O presente projeto é uma proposta de intervenção na comunidade que tem como objetivo levar educação em saúde, por meio do rádio. Em parceria com a rádio comunitária Impacto FM, localizada na cidade de Teófilo Otoni- MG, o projeto leva temas relevantes em saúde para a comunidade, de modo a proporcionar momentos de reflexão e de trocas de conhecimento entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa. Além disso, os informativos produzidos pelos acadêmicos integrantes do projeto são também veiculados no instagram, de modo a diversificar o público alcançado. Para o próximo ano, pretende-se ampliar o alcance das ações, a partir da realização de rodas de conversa nos PSFs da cidade de Teófilo Otoni, bem como pela disponibilização dos informativos impressos, para que sirvam de instrumento de consulta. Desse modo, o projeto impacta positivamente na sociedade à medida em que propicia a disseminação de informações em saúde para a população, possibilitando a promoção e prevenção em saúde, bem como melhorias na qualidade de vida.

educação em saúde, promoção de saúde, prevenção, comunidade, instagram

A história da saúde no Brasil perpassa por vários nuances, dentre os quais, a desigualdade no acesso à informação e aos serviços de saúde. É sabido que, antes da aprovação da lei 8080 de 1990, a qual regulamenta o SUS, a saúde não era um direito de todos, mas um privilégio de alguns grupos que podiam custeá-la. Ao final do século XIX, o Brasil passou por intensas mudanças em várias esferas, o que impactou diretamente as condições sanitárias do país. Um encadeamento de eventos como a abolição da escravatura, a chegada maciça de imigrantes no país, o desenvolvimento industrial e comercial, tudo isso culminou em impactos significativos na saúde pública, com o surgimento de surtos epidêmicos. Para combater tais surtos e minimizar os prejuízos econômicos, foram adotadas medidas sanitaristas que visavam apenas a contenção das epidemias, sem garantir, no entanto, melhorias contínuas na qualidade de vida da comunidade. Um exemplo disso foi a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola, de forma autoritária e sem diálogo com a população, o que gerou um sentimento de revolta na comunidade e culminou no movimento conhecido como "Revolta da Vacina".Com o avançar da história, houve propostas de melhorias no acesso à saúde, e junto a isso, as ações de educação em saúde, aliadas à concepção de educação popular, ganharam forças no cenário nacional. No entanto, a comunidade continuava a ser vista como passiva e incapaz de decisões sobre a sua própria saúde e, foi somente após a Segunda Guerra Mundial que o conceito de participação popular ganhou notoriedade no cenário brasileiro. Todavia, somente com a criação do SUS em 1980 é que a participação popular foi fortalecida de fato a partir das ações de educação em saúde. Apesar dos avanços obtidos, sabe-se que, ainda hoje, em pleno século XXI, vários indivíduos continuam à margem de direitos sociais básicos, dentre os quais se citam a saúde e o acesso à informação em saúde. Nesse sentido, o projeto de extensão "MED informativo: educação em saúde para a comunidade", em parceria com a Rádio Comunitária Impacto FM 87.9, localizada na cidade de Teófilo Otoni-MG, visa levar educação em saúde para a população, sobretudo àqueles que não possuem amplo acesso às informações, de modo a promover autonomia e equidade na busca do cuidado. O projeto conta com a veiculação de informações relevantes em saúde, por meio do rádio, seja por programas ao vivo ou gravados, de modo a elucidar a população acerca dos vários aspectos da prevenção em saúde, bem como dos seus direitos e deveres dentro do sistema. Além disso, esses mesmos temas são veiculados em uma página no Instagram, com vistas a diversificar o público alcançado, visto que a Internet é hoje um dos principais meios de pesquisa utilizados para se obter informações sobre saúde. Ademais, como tentativa de estreitar ainda mais os laços entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa, pretende-se promover rodas de conversa nos PSFs da cidade de Teófilo Otoni, bem como disponibilizar os informativos impressos, para que a comunidade participe mais ativamente das ações. Desse modo, o projeto impacta de modo positivo a saúde da comunidade, à medida em que permite vínculo da comunidade acadêmica com a população, bem como oportuniza aos discentes do curso de medicina o contato com as diferentes realidades, vulnerabilidades e necessidades da população local, permitindo-lhes o desenvolvimento de um olhar crítico para além das doenças.

A educação em saúde é um processo de construção de conhecimentos sobre saúde junto à população, promovendo a apropriação dos temas e aumento da autonomia das pessoas no cuidado próprio. Tal processo incentiva um diálogo mais ativo entre a população, os profissionais e os gestores de saúde, direcionando uma atenção mais adequada às suas necessidades (MINISTÉRIO DA SAÚDE). A partir da Constituição Federal de 1988, complementada pela Lei Orgânica da Saúde, a assistência à saúde deve abranger não somente às ações assistenciais ou curativas, mas prioritariamente as atividades que proporcionem a promoção à saúde e a prevenção de doenças e agravos (ROGES, et al. 2013). Nesse sentido, entende-se educação em saúde como um processo pedagógico que concebe o homem como principal responsável por sua realidade (FRANÇA et al. 2003). A educação em saúde caracteriza-se, portanto, pela produção de saberes que objetivam uma população autônoma e com melhores condições de vida(SEABRA et al, 2019). Esse método permite que os indivíduos participem ativamente da busca por uma melhor qualidade de vida, identificando problemas, compreendendo suas causas e mobilizando os recursos necessários para solucioná-los. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), um dos principais desafios enfrentados pelos sistemas de saúde no mundo são os altos custos (39%), seguidos pela desigualdade no acesso (29%). A partir desses dados, entende-se que a desigualdade no acesso à saúde, seja ele assistencial ou informativo, é um grande impasse a ser enfrentado na busca por equidade. No entanto, se por um lado, parcela da população vive escassa de informações em saúde, de outro, uma parte expressiva vive imersa em uma onda de excessos de informações, sendo que essa segunda situação também é prejudicial, haja vista as informações falsas que são veiculadas e que colocam em risco a saúde da população. Uma comprovação disso foi a pandemia de Covid-19, na qual se viveu o que os estudiosos denominaram "infodemia", ou seja, um excesso de informações, algumas verdadeiras e outras não, e que dificultaram o enfrentamento à pandemia. Todos os meses, milhões de brasileiros acessam sites relacionados à saúde (KHECHINE; PASCOT;PRÉMONT, 2008). No entanto, esses conteúdos muitas vezes são incompletos, contraditórios ou até mesmo enganosos, o que torna essencial que profissionais e futuros profissionais de saúde forneçam informações corretas e seguras à população, uma vez que o cidadão comum encontra dificuldades para distinguir o certo do enganoso ou o inédito do tradicional (Escola Nacional de Saúde Pública, 2009). Diante disso, entende-se o papel dos meios de comunicação, sobretudo os de massa, nas ações de promoção à saúde, haja vista que tais ferramentas possibilitam a inovação e permitem que se alcancem mais pessoas. A Radiodifusão surgiu no território brasileiro com função cultural e educativa, por meio do estabelecimento da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Na época, viu-se no rádio um potencial para a promoção da cultura e da educação, pois somente pequena parte da população tinha acesso à educação formal (PINTO et al., 2011). Nesse sentido, o rádio passou a ser utilizado como uma estratégia pedagógica, já que permite uma dinâmica de diálogo, troca de experiências, compartilhamento de conhecimentos e fortalecimento da identidade individual e coletiva dos indivíduos (ROGES et al. , 2013; PRADO, 2007). Tratando-se especificamente das rádios comunitárias, a lei que as instituiu no Brasil data de 19 de fevereiro de 1998. Para Meliane (1995), o objetivo de uma rádio comunitária é democratizar as informações que estão concentradas apenas em determinados segmentos da sociedade. É importante esclarecer que uma rádio Comunitária difere da comercial apenas no quesito de não possuir um dono ou visar retorno financeiro, sendo organizada pela comunidade e permite espaço de fala a uma variedade de pessoas. Os objetivos de uma rádio Comunitária incluem: dar oportunidade à difusão de ideias, elementos de cultura, tradições e hábitos sociais da comunidade; oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convívio social[...] permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do direito de expressão, da forma mais acessível possível (Brasil, Portaria n. 191/1998). Nesse contexto, visto que as rádios comunitárias são uma realidade em todo o Brasil, é adequado que elas sejam usadas como uma estratégia da promoção e prevenção de saúde na comunidade, a partir da veiculação de informações fidedignas, de modo a alcançar a parcela mais pobre da população, que geralmente são os indivíduos que permanecem alienados com relação à própria saúde. Do mesmo modo, levando-se em conta a evolução tecnológica pela qual a sociedade passa, é plausível que as ações de educação em saúde sejam expandidas para os demais meios de comunicação, como o Instagram, o qual é hoje uma importante ferramenta de disseminação de informações. Por se tratar de um aplicativo de uso intuitivo, o instagram torna-se um excelente instrumento de promoção das ações de educação em saúde, apresentando como vantagem a possibilidade de compartilhamento em massa dos conteúdos publicados. No ano de 2018, o instagram anunciou um alcance de cerca de um bilhão de usuários ativos em todo o mundo, tratando-se de uma importante rede de comunicação, sobretudo a jovens adultos, de idade entre 18 e 24 anos (PINTO; ANTUNES; ALMEIDA, 2020). Dessa maneira, encara-se o aplicativo como mais uma possibilidade para educação em saúde, pois permite que informações relevantes cheguem a um grande número de pessoas, em um curto espaço de tempo. Diante de tal discussão e levando-se em consideração o cenário de desigualdade sob o qual encontra-se a saúde pública do Brasil, entende-se a relevância das ações do projeto Med Informativo, com o intuito de fomentar a educação em saúde. Ao produzir informações confiáveis sobre os mais variados temas em saúde, garantindo, desse modo, que o cidadão comum tenha a possibilidade de gerar reflexões e questionamentos acerca de tais assuntos, o projeto atua como objeto provocador de mudanças na qualidade de vida e promotor de saúde integral à população. No primeiro ano de vigência (2024), até o presente momento, foram veiculados mais de 60 informativos, por meio de programas de rádio e de publicações no instagram. Os programas de rádio, com duração de aproximadamente 15 minutos, têm como principal característica o formato de diálogo e o incentivo à prevenção de doenças, bem como o esclarecimento das principais inverdades que são propagadas a respeito do tema em discussão; já as publicações no instagram contam com um resumo do que foi abordado na rádio. Além disso, semanalmente são realizadas enquetes interativas nos stories do Instagram, como modo de revisão dos assuntos trabalhados no período. Nesse sentido, foram abordados temas tais como Acidente Vascular Encefálico (AVC), síndromes gripais, câncer de mama, ISTs, gravidez na adolescência, envelhecimento saudável, estados ansiosos, parasitoses, diabetes mellitus, hipertensão, tabagismo,dentre outros, sempre optando-se por uma linguagem simples e de fácil entendimento por pessoas dos mais diferentes níveis de escolaridade e com foco principal na prevenção. Todos os temas abordados são de extrema relevância para a saúde individual e também coletiva: ao falar para a comunidade sobre diabetes ou hipertensão, por exemplo, com uma linguagem simples, sem rebuscamentos, colocando-a como protagonista da sua própria saúde, atinge-se o objetivo de promover indivíduos mais autônomos e que pensam criticamente a respeito de si mesmos- o que evidencia o papel transformador atrelado ao projeto. Como modo de se obter parâmetros a respeito das ações realizadas, periodicamente é solicitado um feedback da equipe da rádio a respeito dos programas produzidos, a qual sempre reafirma a relevância do projeto para a comunidade radiouvinte e se mostra solícita à continuidade da parceria. Tratando-se das produções acadêmicas, o resumo do projeto foi submetido à VIII Semana Acadêmica de Medicina da FAMMUC, a qual ocorreu no mês de setembro/2024, sendo selecionado para a apresentação oral e tendo recebido elogios por parte da banca avaliadora, o que reforça a pertinência do projeto. É mister salientar que o projeto Med Informativo certamente tem promovido benefícios não somente para a população que reside na cidade de Teófilo Otoni, mas também para todas as demais regiões que são alcançadas pela rádio parceira. De acordo com dados fornecidos pela rádio Impacto, a mesma possui uma audiência bastante expressiva em todos os bairros da cidade de Teófilo Otoni,abrangendo, inclusive, a área rural e regiões adjacentes, ocupando, portanto, o quarto lugar no ranking de rádios mais ouvidas na cidade e região. Do mesmo modo, os acessos à rádio pelo “radiosnet” também são bastante expressivos, tendo recebido, até o mês de outubro de 2024 cerca de 68.592 acessos. Por tudo isso, entende-se significância do projeto para a comunidade e pretende-se dar continuidade às suas atividades, no intuito de promover ainda mais ações de educação em saúde e, desse modo, proporcionar ainda mais mudanças de perspectiva e de qualidade de vida, trocas de conhecimentos e de vivências, colaborando para a construção de uma sociedade onde o acesso à saúde acontece de modo equitativo.

Objetivo Geral: Promover educação em saúde para a comunidade, de modo a levar à reflexão a respeito de temas relevantes em saúde e, assim, modificar comportamentos e hábitos, promovendo melhorias na saúde integral, bem como na qualidade de vida, para a população da cidade de Teófilo Otoni, assim como de toda a região alcançada tanto pelo rádio como pelo instagram. Objetivos específicos: 1. Promover educação em saúde para a comunidade; 2.Permitir o diálogo entre a comunidade acadêmica e a comunidade externa; 3 Promover a prevenção de doenças por meio da disseminação de informações em saúde; 4.Estimular a comunidade a desenvolver a sua autonomia na busca por uma melhor qualidade de vida; 5. Possibilitar que os acadêmicos de medicina participantes do projeto se formem educadores em saúde; 6. Orientar a busca pelo serviço de saúde de acordo com as queixas apresentadas; 7. Promover a troca de saberes sobre saúde, levando-se em conta as diferenças culturais e socioeconômicas; 8. Contribuir para a promoção da qualidade de vida na comunidade; 9. Contribuir para a saúde biopsicossocial das comunidades; 10. Levar conhecimentos em saúde para a população; 11. Disseminar informações verídicas em saúde; 12. Atuação dos acadêmicos de medicina na educação em saúde da comunidade, de modo a lhes permitir aplicar os conhecimentos adquiridos na graduação em prol da população, bem como adquirir novos conhecimentos e desenvolver novas habilidades; 13. Ressaltar a importância da equipe multidisciplinar em saúde; 14. Aproximar a Universidade da comunidade e permitir que essa seja beneficiada com as atividades desenvolvidas pelos discentes; 15. Desenvolvimento, pelos acadêmicos, de um olhar sensível acerca dos processos saúde-doença mais prevalentes na comunidade; 16. Formar profissionais numa perspectiva humanizadora. 17- Possibilitar a integração entre a própria comunidade acadêmica: docentes, discentes e técnicos administrativos, em prol da execução das ações de promoção de saúde 18- Integrar a comunidade acadêmica e a população, a partir da realização de rodas de conversa

-Estimar o desejo da comunidade em participar de ações de educação em saúde; -Levantar dados acerca da influência das ações de educação em saúde na qualidade de vida da população; -Aproximar a comunidade acadêmica da comunidade externa, de modo a propiciar a troca de experiências, vivências e saberes; -Divulgação de informações relevantes em saúde por meio do rádio e do instagram; -Combater as informações falsas sobre temas da saúde, a partir da divulgação de informações verídicas e pautadas em evidências científicas; -Compreender o papel da equipe multidisciplinar na educação em saúde; -Promover discussões sobre educação em saúde tanto no meio acadêmico, quanto na comunidade, a fim de se extinguir possíveis posturas de verticalização do acesso à saúde existentes na área de abrangência; -Agregar conhecimento acerca das doenças mais prevalentes na cidade de Teófilo Otoni e região - Promover discussões dentro do espaço acadêmico sobre o projeto, a fim de estimular a realização de mais atividades de educação em saúde -Produzir 1 programa de rádio semanal, com temas relevantes em saúde, totalizando 4 programas de rádio mensais e 48 programas anuais -Produzir 1 (uma) publicação na página do instagram a cada semana, totalizando 4 publicações mensais e 48 publicações anuais -Produzir, no mínimo, 4 enquetes interativas nos stories do Instagram ao mês, de modo a ampliar a participação do público -Promover 01 roda de conversa ao mês, com o intuito de aproximar as comunidades acadêmica e externa, promovendo o diálogo, totalizando 12 rodas de conversa ao ano.

O projeto de extensão proposto é realizado a partir de uma parceria com a Rádio Comunitária Impacto FM 87.9, localizada na zona Sul da cidade de Teófilo Otoni-MG, região onde também está localizado o Campus do Mucuri. As atividades propostas ocorrerão por meio da veiculação de quadros informativos nessa instituição radiofônica, com duração de aproximadamente 15 minutos, com transmissão ao vivo ou de programas gravados, de modo a levar informações relevantes em saúde para a comunidade a partir de uma linguagem simples e objetiva. Além disso, essas mesmas informações serão adaptadas e publicadas em uma página no Instagram, por meio da realização de enquetes interativas e postagens rápidas, de modo a permitir o compartilhamento de tais informações entre os indivíduos. Ademais, haverá a realização de rodas de conversa, uma vez por mês, nas salas de espera dos PSFs (preferencialmente os localizados nas imediações da UFVJM, e a cada mês a ação será realizada em um PSF diferente, sendo a coordenação do estabelecimento solicitada com antecedência para a realizção da ação). Por fim, os informativos produzidos serão impressos em formato de folder educativo e serão disponibilizados no dia da ação presencial no PSF, de modo a permitir consultas posteriores. Desse modo, haverá uma maior interação entre a comunidade acadêmica e a população. A equipe que produzirá os roteiros para os programas de rádio, bem como os materiais a serem divulgados nas redes sociais e a elaboração das rodas de conversa, contará com a participação de estudantes de medicina da FAMMUC, um médico, técnicos administrativos, bem como outros profissionais da saúde que serão eventualmente convidados para colaborar com o projeto. A realização das atividades seguirá a seguinte lógica: uma vez por semana teremos a transmissão de programas via rádio, às segundas-feiras, no horário de 10 horas da manhã. O horário de veiculação do programa na rádio foi escolhido a partir dos dados de alcance fornecidos pela rádio, os quais evidenciam que durante a manhã as pessoas ouvem mais o rádio com vistas a se informar ou até mesmo com o intuito de terem uma distração enquanto cuidam dos seus afazeres. Os programas de rádio sempre terão um formato de diálogo, sendo que eventualmente poderão ser convidadas pessoas da própria comunidade para compor a conversa, de modo a dar voz à população por meio dos seus representantes. As publicações no instagram ocorrerão também de forma semanal, sendo que serão utilizados os mais diversos recursos: posts em informativos no feed, reels com uma abordagem lúdica, stories com enquetes interativas, dentre outros, tudo isso visando a promoção da educação em saúde. Do mesmo modo, os informativos impressos serão confeccionados pelos próprios acadêmicos e contarão com um resumo dos temas que foram abordados nos programas de rádio.Nas rodas de conversa, será abordado algum dos temas trabalhados durante o mês ou algum tema que porventura a coordenação do PSF dê como sugestão. Os temas a serem explorados nas nossas atividades serão escolhidos a partir da prevalência dos temas em saúde na região, mas também será realizada uma pesquisa por meio do instagram, na qual o público poderá opinar acerca de quais assuntos que mais lhe interessam. Pretende-se, ainda, estreitar laços com os PSF’s localizados nas imediações da Universidade na cidade de Teófilo Otoni, bem como com as lideranças comunitárias locais, com o intuito de entender quais têm sido as queixas mais prevalentes da população, com vistas a nos auxiliar na escolha dos temas que serão abordados. Assim, o primeiro mês de execução do projeto “MEDinformativo: educação em saúde para a comunidade”, será voltado para a análise e organização dos dados obtidos a partir do levantamento realizado junto à comunidade. Ademais, no primeiro mês do projeto também serão realizadas capacitações e serão dadas orientações gerais aos discentes integrantes pelo coordenador. As orientações aos discentes serão a respeito da adequação da fala ao público ouvinte, do comportamento ético para com a comunidade e também para com os colaboradores da rádio. Após essas capacitações, os estudantes estarão aptos a realizar as ações de educação em saúde. Com o cronograma e divisão de pessoal já estabelecidos, a equipe do projeto iniciará a sua capacitação a partir da busca na literatura por artigos científicos e livros que esclareçam os temas. É importante destacar que os alunos deverão estar continuamente estudando e se atualizando para que consigam produzir os materiais para a divulgação. Além disso, os profissionais da área da saúde também prestarão auxílio no estudo e entendimento dos temas por parte dos alunos. A partir desse estudo prévio, será possível a construção dos roteiros dos programas e dos informativos a serem veiculados nas redes sociais do projeto. Ademais, a cada programa será estabelecida uma abordagem que melhor transmita a mensagem aos ouvintes: simulação de diálogo entre duas pessoas da comunidade, simulação de diálogo entre uma pessoa da comunidade e um médico, entrevista, esclarecimento de mitos e verdades, dentre outras. Durante a realização das rodas de conversa, haverão momentos de elucidação de dúvidas, relatos de experiências e compartilhamento de opiniões, de modo a realizar um intercâmbio de saberes, além da entrega do folder educativo ao final da ação. Todos os meses as atividades realizadas serão registradas a partir de um relatório, a ser escrito por um dos discentes integrantes. No sexto mês de vigência do projeto, será realizado um relatório com os resultados parciais. No último mês, além dos programas no rádio, das publicações no instagram e da roda de conversa, serão realizadas as atividades burocráticas do projeto, como a escrita do relatório final, com exposição e análise dos resultados do projeto. Além disso, pretende-se, a partir desse projeto de extensão, fomentar a produção acadêmica a partir do levantamento de dados realizado no início do projeto, bem como pela apresentação de resultados em eventos acadêmicos, como congressos e semanas acadêmicas.

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A faculdade de Medicina do Mucuri, FAMMUC, está localizada na cidade de Teófilo Otoni, Minas Gerais, e objetiva formar um profissional com perfil “generalista, humanista, crítico e reflexivo; capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano” (Diretrizes Curriculares Nacionais – DCN para o curso de Graduação em Medicina MEC, 2001). O projeto curricular do curso visa a formação integral e adequada dos estudantes através da articulação entre ensino, pesquisa e extensão, sendo que as ações de caráter integrativo contribuem para auxiliar os estudantes na construção de um cenário de atuação mais significativo e mais próximo dos desafios que enfrentarão na atuação profissional ao ingressarem no mercado de trabalho. Diante disso, a partir da participação no projeto "MED informativo: educação em saúde para a comunidade ", os discentes terão a possibilidade de praticar o projeto pedagógico do curso, haja vista que atuarão de modo a promover saúde para a população, a partir da produção de conteúdos informativos os quais serão veiculados nas rádios parceiras, bem como no Instagram, no usuário @med.informativo. Tais ações estarão respaldadas pelo docente vice coordenador do curso de Medicina do Mucuri, bem como por técnicos administrativos da unidade acadêmica, os quais são profissionais da área da saúde e muito têm a contribuir para a realização das atividades. Além disso, serão estabelecidas parcerias com outros projetos e ligas acadêmicas da universidade, com vistas a promover a integração de conhecimentos e favorecer a multidisciplinaridade. Nesse sentido, entende-se que, ao participarem do projeto supracitado, os acadêmicos serão capacitados profissionalmente, haja vista que os conhecimentos adquiridos em sala de aula serão somados aos conhecimentos adquiridos a partir da preparação dos conteúdos a serem veiculados para a população, bem como por meio das formações que serão oferecidas para que se capacitem cada vez mais. Ademais, ressalta-se a relevância do projeto para a formação humanista desses futuros médicos, já que ao promoverem educação em saúde terão a oportunidade de compreender genuinamente as necessidades dos seus pacientes, sobretudo da população mais pobre, o que lhes permitirá a construção de uma boa relação médico-paciente tanto na prática acadêmica, quanto na futura prática profissional. Portanto, caberão aos discentes envolvidos com o projeto: 1. Organizar, por ordem de prioridade, os temas que serão abordados ao longo do ano; 2. Produzir os roteiros referentes aos programas a serem veiculados no rádio, assim como produzir o material informativo a ser divulgado no Instagram e a ser impresso, atentando-se ao estudo prévio dos temas, para preparar os materiais com conteúdo científico, relevante e de forma acessível; 3. Ser interlocutor nos programas no rádio, levando em consideração a transmissão clara e objetiva do conhecimento, por meio de uma linguagem simples e compreensível, inclusive por pessoas que não possuem nível de escolaridade; 4. Apresentar sugestões de inovação para o projeto; 5. Administrar a rede social (Instagram) do projeto, de modo a dispor as informações de maneira objetiva e organizada, respeitando a identidade visual do projeto. 6- Organizar e conduzir, sob supervisão, as rodas de conversa, que ocorrerão de forma mensal, nos PSFs da cidade 7- Realizar o registro fotográfico das ações presenciais. 8- Organizar os materiais produzidos em um drive do projeto com o escopo de construir um acervo que poderá ser futuramente compartilhado com outros projetos ou ações. As atividades serão realizadas sob supervisão do coordenador e/ou colaborador, que auxiliarão e avaliarão os discentes desde a preparação dos roteiros, posts e folders, à versão final de tais materiais.

O projeto inicou as suas atividades no ano de 2024 e desempenha importante papel na entrega de informações relevantes em saúde para as comunidades da cidade de Teófilo Otoni, região conhecida por carência na assistência à saúde. Além disso, as ações do projeto permitem uma maior visibilidade e vínculo da população com a Universidade, visto que através dos programas, os lares são indiretamente visitados. Ademais, os feedbacks positivos que a equipe recebe da rádio paceira confirma a relevância da atuação, uma vez que promover educação em saúde em uma região de vulnerabilidade social é contribuir, indiretamente, para a melhoria da saúde da população.