Visitante
Educação Patrimonial com foco no Memorial do Ferreiro e do Tropeiro em Diamantina
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
raquel faria scalco
20211012021350136
departamento de turismo
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
cultura
desenvolvimento regional
municipal
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
maria claudia almeida orlando magnani
Vice-coordenador(a)
camila teixeira heleno de araújo
Voluntário(a)
cassiano nascimento ramos
Voluntário(a)
gabriel araujo ferreira
Voluntário(a)
vinicíus josé pereira
Voluntário(a)
gabrielle vieira souza
Voluntário(a)
jessica de sousa oliveira
Bolsista
guilherme fortes drummond chicarino varajao
Voluntário(a)
edelweiss vitol gysel
Voluntário(a)
maria de lourdes santos ferreira
Voluntário(a)
O ferreiro e o tropeiro tiveram importância singular no contexto econômico e social de Minas Gerais no século XIX e início do XX. Porém, essas profissões entraram em declínio com o crescimento do setor automobilístico, da malha rodoviária e ferroviária e
Educação Patrimonial, Turismo, Memorial, Ferreiro e Tropeiro
O ferreiro e o tropeiro tiveram importância singular no contexto econômico e social de Minas Gerais no século XIX e início do XX. Porém, essas profissões entraram em declínio com o crescimento do setor automobilístico, da malha rodoviária e ferroviária e da indústria metalúrgica, principalmente na segunda metade do séc. XX. É com o intuito de resgatar, manter e transmitir, para as próximas gerações, a memória desses ofícios que praticamente desapareceram que está sendo criado o Memorial do Tropeiro e do Ferreiro no Mercado Velho de Diamantina, local que foi um dos mais importantes Ranchos de Tropas neste período. Além da importância histórica e cultural da criação deste Memorial, o registro da memória desses ofícios faz parte da identidade histórico-cultural de Diamantina e da região e pode ainda ser um atrativo a mais para os visitantes da cidade. Assim, o Memorial pretende democratizar o uso social desse patrimônio, não só para turistas e visitantes, mas especialmente para os próprios moradores que – a depender da idade e do meio social – irão se identificar e se reconhecer no espaço e nos seus objetos, ou se informar sobre um passado recente que não existe mais. Assim, a ideia é que este Memorial também trabalhe com algumas atividades interativas e educativas, com roteiros de visitas guiadas para o público escolar, comunidade local e turistas, eventos com a presença de tropas, cursos, palestras e oficinas sobre educação patrimonial, entre outras propostas. Ademais, tem-se como possibilidade a inserção de experiências sensoriais no Memorial, trabalhando outros sentidos além da visão, como o tato, a audição, o olfato e o paladar, por meio do toque a alguns objetos, música ambiente que nos remeta à época passada, ambientação com plantas da região, cheiros, venda de alimentos no local relacionados à cultura tropeira etc. Essas ideias têm o objetivo de tornar as propostas atuais de memoriais e museus mais atraentes, interativas e de não serem estanques diante do olhar dos visitantes. Portanto, pretende-se com este projeto desenvolver ações de extensão voltadas para o trabalho de educação patrimonial com foco no Memorial do Tropeiro e do Ferreiro de Diamantina, com o objetivo principal de colaborar com a sensibilização da comunidade sobre a importância desses ofícios, e tendo o legado deixado por eles como um importante patrimônio imaterial da região e de Minas Gerais. Para tanto, pretende-se utilizar como principais procedimentos metodológicos a elaboração de uma cartilha, formatação de uma oficina sobre a importância do Memorial dos Tropeiros e dos Ferreiros no contexto da região; convite à comunidade escolar da rede pública e particular, de ensino fundamental e médio da cidade para visitação ao Memorial; formatação de roteiros de visita guiada ao Memorial para cada público específico; e recebimento do público em geral e escolar desenvolvendo um trabalho de educação patrimonial junto a eles. Assim, desenvolvendo ações de cunho educativo no âmbito deste Memorial será possível contribuir para a sensibilização de parte da comunidade diamantinense sobre a importância desses ofícios para a região, bem como sobre a relevância do Memorial do Tropeiro e do Ferreiro como forma de conservar a memória e a história dos tropeiros e dos ferreiros em Minas Gerais, para a presente e para as futuras gerações. Esta atuação também irá contribuir para a consolidação de um novo atrativo turístico da cidade, visando enriquecer ainda mais a experiência do turista de Diamantina.
O fenômeno do transporte por tropas começou a aparecer no Brasil na segunda metade do século XVII e, possivelmente, teve a participação nas bandeiras que adentraram o interior brasileiro. Em Minas Gerais, essa atividade se intensificou no século XVIII e se manteve até por volta de 1950, sendo um agente central no desenvolvimento da economia mineira por largo tempo. As tropas foram responsáveis pelo transporte das riquezas produzidas em Minas Gerais até os portos e por abastecer as regiões mineradoras com gêneros alimentícios e demais artigos, utensílios e materiais necessários naquela época além de servirem como agentes de comunicação (transporte de cartas, comunicações oficiais etc.). Ao longo do percurso por onde as tropas passavam foram sendo criados os ranchos de tropas, locais utilizados pelos tropeiros para descansar e onde seus produtos poderiam ser guardados e comercializados. Dentre os ranchos de tropas mais importantes de Minas Gerais está o Mercado Municipal de Diamantina. Conforme Martins: Enfim, se não há dúvidas de que o mais autêntico símbolo da economia do Norte mineiro, o agente por excelência da circulação e da vida econômica regional foi a tropa de muares, também cabe reconhecer que o Mercado Municipal de Diamantina foi, até os anos 1940, a melhor expressão do lugar de destaque que a cidade alcançou no cenário mercantil do Norte mineiro. Ponto de convergência das tropas de inúmeros municípios da região, o Mercado Municipal de Diamantina oferecia, naquela época, uma imagem viva e penetrante do dia-a-dia dos tropeiros e dos padrões tradicionais do comércio de mantimentos no Alto Jequitinhonha, bem como do esforço das autoridades para responder às pressões populares relacionadas à regularidade e modicidade do abastecimento de gêneros de primeira necessidade. (2010, p. 173). Dentre os produtos trazidos para Diamantina pelos Tropeiros estavam os artefatos, equipamentos e ferramentas em ferro, que estavam inseridos dentre os produtos de importância da época. O ferro passou a ser produzido em Minas Gerais por volta do final do século XVIII, ainda que de forma isolada e informal, tendo se difundido no início do século XIX. A fabricação de ferro começou, então, a ser realizada em várias localidades como, por exemplo, nas regiões onde atualmente estão as cidades de Ouro Preto e Mariana, Sabará, Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar, Santa Bárbara, Itabira e Itamarandiba. A primeira fábrica de ferro da colônia de que se tem notícia foi a Real Fábrica de Ferro do Morro do Pilar, criada em 1812, em Minas Gerais. Estes locais onde se estabeleceram as primeiras forjas em Minas Gerais possuíam as condições básicas para que a atividade fosse realizada, como descrito pelo Barão de Eschwege, no início do séc. XIX. A partir do minério de ferro retirado das jazidas existentes nessas localidades ele era colocado em pedaços junto com o carvão vegetal dentro do forno, e os foles eram acionados para garantir o controle da temperatura correta na fundição do metal, resultando em uma massa pastosa que ganhava forma por meio do trabalho na forja, por meio do martelamento manual ou mecânico na bigorna. A partir dessa massa eram produzidos trempes, ferraduras, enxadas, foices, machados, facas, fechaduras, balanças, colheres, candeeiros, pás, armas, cangalhas, arreios, pregos, entre outros utensílios e ferramentas que eram transportados e comercializados pelos tropeiros. Essas ferramentas e equipamentos produzidas de forma artesanal pelos ferreiros eram utilizadas na agricultura, no garimpo, no cotidiano das casas e também pelos próprios tropeiros. Diante da importância dos tropeiros para o transporte e comércio em Minas Gerais, e do ferreiro como o primórdio da indústria em Minas Gerais e, ainda, pensando na importância da atual cidade de Diamantina neste contexto, foi criado o Memorial do Tropeiro e do Ferreiro em Diamantina. A iniciativa foi uma parceria entre Prefeitura Municipal de Diamantina e o curso de Turismo da UFVJM. Esta parceria teve início em julho de 2019. Desde então, já foram desenvolvidas ações por meio de projeto de pesquisa (n° de cadastro no e-campus 8642019) e de extensão (PIBEX demanda espontânea protocolo 338917.1864.339661.28082019 PROCARTE/2020 protocolo 340732.1909.339661.26092019). No âmbito destes projetos foram desenvolvidas ações de pesquisa histórica e documental sobre ferreiros e tropeiros, identificação, catalogação e descrição das peças do acervo, resgate da história desses antigos ferreiros e tropeiro, ainda existentes na região e criação de peças de divulgação e comunicação sobre estes ofícios. Agora, com a iminência de inauguração do espaço, este projeto tem como questão central a forma como o Memorial atuará no recebimento de visitantes, sejam eles membros da comunidade, turistas ou público escolar, e nas ações de sensibilização dos mesmos sobre a história e a memória dos ofícios de tropeiros e ferreiros na região. Destaca-se que a proposta conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Diamantina, que irá gerenciar o Memorial após a sua implantação. A proposta é que esta parceria continue, visando possibilitar que os alunos do curso de turismo atuem como monitores do Memorial, promovendo ações educativas com o intuito de dar vida, uso e valor a este local que possui um acervo importante para a compreensão destes ofícios que se caracterizam como patrimônio cultural da região de Diamantina, de Minas Gerais e do Brasil. Para o IPHAN: Educação Patrimonial constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o Patrimônio Cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação (IPHAN, 2014,0p.19). A proposta promove a interação da comunidade universitária com a comunidade externa, seja escolar (professores, estudantes do ensino fundamental e médio) ou entre os moradores e turistas, por meio da interseção entre as áreas temáticas de Cultura e Educação com ações educativas sobre os ofícios de ferreiro e tropeiro. Se relaciona diretamente com a linha de extensão de Patrimônio cultural, histórico, natural e imaterial por se tratar de projeto que visa a preservação e difusão de patrimônio cultural e histórico (acervo de peças, fotos etc.) bem como do patrimônio imaterial (modos de fazer dos ferreiros e a cultura tropeira) por meio da proteção e promoção das tradições culturais da região, da valorização do patrimônio e da formação de discentes e do público-alvo além de implicar na produção e divulgação de informações, conhecimentos e material didático sobre esses ofícios. A participação dos discentes do curso de Turismo permitirá uma experiência acadêmica complementar e maior conhecimento sobre a história e cultura da região, incentivando o pensamento crítico, enriquecendo sua formação acadêmica e profissional.
Objetivo geral Colaborar com a sensibilização da comunidade de Diamantina sobre a importância dos ofícios de ferreiro e de tropeiro, reconhecendo o legado deixado por eles como um importante patrimônio imaterial da região de Diamantina e de Minas Gerais. Objetivos específicos - Sensibilizar a população de Diamantina sobre a relevância do Memorial do Tropeiro e do Ferreiro como forma de conservar a memória e a história destes ofícios para a presente e para as futuras gerações. - Sensibilizar o público escolar (ensino fundamental e médio) da cidade para visitação ao Memorial; - Formatar roteiros de visita guiada ao Memorial com foco em cada tipo de público desenvolvendo um trabalho adequado de educação patrimonial junto a cada um eles, visando valorizar a sua experiência de visitação; - Contribuir com a formação dos discentes a partir da interação com as manifestações da cultura e da identidade dos tropeiros e ferreiros da região de Diamantina. - Promover o registro, a valorização e a divulgação dos ofícios de tropeiros e ferreiros enquanto expressão da cultura e da história da região de Diamantina.
● Capacitação de 4 discentes do curso de Turismo da UFVJM para atuação no Memorial e em todas as etapas do projeto; ● No evento de inauguração do Memorial espera-se contar com a participação de cerca de 200 pessoas; ● Realização de 1 oficina para professores e demais interessados, onde espera-se a participação de cerca de 40 pessoas. ● Formatação de 3 roteiros de visitação guiada para o Memorial; ● Visitação à cerca de 15 escolas de Diamantina para convidá-los a agendar visitas ao Memorial, explicando a importância da ação a ser desenvolvida; ● Realização do roteiro de visitação guiada com cerca de 20 turmas de escolas, com 30 alunos cada, atingindo um público total de 600 pessoas. ● Realização do roteiro de visitação guiada com aproximadamente de 15 grupos da comunidade e/ou de turistas, com cerca de 4 pessoas cada grupo, atingindo um público total de 60 pessoas. ● Como impacto indireto, espera que cada pessoa atendida no Memorial possa replicar as informações para mais 2 pessoas de seu círculo familiar ou social, atingindo indiretamente mais 1200 pessoas.
Para o desenvolvimento deste projeto de extensão as seguintes etapas metodológicas serão realizadas: - Pesquisa bibliográfica e documental para formação da base teórica, visando capacitar o bolsista e demais discentes voluntários para atuação no projeto. Assim, será realizada a pesquisa e a leitura de materiais sobre ferreiros e tropeiros (sua história, importância, fazeres cotidianos, termos, ferramentas, comidas, músicas, religiosidade etc.), além de acesso a documentários e fotografias sobre esses ofícios e entrevistas realizadas com ex-tropeiros e ex-ferreiros da região. Além destes temas, é importante capacitar os discentes sobre a importância da educação patrimonial e discussões sobre patrimônio cultural material e imaterial e a relação com o turismo cultural no contexto de Diamantina. - Realização de encontros virtuais de estudo e discussão sobre os temas e materiais selecionados na etapa anterior. - Elaboração, com supervisão, da Cartilha sobre o Memorial do Tropeiro e do Ferreiro para distribuição para o público escolar, adequando linguagem, formato e imagens aos estudantes do ensino fundamental e médio; - Apoio no evento de inauguração do Memorial. Com a pandemia da COVID-19 a inauguração do Memorial, que estava prevista para maio de 2020, foi adiada. Está sendo avaliada a realização de uma pré-inauguração virtual do espaço e uma posterior inauguração presencial, quando autorizada a realização de eventos com público na cidade. É possível que o evento ocorra em março de 2021, com a participação de cerca de 200 pessoas, contando com elementos que transponham o espaço do Memorial como a participação de tropas, feira de comidas típicas das tropas, além de apresentação culturais, com coordenação da Prefeitura Municipal de Diamantina e apoio do curso de Turismo da UFVJM; - Formatação de uma oficina de capacitação e sensibilização para professores de escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio de Diamantina (podendo participar demais interessados). Nesta etapa serão definidos os conteúdos a serem trabalhados, escolha de metodologias participativas e incentivo à troca de conhecimento; - Divulgação da oficina em escolas, Universidades, secretarias municipais da Diamantina e outros órgãos públicos interessados na temática. Para tanto, serão elaborados e distribuídos cartazes e folders, e enviado material de divulgação eletrônica para as mídias sociais; - Realização da oficina para professores e demais interessados, visando capacitá-los e sensibilizá-los para a importância dos ofícios de Tropeiro e Ferreiro, e do Memorial para a conservação de sua memória e de sua história. Esta será uma estratégia também de sensibilizar os professores sobre a importância do Memorial e sobre a possibilidade de realização de visitas guiadas com seus alunos ao Memorial; - Formatação de roteiro de visita guiada para público escolar, comunidade e turista, pensando em metodologias diferentes para cada público. Pretende-se desenvolver roteiros contemplando várias atividades que permitam dividir os visitantes em grupos menores, e, assim, propor ações diversificadas na visita ao Memorial, envolvendo palestras, filmes, dinâmicas, visita guiada, etc. - Visitação a escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio de Diamantina para convidá-los a agendar uma visita guiada ao Memorial. Nesta etapa, pretende-se contactar os diretores das escolas e alguns professores mais envolvidos com a temática para sensibilizá-los sobre a importância do Memorial e da realização da visita guiada ao espaço; - Recebimento de visitantes e atuação com foco nos roteiros de visitação guiada pré-elaborados, conforme cada público-alvo. É preciso destacar que o projeto promove a interdisciplinaridade, uma vez que trabalhará temas transversais que perpassam diversas unidades curriculares do curso de Turismo, tais como: Patrimônio e Turismo; Formatação de Produtos e Roteiros Turísticos; Fundamentos do Turismo; História, cultura e Identidade Nacional; Aspectos Culturais do Vale do Jequitinhonha; Métodos e Práticas em Pesquisa Patrimonial; Museologia e Arte, dentre outras. Assim, pode-se pensar em articulações possíveis com os professores destas disciplinas no sentido de integrar as ações do projeto com conteúdos trabalhados em sala de aula, visando fomentar a articulação da extensão com o ensino. Ademais, nas etapas previstas no projeto também está sendo pensada a articulação e a indissociabilidade entre a extensão e a pesquisa e extensão, uma vez que para o desenvolvimento deste projeto será necessária várias ações que demandam leitura, pesquisa e investigação metódica sobre temas relacionados à educação patrimonial, aos ofícios de ferreiro e tropeiros e patrimônio cultural. Assim, seguindo as etapas metodológicas anteriormente descritas será possível atingir os objetivos propostos no projeto, sensibilizando a comunidade de Diamantina sobre a importância dos ofícios de ferreiro e de tropeiro, reconhecendo o legado deixado por eles como um importante patrimônio imaterial da região de Diamantina e de Minas Gerais.
ALFAGALI, Crislayne Gloss Marão. Em casa de ferreiro pior apeiro: os artesãos do ferro em Vila Rica e Mariana no século XVIII. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2012. BRITO, Maura Silveira Gonçalves de. O Ferreiro e a Forja no Universo da Escravidão: experiências de homens de cor nas Minas do ferro escravistas. In. XVIII Encontro Regional da ANPUH, Secção Minas Gerais. Mariana, 2012. GODOY, Marcelo Magalhães; RODARTE, Mario Marcos Sampaio; PAIVA, Clotilde Andrade. Negociantes e Tropeiros em um Território de Contrastes: o setor comercial de Minas Gerais no século XIX. Disponível em: <http://www.abphe.org.br/arquivos/2003_marcelo_godoy_mario_rodarte_clotilde_paiva_negociantes-e-tropeiros-em-um-territorio-de-contrastes-o-setor-comercial-de-minas-gerais-no-seculo-xix.pdf> . Acesso em: 13/08/2019. IPHAN. Educação Patrimonial: histórico, conceitos e processos. Brasília 2014. LOPES, Marcos Antônio; MARTINS, Marcos Lobato. Negócio à Moda Antiga: tropas de comércio em Diamantina nos meados do século XX. In. História (São Paulo) v.30, n.1, p. 332-348, jan/jun, São Paulo, 2011. MARTINS, Marcos Lobato. O comércio de “Gêneros do País” no Mercado de Diamantina, Minas Gerais: décadas de 1880 a 1930. In. Revista de História, v. 16, n. 2 p. 157-173, Juiz de Fora, 2010. SATHLER, Evandro Bastos. Tropeiros & Outros Viajantes. PPGSD-UFF/ Edição do Autor, 2° ed., Niterói, 2004.
A participação dos estudantes se dará em todas as etapas metodológicas, contando sempre com a orientação das professoras coordenadoras do projeto. Os estudantes participantes do projeto são graduandos do curso de Turismo, interessados em Turismo Cultural, Formatação de Produtos e Roteiros Turísticos e Patrimônio. Sendo esses conteúdos estudados no Bacharelado em Turismo, será uma oportunidade de aprender mais, por em prática, empreender e criar a partir das ações de ensino, além de poder devolver à sociedade o aprendizado adquirido de forma prática. A participação dos discentes do curso de Turismo da UFVJM neste projeto irá proporcionar aos mesmos uma experiência acadêmica complementar, já que irão aprender formas de lidar com o público, aprimorar a técnicas de comunicação, técnicas de formatação de roteiros de visitação guiada, entre outras metodologias de grande importância para a formação acadêmica de nossos alunos. Este projeto também facultará ao grupo de discentes envolvidos um maior conhecimento sobre a região em que estão inseridos, sobre sua história e cultura, incentivando o pensamento crítico dos mesmos, imprescindível para sua formação acadêmica e profissional. Ao mesmo tempo os discentes terão a oportunidade de colocar em prática conteúdos aprendidos em ações de ensino como roteirização, patrimônio, museologia, história, antropologia e sociologia, efetivando assim o elo indissociável entre ensino, pesquisa e extensão. As experiências dos discentes em outros projetos de pesquisa, extensão e estágios também poderão ser aproveitadas para enriquecimento das ações a serem desenvolvidas. A equipe de execução realizará avaliações constantes por meio de reuniões periódicas com todos os membros da equipe, inclusive aqueles ligados à Prefeitura, para verificar se os objetivos e as metas estão sendo atingidos. Além disso, as docentes vinculadas ao projeto irão capacitar os discentes envolvidos e acompanhar o desenvolvimento de todas as ações desenvolvidas.
O presente projeto se propõe como continuidade do projeto de criação do Memorial do Ferreiro e do Tropeiro em Diamantina, aprovado no último edital Pibex e executado a contento. É extremamente importante para dar a conhecer o memorial, os ofícios a ele relacionados para a preservação da memória e do patrimônio cultural de Diamantina.
Público-alvo
● Realização de 1 oficina para professores e demais interessados, onde espera-se a participação de cerca de 40 pessoas.
● Visitação à cerca de 15 escolas de Diamantina para convidá-los a agendar visitas ao Memorial, explicando a importância da ação a ser desenvolvida; ● Realização do roteiro de visitação guiada com cerca de 20 turmas de escolas, com 30 alunos cada, ating
● Realização do roteiro de visitação guiada com aproximadamente de 15 grupos da comunidade e/ou de turistas, com cerca de 4 pessoas cada grupo, atingindo um público total de 60 pessoas.
● No evento de inauguração do Memorial espera-se contar com a participação de cerca de 200 pessoas;
● Capacitação de 4 discentes do curso de Turismo da UFVJM para atuação no Memorial e em todas as etapas do projeto;
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
A Prefeitura Municipal de Diamantina como gestora do Memorial do Ferreiro e do Tropeiro irá permitir e apoias as atividades de educação patrimonial no referido memorial.
A Subsecretaria de Ensino Superior, após análise do projeto proposto pela supracitada, é de parecer favorável à realização do Projeto de Extensão: Educação Patrimonial com foco no Memorial do Ferreiro e do Tropeiro em Diamantina .
Cronograma de Atividades
Capacitação do bolsista e de alunos voluntários para atuação no projeto
Elaboração da Cartilha para distribuição para o público escolar
Toda a equipe dará apoio no evento de inauguração do Memorial do Ferreiro e do Tropeiro, com a data específica ainda não agendada, mas prevista para o mês de março de 20121
Formatação de uma oficina de capacitação e sensibilização para professores de escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio de Diamantina (podendo participar demais interessados)
Divulgação da oficina em escolas e secretarias municipais da cidade
Realização da oficina para professores e demais interessados.
Formatação de roteiros de visita guiada para o público escolar; comunidade em geral e turista. Esta atividade contará com a participação do bolsista e dos alunos voluntários.
Visitação de escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio de Diamantina para convidá-los a agendar uma visita guiada ao Memorial. Atividade com a participação do bolsista e dos alunos voluntários, acolhendo as possibilidades de datas de visitação de cada escola.
Os visitantes serão recebidos no memorial com a presença da equipe de professores e de alunos, incluindo o bolsista, sendo a atuação com foco nos roteiros de visitação guiada pré-elaborados, conforme cada público-alvo. A elaboração prévia desses roteiros envolve também a participação dos discentes.
Serão elaborados artigos sobre o projeto, em coautoria com os professores envolvidos e o bolsista para submissão em revistas especializadas.
O relatório final será elaborado por toda a equipe do projeto, incluindo o discente bolsista.