Visitante
Tecendo afetos bordando arte
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Procarte
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
maria neudes sousa de oliveira
2021102202129085
departamento de agronomia
Caracterização da Ação
linguística, letras e artes
cultura
cultura
artes integradas
regional
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
melissa monteiro guimaraes
Vice-coordenador(a)
jairo miranda rocha
Voluntário(a)
natalice sousa de oliveira
Voluntário(a)
michely cristina dos passos santos
Voluntário(a)
pablo mendes costa
Bolsista
O isolamento social necessário ao enfrentamento do novo coronavírus, deflagrado no início de 2020, trouxe a muitas pessoas uma necessidade urgente de vivenciar e proporcionar experiências humanizadoras, afetivas, artísticas, estéticas e acolhedoras que pu
Bordarte, bordado, artes integradas, arte no campus e no campo, profissionalizando com arte, comunidades extrativistas
O grupo Bordarte: como surgiu e seu propósito Artistas e coletivos vêm cada vez mais se apropriando do ato de bordar como manifestação artística, de modo que nos últimos anos a proximidade do bordado com as artes plásticas vem cada vez mais se estreitando, imprimindo novos conceitos e significados a essa arte. Para Clüver (2011) e Rajewsky (2012), ao tratarmos o bordado como uma expressão artística que usa linha colorida e tecido no lugar de uma tela para escrever e ilustrar, entende-se ser esta também uma forma de intermidialidade, ou seja, de um processo de ressignificação por meio de uma expressão artesanal que era usada apenas como ornamentação doméstica e que agora é usada também como linguagem e expressão artística. O grupo Bordarte foi criado na UFVJM em 2015, com a intenção que representasse mais um espaço coletivo de troca de convivência e fazeres manuais no campus JK, quando, até então, não havia registro de nenhum outro grupo de fazer manual com esse perfil e propósito na instituição. Também por entender que a arte e a ciência devem caminhar juntas, e perceber os benefícios que a arte nos proporciona. A pretensão é de que o grupo se torne autossustentável, com senso de pertencimento coletivo, represente um espaço onde cada participante possa ser ao mesmo tempo mestre e aprendiz, com a grande pretensão de num momento futuro possa gerar renda, e beneficiar duplamente nossos estudantes. Assim, atuaria como uma ação mitigadora de evasão e estimuladora de permanência. O grupo Bordarte usa da prática do bordado, não apenas pelo simples executar da técnica, mas como um instrumento de socialização e por seus inúmeros segmentos e desdobramentos, buscando incentivar uma prática de inclusão que envolva as pessoas em um processo criativo, afetuoso e com possibilidade de geração de renda. Desde sua criação, o grupo Bordarte desenvolve projetos, na sua maioria vinculados à Proexc, com ações que envolvem desde oficinas quinzenais de bordados e artes afins no campus JK, das quais participam a comunidade interna e externa à UFVJM; oficinas de bordados em comunidades rurais; exposição em eventos em Diamantina; produção de material no formato videoaula sobre o tema, divulgado em redes sociais e em plataformas on line, como o “Tecendo afetos bordando arte”, um curso básico de bordado livre e espontâneo produzido e disponibilizado durante o isolamento social decorrente do enfrentamento ao novo coronavírus. Na presente proposta busca-se usar o bordado como um instrumento de intermidialidade entre expressões artísticas (poesia, literatura e música). Para isso, propõe promover oficinas motivacionais de bordado como prática e linguagem artística e poética, buscando envolver as pessoas em processo criativo, afetivo, inclusivo, mas também de formação/profissionalização, e com possibilidade de gerar renda.
O “Tecendo afetos bordando arte”: como surgiu A pressão psíquica, a dor física e simbólica geradas durante o período de isolamento necessário ao enfrentamento do novo coronavírus no início de 2020, aliada à impossibilidade de se relacionar socialmente, espacialmente ou mesmo profissionalmente, bateu à porta de muitas pessoas como uma necessidade urgente de proporcionar experiências humanizadoras, afetivas, artísticas, estéticas e acolhedoras que pudessem dar o conforto mínimo à situação que se estabelecera. Nesse contexto, a arte, seja ela a poesia, a música, a dança ou as artes manuais, fundamenta-se como fonte vital e alicerce capaz de sublimar fragilidades e terrenos mentais turbulentos. O fazer manual e o movimentar o corpo e a mente através da arte tem o intuito de potencializar e impulsionar o indivíduo em uma direção autônoma criativa, solucionadora e transformadora. É diante dessa premissa que muitos profissionais da área da saúde e de outras áreas recomendam utilizar a arte e seus fundamentos como um elemento essencial nos processos que nos conduzem ao autoconhecimento, à consciência corporal e às condições favoráveis à adaptação e à transformação. Para alguns, BORDAR é... “...é um processo terapêutico, uma forma de meditação, de relaxar, de diminui a ansiedade...” “...um espaço de superação...” Segundo Fouchy (2016), atividades como o bordado ativam áreas do cérebro responsáveis, por exemplo, pela atenção, concentração e memória, todas importantes para uma boa qualidade de vida. Segundo Stefan Koelsch (2010), neurocientista e professor de psicologia da música, da Freie Universität Berlin, a música tem a capacidade de evocar estruturas cerebrais responsáveis e criadoras do nosso universo emocional. Pode ser usada como terapia para ajudar pessoas que sofrem de transtornos cerebrais, como a depressão, além de transtornos provocados por estresses traumáticos e por ansiedade, uma vez que a música ativa áreas como o hipocampo (que poderia ter relação com a depressão) (KOELSCH 2010; ROCHA e BOGGIO 2013). Qualquer que seja o sentimento que se tem ao vivenciar práticas artísticas, ou os benefícios que esse fazeres, muitas vezes tão afetivos, nos proporcionam, bom mesmo é encontrar as pessoas para partilhar esses prazeres! Mas como isso não era possível num momento de isolamento para o enfrentamento ao covid-19, pensamos numa forma de, mesmo distantes, vivenciarmos uma dessas práticas bordando juntos, mesmo distantes. Nesse contexto foi pensado o “Tecendo afetos bordando arte”, como uma ação do projeto “Do isolamento social ao abraço poético: saúde corpo-mente-mundo através da dança, das artes manuais e da poesia”, aprovado na chamada pública edital Proexc 3/2020 no Enfrentamento ao novo coronavírus. Consistindo de um curso básico de bordado livre ou espontâneo, produzido no formato videoaula para permitir que chegasse às pessoas que apresentam impossibilidade de acessar eventos no formato live. O curso foi pensado como uma opção no envolvimento de pessoas em uma atividade artística capaz de proporcionar benefícios à saúde, e ao mesmo tempo representasse uma atividade produtiva, com possibilidade de gerar renda, o que poderia beneficiar pessoas com vulnerabilidade econômica, decorrente da pandemia e seus efeitos. Tecendo afetos bordando arte: De ação a projeto Por si só o bordado feito a mão já é um diferencial, e se associado a outras artes, agrega valor, capacita profissionalmente, motiva e mobiliza pessoas podendo gerar emprego e renda. Os aspectos psíquicos e os benefício que podem ser proporcionados ao bordar, somados à vulnerabilidade econômica decorrentes do enfrentamento ao novo coronavírus, e a aparente boa aceitação dos videoaulas já produzidos, manifestados por mensagens nos grupos sociais de pessoas que já acessaram o material, somado ao grande número de inscrições via formulário on line, nos motivou transformar o “Tecendo afetos bordando arte” em projeto.
Objetivo geral Promover a intermidialidade artística, integrando bordado, poesia e música, de modo a envolver pessoas em atividade artística, criativa e inclusiva, capaz de proporcionar benefícios à saúde, e ao mesmo tempo que represente uma atividade produtiva, de formação/profissionalização, e com possibilidade de gerar renda, o que poderá beneficiar pessoas com vulnerabilidade econômica, decorrente da pandemia e seus efeitos. Objetivos específicos -Disponibilizar os videoaulas de técnicas de bordado em plataformas on line, redes sociais e grupos de whats app; -Disponibilizá-los às associações comunitárias de comunidades distritais de Diamantina; -Por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Diamantina, nos Centros de referência de Desenvolvimento Social (CRAS) em Diamantina e seus distritos, à Vila Educacional de Meninas (VEM), Escola Profissionalizante Epil, Amparo Juvenil de Inserção Rápida (AJIR) e à Fundação Municipal do Bem estar do Menor (FUMBEM). -Incentivar práticas de inclusão que envolva as pessoas em um processo criativo, afetuoso e com possibilidade de geração de renda; -Contribuir para a promoção da saúde, o bem estar físico e emocional através dos alicerces interdisciplinares da arte (bordado/poesia/música); -Romper com o aspecto apenas instrumental do ato de bordar, mas usar da interdisciplinaridade para estimular/desenvolver o potencial de resiliência das pessoas às adversidades.
No período de vigência do projeto: -Produzir/elaborar entre 5 e 10 videoaulas sobre técnicas do bordado livre (integrando bordado, poesia e música) e disponibilizá-los em plataformas on line e em instituições de cunho social de Diamantina (VEM, AJIR, EPIL, CRAS e Associações comunitárias de comunidades extrativistas); -Realizar uma oficina mensal de bordado em duas das referidas instituições; -Elaborar um livro bordado de poesias e/ou textos autorais do público participante, como uma proposta de integração entre o bordado e a literatura, com o público da Vila Educacional de Meninas de Diamantina - VEM.
Divulgação Será elaborado um flyer para a divulgação de cada ação do projeto no portal da UFVJM, em grupos de whats app e outras redes sociais. Para o caso do bordado, junto ao flyer acompanhará um texto de divulgação no qual constarão informações sobre a projeto e um link para inscrição via formulário on line. A inscrição via formulário será facultada ao participante de acessar qualquer material produzido, mas condição para aquisição de certificado. Além da inscrição, o compartilhamento de trabalhos bordados com as técnicas de cada videoaula também será uma condição para a obtenção do certificado. Ação 1: Produção de videoaulas sobre técnicas de bordado livre – atividade remota Como forma de dar continuidade ao “Tecendo afetos bordando arte” serão produzidos entre 5 e 10 vídeos sobre técnicas de bordado livre ou espontâneo, com duração entre 30 e 40 minutos, seguindo o mesmo padrão dos já produzidos em projeto anterior da Proexc, de enfrentamento ao novo coronavírus. Em cada vídeo serão apresentadas dois ou três tipos de pontos. Serão apresentadas possibilidades de uso e aplicações, com apresentação de possíveis produtos que poderão ser gerados. A produção dos vídeos ocorrerá de forma amadora, utilizando-se de smartfone, com posterior edição. Constará de uma parte introdutória, das técnicas do bordado e de imagens que demonstrarão as possibilidades de uso e aplicação da técnica ensinada, seguindo o padrão dos videoaula já produzidos e publicizados. Integrando artes - bordado, música e poesia Seguindo o padrão dos videoaula já produzidos e publicizados (Tecendo afetos bordando arte – nas plataforma on line - youtube do projeto e da Proexc), o conteúdo será intercalado com música (voz, violão e viola caipira) e declamação de poesia. Forma de acesso do público alvo aos videoaulas O material produzido será divulgado: - Em plataformas on line, como instagram e youtube, e grupos de whats; - Além de estarem ancorados nas plataformas on line, e demais meios de divulgação supracitados, por meio da parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Diamantina, o material chegará ao público de instituições como os Centros de referência de Desenvolvimento Social (CRAS) em Diamantina e em seus distritos, à Vila Educacional de Meninas (VEM), Escola Profissionalizante Epil, Amparo Juvenil de Inserção Rápida (AJIR) e à Fundação Municipal do Bem estar do Menor (FUMBEM); - Em Associações Comunitárias de comunidades extrativistas, com as quais a equipe já apresenta alguma interação decorrente da realização de ações contempladas em projetos anteriores. Ação 2: Realização de oficinas presenciais de bordado em instituições propostas pela Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de Diamantina "Sentados em roda, o tecido no colo, linha e agulha na mão, os participantes têm a oportunidade de vivenciar o fazer manual em um exercício que permite a circulação dos afetos e as escutas das vozes". Além da produção do curso de bordado no formato videoaula, se possível (a depender de qual cenário de saúde pública decorrente do coronavírus) serão realizadas algumas oficinas presenciais em algumas das instituições já mencionadas. Numa etapa inicial, procurar-se-á identificar/conhecer o potencial da equipe e dos participantes para atividades relativas ao perfil da proposta, não somente às voltadas às habilidades manuais, principalmente ao bordado em si, mas para outras habilidades afins, que no decorrer do processo poderão ser incorporadas. Parte-se da premissa que, dependendo do que for desenvolvido pelo grupo, outras habilidades poderão ser necessárias, buscando não somente agregar valor, mas por se pretender o estreitamento entre o bordado e outras manifestações artísticas/segmentos das artes. Buscando desenvolver o potencial e a habilidade destes participantes, estes serão estimulados para a livre expressão da imaginação, de forma a expressar um significado próprio no fazer, ao escolher o risco, a linha e no elaborar seu mostruário. Ressalta-se que embora as atividades estejam planejadas, a equipe terá o cuidado de ajustar o plano inicial de acordo com a necessidade do grupo, respeitando, principalmente, o perfil dos envolvidos (participantes e equipe). "A oficina de bordado pode também se constituir em um exercício formativo, considerando-se formação, processo formativo, em especial, o formar cidadãos". O aprendizado por novas mãos requer conscientização, paciência e força de vontade. Para que estas novas mãos aprendam a “escrever” e se tornem tão habilidosas, quanto aquelas que as ensinaram, há necessidades de folhas de um caderno específico que será o local da primeira experiência do aprendiz. Este caderno de aprendizagem do bordado chama-se “pano de amostra”; será escrito não com lápis ou caneta, mas com agulha, terá no lugar da grafita ou tinta, a linha, a qual possibilitará uma diversidade inimaginável de letras que vão compor palavras, frases e textos que contam histórias e preservam a memória. (Braga, 2006) Cada participante receberá "seu caderno e seu lápis" (um pedaço de tecido e agulha) para registrar seu aprendizado. Buscando desenvolver o potencial e a habilidade dos participantes, evitando apenas o aspecto instrumental do ato de bordar, estes serão estimulados para a livre expressão da imaginação, com a criação e inserção de novos estilos de bordados ou materiais, de forma a expressar um significado próprio no fazer. Buscar-se-á, efetivamente, o participativo, a troca de saberes, a soma de ideias e de energias. O grupo bordarte, pensado para ser duradouro e com um propósito nobre, buscará oportunizar que cada membro do grupo (equipe e participantes) seja, ao mesmo tempo ou alternadamente, aprendiz e mestre. É essa linha de pensamento que, de forma coesa, os membros de equipe buscarão transferir aos participantes. "O risco é um caminho a arriscar, a escolher ou refazer. O círculo do bastidor passa a limitar a criação, e o dedal tira os movimentos. O avesso transforma-se em novas possibilidades". (Ângela, Marilu, Marta e Sávia, do Grupo Matizes Dumont, referindo-se ao pressuposto para a liberdade de criação). A partir do domínio do ponto básico, cada participante confeccionará seu próprio mostruário, de modo que, no final dessa fase, considerando a capacidade de criação de cada um, cada mostruário, com sua peculiaridade e beleza, seja personalizado, emprestando à amostra a marca de quem a executou. No final da fase de aprendizagem, cada participante terá construído o seu próprio mostruário de pontos. Ressalta-se que durante todo o período de execução das oficinas o público será estimulado a criação do novo e a troca de saberes, além de saudável relacionamento entre os envolvidos, buscando sempre que o ambiente seja acolhedor, havendo auxílio mútuo entre os participantes, pressupondo serem essas as premissas para o entusiasmo e continuidade desses no processo. Numa etapa final propõe-se que sejam discutidas as possibilidades de produtos que poderão ser elaborados com as técnicas adquiridas e que poderão constituir material para uma Mostra e, se possível, comercialização. Ação 3: Poesilinha Atividade presencial, podendo ser parcialmente remota. Essa ação ocorrerá presencialmente com o público das instituições indicadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura de Diamantina, principalmente da VEM e CRAS, cujo interesse já foi averiguado. Buscando uma conexão entre a literatura e o bordado, nesta ação buscar-se-á bordar poesias previamente selecionadas. A ideia não se resume a bordar um texto, mas abordar/reforçar o aspecto literário da poesia. Além de incentivar o gosto pela leitura, propõe-se transpor uma obra de arte literária para outra forma de expressão e interpretação, o bordado à mão, dando espaço a percepções individuais acerca do texto escolhido. “Assim como o bordado, a poesia toma frente e avesso desafiando a leitura entre os espaços das palavras, das letras, dos pontos e vazios que compõem cada verso” (Para Penélope Martins - poetisa e contadora de histórias - MURRAY e DUMONT 2020). Em um primeiro momento, na etapa de sensibilização, será mostrado como o bordado aparece nas artes visuais da contemporaneidade, principalmente como materialidade artística em obras literárias e poéticas. Num segundo momento será abordado o aspecto instrumental da técnica de bordar. Em um terceiro momento, na parte prática, será proporcionado um momento de abordagem coletiva de obras literárias com poesias. Os participantes terão como base poesias ou obras literárias selecionados de acordo com temática a ser definida. Será facultada a seleção e confecção de poesias e/ou textos autorais dos participantes. O propósito é que as palavras possam ser bordadas ou ilustradas. Por fim, os trabalhos integrarão uma exposição visual. O "Poesilinha" é a integração do bordado com a literatura/poesia, durante a qual poesias (ou trechos de textos) selecionadas pelo público participante serão bordadas. Pensada para ser uma atividade parcialmente ou totalmente presencial (a depender da recomendação de autoridades de saúde e da política da própria instituição referente ao enfrentamento à pandemia), realizada principalmente com o público da Vila Educacional de Meninas (VEM), uma organização vinculada à Sociedade Protetora da Criança e da adolescência, que atualmente assiste mais de 90 meninas. Como produto para da ação proposta para essa instituição, pensar-se-á na produção de um “livro bordado”. Quiçá com a história da própria instituição VEM! "Bordar é escrever com linhas palavras, imagens e conceitos. É dar corpo aos afetos no tecido". "A palavra feita de linha ganha intensidade e força no silêncio dos grandes espaços vazios que surgem nas obras do artista". (Leonilson - artista cearense) Indicadores de avaliação do projeto A presente proposta apresenta ações que ora são presenciais (como as “Oficinas de bordado” e o “Poesilinha”), ora remotas (videoaulas publicizados em plataforma on line e redes sociais). A princípio, as atividades remotas não serão ao vivo, no formato lives. Isso porque, segundo a SDS, o público-alvo das ações propostas, na sua quase totalidade não tem acesso à internet de forma a permitir lives, nem mesmo celulares como smartfone. Esperamos que por ocasião de execução das propostas a questão do isolamento social decorrente do enfrentamento ao novo coronavírus tenha sido solucionada. Nesse caso, alguns ajustes metodológicos poderão ocorrer. Dessa forma, fica difícil estabelecer indicadores de avaliação. No entanto, tentar-se-á um retorno do público-alvo via Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura de Diamantina, mediadora entre equipe e público-alvo. Para qualquer que seja a forma de retorno proposto, considerar-se-ão os seguintes indicadores de avaliação: - Número de acessos aos videoaulas nas plataformas on line; - Número de pessoas interessadas e que utilizarão dos vídeos-aula, partilhando algum produto nos números de whats app informados no flayer de divulgação; - Número de pessoas que farão inscrição via formulário on line de inscrição ou via email; - Taxa de evasão dos participantes - será considerada a diferença entre o número de pessoas que acessarão o primeiro e o último videoaula e/ou o número de materiais bordados partilhado/postados pela mesma do início até o final da divulgação dos materiais; - Interesse demonstrado pelos participantes durante a execução da ação, seja ela presencial ou remota (interação via whats app) - será uma avaliação qualitativa de percepções e análises, por parte de um representante de cada uma das instituições; -Apresentação de possíveis produtos pelos participantes no final da proposta; -Percepção, por parte da equipe, em diálogo com a SDS da aceitação das ações propostas. -Qualquer outra forma de retorno ou interação dos participantes com a equipe. Somado a isso, o/a representante da SDS e de cada uma das instituições do público alvo serão convidados/as a descrever/narrar suas próprias percepções e análises das ações propostas e implementadas, em contexto com a realidade vigente de isolamento social e como ação de enfrentamento a essa situação (durante ou após a pandemia). Nesse sentido, torna-se necessária a interação/participação da equipe com a representante da SDS e das instituições no decorrer de todo o processo.
BRAGA, João, 2006. Reflexões sobre moda, volume IV. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 2006. CLÜVER, Claus. Intermidialidade. Pós: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes – EBA/UFMG, v. 1, n. 2, p. 8–23, 2011. MURRAY, R.; DUMONT, M. 2020. Nas entrelinhas. Residência no ar. Edições digitais. 38 p. RAJEWSKY, Irina O. Intermidialidade, intertextualidade e “remediação”: uma perspectiva literária sobre intermidialidade. Trad. Thaïs Flores Nogueira Diniz e Eliana Lourenço de Lima Reis. ROCHA, V. C.; BOGGIO, P. S. A música por uma óptica neurocientífica. Per Musi, Belo Horizonte, n.27, 2013, p.132-140
Não restringindo a inserção de discentes apenas na presente proposta, mas nas atividades desenvolvidas pelo grupo Bordarte, que envolvem a comunidade interna, incluindo discentes, e a comunidade externa à UFVJM. Além de discentes bolsistas, sejam os vinculados a projetos da Proexc (no caso Procarte) ou os detentores de cotas de bolsa permanência, também os discentes participantes das oficinas e das atividades do grupo como um todo.
O grupo Bordarte foi criado em 2015 na UFVJM e desde então realiza ações que utilizam o bordado nas suas mais variadas formas de expressão e de integração com outras artes. Nesse peculiar momento de enfrentamento ou de “quase” (tomara!) pós-enfrentamento ao novo coronavírus, as ações previstas nesse projeto, além de promoverem a saúde e o bem estar físico e emocional através dos alicerces interdisciplinares da arte (bordado/poesia/música), as oficinas motivacionais de bordado podem constituir um processo de formação/profissionalização de pessoas com vulnerabilidade econômica e/ou social. Observação: 1-No campo PERIODICIDADE DAS ATIVIDADE, por não existir a opção para as atividades realizadas uma única vez, para as ações com essa periodicidade foi selecionada a opção ANUALMENTE. 2-Embora no campo ABRANGÊNCIA DA AÇÃO tenha sido escolhida a opção REGIONAL, a postagem dos vídeos produzidos em plataformas on line expande a abrangência para NACIONAL e INTERNACIONAL.
Público-alvo
O quantitativo desse público é indefinido. Embora sem muito significado para o que se propõe, os dois videoaulas postados no youtube em outubro tiveram 225 acesso até 21-10-20.
O número de inscritos via formulário eletrônico até 21/12 (65) nos indica o número real de interessados no conteúdo do vídeo, pois, a inscrição e o partilhamento de material bordado com os pontos do módulo são as condições para a emissão de certificado no
A Vila Educacional de Meninas é uma Associação da Sociedade Protetora da Infância em Diamantina, criada em 1994, que atualmente presta assistência a 94 meninas.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de Diamantina - SDS, que é parceira na presente proposta, o público da Fumbem teria interesse nas ações da proposta.
A Escola Profissionalizante Irmã Luiza é outra instituição que integra a Sociedade Protetora da Infância. Atende crianças e adolescentes que vivem em fraca condição econômica e social. Segundo o site da Sociedade Protetora da Infância e do Adolescente (
Número informado para efeito de preenchimento do campo. Sem confirmação de veracidade. Público da AJIR está entre os informados pela SDS da prefeitura de Diamantina como interessado pelo conteúdo da proposta. A AJIR é outra instituição em Diamantina que
Número informado para efeito de preenchimento. São três unidades CRAS em Diamantina sede e seis unidades de CRAS nos distritos. Segundo a SDS da Prefeitura Municipal de Diamantina, são quase 100 pessoas atendidas em somente uma das unidades da sede.
Por já existir uma relação da equipe, o público referido é o da Associação Comunitária de Raiz (P. Kubitschek), de Galheiros, de Macacos (Diamantina) e de Capivari (Serro). Estimou-se 20 pessoas por comunidade.
Municípios Atendidos
Diamantina
Presidente Kubitschek
Serro
Parcerias
Embora mencionada a parceria da SDS para efeito de agilidade e facilidade de inserção no sistema, essa secretaria será apenas mediadora entre as várias instituições (exceto as Associações comunitárias) que de fato atuarão como parceiras, listadas no item
Cronograma de Atividades
Toda a equipe será informada por email sobre a aprovação da proposta.
Todos os gestores das instituições informadas pela SDS da Prefeitura como público-alvo da proposta serão contatados para obtenção formal da anuência e informar sobre o início das atividades e encaminhamentos referentes a agendamentos.
Será divulgado no portal da UFVJM sobre a necessidade de bolsista para o referido projeto, bem como o perfil necessário.
O curso de bordado produzido no formato videoaula será em módulos, cada módulo correponderá a um videoaula. Os videoaulas estarão sendo produzidos e publicizados com uma frequência quinzenal ou mensal.
Durante todo o desenvolver da proposta tentar-se-á, a partir de seis meses de seu início, e três meses após a divulgação do primeiro módulo do curso, um retorno via SDS e gestores das instituições indicadas por esta, bem como os presidentes das associações comunitárias, seguindo indicadores descritos na metodologia.
Pensada para ser desenvolvida quinzenalmente durante seis meses, totalizando seis encontros. O "Poesilinha" é a atividade que busca a fusão do bordado com a literatura/poesia, durante a qual poesias selecionadas pelo público participante serão bordadas. Pensada para ser uma atividade parcialmente ou totalmente presencial (a depender da recomendação autoridades de saúde e da política da própria instituição referente ao enfrentamento à pandemia) realizada principalmente com as meninas da Vila Educacional de Meninas que atualmente assiste mais de 90 meninas.
Decorrentes 8 meses de início das atividades a equipe se reunirá isoladamente com gestores de cada instituição para avaliação do andamento das atividades e proposições de encaminhamentos. Nesse encontro poder-se-á obter a avaliação da responsividade das ações do projeto como um todo.
Independente de outras atividades, serão organizadas as oficinas presenciais de práticas do bordado, em frequência e lugar (instituição) a serem definidos nos primeiros encontros com os gestores das instituições. Dependerá da demanda.
Embora não tenha a opção SEMESTRALMENTE no campo PERIODICIDADE DA ATIVIDADE, o relatório parcial será confeccionado aos seis meses após o início de execução das ações da proposta, conforme edital (02-01-2021).
A data de início e final foi citada para efeito de preenchimento do campo. A apresentação dependerá da data em que ocorrerá o SINTEGRA na UFVJM, ou outro evento afim.
Será elaborado no último mês de vigência do edital.