Visitante
Suicidologia: Articulação e Fortalecimento da Rede de Serviço
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
alide altivo gomes
20211012021488107
dasa/ progep
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
saúde
saúde humana
regional
'prevenção de suicídios: tarefas para muitas mãos', registrado sobre o número 005.1.131-2012
Sim
Membros
camila de lima
Vice-coordenador(a)
mirian coelho serra
Voluntário(a)
bruno henrique melo fernandes
Voluntário(a)
gabriel de padua walentim alves
Bolsista
maria clara cerqueira chaves
Voluntário(a)
paulo filipe de mello
Voluntário(a)
daniel santos gonçalves
Voluntário(a)
O ‘Suicidologia: Articulação e Fortalecimento da Rede de Serviço é uma proposta de trabalho interdisciplinar para a articulação e fortalecimento da rede de serviços de Teófilo Otoni na temática suicidologia e a prevenção de suicídio no Município de Teófil
educação permanente, ação integrada de saúde, suicídio, prevenção, serviços de saúde
Ao analisarmos as estatísticas mundiais, a cada ano mais de 800 mil pessoas cometem suicídio, sendo uma morte a cada 40 segundos (WHO, 2014). Para cada suicídio existem muitas outras tentativas que são realizadas e não consumadas (WHO, 2018). O suicídio é um grave problema de saúde pública a população (WHO,2014). Quando abordamos a temática da suicidologia é necessário o entendimento ampliado sobre o fenômeno que é complexo em sua constituição e que não encontra-se relacionado com uma única causa ou fator associado para a determinação do comportamento suicida. A multicausalidade de fatores envolve aspectos biológicos, sociais, psicológicos, ambientais e culturais (WHO, 2014). Todavia, considera‐se que uma parte das mortes decorrentes por suicídio possa ser evitada por meio da utilização correta de estratégias de prevenção que envolve a colaboração de diferentes setores da sociedade. Sendo necessário que ocorra um esforço integrado entre diversos setores da sociedade para abordagem do suicídio (WHO, 2018). Quando analisamos as taxas de suicídio podemos observar incidências mais baixas em pessoas com menos de 15 anos de idade e mais elevada naqueles com idade de 70 anos ou mais para homens, já para as mulheres, em quase todas as regiões do mundo, podendo os padrões de idade por sexo nas taxas de suicídio entre as idades de 15 e 70 anos variar por região do mundo destacando-se que em determinadas regiões as taxas de suicídio aumentam progressivamente com a idade (WHO, 2014). Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2017), apontam que suicídio possui uma forte relação de aproximadamente 1,4% de todas as mortes ocorridas em todo o mundo no ano de 2012, ocupando no ranking, a decima causa de mortalidade na população geral, já entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a segunda principal causa de morte. O suicídio é um fenômeno multifatorial que inter-relaciona as questões sociais, comunitárias, relações interpessoais e individuais, interagindo tais fatores uns com os outros. No entanto, na maioria das vezes o suicídio deixa de ser priorizado como um grave problema de saúde pública. Neste sentido, embora haja um crescimento significativo das investigações e conhecimentos produzidos sobre a temática como as causas do suicídio e sua prevenção, o tabu e estigma que permeiam ao tema, persistem e consequentemente gera uma diminuição na procura por ajuda, o que interfere na forma de se oferecer a devida atenção ao problema (CAVALCANTE, 2012; WHO, 2014). No Brasil segundo dados obtidos através do último relatório da WHO (2014) sobre a temática, foram registrados 11 821 suicídios, considerando todas as faixais etárias, sendo quase 80% destes ocorrendo entre homens. Em 2015, ocorrem cerca de 10 mil mortes por suicídio por ano, com valores estáveis ao longo dos últimos anos sendo a taxa bruta de suicídio foi de 5,5/100 mil (BRASIL, 2017a). Os homens são os mais afetados pelo suicídio, especialmente aqueles com 70 e mais anos de idade. Os suicídios masculinos são duas a quatro vezes mais frequentes dependendo da faixa etária, a partir dos 70 anos o risco do homem se suicidar é seis vezes o risco da mulher. Por outro lado, as tentativas de suicídio são 2,2 vezes mais frequentes entre mulheres comparadas aos homens. No período de 2011 a 2016, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) 1.173.418 casos de violências interpessoais ou autoprovocadas. Desse total, 176.226 (15,0%) foram relativos à prática de lesão autoprovocada, sendo 116.113 (65,9%) casos em mulheres e 60.098 (34,1%) casos em homens. Considerando-se somente a ocorrência de lesão autoprovocada, identificaram-se 48.204 (27,4%) casos de tentativa de suicídio, sendo 33.269 (69,0%) em mulheres e 14.931 (31,0%) em homens (BRASIL, 2017a) No Brasil ainda segundo as informações enviadas pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) e do Sistema de Informação da Atenção à Saúde Indígena (SIASI) SUS, a taxa de suicídio entre os povos indígenas no ano de 2014 foi de 21,8 por 100 mil indígenas, uma incidência quatro vezes maior do que a população brasileira em geral (BRASIL, 2017b). Diante de toda a relevância do tema, o Ministério da Saúde, com a participação de diferentes secretarias, departamentos e coordenações, vem desenvolvendo diversas e consistentes ações de prevenção, vigilância, promoção de saúde e de cuidados relacionadas ao suicídio. Neste sentido, a possibilidade de realização de ações específicas e locais entorno do tema, se tornam de extrema importância para a comunidade de Teófilo Otoni e região, tendo vista que se trata de uma proposta de ação conjunta, que agregará os esforços de diversos atores sociais atuando na prevenção e promoção em saúde, mas especificamente na busca de estratégias de redução dos índices de suicídio na região.
O suicídio é um fenômeno complexo, com aspectos multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Porém o suicídio pode ser prevenido e situações de risco de suicídio reconhecidas. Na abordagem da temática do suicídio na sociedade o objetivo maior é a prevenção, porém para conseguir se pensar trabalhar estratégias de prevenção torna-se necessário promover um entendimento ampliado sobre o tema e os fatores de risco e proteção associados com o tema. De acordo com a Organização Mundial de Saúde a relevância do problema em questão desencadeou uma série de estratégias para a prevenção de comportamentos suicidas, denominada SUPRE (“Suicide Prevention”) (WHO,2014) que inclui um amplo projeto denominado “Multisite Intervention Study on Suicidal Behaviors” (SUPRE-MISS – Estudo Multicêntrico de Intervenções em Comportamentos Suicidas) e a produção de manuais para diferentes segmentos da sociedade, como profissionais de saúde mental, médicos generalistas, educadores e profissionais da mídia. Um dos dificultadores para abordagem do suicídio é o tabu que ainda permeia o pensamento da sociedade que dificulta a procura de ajuda por parte de pessoas que necessitam de um acolhimento profissional. Por outro lado, estudos apontam que a problematização de maneira responsável sobre o suicídio pode ser relacionado como um fator protetor de prevenção para as pessoas que estão em risco (BRASIL, 2017a; WHO, 2014). Logo falar sobre suicídio de forma franca, procurando superar os estigmas e estimulando a sua prevenção é uma importante ferramenta para diminuir os impactos deste problema de saúde pública. Com a utilização de informações embasadas em evidências científicas e pessoas capacitadas para abordarem as diversas nuances do tema do tema, torna-se possível a diminuição das tentativas de suicídio e o óbito por essa causa (BRASIL, 2017a). No Brasil o Ministério da Saúde, por também considerar o comportamento suicida um sério problema de saúde pública, lançou as Diretrizes nacionais de prevenção do suicídio, em agosto de 2006, com o intuito de reduzir as taxas de suicídios e tentativas, bem como os danos relacionados aos mesmos, que incluem o impacto traumático deste comportamento para familiares, amigos e colegas dos indivíduos com tal comportamento. Como parte dessas diretrizes foram traduzidos diversos dos manuais elaborados pela OMS/SUPRE, como o dirigido a profissionais das equipes de saúde mental e o para professores e educadores (BRASIL, 2006; BRASIL, 2017b; OMS, 2006) . No ano de 2019 foi instituída a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, a ser implementada pela União, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, através da lei 13.819 de 26 de abril e 2019 (BRASIL, 2019). Tal lei reforça em seus objetivos a promoção de notificação dos eventos, o desenvolvimento e o aprimoramento de métodos de coleta e análise de dados sobre automutilações, tentativas de suicídio e suicídios consumados, envolvendo a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os estabelecimentos de saúde e de medicina legal, para subsidiar a formulação de políticas e tomadas de decisão. Reforça ainda a necessidade de se promover a educação permanente de gestores e de profissionais de saúde em todos os níveis de atenção quanto ao sofrimento psíquico e às lesões autoprovocadas (BRASIL, 2019). Desta forma fica evidente que importância do problema em questão e de atuar na prevenção, seja diretamente junto às pessoas em risco, familiares, grupos comunitários como também na capacitação e formação de profissionais para garantir a instrumentalização destes na abordagem da temática. Neste sentido, cabe ressaltar que o projeto desde sua fundamentação teórica às ações propostas, público-alvo, composição da esquipe interdisciplinar e, instituições/grupos parceiros, evidenciam sua consonância com as Diretrizes de Extensão, pois a proposta do projeto traz consigo a possibilidade de um intervenção direta, que gere impacto e transformação na realidade social de um problema de saúde pública e suas nuances, ou seja, nesta perspectiva seu caráter interdisciplinar, possibilita uma discussão e abordagem ampla da temática que contemple ao máximo sua complexidade. Sendo este portanto, um tema interdisciplinar e de forte impacto social, suas ações implicam portanto, no ir e vir dos processos de ensino- aprendizagem, interação com a pesquisa para compreensão da realidade envolvida e o ultrapassar os muros da universidade, promovendo a interação dos conhecimentos produzidos, com a comunidades em geral. Outro fator importante, que o projeto conta com o apoio do GRUPO VIDA: suicidologia, que corroboraram e incentivaram para que esse projeto fora idealizado. Esta parceria vem sendo realizada no campus Mucuri com algumas ações de capacitação e palestras desde o ano de 2011, atendendo uma demanda existente na região. Este projeto encontra-se vinculado às ações do programa 'PREVENÇÃO DE SUICÍDIOS: TAREFAS PARA MUITAS MÃOS', registrado sobre o número 005.1.131-2012, o qual desenvolve ações de prevenção, informação, educação e capacitação no tema suicidologia, na cidade de Diamantina e região. Por se tratar de um assunto multifatorial, a abordagem ao suicídio deve se pautar em ações interdisciplinares que possibilitem as múltiplas abordagens necessárias para o trabalho da temática. Cabe ressaltar que no município de Teófilo Otoni e no Campus Mucuri da UFVJM não haviam a realização de projetos específicos, ou iniciativas que trabalhassem as questões relacionadas com a suicidologia até início do ano de 2019 tornando-se assim essencial o desenvolvimento e manutenção de projetos nessa área, como estratégia para debater com embasamento teórico cientifico sobre o tema e possibilitar acesso à informação a população de uma forma geral. No ano de 2019 foi aprovado pelo Edital Pibex o Projeto de extensão, Projeto Viver: Prevenção ao Suicídio na cidade de Teófilo Otoni protocolo número: 316521.1753.36614.19112018, o qual encontra-se em execução. Durante o desenvolvimento das ações ficou evidenciados a necessidade de articulação e fortalecimento da rede de serviços de Teófilo Otoni e Região, para abordagem integral: prevenção ao suicídio; notificação de tentativas e casos consumados de suicídio; criação e estabelecimento de fluxos e referências técnicas; sensibilização e educação permanente dos profissionais envolvidos. Cabe ressaltar que o município de Teófilo Otoni ainda não possui uma política intersetorial de abordagem a prevenção da automutilação e suicídio, que contemple a realidade local, que estabeleçam elos de ligação com os diversos setores da sociedade, responsáveis por gerenciar tais demandas. Apresentando-se como uma demanda local e microrregional o processo de articulação entre a rede de serviços de Teófilo Otoni e região para abordagem adequada sobre o tema da suicidologia. Espera-se com essas ações, facilitar o mapeamento da rede de serviços e de apoio no âmbito da suicidologia, bem como, auxiliar no direcionamento e consolidação dos fluxos e abordagens de trabalho, acolhimento, acompanhamento das tentativas e de casos consumados de suicídio. Desta forma, a execução desta proposta de projeto se alinha a com os objetivos da política de extensão, no que se refere a busca de resoluções de problemas comunitários, superação de dificuldades, intercâmbio de saberes e serviços. O projeto aproxima os profissionais e acadêmicos da UFVJM à realidade um tanto negligenciada, quanto latente em nossa sociedade.
Objetivo Geral: Promover ações de articulação e fortalecimento da rede de serviço para abordagem integral do suicídio no município de Teófilo Otoni e região. Objetivos Específicos: * Auxiliar na organização da linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e recuperação) na abordagem da suicidologia. * Sensibilizar e Promover a educação permanente dos profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde, dos serviços de saúde mental, das unidades de urgência e emergência, de acordo com os princípios da integralidade e da humanização sobre a temática da suicidologia. *Incentivar o processo de notificação de lesões autoprovocadas, tentativas de suicídio e suicídios consumados; * Fomentar a criação de abordagem dos fluxos de trabalho, acolhimento, acompanhamento e apoio os casos de tentativas e casos consumados na rede de serviços do município de Teófilo Otoni; *Elaboração e divulgação de material gráfico sobre o tema a fim de promover conscientização e conhecimento sobre o tema; *Capacitar profissionais de diferentes áreas do saber sobre e outros agentes sociais a temática do suicídio e prevenção do suicídio; * Aumentar o conhecimento, por meio da educação pública, sobre doença mental e o seu reconhecimento precoce; *Incentivar a participação de colaboradores e formação de grupos de apoio e de estudos sobre a temática da suicidologia; *Realizar em parceria com o projeto viver, ações que deem visibilidade ao “Dia Mundial de Prevenção do Suicídio”, bem como ao mês de setembro, nomeado como “setembro amarelo”.
1. Realizar ao total 3 (três) oficinas com duração de 4 (quatro) horas cada, dividido em dois encontros para capacitação de profissionais da rede de saúde; 2. Realizar reuniões de articulação com a rede de serviço de saúde e serviços complementares; 3. Realizar 5 (cinco) rodas de conversas ao longo dos meses de junho de 2021 dezembro de 2021; 4. Elaborar através de metodologia de participativa um 'mapa de realidade social' da rede de serviços e apoio existente e um 'mapa de projeção da realidade Social' dos fluxos de abordagem as tentativas e casos consumados de suicídio; 5. Criação de material gráfico : apostilas, fluxogramas, mapas, cartilhas entre outros; 6. Formação de Grupo de Trabalho/ Enfrentamento sobre a temática com encontros periódicos para discussão; 7. Realizar em parceria com o Projeto Viver atividades diversas, como cine discussões, seminários, programas de rádio e TV entre outras como forma de efetivação da campanha do 'Setembro Amarelo'; 8. Elaborar relatório parcial e final referente ao projeto; 9. Elaborar 1 ( um) documentário sobre as ações realizadas no projeto.
Tendo em vista que a temática requer um cuidado importante com as estratégias tanto de formação e preparação da equipe, quanto com os sujeitos envolvidos nas discussões de seu entorno, optou-se neste projeto em abordar a temática através de metodologias participativas, dialógicas e interativas. De acordo com Queiroz e Couto (2015) o uso de métodos e técnicas que facilitem aos integrantes de suas ações a vivência de sentimentos e percepções sobre determinados fatos ou informações, que os leve a reflexão sobre eles e a ressignificação de seus conhecimentos e valores, percebendo, assim, as possibilidades de mudanças frente a suas realidades. Desta forma, concebe-se que tal estratégia trabalho contribuirá significativamente para o modelo de formação e trocas de conhecimentos pelos quais intenciona-se com este projeto. Isto posto, serão descritas abaixo as etapas, procedimentos e ações a serem desenvolvidas: Etapa 1:Levantamento/ Mapeamento da realidade social e de pontos estratégicos da Rede Como atividades iniciais, serão realizadas ações para reconhecimento do campo trabalho, como visitas técnicas de levantamento como roteiros de observação; nesta fase a equipe se voltará para levantamento bibliográfico e documental necessários para a compreensão da realidade social da rede de serviços( pessoas chaves, locais de referências, contatos, desenho perspectivo da localização da rede). Etapa 2: Elaboração participativa do ' Mapa Social' da rede Através de reuniões de grupos e rodas de Conversa, será realizada o levantamento e delineamento dos 'Mapas de realidade' e 'Mapas de projeção', o que favoreça a construção coletiva dos fluxos de trabalho, reforçar a necessidade de estabelecimento de referencias e contrarreferências; instituições de apoio etc. Etapa 3: Capacitação da rede para compreensão dos fluxos e procedimentos construídos com o município Essas ações também serão realizadas no moldes de oficinas, rodas de conversa e reuniões de equipe. Neste processo, faremos o repasse das fases anteriores, trazendo aos colaboradores o resultado da construção coletiva em termos de definições dos fluxos, mapeamento da rede e estabelecimento de parcerias. Momento de readaptação aos novos protocolos, os quais serão construídos coletivamente baseado na realidade de trabalho de cada segmento da rede. Etapa 4: Avaliação e perspectivas Ultima etapa, trata-se do processo de avalição do projeto, dentro e fora da equipe de trabalho. Momento de fazer um traçado retrospectivo das ações realizadas ao longo do projeto, seus impactos, suas fragilidades e também suas perspectivas Pontou-se que, em relação a definição da equipe de trabalho, participação de novos membros serão definidos a posteriori, através de processo seletivo, em caso de necessidade e demandas do projeto. Esse processo se faz necessário pensando na definição de prioridades de trabalho. Reuniões de equipe As reuniões de equipe acontecerão ao menos duas vezes ao mês no primeiro trimestre tendo em vista o início das atividades como, levantamento e revisão bibliográfica, elaboração do material didático-pedagógico e de divulgação, bem como a definição de papéis e atribuições da equipe. Outro fator serão as trocas entre os Grupos de estudos realizados em Diamantina para formação e capacitação da equipe. Nos meses subsequentes as reuniões terão periodicidade mínima mensal para avaliação, planejamento e condução das atividades. A coordenação e o bolsista deste projeto realizarão encontros semanais para avaliação e definição das atividades do bolsista, que, se necessário ocorrerá com a presença da equipe. Oficina de Formação e Capacitação da Equipe de Trabalho do Projeto Será realizada oficina de formação, capacitação e troca de saberes, no intuito de fomentar a troca de conhecimentos entre a equipe de trabalho, instituições e grupos parceiros nas atividades do projeto, a qual será conduzida em parceria com GRUPO VIDA ( DIAMANTINA).Esta oficina tem duração de 8 horas, a qual será realizada ao longo de um dia pré-definido no primeiro trimestre do projeto. Espera-se com esta ação o fortalecimento e empoderamento do grupo e atores envolvidos, baseado na troca de experiência e conhecimentos com um grupo atuante na temática, que propiciará aos envolvidos a consolidação de ferramentas e estratégias de intervenção nas ações a serem desenvolvidas. Elaboração de material, Levantamento Bibliográfico e Grupo de Trabalho/Enfrentamento Para as oficinas, rodas de conversas e palestras serão preparados material didático-pedagógico, de cunho informativo, formativo e metodológico sobre suicidologia, tanto para a equipe de trabalho quanto para a população em geral, levando em consideração as peculiaridades do público-alvo, observação de linguagem acessível e didática . Neste material, serão divulgadas informações e sítios da internet importantes relacionados aos tema. Neste sentido serão realizados grupos de estudos sobre a suicidologia, com o objetivo de levantamento de materiais e dados sobre a realidade local do tema, bem como estudos sobre metodologias participativas como alinhamento técnico científico para as intervenções a serem realizadas. Pontua-se aqui também, a necessidade de alinhamento do processo de investigação e interface com modelos de pesquisa, no intuito de se abrir possibilidades de criação de grupo de pesquisa, devidamente registrado na PRPPG, como subsidio das ações junto a comunidade e divulgação cientifica das produções do grupo de Trabalho Aspectos éticos Um vez que o projeto se insere numa ação que inclui a participação de pessoas, bem como o registro de falas e imagens dos participantes, serão tomados todos os cuidados éticos necessários para a preservação do sigilo e uso de imagens, através do uso dos formulários especificados no edital. Divulgação das ações/ Inscrições Para a divulgação do projeto serão confeccionados, banners, panfletos, cartazes e site do projeto, bem como, material de divulgação digital através das mídias e redes sociais, as quais tem se demosntrado eficazes no processo de comunicação de diversas ações. Para o convite específico de instituições e grupos para as oficinas de aprendizagem e rodas de conversa e palestras interativas serão utilizados ofícios, e-mails, cartas convites já padronizados pelo grupo, além de visitas de sensibilização ao locais predefinidos pelas parcerias. no caso das Oficinas Inscrições serão realizadas pessoalmente na DECACE, ou através de endereço eletrônico, através de formulário específico, constando informações sobre as atividades, bem como pesquisas de opiniões sobre a temática, as quais serão de grande importância para alimentação de banco de dados do grupo de estudos. Oficinas de Aprendizagem Serão organizadas/realizadas 4 oficinas de aprendizagem e capacitação e, 1 oficina de avaliação/fechamento das atividades junto as instituições e grupos parceiros, todas com duração média de 8 horas cada. As quatro primeiras serão voltadas especificamente para o público-alvo, com agendas predefinidas pela equipe e em consonância com as diretrizes do Ministério da Saúde sobre a abordagem do tema, buscando alinhar o calendário acadêmico, com os períodos que possam ser acessíveis ao maior número de participantes, e dessa forma uma maior adesão e acesso residentes fora do centro urbanos de Teófilo Otoni. Os temas a serem abordados nas oficinas serão definidos nos três primeiros meses de trabalho do projeto. A proposta elaboração das oficinas, terão como fundamentação modelos metodológicos participativos e colaborativos, prezando portanto, pelo incentivo dos participantes em contribuírem com os diversos saberes, para a construção do saber coletivo e reelaboração da realidade vivida, potencializando assim o trabalho em grupo e a ressignificação da realidade vivenciada (VIGOTSKI,2008). Rodas de Conversa e palestras Serão realizadas rodas de conversa que terão duração média de 2 horas cada, dando continuidade às ações do projeto. As temáticas originarão a partir das discussões realizadas nos grupos de estudos, de acordo com a necessidades e características dos públicos. Serão agendadas previamente junto as instituições de ensino, Movimentos Sociais, ONG´s, postos de saúde e grupos comunitários. Desta forma as divulgações e inscrições para participação nestas ações seguirão os padrões citados anteriormente. Para fundamentar o uso desta metodologia de trabalho, concordamos com GOMES (2016) quando diz que as rodas de conversas enquanto metodologia participativa deve prezar pelo processo dialógico na construção do conhecimento e formação dos sujeitos, assim “os participantes podem fazer suas colocações, tecer seus comentários e produzirem elaborações, mesmo que contraditórias”. Neste sentido, o formato da roda de conversa instiga os interlocutores a falarem livremente sobre o tema, sendo possível se posicionarem e também ouvirem o posicionamento dos outros. Afonso e Abade (2008), acrescentam ainda que as “rodas de conversa” tem por objetivo a constituição de um espaço onde seus participantes dentro da temática geradora, possam refletir sobre o seu cotidiano, sua relação com o mundo, com os acontecimentos, situações e eventos, portanto, devem ser realizadas dentro de um contexto que possibilite o expressar de pensamentos, reflexões, afetos e emoções. Avaliação e monitoramento O monitoramento das atividades se dará através de criação de formulário simples e objetivo, no qual os participantes poderão emitir suas opiniões sobre as atividades, a troca de conhecimento promovido por elas, o desempenho dos mediadores e a dinâmica das ações, bem como oportunidade para sugestões e críticas. A equipe de trabalho do projeto fará a avaliação das atividades sempre na primeira reunião de equipe subsequente à realização das mesmas, levando em consideração as avaliações realizadas pelos participantes das atividades e instituições e grupos comunitário envolvidos. Se forem identificadas mudanças necessárias a partir da análise da equipe e dos formulários de avaliação, as mesmas serão reelaboradas antes da atividade seguinte. Após a realização de todas as atividades do projeto será realizada uma oficina para avaliação geral, encerramento com as instituições, membros da equipe organizadora e atores sociais significativos para a realização do projeto. Elaboração de relatórios, documentário e participação em eventos - Relatório Parcial: no final do 3º trimestre será elaborado um relatório simples das atividades realizadas no projeto acompanhado de material fotográfico; - Relatório final: contendo todas as informações levantadas e as análises da metodologia implementada no projeto. - Documentário: será organizado pela equipe de trabalho a partir dos registro das atividades e de relatos dos participantes, do bolsista e da equipe de trabalho. - Participação em evento: pretende-se incluir a participação de pelo menos um membro da equipe como participante de eventos científicos, de nível regional, ou nacional, para divulgação científica dos resultados das ações. Para finalizar, aponta-se que a participação nas atividades será registrada por folhas de presença (oficinas, rodas de conversa e palestras). Assim, os participantes, que concluírem um mínimo de 75% das atividades receberão certificação emitida pela PROEXC/ UFVJM.
BARROS, D. D. et al. Cultura, economia, política e saber como espaços de significação na Terapia Ocupacional Social: Reflexões sobre a experiência do Ponto de Encontro e Cultura. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 21, n. 3, p. 583-594, 2013. FONTES et al. O SARAU DE POESIAS NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Educere. P. 25050- 25060, 2015. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS E SESU/ MEC. Plano Nacional de Extensão Universitária. ed. atual. Natal: MEC, 2000/2001. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2019. GOMES, A. A. Projeto Viver: Prevenção de Suicídio no Município de Teófilo Otoni. Disponível em:< file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/Projeto%20Viver.pdf> Acesso em: 28/09/2019. LANGDON, E. J; WIIK, F. B. Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao conceito de cultura aplicado às ciências da saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem. P..174-181, 2010. RESOLUÇÃO NO.26 – CONSEPE, DE 19 DE OUTUBRO DE 2012. Disponível em:<file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/Resolucao_26_Aprova_a_Politica_Cultural_da_UFVJM_2.pdf> Acesso: 28/09/2019. WIKIPEDIA. Sarau, 2019. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarau> Acesso em:09/2019. WHO. (2014). Prevenjng suicide: A global Perspecjve. WHO. (2017). World Health Stajsjcs 2017: Monitoring health for the SDGs. Disponível em: h4p://www.who.int/mental_health/prevenjon/suicide/suicideprevent/en/
O Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina do Mucuri – FAMMUC (2017) afirma que o estudante deve desenvolver capacidade crítica e reflexiva, sendo agente transformador e de produção de conhecimentos, avaliando também suas necessidades de conhecimento para, através da educação permanente, manter-se atualizado e transformar continuamente sua prática com base em novos conhecimentos, contribuindo para o mesmo processo dos seus pares e demais profissionais de saúde; para, através de observação diferenciada e metodologia científica, pesquisar a sua realidade e produzir conhecimento e também para a incorporação em sua prática dos conhecimentos novos baseados em evidências científicas. Diante disso, justifica-se a participação de estudantes do curso de Medicina neste projeto, atuando pautados no senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, com vistas a promover a saúde integral do ser humano. Os estudantes da FAMMUC irão desenvolver atividades que articulem o ensino, a pesquisa e a extensão, fundamentais para uma formação integral, generalista e humanizada. Reafirmando a necessidade de consolidação do Tripé Ensino-Pesquisa-Extensão no ensino Superior na UFVJM. Eles estarão envolvidos em todas as etapas do trabalho realizado, desde o levantamento bibliográfico, passando pela organização das atividades (oficinas de formação, grupo de estudos entre outros), a organização dos materiais didático-pedagógicos, elaboração de cenários, organização das atividades dos Sarau, o registro de todas as atividades realizadas, bem como a elaboração de relatórios parciais e relatório final do projeto. A equipe de Coordenação do projeto realizará reuniões periódicas com o bolsista e os demais estudantes participantes do projeto para Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFVJM) planejamento, discussão e avaliação das atividades propostas e realizadas. O bolsista será avaliado por sua assiduidade e compromisso na realização das tarefas, sendo observado o cumprimento da carga horária semanal prevista de 12 horas. Além disso, será cobrada uma postura ética com o público-alvo do projeto e domínio de assuntos fundamentais para análise da realidade à qual o projeto se destina, uso da arte como ferramenta de transformação social, saúde mental, prevenção ao suicídio, fatores de risco e proteção envolvidos nas tentativas de suicídio. Bem como, com o projeto será desenvolvido nos participantes e principalmente no bolsista, uma maior percepção sobre formas alternativas de intervenção social, aguçando assim o interesse pelas artes e pela cultura, para além do proposito apenas de laser, mas de expressão da cidadania e de mudança social
É importante ressaltar, que dado o contexto da saúde mental frente os impactos gerados pela Pandemia do COVID-19, torna-se urgente o desenvolvimento de projetos que fomentem a Promoção da Saúde Mental e a Prevenção ao Suicídio. Pontua-se que as parcerias firmadas no ano de 2018 serão mantidas neste projeto e serão reestabelecido novos critérios de atuação para as mesmas ao longo das demandas surgidas no projeto
Público-alvo
Público-alvo atendidos de forma direta: • Educadores e funcionários das escolas públicas municipais, estaduais e federais de Teófilo Otoni; • Alunos das escolas públicas municipais, estaduais e federais de Teófilo Otoni; • Profissionais da área de saúde d
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Parcerias
Envolvimento de docentes, discentes e servidores técnicos administrativos que comporão a equipe organizadora do projeto. Oferecendo apoio técnico, logístico, recursos pedagógicos, didáticos e científicos os quais fundamentarão as ações do projet
Envolvimento de docentes, discentes e servidores técnicos administrativos que comporão a equipe organizadora do projeto. Oferecendo apoio técnico, logístico, recursos pedagógicos, didáticos e científicos os quais fundamentarão as ações do projet
Participarão na elaboração e divulgação das ações do projeto, bem como campo de atuação no processo de educação permanente do público-alvo
Cronograma de Atividades
Atividade descrita em metodologia
Oficinas de alinhamento e capacitação
Elaboração coletiva do relato de pesquisa
Levantamento junto a secretaria
Como atividades iniciais, serão realizadas ações para reconhecimento do campo trabalho, como visitas técnicas de levantamento como roteiros de observação; nesta fase a equipe se voltará para levantamento bibliográfico e documental necessários para a compreensão da realidade social da rede de serviços( pessoas chaves, locais de referências, contatos, desenho perspectivo da localização da rede).
Através de reuniões de grupos e rodas de Conversa, será realizada o levantamento e delineamento dos 'Mapas de realidade' e 'Mapas de projeção', o que favoreça a construção coletiva dos fluxos de trabalho, reforçar a necessidade de estabelecimento de referencias e contrarreferências; instituições de apoio etc.
Essas ações também serão realizadas no moldes de oficinas, rodas de conversa e reuniões de equipe. Neste processo, faremos o repasse das fases anteriores, trazendo aos colaboradores o resultado da construção coletiva em termos de definições dos fluxos, mapeamento da rede e estabelecimento de parcerias. Momento de readaptação aos novos protocolos, os quais serão construídos coletivamente baseado na realidade de trabalho de cada segmento da rede.
Ultima etapa, trata-se do processo de avalição do projeto, dentro e fora da equipe de trabalho. Momento de fazer um traçado retrospectivo das ações realizadas ao longo do projeto, seus impactos, suas fragilidades e também suas perspectivas Pontou-se que, em relação a definição da equipe de trabalho, participação de novos membros serão definidos a posteriori, através de processo seletivo, em caso de necessidade e demandas do projeto. Esse processo se faz necessário pensando na definição de prioridades de trabalho.
Será realizada oficina de formação, capacitação e troca de saberes, no intuito de fomentar a troca de conhecimentos entre a equipe de trabalho, instituições e grupos parceiros nas atividades do projeto, a qual será conduzida em parceria com GRUPO VIDA ( DIAMANTINA).Esta oficina tem duração de 8 horas, a qual será realizada ao longo de um dia pré-definido no primeiro trimestre do projeto. Espera-se com esta ação o fortalecimento e empoderamento do grupo e atores envolvidos, baseado na troca de experiência e conhecimentos com um grupo atuante na temática, que propiciará aos envolvidos a consolidação de ferramentas e estratégias de intervenção nas ações a serem desenvolvidas.