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PREVENÇÃO DE SUICÍDIOS - TAREFA PARA MUITAS MÃOS
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
bruno henrique ribeiro
202110120212170
departamento de enfermagem
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
direitos humanos e justiça
grupos sociais vulneráveis
regional
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
nadia veronica halboth
Vice-coordenador(a)
lucas daniel cibolli roso
Bolsista
anny eloysy de paula souza
Voluntário(a)
luiza joukhadar regini
Voluntário(a)
marco tulio silva pereira
Voluntário(a)
otavio cuqui alves
Voluntário(a)
Divulgação de conhecimentos científicos, de forma ética, importantes para a prevenção de suicídios e da autolesão sem intenção suicida (automutilação).
Prevenção, Suicídio, Autolesão
O suicídio é um importante problema de saúde pública global. Estima-se que cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, ou seja, é estimada uma morte a cada 40 segundos (OMS, 2018). A Organização Mundial da Saúde (WHO, 2014) aponta que o comportamento suicida é influenciado por questões multifacetadas como aspectos biológicos, psicológicos, ambientais e culturais. No entanto, o tema ainda é tratado como tabu em muitos lugares, sendo a prática inclusive ilegal em alguns países, o que leva a crer que esse número seja ainda maior, considerando-se a subnotificação e a classificação errônea das mortes por suicídio como acidentais (MINAYO et al., 2006). O Brasil está entre os dez países com os maiores números absolutos de suicídio. Entre 2002 e 2012, o total de suicídios no Brasil aumentou cerca de 33%, sendo esse aumento superior ao aumento da população no mesmo período, que foi de 11% (WHO, 2014). Apesar dos números expressivos, é importante deixar claro que suicídios podem ser prevenidos (WHO, 2014). Um dos principais grupos de atuação neste contexto são os profissionais de saúde, especialmente os ligados à atenção primária, que precisam estar preparados para lidar com indivíduos em risco, posto que são acessíveis à população e podem oferecer apoio continuado. No caso de pessoas que tentam o suicídio, a maioria é atendida em serviços de emergência, o que demonstra um grande potencial de intervenção para os profissionais dessa área. Porém, por falta de treinamento, o acolhimento adequado nem sempre acontece, permitindo a manutenção e até aumento de casos (BOTEGA, 2014; MELLO-SANTOS et al., 2005; VIDAL e GONTIJO, 2013; WHO, 2014). O contexto escolar e o universitário são outros locais onde a prevenção ao suicídio é imperativa, pois os alunos passam grande parte do tempo nestes ambientes. Havendo profissionais capacitados, estes podem identificar diversos comportamentos de risco e intervir precocemente (PINHEIRO, 2015). A equipe envolvida no projeto proporá atividades de capacitação com o intuito de prevenção aos comportamentos suicidas bem como de autolesão sem intenções suicidas, às vezes também referida como automutilação. Há ainda, oportunidade de realização de estudos e prestação de atendimento à comunidade, especialmente, para estudantes e profissionais das áreas da saúde, educação e segurança pública, bem como líderes espirituais. Tais atividades vêm sendo desenvolvidas há vários anos com boa receptividade (SILVA et al., 2011). Além dos cursos de prevenção haverá rodas de conversa e palestras breves sobre o suicídio e suas representações na mídia e cultura serão promovidas como forma de continuar o debate sobre o tema, relacionando-o à atualidade e à história. O Grupo Vida atua na prevenção do suicídio em Diamantina desde 2006, realizando capacitações, auxílio a sobreviventes e indivíduos em risco, além de pesquisas e debates que permeiam o tema. Ao decorrer do tempo, foram feitas parcerias com instituições como a Secretaria de Saúde de Diamantina, a Secretaria Municipal de Educação de Diamantina e a Secretaria de Saúde da cidade de Matozinhos, por exemplo. Junto a estas e outras, foram realizadas capacitações, que tiveram boa aceitação e renderam trabalhos apresentados em eventos locais, regionais e internacionais como na nas Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão – Sintegra, no Encontro de Medicina - Emed, eventos promovidos pela UFVJM, bem como apresentação de trabalho no Congresso Latino Americano de Prevenção ao Suicídio em 2019.
As várias definições da palavra suicídio contêm a ideia central relacionada ao ato de terminar com a própria vida (BOTEGA, 2015). A taxa global de mortalidade em 2016 foi de 10,5 mortes por suicídio em cada 100 mil pessoas, sendo que esta varia principalmente quanto a renda do país (OMS, 2019). O índices de suicídio são maiores entre os homens (13,7 para cada 100 mil), do que entre as mulheres (7,5 para cada 100 mil), com destaque para pessoas idosas em quase todas as regiões do mundo, que tem se apresentado como um importante grupo etário com vulneralibidades no campo da saúde mental (GOMES DE MELO SANTOS, 2019; OMS, 2019). Há também uma tendência de aumento de tentativas de suicídio por parte de adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), tornando-se a segunda principal causa de morte entre eles (MOREIRA e BASTOS, 2015; OMS, 2019). Além disso, para cada suicídio consumado, há muitas outras pessoas que o tentam e são impactadas, além do fato de tentativas anteriores serem os fatores de risco mais importantes para a realização propriamente do ato na população geral (OMS, 2018). Estima-se que o quantitativo de tentativas de suicídio supere cerca de dez vezes o número de mortes por suicídio (BOTEGA, 2015). Apesar de sua relevância, o tema ainda é um tabu, sendo um assunto no qual as pessoas preferem não falar (TRIGUEIRO, 2018). Diante disto é importante haver não apenas a divulgação e debate abordando as várias áreas da suicidologia, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2000) para a Mídia, mas também capacitar os profissionais juntamente com os demais atores sociais, para que possam contribuir e impactar na detecção e prevenção de novas ocorrências destes comportamentos. Entre os profissionais podemos citar especialmente profissionais e estudantes da área da saúde, bombeiros militares, policiais civis e militares, por serem profissionais que prestam o primeiro atendimento a indivíduos que tentaram suicídio, podendo assim impedir de forma segura a consumação deste ato, e apresentaram maior probabilidade de exercer contato com populações de risco. Outros grupos de importância são o de educadores, que estão em contato direto com jovens e adolescentes, grupo também de risco para suicídio, além de crianças, possibilitando atuar na prevenção primária destes, e também os de líderes espirituais e assistentes sociais. Espera- se que com a comunidade em geral capacitada haja mais possibilidade de mais indivíduos poderem atuar na promoção da saúde mental e na na prevenção de comportamentos suicidas e autolesivos. Ainda é necessário inferir que “a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) é a maior emergência de saúde pública que a comunidade internacional enfrenta em décadas” (SCHMIDT et al., 2020, p.1). Dessa maneira, o estado pandêmico pode promove impactos na vida daqueles que são afetados direta ou indiretamente, principalmente quanto a saúde mental, podendo agravar os quadros relacionados a tentativas de suicídio e autolesão (CRUZ et al., 2020). Os aspectos aos quais poderiam ser notados possíveis aumentos aos casos e tentativas seriam principalmente vinculados ao isolamento social, este que dificulta a interação dos indivíduos. Outros possíveis de estimulação são: a insegurança social e econômica aumentada durante a crise epidemiológica; ansiedade; preocupação e maior ingestão de bebidas alcoólicas ligadas ao distanciamento social; diminuição do acesso a consultas e serviços de saúde mental; e o estresse, juntamente a insegurança dos profissionais de saúde atuantes nas linhas de combate ao COVID-19 (CRUZ et al., 2020). Os cursos de Prevenção de Suicídios vêm sendo oferecidos há alguns anos em Diamantina e municípios vizinhos. No entanto, existe ainda uma grande parcela de indivíduos que ainda não participaram destes, uma vez que é importante considerar que a população universitária na cidade é rotativa. E, no caso daqueles que participaram de atividades ligada à suicidologia, são necessárias oportunidades de reforço e atualização dos conceitos e discussões de situações vivenciadas na prática. Os profissionais atuantes na atenção primária e no serviço de emergência da cidade e região são um público cujo acesso contínuo às capacitações é de importância crucial, posto que estão em contato direto com a comunidade e com casos de tentativa de suicídios, bem como comportamentos auto-lesivo em indivíduos em risco. Da mesma forma, profissionais da segurança pública são um público chave; que igualmente podem ser beneficiados pelas capacitações. Embora a carga horária de cada curso seja pequena, estimada em oito horas, a promoção dessa atividade pode ser literalmente a diferença entre a vida e a morte, possibilitando a redução dos índices de suicídio que só não são mais alarmantes devido à grande subnotificação deste fenômeno, tema referido anteriormente e tratado, especialmente em capacitações que envolvem profissionais médicos. Além dos cursos de prevenção, pretende-se ampliar as ações desenvolvidas pelo grupo. Rodas de conversas breves tratando do suicídio e suas representações na mídia, cultura e sociedade serão promovidas como forma de continuar o debate sobre o tema, relacionando-o à atualidade e à história. Exemplos de temas que serão debatidos nessas reuniões com a comunidade, de acordo com o grupo, são a série televisiva de grande audiência 13 Reasons why (2017-2020) e o livro O Suicídio, Durkheim (2002). Ainda, serão promovidos cursos relacionados especificamente a autolesão sem intenção suicida, que podem aumentar o risco de desenvolvimento de comportamento suicida (GUERREIRO e SAMPAIO, 2013). As atividades envolvem conceitos discutidos nas aulas de Psicologia no módulo de Desenvolvimento Pessoal (referente ao curso de Medicina) e possibilitará o crescimento, reflexão e ampliação de conhecimentos específicos e direcionados à suicidologia em geral, com enfoque nas áreas de autolesão e comportamento suicida a todos os estudantes e demais sujeitos envolvidos nesta. Caso haja discentes voluntários de outras áreas de conhecimento os mesmos receberão as informações necessárias para o desenvolvimento das práticas propostas e assim será trabalhado o olhar interdisciplinar sobre a temática. Ressalta-se ainda, em consonância com a Política de Extensão da UFVJM (2009), a promoção das diretrizes como a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão pilares fundamentais para a formação profissional e que serão incentivados aos discentes participantes. Além disso, sem dúvidas, este projeto causa impacto e transformação social, pois pessoas com as mais diversas vulnerabilidades serão atendidas direta e indiretamente pelo participantes. E há promoção de interação social uma vez que a troca de saberes será sistematizado pelo grupo abordando o conhecimento acadêmico/científico e valorizando o conhecimento popular sobre temas da suicidologia. Em decorrência da quarentena imposta pela pandemia do Covid-19 e da necessidade de evitar aglomerações há a possibilidade das atividades propostas ocorrem de forma remota, via plataformas onlines, visando a garantia de maior segurança a todos participantes.
Gerais 1. Capacitar, por meio de cursos, profissionais e estudantes da saúde, educadores, bombeiros militares, policiais civis e militares, líderes espirituais, e demais grupos de pessoas interessadas para que possam lidar e conciliar, direta ou indiretamente, situações com indivíduos que apresentam comportamentos e/ou intenções suicida e autolesiva para a prevenção e remediação desses fenômenos. 2. Realizar palestras, rodas de conversa e eventos que tenham o suicídio e/ou a autolesão como focos da abordagem multidisciplinar. 3. Conscientizar a população do município de Diamantina e Região à respeito da necessidade de discutir e prevenir ações e comportamentos suicidas e autolesivos. 4. Permitir a multidisciplinaridade dentro da comunidade acadêmica, de diversas áreas e cursos de graduação, do Vale do Jequitinhonha para discutir, conhecer a suicidologia e repercutir ações de proteção aqueles que precisam. Específicos 1. Promover discussões abertas às comunidade acadêmica e externa abordando o suicídio e autolesão, bem como maneiras de lidar e prevenir, contextualizando-os de acordo com tempos históricos e atuais nas sociedades em geral; 2. Orientar os participantes dos cursos de prevenção ao suícidio especialmente a respeito de: Fatores de risco (como reconhecê-los e modificá-los) e protetores; Grupos de maior ocorrência; Mitos; Como reconhecer e agir diante de alguém em risco de suicídio ou de um sobrevivente. 3. Orientar os participantes dos cursos de autolesão a respeito de: Fatores desencadeantes e preventivos; Público de maior ocorrência; Identificação do comportamento; Abordagem holística e humanizada aos indivíduos com tais práticas; 4. Oferecer atividades de posvenção (prevenção direcionada a grupos em que se ocorreu algum suicídio), especialmente na forma de rodas de conversa. 5. Permitir aos discentes envolvidos a oportunidade de estudar sobre os temas ligados à suicidologia e promover a interdisciplinaridade e interação social dos mesmos com outros membros da comunidade acadêmica. 6. Desenvolver nos discentes habilidade e competências profissionais como liderança, tomada de decisão, trabalho em equipe e outras.
Oferecer o curso para, ao menos, representantes de quatro instituições diferentes, além de um curso aberto à comunidade em geral. Espera-se capacitar diretamente com cursos e rodas de conversa um número igual ou superior a 250 pessoas, o que possibilita estimar que o público atingido, indiretamente (ou seja, estudantes, pacientes, cidadãos atendidos pelas forças de segurança, membros de diferentes grupos religiosos, bem como as demais pessoas que interagem com os cursistas) seja superior a 1000 pessoas no total. Além disso, haverá distribuição de cartilhas de prevenção de suicídios elaborada pelo Grupo Vida, no formato impresso e/ou digital e redigir-se-á uma cartilha para autolesão sem intenção suicida, uma vez que há escassez deste material para ampla divulgação e fácil acesso a população e principalmente aos profissionais.
As oficinas de capacitação vêm sendo oferecidas há vários anos pelo Grupo Vida, com boa receptividade entre os participantes. Tem duração de média de oito horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 4 horas. São abordados temas como: O que é suicídio, Consequências, Epidemiologia, Mitos, Fatores de Risco e Proteção, O que não fazer e o que fazer; Comportamento Suicida, Bullyng e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes e moderadores. As temáticas são trabalhadas da seguinte forma: Realizadas dinâmicas, as quais têm a finalidade de integração e interação entre os participantes e palestrantes visto que existe certo grau de tabu em torno do tema ao ser discutido em âmbito social; Apresentações teóricas e interativas sobre os comportamentos suicidas em geral, o tratamento dado às pessoas antes ou mesmo depois de realizar uma tentativa, caso ela ocorra, tal e qual identificar sinais, grupos de risco e agir sobre eles; Discussões a respeito dos temas, de acordo com a demanda de cada grupo. Também serão promovidos outros eventos sobre o mesmo tema em perspectivas diferentes, a fim de convidar novos profissionais para compartilharem suas ideias e experiências, ampliando e enriquecendo a discussão sobre suicídio. Será incentivada a participação de discentes como voluntários das diversas áreas do conhecimento da UFVJM a fim de promover a interação social e possibilitar uma perspectiva interdisciplinar em consonância com os eixos da extensão universitária. Ainda, serão acrescidas as atividades do Grupo, rodas de conversa para que haja uma abordagem com maior dinamismo com os indivíduos participantes. Bem como, para que sejam expostas ideias e perguntas, juntamente com a troca de saberes científicos e populares. Esta dinâmica terá duração aproximada de duas horas. Há problematização do tema “Prevenção de Suicídios” onde um animador de debate lança a temática e os participantes vão interagindo e à medida que a conversa vai acontecendo novas abordagens são realizadas. Há ainda a proposição de um curso específico de comportamento autolesivo sem intenção suicida que será proporcionado, em preferência, a alunos e profissionais das áreas da saúde e da educação. Este seguirá a dinâmica do curso de citado anteriormente, com abordagem de aspectos como definição de casos, fatores de risco e proteção e maneiras de agir diante desta situação. O Grupo Vida já tem elaborada uma cartilha com informações sobre prevenção de suicídios, seguindo essa linha, os integrantes do projeto também irão redigir uma Cartilha de Prevenção a Autolesão, já que há escassez desse conteúdo para ampla divulgação. Esta atividade promove para os discentes participantes a questão indissociável que permeia o ensino, a pesquisa e a extensão universitária, bem como abre possibilidades de aprendizado pelos membros da equipe. Ademais é incentivado que os mesmos interajam constantemente entre si, bem como com docentes e servidores técnico-administrativos, pois todos os membros da comunidade acadêmica devem contribuir na formação desse estudante. Ao final das atividades realizadas pelo Grupo Vida é distribuído um formulário de avaliação, que deve ser preenchido anonimamente a fim de opinarem sobre a condução dos trabalho e sobre o nível de conhecimento adquirido, permitindo deste modo, a reorganização dos temas e abordagens, quando necessário. Após cada evento/atividade haverá emissão de certificados aos participantes. Semanalmente o Grupo Vida realiza reunião para planejamento, avaliação, estudo e discussão de casos. Os discentes participantes escreverão ao final do período do projeto um relato de experiência para publicação em uma revista/anais de extensão, visando a contribuir para os demais interessados em realizar e participar de projetos e extensões universitárias pautadas na suicidologia, bem como promover a disseminação do conhecimento acadêmico. Vale ressaltar ainda, que os aspectos éticos serão observados durante toda a execução do projeto. Em virtude da pandemia do Covid-19, em consonância com as recomendações sanitárias as atividades propostas poderão ser adaptadas para ocorrerem remotamente, ou seja, através de plataformas virtuais.
BOTEGA, Neury José. Suicidal behavior: Epidemiology. Psicol. USP, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 231-236, Dez. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642014000300231&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 24 out. 2020. https://doi.org/10.1590/0103-6564D20140004. BOTEGA, Neury José. Crise Suicida: Avaliação e Manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015. 302p. CRUZ, Roberto Moraes et al . COVID-19: emergência e impactos na saúde e no trabalho. Rev. Psicol., Organ. Trab., Brasília, v. 20, n. 2, p. I-III, jun. 2020. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572020000200001&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 23 out. 2020. http://dx.doi.org/10.17652/rpot/2020.2.editorial. Departamento de Saúde Mental Transtornos Mentais e Comportamentais. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da mídia. Genebra: [s. n.], 2000. 10 p. 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EUA, July Moon Productions 2017. 49 episódios com 45-98 min, son., cor. Série exibida pelo Netflix. Acesso em: 20 out. 2020.
Os estudantes engajados no projeto terão a função de preparar as oficinas, devendo sempre buscar atualizações científicas na literatura sobre os temas e assuntos tratados. Eles também poderão as desenvolver, entrar em contato com os grupos que serão capacitados, além de procurar os locais para a realização das oficinas e providenciar os materiais e certificados de conclusão dos eventos realizados. Será incentivada a participação de discentes voluntários das diversas áreas do conhecimento da UFVJM para que possa haver interação e integração entre eles e possam ampliar a visão interdisciplinar sobre a temática. A equipe de coordenação supervisionará todas as atividades e as discutirá com os estudantes envolvidos (bolsista e voluntários) a fim de alinhar o conhecimento e promover competências e habilidades como comunicação, liderança, tomada de decisão e outras . Assim, tanto as metodologias como os conteúdos serão trabalhados com todos, permitindo que possam, futuramente, atuar em conjunto na prevenção de suicídios, bem como tenham um olhar integral e humanizado sobre o paciente e saibam conduzir atividades com grupos. Os estudantes, no caso da saúde, como futuros profissionais, terão a possibilidade de, ao longo da graduação, uma preparação adequada ao realizar intervenções que possam proporcionar a superação de eventos traumáticos e evitar o comportamento suicida (FIGUEIREDO et al., 2012) bem como autolesivo. O bolsista será acompanhado quanto ao seu interesse, iniciativa, pontualidade, organização e atuação nas oficinas em acordo com as datas acordadas com os grupos. O projeto será avaliado por meio de uma ficha de avaliação, preenchida anonimamente pelos participantes, ao final de cada evento, permitindo a manutenção e a reestruturação das diretrizes estabelecidas, quando necessárias. Este instrumento será consolidado, organizado e analisado por toda equipe e permitirá aos discentes conhecimento nas áreas de criação de banco de dados e análises estatísticas. Ao final de todos os 12 meses, será apresentado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura uma produção audiovisual em vídeo, documentário, demonstrando as atividades promovidas pelo projeto, juntamente com os depoimentos do bolsista, do coordenador e de beneficiários. Além de um relato digital com fotos.
O Grupo Vida/UFVJM realiza atividades na área de prevenção de suicídios desde 2006, sendo diversas vezes contemplado em editais PIBEX, os quais financiam a disseminação de conhecimento adequado sobre os temas da suicidologia, não só em Diamantina, mas em diversas cidades da região e até mesmo em outros estados da federação. É com este recurso que imprimimos nossas cartilhas, sendo que quando não contamos com este, os participantes ficam sem o material impresso, o que restringe as informações passadas somente `aqueles que participaram das atividades, não oportunizando aos familiares, amigos e outros que tenham acesso ao nosso material. Vale ressaltar que foi solicitada, via e-mail, assinatura de Carta de Parceria por parte da Superintendência Regional de Ensino de Diamantina para mobilização para divulgação dos eventos ministrados pelo Grupo Vida aos municípios da área de abrangência da instituição, porém ao fazer contato telefônico fomos informados que em virtude da Pandemia do Covid-19 estão trabalhando com número reduzido de servidores e que a demanda poderia não ser atendida em tempo hábil. Outras parcerias poderão ser discutidas e realizadas pontualmente com as instituições cujos profissionais serão capacitados, especialmente no caso de instituições em outros municípios, quando haverá necessidade de transporte e hospedagem aos membros do projeto, como contrapartida.
Público-alvo
Profissionais e estudantes da saúde, educadores, bombeiros militares, policiais civis e militares, líderes espirituais e outros grupos de pessoas que possam lidar com indivíduos que apresentam comportamentos e/ou intenção suicida.
Familiares, amigos, colegas de trabalho e outros que possam ser informados pelos participantes sobre a temática abordada nas atividades.
Municípios Atendidos
Diamantina - Mg
Felício Dos Santos
Carbonita
São Gonçalo Do Rio Preto
Parcerias
Mobilização para divulgação dos eventos ministrados pelo Grupo Vida aos municípios da área de abrangência desta instituição.
Mobilização para divulgação dos eventos ministrados pelo Grupo Vida aos municípios da área de abrangência desta instituição.
Mobilização para divulgação dos eventos ministrados pelo Grupo Vida, caso seja solicitado ao Grupo Vida alguma atividade. Caso haja necessidade de transporte e/ou hospedagem as mesmas arcarão como contrapartida.
Mobilização para divulgação dos eventos ministrados pelo Grupo Vida, caso seja solicitado ao Grupo Vida alguma atividade. Caso haja necessidade de transporte e/ou hospedagem as mesmas arcarão como contrapartida.
Cronograma de Atividades
O Grupo Vida se reunirá semanalmente para realizar planejamento das ações.
A capacitação tem duração média de 8 horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 4 horas. São abordados temas como: O que é suicídio, Consequências, Epidemiologia, Mitos, Fatores de Risco e Proteção, O que não fazer e o que fazer; Comportamento Suicida, Bullyng e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes. A mesma poderá ocorrer presencialmente ou adaptada ao uso de ferramentas digitais em virtude da pandemia do Coronavírus. Há emissão de certificados. A ação é prevista para ocorrer nos meses de fevereiro, maio e novembro de 2021.
É realizada Roda de Conversa, com duração aproximada de 2 horas. Há problematização do tema “Prevenção de Suicídios” onde um animador de debate lança o tema prevenção de suicídios e os participantes vão interagindo e à medida que a conversa vai acontecendo novas abordagens são realizadas. Pode haver adaptação para utilização de ferramentas digitais para desenvolver a ação em virtude da pandemia do Coronavírus. Há emissão de certificado. As atividades serão programadas para os meses de março, junho e agosto de 2021.
Será elaborada Cartilha sobre Autolesão sem intenção suicida, uma vez que que há escassez desse material para ampla divulgação. A ação ocorrerá entre os meses de janeiro e março de 2021.
A capacitação tem duração média de 4 horas, podendo ocorrer em um dia ou em dois turnos de 2 horas. São abordados temas relacionados à autolesão sem intenção suicida e outros temas que possam emergir da discussão e interação entre os participantes. A mesma poderá ocorrer presencialmente ou adaptada para uso de ferramentas digitais em virtude da pandemia do Coronavírus. Há emissão de certificados. A ação é prevista para ocorrer nos meses de abril e outubro de 2021
Os integrantes do Grupo participaram de eventos relacionados ao mês de prevenção ao suicídio (Setembro) e realizaram atividades afins ao tema como roda de conversa, Lives Virtuais, Curso, e outras.
O bolsista elaborará o relatório parcial no mês de julho de 2021 e no mês de dezembro de 2021.
Em atendimento ao item 15.1.6 do Edital Pibex 2021 haverá produção de um documentário em vídeo do projeto, com depoimentos do bolsista, do coordenador e de beneficiários da ação, contendo duração mínima de 3 (três) minutos e máxima de 5 (cinco) minutos, no formato AVI.