Visitante
Insetos e o Ecossistema: Conexões para a Educação e a Inclusão
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
sebastião lourenço de assis júnior
20251012025434929
departamento de engenharia florestal
Caracterização da Ação
ciências agrárias
meio ambiente
cultura
desenvolvimento regional
regional
Não
Membros
gilson geraldo soares de oliveira junior
Voluntário(a)
gabriella aparecida salis de carvalho
Voluntário(a)
fabrício mariz aguiar filho
Bolsista
Este projeto de extensão visa envolver a comunidade acadêmica com as instituições sociais de Diamantina, com foco naquelas inseridas na Zona de Amortecimento do Parque Estadual do Biribiri, turistas visitantes em Diamantina e pessoas em condições de vulnerabilidade. Por meio do diálogo inclusivo, palestras e ensino sobre os serviços ecossistêmicos promovidos pelos insetos, busca apresentar uma nova visão sobre esse grupo tão erroneamente desprezado. Embora sejam inúmeros os benefícios proporcionados pelos insetos, eles são na maioria das vezes lembrados como pragas, por danificarem as culturas ou por transmitirem doenças, estando associados a sentimentos de nojo, medo ou mesmo desprezo. Assim, há necessidade de difundir e elucidar seus fundamentais serviços ecossistêmicos como polinização, dispersão de sementes, decomposição, agentes de controle biológico ou fornecedores de produtos de elevado valor comercial (mel, seda, corantes). Além de servirem de alimento para animais e para o homem. Assim, os insetos se destacam como a Classe mais importante do Filo Arthropoda e é necessário que a sociedade tenha uma correta percepção, culminando com o respeito e valorizarão deste grupo animal. Como meta, espera-se que após a execução deste projeto, a sociedade possa vivenciar na prática a importância deste grupo animal e tenham um olhar diferenciado sobre os insetos, como animais indispensáveis ao equilíbrio natural dos ecossistemas. Pretendemos, ainda, desenvolver a integração dos inúmeros agentes sociais a fim de estabelecer vínculos, troca de experiencias de vida e a oportunidade de reinserção social para aqueles em situação de vulnerabilidade.
Insetário, Coleções, Incrustação, Unidades de conservação, Desmistificação, Inclusão
Um dos principais alvos da educação ambiental é a conscientização. Os insetos constituem cerca de 80% das espécies animais do planeta. Estima-se que existam de 5 a 30 milhões de espécies. No entanto, apenas cerca de 1 milhão delas foram catalogadas e, portanto, conhecidas pela ciência (Neto et al., 2015). Por serem o grupo animal de maior diversidade em nosso planeta, são encontrados nos mais variados ecossistemas. O Campo Rupestre é um tipo fitofisionômico, predominantemente, encontrado no Parque Estadual do Biribiri (PEB). É caracterizado por possuir vegetação aberta com predominância de extratos herbáceo-arbustivo, que varia de pastagens naturais propensas ao fogo e ambientes de savana até topos de morro. Sua vegetação majoritariamente endêmica ocorre em altitudes superiores a 900 metros, muitas vezes com afloramentos rochosos (Fernandes et al., 2020). Esse endemismo na diversidade vegetacional característico, sem dúvida, reflete na prevalência da fauna que o habita, especialmente os insetos que são um dos grupos bioindicadores mais sensíveis em relação às tipologias encontradas nos ecossistemas. O sucesso da Classe Insecta em nosso planeta se deve, dentre outros aspectos, ao seu exoesqueleto que confere resistência à perda d’água e robustez à abrasividade. E, a estratégia reprodutiva, tipo R, caracterizada pela prole numerosa, ciclo de vida curto e alta mortalidade. Assim, podemos afirmar que esse grupo do Filo Arthropoda é um dos mais adaptados, e aferir que esse seria “o mundo dos insetos”. Portanto, um dos objetivos deste projeto é amostrar uma parcela desta diversidade, especialmente aqueles encontrados na região de Diamantina, notadamente no bioma Campo Rupestre do PEB. A fim de demonstrar a importância dos insetos para o homem e para o equilíbrio natural dos ecossistemas propomos o projeto “Insetos e o Ecossistema: Conexões para a Educação e a Inclusão”. Essa iniciativa prevê a disponibilização, para os atores sociais envolvidos, de coleções em que os insetos sejam montados, armazenados e conservados em caixas entomológicas ou resinados individualmente, o que facilita o transporte para o uso nas ações de educação ambiental. As atividades desenvolvidas neste projeto de extensão possibilitarão que a comunidade universitária se envolva com a sociedade (crianças, moradores, visitantes do PEB e turistas em viagem à Diamantina) e vivencie na prática a importância deste grupo animal. Além disso, possibilitará um novo olhar sobre os insetos, animais indispensáveis ao equilíbrio natural dos ecossistemas. Estimulando a solução de problemas, superação de dificuldades, e a troca de conhecimentos e saberes. Diante do exposto, este projeto será um instrumento de socialização, buscando incentivar uma prática de inclusão que envolva as pessoas em um processo criativo, valorizando o ambiente, conservando e descrevendo espécies locais.
Particularmente, o interesse pelo tema remonta à trajetória acadêmica na condição de docente e pesquisador de Entomologia. Após inúmeros anos estudando a classe Insecta pude vivenciar o quanto os representantes desta classe impactam o ecossistema, tanto positiva quanto negativamente. Os serviços ecossistêmicos prestados por esses indivíduos são numerosos e sua preservação, na minha percepção, deve ser objeto de admiração e contemplação. Diante do exposto, torna-se natural e intuitivo conciliar a prática acadêmica, via ciência e pesquisa, com a inclusão social. Essa relação tende a beneficiar mutuamente os agentes envolvidos, principalmente os discentes do curso de Engenharia Florestal, turistas e alunos do ensino fundamental. Ademais, a expansão do projeto para esfera daqueles desfavorecidos socialmente pode auxiliar na ressocialização de indivíduos. Minha experiencia pessoal com artrópodes, com ênfase em Insetos, me permitiu compreender a relevância destes animais e repassar, com êxito, aos meus discentes da graduação e pós graduação, o impacto positivo destes no ecossistema. Sendo assim, estender o conhecimento, além das fronteiras da universidade, pode proporcionar alavancagem do interesse da sociedade pelo tema “Insetos” e auxiliar na dinâmica do ensino. Considerando o aspecto conciliador do projeto, o público acadêmico atingido não deve se limitar àqueles com alto coeficiente acadêmico, justaposto que essa métrica não reflete, necessariamente, o perfil dos estudantes dispostos a trabalhar com artes manuais e/ou preservação natural. É essencial que o discente manifeste interesse e afinidade com cultura, arte, preservação ambiental e senso de compartilhamento. Ainda atualmente, infelizmente, um número limitado de pessoas atenta-se ao quanto nossa vida está intimamente atrelada aos insetos, ora por desconhecimento, ora por repulsa. É importante desmistificar essas crenças, desde o ensino básico até a esfera de ensino superior. Não obstante, vale ressaltar também aspectos legislativos que baseiam a relevância deste projeto. De acordo com nosso aparato jurídico o tripé formado pelo ensino, pesquisa e extensão constitui o eixo fundamental da Universidade brasileira e não pode ser compartimentado. O artigo 207 da Constituição Brasileira de 1988 dispõe que “as universidades [...] obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Equiparadas, essas funções básicas merecem igualdade em tratamento por parte das instituições de ensino superior, que, do contrário, violarão o preceito legal (Cordeiro Moita e Andrade, 2009). Baseado nesse eixo indissociável, vimos propor o projeto de extensão “Insetos e o Ecossistema: Conexões para a Educação e a Inclusão” com o firme propósito de proporcionar a permuta de saberes entre a academia e a comunidade envolvendo a mais importante Classe dos artrópodes, os insetos. Embora sejam inúmeros os benefícios proporcionados pelos insetos, eles são na maioria das vezes lembrados como pragas, por danificarem as culturas ou por transmitirem doenças, estando associados a sentimentos de nojo, medo ou mesmo desprezo. Assim, há necessidade de difundir e elucidar seus fundamentais serviços ecossistêmicos como polinização, dispersão de sementes, decomposição, agentes de controle biológico ou fornecedores de produtos de elevado valor comercial (mel, seda, corantes). Além de servirem de alimento para animais e para o homem. Assim, os insetos se destacam como a Classe mais importante do Filo Arthropoda e é necessário que a sociedade tenha uma correta percepção, culminando com o respeito e valorizarão deste grupo animal. Como meta, espera-se que após a execução deste projeto, a sociedade possa vivenciar na prática a importância deste grupo animal e tenham um olhar diferenciado sobre os insetos, como animais indispensáveis ao equilíbrio natural dos ecossistemas. Pretendemos com essas atividades de extensão transmitir informações sobre a diversidade e importância dos insetos, envolvendo tanto seu comportamento daninho quanto os aspectos fundamentais ao exercerem serviços ecossistêmicos. Nesse contexto, coleções entomológicas se apresentam como instrumento que desperta o interesse das pessoas, sendo uma excelente oportunidade para praticar a troca de saberes. Por serem de baixo custo e visualmente atraentes, devido à diversidade de cores e formas dos insetos, apresentam enorme potencial de tornar as mostras e palestras mais interessantes e envolventes. Ademais, pode contribuir para reduzir a repulsividade por esses organismos e trabalhar com questões de respeito à vida, importante valor para a transformação social.
Geral: O projeto tem o objetivo de promover a educação ambiental ao integrar conhecimentos, buscando a permuta de saberes envolvendo insetos em coleções fixadas ou resinados individualmente, visando proporcionar aos atores sociais uma vivência com os diferentes grupos de insetos, encontrados no PEB e região de Diamantina. Específicos: Promover a indissociabilidade em pesquisa-ensino-extensão, já que o escopo deste projeto de extensão está diretamente relacionado com a coleta e descrição de espécies na região (pesquisa), a disciplina FLO114 - Entomologia Geral, ofertada para os cursos de Agronomia e Engenharia Florestal da UFVJM, além de docentes do NEEF (ensino) e a sociedade, aqui representada por visitantes de Diamantina - Centro Histórico e PEB e crianças do ensino fundamental. Essa interação tem o propósito de levar à comunidade externa conhecimentos que permitam a superação de preconceitos quanto aos insetos. E com isso, promover consciência ecológica apurada, cujo impacto possa contribuir na transformação social. Crianças mais conscientes dos preceitos ambientais se tornarão adultos mais comprometidos com a preservação. Já os adultos, especialmente os visitantes em Diamantina, terão a oportunidade de conhecer nossa fauna e adicionar ingrediente à essa mistura de atrativos culturais e ambientais do município. Por fim, os indivíduos privados de liberdade terão a oportunidade de realizar um trabalho que possa ressociá-los, ser convertido em dias de redução da pena e contribuir para sua reinserção na sociedade.
As metas foram consideradas a partir dos objetivos específicos, no qual se propõe alcançar o que se apresenta. O projeto "Insetos e o Ecossistema: Conexões para a Educação e a Inclusão" visa envolver os estudantes da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA / Diamantina - MG), instituições de ensino, instituições públicas, visitantes no PEB e Mercado Velho, além da população carcerária do município de Diamantina com intuito de despertar o interesse pela ciência, promover a criatividade e ressocialização de indivíduos desfavorecidos. Por meio de atividades educativas e fomento à preservação de insetos será possível criar artefatos que auxiliarão na didática acadêmica e exercerá a transformação social dos envolvidos. Além da confecção das coleções de insetos incrustados e fixados em caixas de madeira, as ações de extensão irão abranger exposições rotineiras da coleção entomológica em locais estratégicos de grande fluxo de visitação no município de Diamantina e escolas de ensino fundamental. As apresentações serão compostas por palestras sobre o tema, ministradas pelos discentes de graduação do Curso de Engenharia Florestal, especialmente os componentes do NEEF. O público alvo será estimulado a avaliar o conteúdo discutido, mediante preenchimento de formulário, com intuito de propor melhorias e/ou apontar os acertos do trabalho desenvolvido. Os acadêmicos irão confeccionar relatórios para compor a percepção da experiência sobre o projeto. É estimado que 500 pessoas sejam beneficiadas diretamente pelas ações discriminadas acima. Apesar disso, o alcance indireto do projeto deve permear um quantitativo superior a 5000 pessoas. Conteúdos científicos relacionados ao tema "Insetos e o Ecossistema: Conexões para a Educação e a Inclusão" serão disponibilizados na página do Instagram do grupo de estudos em Entomologia Florestal da UFVJM (@neef_ufvjm - NEEF UFVJM) e toda comunidade universitária será convidada a participar e interagir com a rede social. Ao término do projeto, o bolsista de extensão irá redigir o relatório final, contemplando o relato de experiência sobre o projeto, sendo também, tema do seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). E, no prazo de execução do projeto objetiva-se conscientizar, pelo menos, 70% dos alunos e agentes sociais na rede de ensino fundamental, quanto a importância de preservação ambiental, a captação e registro material das memórias ambientais da região.
8.1. Coleta dos insetos Os insetos serão coletados no PEB, manualmente ou utilizando redes entomológicas, além de armadilha luminosa, alimentada por bateria 12v. Após a coleta, os insetos serão acondicionados em potes ou caixas e encaminhados ao Laboratório de Entomologia Florestal (LEF) da UFVJM. Os alunos matriculados na disciplina FLO114 - Entomologia Geral, cerca de 40 por semestre, poderão disponibilizar, cada um, 20 insetos para comporem as coleções fixadas em caixas entomológicas, confeccionadas em madeira com tampa de vidro. 8.2. Montagem e conservação dos insetos em coleções entomológicas Os insetos serão mortos em câmara mortífera, utilizando gases tóxicos como o acetato de etila (adultos ou que tenham corpo duro) ou álcool 70% (jovens, insetos ápteros ou de corpo mole). No caso de borboletas e mariposas serão utilizados esticadores de asas (Macedo, 2022). Após esse processo, serão montados em placas de isopor utilizando alfinetes entomológicos, para arranjar os apêndices como antenas, asas e pernas, e alfinetes de montagem para diferentes ordens de insetos (Capanaga et al., 2022). Após coleta e matança, os insetos serão montados em placas de isopor, dentro de caixas de papelão. Estes comporão as coleções de insetos fixados e, ainda, é possível utilizar exemplares replicados da coleção da UFVJM como aporte e adição no projeto. Esses também compõem o acervo da biodiversidade local, uma vez que os insetos apresentados são sempre coletados na região de Diamantina. 8.3. Resinagem dos insetos (incrustação) Após a coleta, os insetos serão acondicionados em potes ou caixas e levados ao LEF para serem mortos, montados e incrustados. Os indivíduos selecionados para uso nas mostras e palestras serão fixados em blocos de resina, individualmente, ou montados em caixas de madeira. A incrustação consiste no processo de imersão do inseto em resina, sobre um molde. Essa substância é misturada com um catalisador, responsável por acelerar o processo de endurecimento, e despejada no molde. O inseto é, então, acondicionado dentro dessa estrutura, com a resina, e colocado para secar por 48 horas, formando então um bloco rígido e transparente. Após a secagem, as bordas são lixadas para proporcionar acabamento ao produto final, preservando o inseto em seu interior (Junior et al., 2017). Os insetos utilizados para incrustação devem manter as características naturais, estando em perfeitas condições. 8.4. Capacitação e intervenção A capacitação no processo de incrustação será coordenada pelo aluno bolsista, com ampla experiência e domínio na técnica, e, a princípio, será voltada para os membros do NEEF e alunos dos cursos de Engenharia Florestal e Agronomia. Essa interação permitirá aos discentes desenvolverem uma habilidade, enquanto possibilita a oportunidade de aprimoramento da técnica de incrustação, permitindo replicar o processo e aplicá-lo em contextos diversos. A proposta também visa expandir esse aprendizado para aqueles desfavorecidos e em condições de privação de liberdade do Sistema Prisional de Diamantina. Desta forma, oferecendo-lhes uma chance de aperfeiçoamento e qualificação. Essa iniciativa prevê o desenvolvimento em um ofício que possa contribuir para o processo de ressocialização. A fase final do projeto, que consiste no polimento das peças, será realizada por esses participantes, possibilitando uma participação ativa e significativa no processo. 8.5. Participação de cada ator social (público-alvo) Ator Social: Estudantes das Escolas Municipais e público virtual do Instagram NEEF (@neef_ufvjm). Participação: Serão apresentadas oficinas, mostras de insetos e palestras nas escolas a fim de iniciar as crianças na compreensão da biodiversidade, importância da preservação ambiental e disseminar essas informações para acessantes das redes sociais do NEEF. Ator Social: Visitantes do Parque Estadual do Biribiri e do Mercado Municipal de Diamantina Participação: É essencial que visitantes apoiem atrações que se utilizam de práticas sustentáveis e participem de eventos que destaquem a conservação e preservação ambiental da comunidade local. Portanto, o objetivo do projeto é expor aos turistas uma amostra da diversidade biológica de insetos da região de Diamantina e transmitir a importância destes para o equilíbrio ambiental. Ator Social: Meninas da Vila Educacional de Meninas - VEM e meninos da Escola Profissional Irma Luiza - EPIL Participação: As escolas assumem papel fundamental no senso de mundo das crianças e adolescentes. É neste ambiente que o jovem desenvolve uma parcela significativa da compreensão do mundo social. Sendo assim, o projeto irá desenvolver ações que abranjam os alunos e permita minimizar as diferenças sociais, elimine barreiras psicológicas e impressões quanto à universidade e aproxime academia do ensino básico. Ator Social: Alunos dos cursos de graduação em Ciências Agrárias da UFVJM (Agronomia e Engenharia Florestal) Participação: Caberá aos alunos o auxílio na produção das caixas entomológicas, peças incrustadas e disseminação das informações sobre o projeto. Ator Social: Indivíduos privados de liberdade do Sistema Prisional do município de Diamantina. Participação: O projeto busca produzir oportunidades de reinserção e reintegração social daqueles indivíduos privados de liberdade. 8.6. Sistemática de acompanhamento 8.6.1. Planejamento Inicial Reunião de Abertura: Realizar uma reunião com todos os envolvidos. Definição de Metas e Cronograma Capacitação de Equipe 8.6.2. Registro e Monitoramento das Atividades Relatórios Mensais Documentação Fotográfica e Audiovisual: Registrar em foto e vídeo as principais atividades Feedback Contínuo: Aplicar questionários ou formulários simples. 8.6.3. Avaliação Periódica e Intermédia Reuniões de Avaliação Bimestral Análise de Indicadores Chave: Avaliar se os indicadores estão sendo atendidos. Relatório de Impacto Acadêmico e Social: Produzir relatórios parciais que quantifiquem o impacto das ações. 8.6.4. Sistematização e Relatório Final Relatório Final do Projeto Sessão de Avaliação Final com os Parceiros Publicação dos Resultados: Publicação dos resultados nas redes sociais do Núcleo de Estudos. 8.7. Indicadores de avaliação 8.7.1. Indicador de Impacto Educacional a) Proporção de participantes (percentual): Avaliar a quantidade e interação por meio de questionários pré e pós-intervenção. b) Número de atividades realizadas 8.7.2. Indicador de Inclusão Social a) Percentual de participação de grupos sociais diversificados b) Redução da pena acumulada por cada participante do sistema prisional 8.7.3. Indicador de Desenvolvimento Acadêmico a) Número de discentes participantes b) Produção acadêmica 8.7.4. Indicador de Preservação Ambiental a) Quantidade de coleções entomológicas criadas e resinadas b) Número de exemplares coletados e catalogados 8.7.5. Indicador de Comunicação e Divulgação a) Alcance nas redes sociais do NEEF e engajamento nas postagens sobre o projeto b) Participação do público em eventos de exposição
CAPANAGA, P. X. A. A; SILVA, F. M; IANNUZZI, L. Aspectos da Preservação de Insetos em Resina para Coleções Didáticas, disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/65ra/resumos/resumos/5728.htm. Acesso em 01 de agosto de 2022. CORDEIRO MOITA, F.M.G.S.; ANDRADE, F.C.B. Ensino-pesquisa-extensão: um exercício de indissociabilidade na pós-graduação. Revista Brasileira de Educação v.14, n.41, p.269-393, 2009. FERNANDES, G.W.; ARANTES-GARCIA, L.; BARBOSA, M. et al. Biodiversity and ecosystem services in the Campo Rupestre: A road map for the sustainability of the hottest Brazilian biodiversity hotspot. Perspectives in Ecology and Conservation, v. online, p.1-10, 2020. JUNIOR, E. M. S.; SENA, J. L.; SANTANA, J. C. F.; ARRUDA, E. B.; FERREIRA, M. A. S. Incrustação de insetos em resina para coleções didáticas. HOLOS, ano 33, v.5, p.151-157. 2017. MACEDO, L. P. M. Coleta, Montagem e Conservação de Insetos, disponível em: https://ocondedemontecristo.files.wordpress.com/2013/07/coleta-montagem-e-conservac3a7c3a3o-de-insetos.pdf. Acesso em 01 de agosto de 2022. NETO, N.; ANTONIAZZI, R.; VENTURINI, M.A.; GINDRI, R.G.; LINCK, I. Catalogação de exemplares de insetos on line. Anais do XX Seminário Interinstitucional de Ensino Pesquisa e Extensão. UNUICRU0Z, 2015.
Os alunos participantes do projeto terão a oportunidade de interagir com demais discentes, compreender a diversidade de pensamentos, experiências e estimular a cooperação, trabalho em equipe e consciência de classe. Esse ambiente diverso e colaborativo incentiva a criatividade, contribui para uma sociedade equitativa e combate determinados preconceitos. Ademais, o projeto se propõe a oferecer oportunidade de desconstruir estereótipos quanto às ciências agrárias e aos insetos, possibilitando uma discussão saudável sobre práticas com esses organismos vivos. Esses aspectos assumem característica fundamental para o avanço de soluções colaborativas voltadas à educação ambiental e à preservação dos ecossistemas. Ao participar dessas ações, os estudantes desenvolvem habilidades técnicas e sociais. Adicionalmente, fortalecem o vínculo entre universidade e comunidade, base da extensão rural. Farão parte da equipe um graduando da UFVJM (bolsista), cerca de 40 discentes por semestre na disciplina Entomologia Geral e 15 componentes do NEEF - Núcleo de Estudos em Entomologia Florestal, além de um pós doutorando vinculado ao Programa de Pós Graduação em Ciência Florestal (PPGCF), totalizando, 57 pessoas por semestre. O estudante bolsista será responsável pelo planejamento e desenvolvimento de todas as etapas, realizando a montagem e resinagem dos insetos, pelo treinamento de alunos matriculados na disciplina Entomologia Geral e das pessoas desprovidas de liberdade do Sistema Prisional. Também, juntamente com os membros do NEEF, realizarão palestras e mostras das coleções (caixas ou blocos em resina) no PEB, Mercado Municipal e escolas. A incrustação de insetos se apresenta como uma excelente alternativa de uso em aulas práticas das disciplinas de Entomologia da UFVJM por impedir a deterioração da coleção entomológica e garantir suporte à pesquisa científica, dedicada ao ensino e à extensão.
A indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão deve permear as decisões do educador e nortear sua trajetória acadêmica. Há uma necessidade crescente na sociedade contemporânea em preservar o meio ambiente. Para tanto, é essencial que conheçamos a diversidade de organismos e possamos entender seus impactos no ecossistema. Suponho, portanto, que o projeto concilie o interesse pela preservação e a inclusão de atores sociais importantes da comunidade. Além do papel instrutivo da proposta, os inúmeros agentes sociais beneficiados e a estrutura contemplada têm potencial transformador, proporcionando aos envolvidos uma nova percepção do meio ambiente, e, ademais, possibilitando a convivência com uma bolha social divergente da sua própria. Vale ressaltar que a construção da cosmovisão individual se altera a medida que nos conectamos com realidades contrastantes e a extensão funciona como oportunidade de reunir os "diferentes" e proporcionar interação efetiva. O acréscimo de uma objetivo comum, preservacionista e que desperta curiosidade, como os Insetos, acredito que seja oportuno e válido para defender o projeto apresentado.
Público-alvo
Alunos regularmente matriculados nas escolas municipais do Pinheiro e Cidade Nova, ambas em Diamantina-MG, e os seguidores do Instagram NEEF - UFVJM. Vale ressaltar, que a instituição escolar do Pinheiro está situada em zona rural do município de Diamantina. Esse afastamento, tanto geográfico quanto social, torna a escola um excelente ator para implementação de ações que visam integração social.
Visitantes do Parque Estadual do Biribiri por meio de mostras das coleções nos finais de semana de visita ao parque. Além disso, a interação com os turistas em visitação ao centro histórico de Diamantina/MG tende a alavancar o interesse e alcance do projeto.
Proposta contempla alcançar todos os integrantes das iniciativas da Vem e EPIL em Diamantina. As iniciativas destas instituições visam contemplar desde crianças à adolescentes em situação de vulnerabilidade. Atendem crianças no contraturno escolar, com atividades de reforço, esportes, culinária, corte e costura, bordado, artesanato, música, pintura e educação ambiental, formação humana, atendimento psicológico e apoio médico e odontológico.
Meta de alcançar 40 alunos por semestre envolvidos nas atividades das disciplinas de Entomologia dos cursos de graduação em Agronomia e Engenharia Florestal e os pós graduandos. Todos os componentes irão auxiliar na divulgação, organização, palestras, manipulação e confecção de materiais para o projeto. Os alunos da FLO114 - Entomologia Geral, auxiliarão na montagem das coleções, compondo atividade avaliativa na disciplina.
Meta de alcançar 60 indivíduos privados de liberdade do Sistema Prisional do município de Diamantina. Essa iniciativa visa a prestação de serviços na fase final da confecção dos materiais e incrustação dos insetos pelos IPL (lixamento e polimento). A intenção é abranger não somente os indivíduos do regime semiaberto, mas adicionalmente aqueles em regime fechado. É primordial ter como meta disponibilizar oportunidades de ressocialização, resgate da cidadania e dignidade destes indivíduos. Além disso, é prevista redução da pena (Lei 12.433/2011) para aqueles que se dediquem à serviços comunitários. Em uma sociedade desigual, em que o sistema prisional tende a punir os menos favorecidos, é pertinente compreender que parte da população está inserida em um contexto de oportunidades diminuto. Esses atores sociais estão relegados a situações que podem, por vezes, sujeitá-los a decisões equivocadas.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
Liberação para a coleta de insetos na área do Parque. Educação ambiental envolvendo os visitantes do Parque.
Autorização para ação de extensão no Centro Cultural Davi Ribeiro - Mercado Velho (Essa ação já é desenvolvida pelo NEEF, uma vez por semestre em um sábado pela manhã). Consta também na parceria com a Prefeitura, as visitas nas escolas municipais de ensino fundamental do Bairro Cidade Nova e Distrito do Pinheiro.
A Sociedade Protetora da Infância (SPI) irá atuar com a permissão e autorização para ministrar palestras na VEM (Vila Educacional de Meninas) e EPIL (Escola Profissionalizante Irmã Luiza). Participação da instituição: Instituições assistidas pelas palestras e mostras de insetos, nesse caso, a palestras ficam a cargo do NEEF, grupo que o bolsista faz parte.
Participação de indivíduos privados de liberdade (IPL), do Sistema Prisional no polimento dos insetos incrustrados.
Auxílio nas palestras e mostras no Parque, escolas ou Mercado Central; auxílio no processo de incrustação dos insetos.
Cronograma de Atividades
Capacitação dos Indivíduos privados de liberdade.
Divulgação do projeto, realizada na Cachoeira da Sentinela, visando alcançar os visitantes do PEB.
Divulgação do projeto, realizada no Centro Cultural Davi Ribeiro, visando alcançar os visitantes de Diamantina (Turistas) no final de semana.
Divulgação do projeto, realizada na Escola Municipal Cidade Nova.
Divulgação do projeto, realizada na Escola Municipal do Pinheiro.
Divulgação do projeto, realizada na VEM - Vila Educacional de Meninas.
Divulgação do projeto, realizada na EPIL - Escola Profissionalizante Irmã Luiza.