspectiva histórica, (re)produzida por seres humanos em condições concretas e situadas, marcada pelo patriarcalismo, a base mais primária dos valores culturais que sustentam nossos saberes ocidentais e que precisam ser amplamente debatidos, assim como qualquer compreensão universalista de juízo de valor. Atividades Desenvolvidas e Justificativa para continuidade O projeto Literatura e Feminismos pretende dar continuidade às atividades de um grupo de colaboradoras e colaboradores fundamentadas em projeto anteriores, sem financiamento, e cadastrados na Proexc, intitulados I Ciclo de diálogos Literatura e Feminismos (Protocolo: 332475.1864.138080.09052019) e Literatura e Feminismos (Protocolo: 340405.1909.138080.01102019). A expectativa é a de que, desta vez, consigamos o financiamento para auxiliar a organização dessas atividades, que nos exigem uma série de etapas distintas até a efetiva realização de cada edição, ação mais evidente. As ações do projeto tiveram início em abril de 2019, tendo realizado um total de oito edições naquele ano, com última edição em dezembro. A proposta foi a de construção de espaços no formato de rodas de conversas mensais, que contassem, cada uma, com a presença de uma ou duas mediadoras por evento no intuito de garantirmos, sempre que possível, a apresentação de uma obra literária e uma obra teórica que dialogassem com o tema da ação do projeto. Dede o ano passado, o espaço vem sendo cedido, sempre aos segundos sábados do mês, por um de nossos parceiros, justamente o Museu do Diamante/Ibram, que também surpreso com a qualidade dos eventos, com o crescente público e com o retorno positivo por parte dos participantes, aceitou seguir apoiando o projeto no próximo em 2020. Também contávamos, naquele momento, com o apoio das duas livrarias da cidade, que além de nos auxiliar com as divulgações das edições também nos doavam, mensalmente, livros literários para serem sorteados entre os participantes em cada evento. As atividades desenvolvidas neste primeiro ano de projeto contaram com as discussões das seguintes obras e mediações, respectivamente: O que o sol faz com as flores e Outros jeitos de usar a boca, ambos de Rupi Kaur, com mediação da Prof.ª Dr.ª Aline Weber Sulzbacher (UFVJM), Sejamos todos feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie, com mediação de Cristina Forli (UFRGS) (1ª EDIÇÃO); Nísia Floresta e Clarice Lispector: diálogos sobre filosofia e literatura no Brasil, com mediação da Prof.ª Dr.ª Lilian Godoy (UFVJM) e da Prof.ª Dr.ª Rebecca Monteiro (UFVJM) (2ª EDIÇÃO); Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, com mediação do Prof. Ms. Mário Fernandes Rodrigues (UFVJM), Quem tem medo do feminismo negro?, de Djamila Ribeiro, com apresentação da aluna de graduação Flávia Dias Freitas (3ª EDIÇÃO); O conto da Aia, de Margaret Atwood, com mediação da Prof.ª Dr.ª Erika Vieira, Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e cumulação primitiva, de Silvia Federici, com mediação da Prof.ª Dr.ª Fernanda Valim (4ª EDIÇÃO); Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis, de Jarid Arraes, com mediação da Prof.ª Dr.ª Simone Santos e o espetáculo “A menina que não queria ser princesa”, apresentado pelo Laboratório de Montagem Cênica da UFVJM, a partir do texto de autoria da Prof. Dr.ª Geruza Sabino (5ª EDIÇÃO); Para educar crianças feministas, de Chimamanda Ngozi Adichie, com mediação da Profª Ms. Léia Pierucci (6ª EDIÇÃO); Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo, com a mediação da mestranda Tamires Maiara (Unimontes), Niketche: uma história de poligamia, de Paulina Chiziane, com a mediação do Prof. Dr. Gustavo Rückert (UFVJM) (7ª EDIÇÃO); Corpo Celeste e poesias virtuais, com mediação da Prof.ª Dr.ª Luísa Godoy, Três personagens femininas de Machado de Assis, com mediação da Prof. Dr.ª Conceição Bento (8ª EDIÇÃO). Contudo, com o início da Pandemia, as atividades do projeto foram suspensas e o grupo passou a idealizar outras formas de dar continuidade aos encontros, utilizando a sugestão das plataformas virtuais e da criação de um programa em formato Podcast, chamado Poesia em Tempos de Pandemia, que está no ar deste então. Os resultados conquistados até o momento foram positivos, com edições cada vez mais lotadas (quando ainda nos reuníamos no Museu do Diamante-Ibram, antes da Pandemia), com a presença média de cem pessoas por edição; público diversificado, constituído por estudantes de dentro e de fora da UFVJM, homens e mulheres, trabalhadoras, crianças, estudantes de outras instituições, pessoas da comunidade de Diamantina e professores. As discussões promovidas suscitaram debates qualificados sobre o tema proposto, promovendo diálogo comunitário sobre arte, cultura e direitos humanos, reflexões críticas e sensibilização poética, além de promover a articulação entre grupos acadêmicos e movimentos sociais. Dois desdobramentos do projeto foram o programa Poesia em Tempos de Pandemia e a criação do jornal Vozes Femininas. Nosso propósito é o de dar continuidade coletiva a todos eles.


Objetivos

O objetivo geral do projeto Literatura e Feminismos é o de promover a arte, a justiça social e a cultura, o estímulo à leitura literária, à educação sensível e crítica e às discussões de gênero através do incentivo da troca de experiências coletivas entre a comunidade a partir da leitura, apresentação e discussão de obras literárias e teóricas pertinentes ao tema proposto, através do acolhimento ao público interessado. Entre os objetivos específicos, encontram-se os seguintes: 1. Incentivar a leitura, a arte, a cultura e a formação crítica da população de Diamantina e região; 2. Incentivar a troca de experiências coletivas sensíveis, artísticas, poéticas e literárias a partir da apresentação e discussão de textos, vídeos, teatros, performances, em diálogo com os temas propostos; 3. Estabelecer diálogos entre as produções estéticas, artísticas e literárias e as questões éticas, os direitos humanos e os problemas e inquietações de nosso momento histórico; 4. Estabelecer aproximações entre os conhecimentos produzidos pela universidade e as demandas emergentes da sociedade, estabelecer diálogos entre pesquisa, ensino e extensão. 5. Acolher o público interessado nos temas do projeto, incentivando o partilhamento das experiências sensíveis e das reflexões pessoais a partir das provocações geradas pelo objeto artístico; 6. Incentivar os estudantes de graduação e pós-graduação a partilharem os conhecimentos científicos com a sociedade e a se engajarem nos projetos extensionistas.


Metas

A previsão de impactos, diretos e indiretos, relacionados ao projeto não podem ser mensuráveis em termos numéricos, uma vez que sua proposta principal envolve a formação cultural, artística, ética, estética e política de toda a comunidade de pessoas envolvidas nas ações. Pensando sobre os impactos em termos qualitativos, podemos prever o incentivo à leitura; à cultura; à sensibilização artística e literária, à circulação de informações e saberes importantes para o esclarecimento da população em relação aos temas previstos. Pensando nos indicadores numéricos, cada edição pretende contar um público médio de 100 pessoas, estimativa prevista a partir das ações realizadas até o momento pelo projeto em execução, sem financiamento. É importante destacarmos que a formação do público presente nas ações não se restringe unicamente a um impacto individual, uma vez que esta formação reverbera para além dele, entre amigos, familiares e rede próxima de apoio, numa dimensão mais ampla de influência e transformação social.


Metodologia

As metodologias empregadas ao longo do desenvolvimento do projeto envolvem a articulação entre todos os grupos apoiadores; a realização periódica (preferencialmente quinzenal) de reuniões com a equipe do projeto, momento em que discutiremos questões pertinentes à realização das edições dos ciclos de diálogos, leituras literárias e teóricas previstas, levantamento de sugestões de temas e obras para as edições mensais; organização periódica de e-mails; alimentação do site; análise sobre as possibilidades de divulgação do projeto nas redes sociais e institucionais; seleção e impressão eventual de fragmentos poéticos para os eventos, assim como a organização das ações planejadas; elaboração e impressão de lista de presença para os eventos; outros auxílios eventuais. A participação do público-alvo será efetivada durante a realização de cada edição mensal do ciclo de diálogos do Literatura e Feminismos, prevendo a existência de uma ampla divulgação que deve anteceder cada uma dessas ações. Nesse sentido, as parcerias efetivadas também assumem importância fundamental, uma vez que articulam o envolvimento dos vários segmentos e potencializam as divulgações coletivas das edições. Em momento anterior ao da Pandemia, quando as edições aconteciam fisicamente no Museu do Diamante/Ibram, contávamos com uma média de participantes que variava de 40 a 100 pessoas, formado por um público bastante diverso, que contemplava estudantes universitários e do ensino fundamental, professores, trabalhadoras, comunidade e moradores da cidade, além de visitantes eventuais. As edições aconteciam aos sábados, na parte da tarde, e as parcerias e os cartazes de divulgação nos auxiliavam na ampliação dos participantes, assim como a localização privilegiada do Museu, que permitia o acesso facilitado da população até o local. Acompanhamento e Avaliação Todas as ações do projeto serão acompanhadas pessoalmente pela equipe, que ficará responsável também pelos registros de cada uma e pela ampla divulgação das ações a serem realizadas. Após o término de cada ação pontual, a equipe planeja se reunir para conversar sobre sua realização, seus pontos positivos e, eventualmente, negativos, como forma de sugerir melhorias dos procedimentos das atividades e verificar possibilidades de fortalecimento qualificado dos eventos posteriores. Também criamos um e-mail de contato do grupo, como forma de facilitar o diálogo e possíveis sugestões dos participantes às atividades do projeto como um todo. Contribuições das parcerias


Referências Bibliográficas

ARENDT, Hannah. O que é política? Trad. Reinaldo Guarany. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. BORGES, Rosane da Silva. Esboço de um tempo presente. Rio de Janeiro: Malê, 2016. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Trad. Renato Aguiar, 16 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. DALCASTAGNÈ, Regina. Literatura Brasileira contemporânea: um território contestado. Vinhedo: Horizonte / Rio de Janeiro: Editora da Uerj, 2012. FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Trad. Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017. FRAZER, Nancy. Fortunes of Feminism: From State-Managed Capitalism to Neoliberal Crisis. Brooklyn: Verso Books, 2006. GINZBURG, Jaime. Literatura, violência e melancolia. Campinas: Autores Associados, 2013. GROSZ, Elizabeth. Corpos reconfigurados. In: cadernos pagu n. 14, 2000, HOLLANDA, Heloisa Buarque. Explosão feminista. São Paulo: Cia das Letras, 2018. HOOKS, bell. Feminist Theory: From Margin to Center. Second Edition. London: Pluto Press, 2000. IRIGARAY, Luce. Speculum of the other woman. Trad. Gillian Gill. New York: Cornell University Press, 1985. MOI, Toril. Teoría literaria feminista. Traducción castellana de Amalia Bárcena. Madrid: Cátedra, 1999 RIBEIRO, Dijamila. O que é lugar de fala? Letramento, 2017. _______ Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018. SCHMIDT, Rita Terezinha. Para além do dualismo natureza/cultura: ficções do corpo feminino. In: Organon, Porto Alegre, n. 52, p.233-262, janeiro/junho, 2012. SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hip-hop. São Paulo: Parábola Editorial, 2011. SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.


Inserção do estudante

O bolsista deverá frequentar reuniões periódicas do projeto, realizadas quinzenalmente; inserir-se no universo das discussões do projeto, realizando leituras teóricas e literárias previstas em suas ações; responsabilizar-se pela movimentação do e-mail e do site do grupo e da divulgação de suas atividades nas redes sociais e via cartazes virtuais e impressos; auxiliar nas demandas locais, estando presente em todas as edições do projeto (virtuais ou presenciais); elaborar relatórios parciais e finais do projeto; apresentar os resultados do projeto em pelo menos um evento científico da área.


Observações

A relevância da proposta do projeto se manifesta na possibilidade de sensibilização estética, ética e política, na formação humanizadora da arte e das discussões críticas junto aso estudantes e a comunidade, desfazendo preconceitos e construindo um movimento de aceitação de si e do outro, no desejo de construção de um feminismo para uma outra sociedade possível e desejável, apoiada na ideia de que o diálogo é sempre solidário. A possibilidade dos diálogos promovidos pelos encontros vem apontando para a importância fundamental das resistências feministas e os desafios que se colocam para pensarmos nas reflexões sobre as construções culturais de gênero e nas práticas de interseccionalição das políticas identitárias, como nos movimentos LGBTQI+, nas cotas para negros e negras, na política para mulheres e negros no mundo do trabalho, borrando as fronteiras entre o movimento classista, de mulheres, movimento negro e LGBTQI+.


Público-alvo

Descrição

O público previsto para as ações do projeto inclui estudantes do ensino básico, médio, da graduação e pós-graduação.

Descrição

O público previsto para as ações também envolve todas as pessoas da comunidade de Diamantina e região, interessadas nas leituras, nas apresentações e nos temas previstos para cada edição, especialmente se tivermos um retorno das ações presenciais.

Descrição

Participam diretamente do projeto estudantes de graduação; professoras universitárias; técnica administrativa; colaboradoras externas; além das pessoas envolvidas nas colaborações diretas, como LAC, NUPEDE, NEABI, NÓS, Observatórios, livrarias e o grupo d

Descrição

Em função da possibilidade de realização das ações de forma virtual, não presencial, acreditamos que o projeto possa ganhar um alcance para além das fronteiras locais e regionais, a partir de outros possíveis interessados nas leituras, nas apresentações e

Municípios Atendidos

Município

Diamantina-mg

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

O NUPED, Núcleo de Pesquisa, Ensino, Extensão e Divulgação sobre Escravidão (CNPq/UFVJM), apoiará o projeto através do diálogo entre suas colaboradoras, participação nas ações, fortalecimento de pesquisas e divulgação.

Participação da Instituição Parceira

O Projeto de Extensão Rede de Proteção a Mulher: rompendo o silêncio, a violência e a invisibilidade, registro 316523 1753 3010 381911 2018 manifesta apoio ao projeto. A parceria se desenvolve no apoio dos eventos, na participação nas atividades desenvolv

Participação da Instituição Parceira

A parceria se dará através do uso do espaço do museu, localizado no centro histórico da cidade de Diamantina, Minas Gerais, no diálogo entre suas colaboradoras, participação nas ações do projeto, troca de experiências, fortalecimento de pesquisas e divulg

Participação da Instituição Parceira

O Observatório dos Vales e do Semiárido Mineiro (UFVJM/CNPq) apoia o projeto. A parceria se constituirá através do diálogo entre suas colaboradoras, participação nas ações do projeto, troca de experiências, fortalecimento de pesquisas e divulgação.

Participação da Instituição Parceira

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas da UFVJM (CNPq) manifesta parceria ao projeto que se constituirá através do diálogo entre suas colaboradoras, participação nas ações do projeto, troca de experiências, fortalecimento de pesquisas e divulgaç

Cronograma de Atividades

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Reuniões periódicas com toda a equipe colaboradora do projeto, nas quais discutiremos permanentemente os rumos das ações, as seleções de obras para leituras, as possíveis indicações de nomes dos debatedores a serem convidados em cada caso, além da divisão das tarefas para divulgação e realização das edições.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 9ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de março de 2021. Embora seja a primeira edição do ano, preferimos dar sequência às edições do projeto, que tiveram início em 2019. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 10ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de abril de 2021, dando sequência às edições do projeto, que tiveram início em 2019. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

No caso específico da bolsista, as descrições das atividades são as seguintes: participação em reuniões do projeto; leituras literárias e teóricas previstas; levantamento de sugestões de temas e obras para as edições mensais; checagem periódica de e-mails; alimentação do site; divulgação do projeto nas redes sociais e institucionais; seleção e impressão de fragmentos poéticos para os eventos; elaboração e impressão de lista de presença para os eventos; presença no dia das edições e auxílios variados. Além disso, a bolsista ficará responsável pela elaboração das atas das reuniões da equipe, pela elaboração do relatório final do projeto e pela escrita de resumo e participação em evento acadêmico no qual apresente e dê visibilidade ao trabalho realizado.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 11ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de maio de 2021, dando sequência às edições do projeto. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 12ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de junho de 2021, dando sequência às edições do projeto. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 13ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de agosto de 2021, dando sequência às edições do projeto. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 14ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de setembro de 2021, dando sequência às edições do projeto. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 15ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de outubro de 2021, dando sequência às edições do projeto. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 16ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de novembro de 2021, dando sequência às edições do projeto. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

A 17ª EDIÇÃO do Literatura e Feminismos acontecerá no mês de dezembro de 2021, dando sequência às edições do projeto. A seleção dos livros a serem apresentados e debatidos, bem como a indicação dos nomes dos convidados e convidadas para mediarem o encontro serão definidas na primeira reunião do projeto. Optamos por não realizar encontros nos meses de janeiro, fevereiro e julho, em função do período de recesso acadêmico e férias de grande parte dos colaboradores do projeto.