Visitante
Combatendo as IST's
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
lízia colares vilela
20251012025148609
faculdade de medicina do mucuri - fammuc
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
0
saúde da família
regional
Não
Membros
marcos paulo bento andrade
Bolsista
danilo esteves simoes
Voluntário(a)
lara rhania canedo carvalho
Voluntário(a)
anna luiza guimarães
Voluntário(a)
jéssica de paula rodrigues dias
Voluntário(a)
rennan kaliel werlang de aguiar
Voluntário(a)
laura ramos figueiredo
Voluntário(a)
igor santos andrade
Voluntário(a)
milena dias da silva
Voluntário(a)
julia curvelo costa
Voluntário(a)
mariana moura costa da silva
Voluntário(a)
brena medeiros lopes
Voluntário(a)
livia mendes lopes
Voluntário(a)
raquel dos santos viana valerio de souza
Voluntário(a)
elisa jordaim guimarães
Voluntário(a)
laura ramos figueiredo
Voluntário(a)
tamyres ferreira gomes
Voluntário(a)
O projeto se alicerça na proposta de intervenção social por meio de experiências e ações realizadas no âmbito dos serviços públicos de saúde e APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) do Município de Teófilo Otoni, com foco no fomento à prevenção e promoção à saúde das pessoas no contexto das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST 's). O diálogo estabelecido entre a comunidade acadêmica do Curso de Medicina de Teófilo Otoni e os usuários do SUS tem suas raízes no Projeto Político Pedagógico, uma vez que os 8 módulos de Práticas Integrativas de Ensino, Serviço e Comunidade (PIESC) são realizados nas Unidades Básicas de Saúde, urbanas e rurais. Ainda, a equipe desenvolve um Projeto de Extensão por dois anos, "Combatendo as Hepatites Virais", contemplado pelo edital PIBEX 2022 e 2023 e percebeu a necessidade de ampliar a área de atuação e do tema, uma vez que as Hepatites Virais estão inseridas, em sua maioria, no Grupo das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Diante desse contexto, observamos a necessidade de ampliar e reforçar o vínculo e o diálogo com a comunidade onde a UFVJM está inserida, fator determinante para a parceria estabelecida com a APAC, que fica localizada próxima ao campus Mucuri. As ações que serão desenvolvidas têm foco na prevenção e promoção à saúde, através do incentivo ao autocuidado, rodas de conversa sobre as infecções, dificuldades encontradas no acesso ao SUS, promovendo uma abordagem integrada para a prevenção e combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis junto a populações vulneráveis, no contexto mais amplo do termo. Sendo assim, tem-se a expectativa de fortalecer a relação dos usuários com as Unidades Básicas de Saúde; fortalecer a relação da comunidade acadêmica com a rede de atenção à saúde do município; estabelecer o vínculo com as pessoas em cumprimento de pena, promovendo o acolhimento, o diálogo, a escuta humanizada. Além disso, objetiva se a implementação de ações de educação em saúde, com as equipes do serviço, com uso de material didático e adaptado para os mesmos, tendo como objetivo a prevenção da doença, a aquisição de experiências clínicas, o estudo de protocolos para as diversas doenças infecciosas, a técnica de realizar testes rápidos e a abordagem do paciente em tais situações. O projeto possibilita aos estudantes que obtenham habilidades de comunicação com a população, como no diálogo em caso de teste positivo, na promoção à saúde através da auto-percepção e auto-cuidado, capacidade de resolver problemas em caso de recusa ou não adesão ao tratamento e, principalmente, nas formas e ferramentas de prevenção. Em suma, pretende-se, com a execução desta proposta, promover a saúde da população vulnerável e vulnerabilizada com foco no combate das doenças infecciosas transmitidas pela via sexual, no município de Teófilo Otoni e região.
Prevenção, Promoção à saúde, Equidade, IST's, Educação, Atenção Primária, APAC
O projeto se alicerça na proposta de intervenção social por meio de experiências e ações realizadas no âmbito dos serviços públicos de saúde e APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) do Município de Teófilo Otoni, com foco no fomento à prevenção e promoção à saúde das pessoas no contexto das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST 's). O diálogo estabelecido entre a comunidade acadêmica do Curso de Medicina de Teófilo Otoni e os usuários do SUS tem suas raízes no Projeto Político Pedagógico, uma vez que os 8 módulos de Práticas Integrativas de Ensino, Serviço e Comunidade (PIESC) são realizados nas Unidades Básicas de Saúde, urbanas e rurais. Ainda, a equipe desenvolve um Projeto de Extensão por dois anos, "Combatendo as Hepatites Virais", contemplado pelo edital PIBEX 2022 e 2023 e percebeu a necessidade de ampliar a área de atuação e do tema, uma vez que as Hepatites Virais estão inseridas, em sua maioria, no Grupo das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Diante desse contexto, observamos a necessidade de ampliar e reforçar o vínculo e o diálogo com a comunidade onde a UFVJM está inserida, fator determinante para a parceria estabelecida com a APAC, que fica localizada próxima ao campus Mucuri. As ações que serão desenvolvidas têm foco na prevenção e promoção à saúde, através do incentivo ao autocuidado, rodas de conversa sobre as infecções, dificuldades encontradas no acesso ao SUS, promovendo uma abordagem integrada para a prevenção e combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis junto a populações vulneráveis, no contexto mais amplo do termo. Sendo assim, tem-se a expectativa de fortalecer a relação dos usuários com as Unidades Básicas de Saúde; fortalecer a relação da comunidade acadêmica com a rede de atenção à saúde do município; estabelecer o vínculo com as pessoas em cumprimento de pena, promovendo o acolhimento, o diálogo, a escuta humanizada. Além disso, objetiva se a implementação de ações de educação em saúde, com as equipes do serviço, com uso de material didático e adaptado para os mesmos, tendo como objetivo a prevenção da doença, a aquisição de experiências clínicas, o estudo de protocolos para as diversas doenças infecciosas, a técnica de realizar testes rápidos e a abordagem do paciente em tais situações. O projeto possibilita aos estudantes que obtenham habilidades de comunicação com a população, como no diálogo em caso de teste positivo, na promoção à saúde através da auto-percepção e auto-cuidado, capacidade de resolver problemas em caso de recusa ou não adesão ao tratamento e, principalmente, nas formas e ferramentas de prevenção. Em suma, pretende-se, com a execução desta proposta, promover a saúde da população vulnerável e vulnerabilizada com foco no combate das doenças infecciosas transmitidas pela via sexual, no município de Teófilo Otoni e região.
Segundo o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (PCDT-IST) (2022) a sexualidade é tida como uma questão essencial do ser humano e que perpassa, para além do âmbito da reprodução da espécie, os papeis de gênero, a orientação sexual, o prazer e a intimidade. Nesse sentido, o direito sexual e o direito de reprodução devem ser entendidos como Direitos Humanos e, dessa forma, devem ser assegurados sem discriminação de cultura, orientação sexual, religião, etnia ou profissão. Contudo, ao analisarmos dados do Sinan de 2021 percebemos a notificação de 167.523 novos casos de Sífilis Adquirida, patologia que apresenta crescimento contínuo no número de casos, chamando atenção para a tendência crescente em gestantes e dos casos congênitos. Além disso, em consonância com os dados notificados no Sinam, de 2007 a 2022, no Brasil, foram notificados 434.803 casos de infecção pelo HIV, sendo 42,5% desses casos identificados na região sudeste do país. Ademais, quanto às Hepatites Virais, as taxas de detecção da Hepatite B vêm apresentando redução de 20,7% de 2011 a 2019, no Brasil. Em contrapartida, de acordo com o Sinam, o número de casos detectados de Hepatite C, no mesmo período de tempo, aumentou. Assim, ao analisarmos os dados elencados, concluímos que o direito sexual e o direito à reprodução não estão sendo devidamente assegurados no que diz respeito à segurança da população sexualmente ativa no Brasil. Diante disso, percebemos a necessidade de uma abordagem voltada ao cuidado sexual da população brasileira que vá além da oferta gratuita de preservativos e medicamentos nas unidades básicas de saúde, mas que, sim, engloba a prevenção combinada. Isto é, uma conjunção de diferentes ações de saúde que se voltem para a prevenção das principais ISTs em expansão no Brasil: a HIV, às Hepatites B e C e a Sífilis. Essas ações devem se voltar para intervenções comportamentais e estruturais no âmbito individual e coletivo. A Sífilis Adquirida é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica e curável mas que, se não tratada, evolui para estágios de gravidade variada e pode acometer órgãos como:. Ela é causada pela bactéria Treponema pallidum, que é transmitida essencialmente pelo contato sexual mas, também, por via congênita. A Sífilis se apresenta em três diferentes estágios: o primário (cancro duro), o secundário (erupções maculares eritematosas disseminadas) e o terciário (neurosífilis e sífilis ocular, incapacitante). Além disso, há também sífilis latente, em que o indivíduo não apresenta sintomatologia. No Brasil, notou-se uma emergência dos casos de Sífilis (Ministério da Saúde) que exalta a necessidade de profissionais médicos aptos a identificá-la adequadamente e, principalmente, profissionais que saibam interpretar exames diagnósticos e controlar o tratamento dessa patologia. De acordo com dados do Ministério da Saúde (2018), as infecções dos vírus das hepatites podem apresentar uma evolução aguda ou crônica. As hepatites virais apresentam como causa comum a infecção por agentes que possuem tropismo primário pelo tecido hepático. Contudo, suas etiologias são diferentes, de modo que os modelos de transmissão e de contaminação nos quais se inserem exibem organizações singulares (NUNES et al, 2017). Nesse sentido, esses processos estão intimamente atrelados a determinantes e condicionantes da saúde e da doença, tais como saneamento básico, renda, condições de higiene e moradia, educação e acesso aos serviços de saúde. Segundo informações do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (2005) a transmissão do tipo B da hepatite se dá, mais comumente, através da via sexual e do aleitamento materno. Nota-se, nessa infecção, um elevado grau de cronificação em crianças infectadas menores que cinco anos, apresentando um considerável percentual (20 a 25 %) de desenvolvimento de complicações graves. Ressalta-se ainda, a forma C da hepatite, cuja transmissão se dá através do contato com sangue e fluídos contaminados, da via sexual ou da transmissão vertical. Nesse contexto, sabe-se que a transmissão sexual é mais frequente quando o indivíduo já é portador de alguma outra infecção sexualmente transmissível (IST). Além disso, ressalta-se que 75% a 80% dos pacientes portadores do vírus C se inserem num processo de cronificação da doença que evolui em longo prazo para formas graves, gerando grande impacto na saúde e na qualidade de vida. (DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). O enfrentamento das hepatites virais no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) perpassa, desde 2017, pela estratégia de prevenção combinada. Trata-se de intervenções comportamentais direcionadas para os riscos de exposição sob os quais os indivíduos se inserem, intervenções estruturais centradas no aspecto sociocultural econômico e político e intervenções biomédicas com foco no impedimento da transmissão e da exposição ao risco (DEP. DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS, 2018). Ainda em consonância com o Ministério da Saúde, a infecção pelo HIV, ou Vírus da Imunodeficiência Humana, envolve fases diferentes com durações variáveis que vão depender da resposta imune e da carga viral do paciente acometido. A evolução do HIV consta com a fase de infecção aguda - com o surgimento dos sintomas inespecíficos - e com a fase de infecção assintomática - que cursa com o surgimento de infecções oportunistas - e pode durar anos. O Brasil tinha como meta de que, até 2020, 90% dos indivíduos que vivem com o HIV fossem devidamente tratados com os antirretrovirais adequados. Esse compromisso exige não apenas novos cuidados na gestão da patologia mas, também, o comprometimento da sociedade como um todo para o alcance desse objetivo. Além disso, sabe-se que a transmissão sexual é mais frequente quando o indivíduo já é portador de alguma outra infecção sexualmente transmissível (IST). Bem como sabe-se que esses processos de adoecimento estão intimamente atrelados a determinantes e condicionantes da saúde e da doença, tais como saneamento básico, renda, condições de higiene e moradia, educação e acesso aos serviços de saúde. Com isso, percebe-se a importância de se abordar o assunto com a comunidade. Nesse horizonte, o trabalho em questão se justifica, pois, as infecções sexualmente transmissíveis são moléstias de importante significado na saúde pública, tendo em vista o elevado percentual de indivíduos infectados com evolução crônica e com potencial para o desenvolvimento de outras comorbidades e consequente mobilização e sobrecarga dos componentes dos serviços de saúde pública. Logo, a possibilidade de uma vivência na prática do manejo desses pacientes por parte dos acadêmicos de medicina, surge como uma grande oportunidade de fortalecimento das habilidades desses estudantes no âmbito do cuidado longitudinal em ambulatório. Nesse sentido, o projeto oferece aos acadêmicos o escopo para o fomento de uma percepção de cuidado humanizado e integral, pautado nos princípios do SUS e que valoriza a multidisciplinariedade em saúde. Além disso, o projeto oferece a oportunidade de estreitar, ainda mais, os laços entre a comunidade acadêmica e os usuários do SUS, por meio da execução de ações de educação em saúde, promoção em saúde e prevenção. Ademais, Leavell e Clark, (1976) relacionam o conceito de prevenção a um conjunto de ações e comportamentos aplicáveis no presente com vistas a evitar a ocorrência de eventos indesejáveis. As ações preventivas têm como objetivo controlar a transmissão e reduzir o risco das doenças infecciosas, degenerativas e dos agravos específicos. Essa rede de serviços é escalonada em: básica, média e alta complexidade. No nível básico, que conta com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Saúde da Família (USF), têm-se como competências alvo a promoção de saúde, a prevenção, o processo de triagem sorológica e o acompanhamento dos usuários. Já nos serviços de média complexidade, que conta com o serviço de atendimento assistencial ambulatorial e hospitalar, é executado o manejo clínico e tratamento das hepatites virais, bem como a realização de exames complementares. Por fim, a assistência ambulatorial e hospitalar, no nível da alta complexidade, oferece o acompanhamento de pacientes em situações especiais, como no caso de complicações, e atua diretamente na formulação de protocolos de pesquisa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). O projeto em questão é uma evolução do já existente “ Projeto Combatendo Hepatites Virais”, que já está em execução desde Janeiro de 2022 e contou com a realização de várias ações como: a produção de uma cartilha educativa acerca das hepatites virais, a produção de um podcast em parceria com o projeto “Hora da Saúde” em que foi discutido a problemática das hepatites virais, a execução de ações de “Mitos e Verdades” em diversos PSFs da cidade de Teófilo Otoni, a realização de entrevista no programa ”Hora Marcada” na Rádio 98 FM, abordando temáticas importantes sobre o combate às Hepatites Virais, a participação no evento “Saúde na Praça” realizado no Município de Poté, que contou com momentos de testagem rápida para HIV, Sífilis e Hepatites Virais e a apresentação oral do Resumo - Relato de Experiência sobre a ação “Saúde na praça” , durante a realização da VIII Semana Acadêmica de Medicina da FAMMUC-UFVJM. Dessa forma é indubitável os benefícios que o projeto tem fornecido para a população, serviços de saúde de Teófilo Otoni, integrantes do projeto e para a Secretaria Municipal de Saúde. Nas ações realizadas, antes da dinâmica, foi possível perceber o pobre conhecimento acerca das hepatites por parte dos pacientes e até mesmo pelos funcionários dos serviços de saúde, após a dinâmica, percebe-se um melhor entendimento e conhecimento. O projeto vem cumprindo com seus objetivos e alcançando suas metas. Há ainda muitas ações a serem realizadas e novas perspectivas para a continuidade do projeto. Vemos uma ótima exequibilidade do tripé ensino, pesquisa e extensão, já que a parceria com a Secretaria de Saúde fornece uma grande disponibilidade de dados para pesquisa e as ações extensionistas exaltam várias possibilidades para realizar ações de ensino nesse quesito. Nos formulários de feedback 100% dos funcionários das unidades de saúde atendidas avaliam o projeto como “muito necessário” e sugerem mais ações desse tipo para os pacientes, que possuem pouco ou nenhum entendimento sobre hepatites. Portanto, a continuidade do projeto justifica-se nos benefícios mútuos entre alunos - comunidade – serviços de saúde – secretaria municipal de saúde. A evolução do projeto se tornou pertinente pela percepção dos alunos de que seria mais proveitoso e efetivo abranger desenvolver o projeto em postos de saúde da zona sul (Solidariedade, Vila Barreiros, São Benedito, Jardim São Paulo e Taquara, em Teófilo Otoni. Além disso, pensou-se em abranger o projeto para a APAC de Teófilo Otoni, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, que tem o PSF Taquara como referência para o tratamento dos condenados em recuperação. Ademais, a APAC é um local pertinente para a realização das ações do projeto diante da ideia consolidada de que os detentos possuem salas de visitas íntimas e, dessa forma, são uma população sexualmente ativa e que deve possuir o direito do sexo seguro assegurado. Por fim, entende-se que o projeto surge como um mecanismo de se solidificar o conhecimento na comunidade ao testar diversos tipos de abordagem com os cidadãos, ao fazer revisões sistemáticas acerca do tema em uma mesma comunidade, ao garantir o entendimento populacional sobre o processo do adoecimento e sobre as medidas de prevenção e tratamento e, não obstante, ao contemplar uma parcela maior da população. Com isso, o projeto trata-se de uma tentativa de proteger de forma eficaz a população abordada não apenas para as Hepatites Virais mas, também, para as demais ISTs em emergência no país. Importante destacar que essa proposta é uma continuidade do projeto Combatendo as Hepatites \virais, contemplados no Pibex de 2022 e de 2023.
Objetivo geral: Realizar atividades de prevenção e de acompanhamento clínico dos usuários da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) e das Unidades Básicas de Saúde do município de Teófilo Otoni. Objetivos específicos: Desenvolver uma ação de capacitação acerca do tema “Atuação do Sistema Único de Saúde nas infecções sexualmente transmissíveis no contexto da Atenção Primária” através de um grupo tutorial com os integrantes do projeto e com a participação de docentes e técnicos administrativos da universidade. Elaborar uma cartilha educativa para a população-alvo direcionadas para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Executar atividades educativas de sala de espera a fim de proporcionar um momento-espaço de prevenção e promoção de saúde para os pacientes nas UBS. Realizar ação de prevenção, educação e rastreio das Hepatites Virais no mês de julho de 2025, dentro da campanha de combate às hepatites virais em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni. Realizar ação de prevenção, educação e rastreio do HIV no mês de dezembro de 2024, em consonância com a campanha Dezembro Vermelho na prevenção contra o HIV, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni. Realizar ações de capacitação para os profissionais de saúde atuantes na Unidade Básica de Saúde (UBS) da zona sul em Teófilo Otoni, abordando o tema: “Fluxos de atendimento e abordagem das IST 's na atenção básica”. Executar atividades educativas e de rastreio de IST 's na unidade da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), a fim de proporcionar um momento-espaço de prevenção e promoção de saúde para os residentes encarcerados no local e que são referenciados para a UBS Taquara.
Realização de 01 (um) Workshop sobre o tema “Atuação do Sistema Único de Saúde nas infecções sexualmente transmissíveis no contexto da Atenção Primária” com a presença de integrantes do projeto e com a participação de docentes e técnicos-administrativos da universidade. Distribuir 1500 (mil e quinhentas) cartilhas educativas para pacientes da Unidade Básica de Saúde e residentes encarcerados da APAC, contendo ilustrações e explicações sobre a prevenção das IST 's, disponibilizando os panfletos nas respectivas unidades. Realizar 08 (oito) reuniões de controle e feedback e planejamento com todos os participantes do projeto e com a professora orientadora. Executar 05 (cinco) ações com a dinâmica de “Mito ou Verdade?” acerca da conscientização e prevenção das IST 's em salas de espera das UBS na zona sul de Teófilo Otoni. Realizar 01 (uma) ação referente à campanha de combate às hepatites virais em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni, para promoção da prevenção, educação e rastreio das Hepatites Virais. Realizar 01 (uma) ação referente à campanha Dezembro Vermelho, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni, a fim de contribuir para prevenção, educação e rastreio do HIV. Realizar 01 (uma) capacitação para os profissionais de saúde atuantes na Unidade Básica de Saúde (UBS) Taquara em Teófilo Otoni. Executar 2 (duas) atividades educativas e de rastreio de IST 's na unidade da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), buscando ofertar um espaço que proporcione a promoção e prevenção de saúde para os residentes encarcerados no local. Elaborar relatório parcial e relatório final do projeto "Infecções Sexualmente Transmissíveis: informação, prevenção e qualidade de vida." Elaborar relato de experiência sobre as ações realizadas no projeto. Participação e apresentação de 1 (um) acervo sobre o projeto em evento científico. Produtos Acadêmicos: Pôster; Relato de Experiência; Programa de Rádio; Resumo (Anais), cartilha sobre IST's
Como meio para se alcançar os objetivos desse projeto, elencam-se 4 etapas de execução. São elas as seguintes: Primeira Etapa: Capacitação dos membros do projeto. Inicialmente, os discentes membros do projeto passaram por uma capacitação acerca das Hepatites Virais, da Sífilis e do HIV tipo 1 e tipo 2. Para tanto, serão organizadas reuniões científicas com foco em discutir a epidemiologia, fatores de risco, fisiopatologia, formas de transmissão, terapêutica adequada e profilaxia dessas ISTs, bem como o fluxo na rede de atenção em saúde dos pacientes em acompanhamento. Posteriormente, deverão ser adotadas metodologias complementares para melhor preparo dos discentes. A primeira opção seria a execução de um PBL, ferramenta de ensino da metodologia ativa cuja eficácia está comprovada pela andragogia e consiste em uma discussão de caso, desenvolvida em dois encontros, que segue o seguinte fluxo: Palavras desconhecidas, Chuvas de ideias, Hipóteses e Objetivos. Nessa metodologia será necessário que dois discentes participem como coordenação e relatoria, respectivamente. Já uma segunda opção é a metodologia Grupo de Observação e Grupo de Verbalização, na qual os discentes seriam divididos em dois subgrupos em forma de círculos interno e externo. Num primeiro momento o grupo do círculo interno debateria sobre o tema enquanto o grupo do círculo externo observaria e tomaria nota. No segundo momento esses papeis se inverteriam. Ao fim, com a ajuda de um coordenador discente faz-se uma união dos dois grupos para a apresentação das conclusões. Segunda Etapa: Ações de educação em saúde voltadas para a prevenção das ISTs na Estratégia de Saúde da Família (ESF). Essas ações são direcionadas para dois focos: 1) fortalecimento e sistematização do fluxo de abordagem pelas equipes de profissionais de saúde das UBS e 2) ações oportunistas de educação em saúde com os usuários que frequentam as UBS. Essas ações ocorrerão na ESF da zona sul - Teófilo Otoni (MG) mediante agendamento prévio, sendo destinadas tanto a equipe de profissionais quanto a comunidade. Como modo de execução será elaborada uma cartilha focada em estratégia de prevenção das ISTs adaptada para os usuários de saúde da ESF selecionada. (a cartilha será desenhada a partir de uma pesquisa acerca dos princípios de comunicação efetiva em saúde, possibilitando a assimilação por parte do público-alvo). Através desta cartilha impressa, a equipe fará uma abordagem clara e objetiva com os usuários e com a equipe da atenção primária, em data e intervalo de horário estratégicos (orquestrado previamente com a equipe de saúde), por meio da dinâmica de mitos e verdades, que se mostrou muito eficaz no quesito de interação e entendimento dos pacientes no primeiro ano de execução do projeto. Terceira Etapa: Rastreio de ISTs na população assistida pelo ESF Taquara. As atividades executadas nesta etapa do projeto estarão voltadas para rastreio das Infecções sexualmente transmissíveis pelo uso de testes sorológicos de resultado rápido (testes rápidos) disponíveis nessa ESF, de modo a rastrear e incentivar uma rotina de testagem tanto da equipe quanto da população. Assim, deve-se aproveitar a oportunidade para orientar o paciente, de acordo com os achados das aferições, sobre importância e os meios de prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), promovendo práticas de aconselhamento humanizado. Uma outra atividade a ser executada nesta etapa do projeto consiste na testagem frequentes para ISTs dos moradores da APAC, mantendo um controle estatístico da incidência dessas infecções nessa instituição. Quarta Etapa: Acompanhamento dos efeitos do projeto. O Acompanhamento dos efeitos do projeto no território adscrito da zona sul - Teófilo Otoni se dará pela coleta de Feedback preenchidos pelo público participante da ação desenvolvida no projeto, juntamente com a aplicação de um questionário com perguntas acerca das ISTs. Tanto o Feedback quanto os questionários devem ser respondidos sem identificação, prezando pela ética e humanização das atividades desenvolvidas no projeto. Acerca do que deve ser avaliado no Feedback: clareza das explicações, comportamento humanizado e ético dos discentes, pontos a serem melhorados, pontos a serem reforçados, tempo de apresentação e envolvimento dos participantes. Enquanto nos questionários busca verificar a assimilação dos participantes quanto às formas de transmissão, profilaxia dessas ISTs e fluxo na rede dos pacientes,sendo esse último verificado apenas quando se tratar de membros da equipe do ESF.
Referencial bibliográfico DATASUS. Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde (SAS): Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). DATASUS; 2018. Disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hepabr.def>. Acesso em: 21 maio.2020 DATASUS. Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde (SAS): Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). DATASUS; 2018. Disponível em:< http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hepabr.def>. Acesso em: 21 maio.2020. LEAVELL, H. & CLARK, E. G. Medicina preventiva. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1976. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS. Manual técnico para o diagnóstico das hepatites virais. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite C e coinfecções. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). 1 ed. Brasília: , Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis., 2022. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico de HIV/Aids. Número Especial ed. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, 2022. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico de HIV/Aids. Número Especial ed. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, 2022. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais. Número Especial ed. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, 2022.
O Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina do Mucuri – FAMMUC (2018), bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Medicina, evidenciam que o estudante deve desenvolver capacidade crítica e reflexiva, sendo agente transformador e de produção de conhecimentos, avaliando também suas necessidades de conhecimento para, através da educação permanente, manter-se atualizado e transformar continuamente sua prática com base em novos conhecimentos, contribuindo para o mesmo processo dos seus pares e demais profissionais de saúde; para, através de observação diferenciada e metodologia científica, pesquisar a sua realidade e produzir conhecimento e também para a incorporação em sua prática dos conhecimentos novos baseados em evidências científicas, transmitindo informações úteis no processo de intervenção do processo saúde-doença (prevenção) de maneira acessível. Além disso, esse perfil de profissional deve se assegurar de que contribui de maneira contínua para a busca dos mais altos padrões de qualidade dos serviços em saúde ofertados, especialmente no contexto do SUS. Diante disso, justifica-se a participação de estudantes do curso de Medicina e da Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias neste projeto, pautados no senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, com vistas a promover a saúde integral do ser humano. Os estudantes irão desenvolver atividades que articulam o ensino, a pesquisa e a extensão, fundamentais para uma formação integral, generalista e humanizada, reafirmando a necessidade de consolidação do Tripé Ensino-Pesquisa-Extensão no ensino Superior na UFVJM. Eles estarão envolvidos em todas as etapas do trabalho realizado, desde o levantamento bibliográfico, integrando o estudo das diferentes disciplinas necessárias para o raciocínio clínico e capacitação, passando pela organização e execução das atividades, até futuras confecções de artigos científicos e pesquisas que visem demonstrar a importância da intervenção e rastreio dos serviços de saúde quanto à detecção de infecções na população. Além disso, as ações previstas serão pautadas pela postura ética e humanista com o público-alvo do projeto e será fomentada, nos alunos participantes, uma maior percepção sobre formas alternativas de intervenção social. Por fim, os pacientes também terão a oportunidade de fornecer seu feedback para os estudantes e para o projeto de modo geral, após a realização das ações, por meio do preenchimento de um formulário impresso confeccionado pelos discentes, bem como os funcionários do serviço em questão também terão a oportunidade de expor os efeitos das ações realizadas em um formulário próprio.
A relevância das ações apresentadas se alicerça no princípio de equidade de acesso à saúde plena, com ênfase nas populações vulneráveis e vulnerabilizadas. A necessidade do reforçamento do diálogo, interação entre a comunidade acadêmica da UFVJM, campus Mucuri, para com a população próxima motivou a continuidade das ações, no caso das atividades junto à UBS da zona sul - Teófilo Otoni, e ampliação das atividades, incluindo as pessoas em privação de liberdade atendidas e assistidas pela APAC. O método utilizado é alicerçado na educação e nas ferramentas de diálogo entre os colaboradores e usuários do SUS e recuperandos da APAC.
Público-alvo
Público-alvo atendidos de forma direta: Usuários das Unidades Básicas de Saúde da zona sul, na cidade de Teófilo Otoni.
Profissionais de saúde da Atenção Básica da cidade de Teófilo Otoni.
Recuperandos atendidos pela APAC e funcionários e colaboradores da APAC
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Parcerias
Os PSFs da zona sul - Teófilo Otoni, bem como toda sua equipe, aceitou colaborar com a realização das ações.
A APAC conta com infra-estrutura adequada e toda a equipe disposta a fomentar e estabelecer parcerias com as Instituições promotoras de educação inclusiva. Os colaboradores atuarão diretamente com a equipe e com os recuperando nas estratégias de prevenção e promoção à saúde com foco nas Infecções sexualmente Transmissíveis
Cronograma de Atividades
Reunião de planejamento para início das atividades do projeto com a presença dos participantes e da coordenadora
Capacitação dos participantes do projeto
Ação com a dinâmica de “Mito ou Verdade” e atividades educativas com rastreio de ISTs na APAC
Reunião de controle e de feedback do projeto
Ação com a dinâmica de “Mito ou Verdade” na sala de espera da UBS Vila Barreiros
Ação com a dinâmica de “Mito ou Verdade” na sala de espera da UBS Taquara
RODA DE CONVERSA COM OS profissionais atuantes nas UBS da zona sul - Teófilo Otoni
Ação de conscientização e combate às hepatites virais juntamente com a prefeitura
Ação com a dinâmica de “Mito ou Verdade” e atividades educativas com rastreio de ISTs na APAC