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'Trupe Canina': Atividade Assistida por Animais (AAA) para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí (APAE Unaí)
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
jeanne broch siqueira
20211012021380106
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
pessoas com deficiências, incapacidades ou necessidades especiais
regional
núcleo de desenvolvimento rural do instituto de ciências agrárias
Sim
Membros
jenevaldo barbosa da silva
Voluntário(a)
paulo fernandes marcusso
Vice-coordenador(a)
alessandra boy isidoro vasconcelos
Voluntário(a)
ana carolina nacif amaral
Voluntário(a)
ana karina ribeiro
Voluntário(a)
ana luiza ferreira patrocínio
Voluntário(a)
camila vieira nobre
Voluntário(a)
jéssica del nero
Voluntário(a)
matheus ribeiro coelho
Voluntário(a)
mayara vanessa nogueira
Voluntário(a)
claudinete da assunção ramos penha
Bolsista
As Atividades Assistidas por Animais são auxiliadas por animais e desenvolvidas para serem realizadas em uma variedade de ambientes. Os animais constituem um instrumento eficaz para romper possíveis barreiras entre terapeutas e pacientes, sobretudo crianç
autismo, crianças, atividade assistida por animais, cães
As Atividades Assistidas por Animais são auxiliadas por animais e desenvolvidas para serem realizadas em uma variedade de ambientes. Os animais constituem um instrumento eficaz para romper possíveis barreiras entre terapeutas e pacientes, sobretudo crianças. Oferecem oportunidades de motivação, educação ou recreação para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos que pratiquem as atividades desenvolvidas e aplicadas (AVMA, 2018). Pode se apresentar em uma variedade de configurações: pode ser de natureza grupal ou individual; pode ser implementada para pessoas de qualquer idade e os indivíduos participantes podem apresentar necessidades diversas (AAII, 2016). Os profissionais da AAA e / ou manipuladores de animais são especialmente treinados por uma organização e cumprem os padrões mínimos estabelecidos pela Animal Assisted Intervention International (AAII). As equipes que fornecem AAA também podem participar de terapia assistida por animais ou Educação Assistida Animal quando a equipe está trabalhando diretamente com um profissional de saúde, prestadora de serviços sociais ou com um profissional educacional (AAII, 2016). Dentro de todas as possibilidades expostas, os Médicos Veterinários, como indivíduos e profissionais, são qualificados, de forma exclusiva, para prestarem serviço no âmbito das Intervenções Assistidas por Animais e para auxiliarem na avaliação científica e na documentação dos benefícios para a saúde da relação animal-homem. O envolvimento dos Médicos Veterinários nestes programas, desde a sua criação, precisa ser bem criterioso, uma vez que eles atuam como defensores da saúde e do bem-estar dos animais que participam desses programas e como especialistas em transmissão de doenças zoonóticas (AVMA, 2018). Os benefícios à saúde humana da interação com animais são publicados desde 1980, quando se verificou que: a pressão arterial diminuía ao acariciar um cão ou um gato, doentes do coração com animais de estimação recuperavam-se mais rápido que os doentes que não os tinham, a presença de animais de estimação apresentava efeitos positivos na diminuição da ansiedade, na socialização e na recuperação terapêutica (CAMPOS, 2018). Ainda, estudos recentes indicam que o convívio de 30 minutos com um cão é capaz de aumentar os níveis de ocitocina (conhecida como hormônio do amor) e diminuir os níveis de catecolamina e cortisol (hormônios ligados ao estresse), conforme resultados obtidos em comparativos realizados antes e após a exposição ao cão, por meio de exames de urina (SAVALLI e ADES, 2016). A psiquiatra Nise da Silveira foi a precursora brasileira no uso de animais como co-terapeutas no tratamento de pacientes esquizofrênicos (SILVEIRA, 1982). Para ela, os animais são excelentes catalisadores e servem como uma referência estável no mundo externo aproximando o doente dessa realidade, além de proporcionar alegria ao ambiente hospitalar. Ao estabelecer contato com os animais surge uma relação de amizade que possibilita projeções e identificações que “reflete a problemática entre o homem que se esforça para afirmar-se em sua condição humana e o animal existente nele próprio” (MALAKOSKI e DIAS, 2009). Os campos em que os cães podem atuar como facilitadores são variados. Eles podem ajudar a evitar o bullying, faltas escolares e problemas de comportamento, além de promover a leitura e o desenvolvimento das habilidades sociais, ensinar sobre responsabilidade, reforçar a autoestima, e como apoio em casos de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e autismo. As terapias com animais facilitam e expressão das emoções (o que nem sempre ocorre com a intervenção dos terapeutas), a sensibilidade, o amor sem apego, o compartilhamento de experiências e pertences, o desenvolvimento sócio emocional. O cão serve de ponte entre pacientes e terapeutas e é usado como instrumento de estimulação crucial para os órgãos sensoriais, sentido cinestésico e o sistema límbico (FERREIRA, 2012). A relação que surge entre o animal e o paciente faz com que este cultive sentimentos de cuidado, confiança, estima e reconheça o mesmo como um amigo (CHAGAS, 2009). A AAA parece facilitar a aproximação entre as pessoas, beneficiando a interação social e, consequentemente, influenciando no isolamento, uma vez que o indivíduo pode ter contato com assuntos que o distanciam da sua patologia ou realidade (DOTTI, 2005). No caso específico de crianças com autismo, os cães podem proporcionar ao paciente senso de autonomia, valor próprio, melhor reconhecimento de si e, embora muitos desses pacientes não falem e tenham aversão ao toque, a AAA pode melhorar a capacidade de comunicação e a sensibilidade (DOTTI, 2005). Além disso, o estudo do cachorro como um componente na terapia com crianças com autismo, destaca a possibilidade da aproximação com animais expandir a capacidade de contato com outros elementos do mundo externo. Sugere-se que crianças com autismo apresentavam menos sintomas autísticos quando em companhia do cão, possibilitando uma maior interação com o terapeuta e o ambiente. Para colocar em prática a Atividade Assistida por Animais, existem recomendações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC), que são subdivididas em três partes: recomendações quanto ao animal, ao paciente e à coordenação do programa de TAA. Essas recomendações norteiam e direcionam a forma como técnica deve ser realizada, sem oferecer riscos aos envolvidos. Os aspectos mais importantes que um animal deve apresentar para integrar o programa são: ter comportamento amigável com estranhos e estar habituado com sessões de TAA em ambiente hospitalar. Um animal de terapia deverá ser calmo e inspirar confiança em que o irá manejar, deverá sustentar o olhar das pessoas, gostar que lhe façam festas, o abracem e toquem, mantendo-se calmo perante movimentos bruscos e barulhos altos. Todo o animal de terapia será treinado para a atividade prevista. Os animais devem ter acompanhamento médico veterinário, garantindo o bom estado sanitário do animal e minimizando o potencial zoonótico. É imperativo zelar pelo bem-estar do animal com respeito e muito carinho, pois, o bom funcionamento da TAA depende da qualidade de vida desses terapeutas animais. A explicação para o sucesso dos projetos de intervenções assistidas por animais é a aprovação das duas partes interessadas: os participantes (crianças, idosos, pacientes) e os coordenadores dos projetos com seus animais especiais . Objetiva-se com este trabalho introduzir e desenvolver Atividades Assistidas por Animais (cães) com intuito de fornecer benefícios e promoção da melhoria na qualidade de vida, por meio da motivação, educação e da recreação, para as crianças com Transtorno do Espectro Autista atendidas pela APAE de Unaí/MG.
A American Veterinary Medical Association (AVMA) reconhece que o vínculo entre animal e humano é importante para a saúde do cliente e da comunidade. O vínculo animal humano existe há milhares de anos e essa relação possui importância significativa para a Medicina Veterinária, saúde humana e bem-estar. À medida que a Medicina Veterinária atende a sociedade, ela atende às necessidades humanas e animais. Existem métodos em que promovem essa interação entre animal e homem de forma que os seus resultados possam ser avaliados. Conforme a Animal Assisted Intervention International (AAII), a Intervenção Assistida por Animais (IAA) é uma intervenção orientada por objetivos, projetada para promover a melhoria no funcionamento físico, social, emocional e / ou cognitivo do(s) indivíduo(s) envolvido(s) em que uma equipe de manipuladores de animais especialmente treinada é parte integrante. As AAII destacam ainda a importância da IAA ser coordenada e supervisionada por profissionais com conhecimentos especializados no âmbito da prática de sua profissão. Em programas de Intervenção Assistida por Animais existem metas específicas para cada indivíduo envolvido e o processo precisa ser documentado e avaliado frequentemente. Para a Animal Assisted Intervention International (AAII), os campos de Educação Assistida por Animais (EAA) e Terapia Assistida por Animais (TAA) estão mais relacionadas a esses tipos de Intervenções Assistidas pelos Animais. Porém, destacam também, que uma intervenção pode ser menos dirigida, mais casual ou espontânea. Esse tipo de intervenção é projetado para promover uma variedade de benefícios além de terapêuticos ou educacionais, há a busca pela melhora na qualidade de vida do(s) indivíduo(s). As Atividades Assistidas por Animais (AAA) cobrem esse tipo de Intervenção Assistida por Animais. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) nasceu em 1954, no Rio de Janeiro. Caracteriza-se por ser uma organização social, cujo objetivo principal e promover atenção integral a pessoa com deficiência intelectual e múltipla. O município de Unaí, em Minas Gerais, conta com uma unidade da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que é uma associação civil, beneficente, com atuação nas áreas de assistência social, educação, saúde, prevenção, trabalho, profissionalização, defesa e garantia de direitos, esporte, cultura, lazer, estudo, pesquisa e outros, sem fins lucrativos ou de fins não econômicos, com duração indeterminada, tendo sede na rua Cachoeira, nº 1.580, bairro Cachoeira, e foro no município de Unaí, estado de Minas Gerais. A APAE de Unaí tem por missão: promover e articular ações de defesa de direitos e prevenção, orientações, prestação de serviços, apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência e à construção de uma sociedade justa e solidária. Conforme o Art. 9º do Estatuto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí, a instituição apresenta como finalidade: promover a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, preferencialmente intelectual e múltipla, e transtornos globais do desenvolvimento, em seus ciclos de vida: crianças, adolescentes, adultos e idosos, buscando assegurar-lhes o pleno exercício da cidadania. A definição do Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba um grupo de afecções do neurodesenvolvimento, cujas características envolvem alterações qualitativas da comunicação, seja linguagem verbal e/ou não verbal, da interação social e do comportamento caracteristicamente estereotipados, repetitivos e com gama restrita de interesses.
O objetivo geral deste projeto é realizar Atividade Assistida por Animais (AAA) com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí (APAE UnaÍ Para tanto, este projeto tem os seguintes objetivos específicos: (1) buscar melhorias na qualidade de vida das crianças por meio das Atividades Assistidas por Animais (AAA); (2) conscientizar todos os envolvidos no processo de idealização do projeto, quanto à importância e aos benefícios do mesmo; (3) desenvolver instrumentos de mensuração das características que envolvam a criança, com o intuito de acompanhar as melhorias e avalia-las; (4) desenvolver atividades dinâmicas como foco na motivação, na educação e na recreação das crianças; (5) associar a Atividade Assistida por Animais aos trabalhos realizados pelos profissionais das áreas da saúde, educação e social, quando solicitado, como um facilitador; (6) avaliação de animais com características clínicas e comportamentais para participarem de atividades terapêuticas.
O projeto em questão engloba, além do impacto direto na saúde das crianças envolvidos no projeto, o impacto social, uma vez que a instituição envolvida é de natureza privada sem fins lucrativos com cunho filantrópico, recebe ajuda do estado, município, em grande maioria, pela comunidade unaiense. A instituição no momento atende 86 crianças e adolescentes matriculados no ensino regular, todos especiais, que receberão as influências diretas e indiretas das ações desse projeto, através dos resultados alcançados por seus colegas de instituição, que apresentarão, provavelmente, melhora no quadro, na execução das Atividades da Vida Diária (AVD), desenvolveram mais companheirismo (atividades compartilhadas), comprometimento (investimento na relação), reciprocidade (troca de respostas ante as necessidades do outro), equidade (relação igualitária), intimidade(sentimentos e experiências compartilhadas) e apoio social (instrumental). Espera-se, com as atividades do AAA que as crianças em seus diferentes graus de desenvolvimento possam: Dar nomes aos filhotes ou chamar os animais pelo nome serão excelentes exercícios fonoaudiólogos a pacientes que possuem dificuldade de falar; Aqueles que não falam serão estimulados a produzir expressões vocais; Acariciar, pentear e jogar bola para o cão e um ótimo exercício de coordenação de movimentos, além de ajudar a controlar o estresse, diminuir a pressão arterial e reduzir os riscos de problemas cardíacos, como comprovado pelo estudo onde sugere que a criação dos animais pode causar efeitos relaxantes, evidenciado pela redução da pressão sanguínea e aumento da temperatura corporal; Diminuir a percepção da dor e a ansiedade; Redução na utilização de medicamentos; O contato com animais aumenta as células de defesa e deixa o organismo mais tolerante a bactérias e ácaros, diminuindo a probabilidade das pessoas desenvolverem alergias e problemas respiratórios; O estimulo do animal faz com que aumente o nível de endorfina, ajudando a minimizar os efeitos da depressão; Melhorar consideravelmente o comportamento social; Aumento da empatia e convívio familiar; Melhorar as relações interpessoais; e finalmente, mas não menos importante; Melhorar a comunicação entre o profissional e o paciente com a ajuda do animal. Para cada situação, são sugeridas diversas dinâmicas com pacientes e terapeutas, com a assistência dos animais. Por exemplo, no caso de uma criança autista, a comunicação verbal que um animal exige é consideravelmente inferior à de um ser humano. Um exemplo é ensinar a criança a dar ordens simples ao cachorro, como sentar e levantar. O fato de o animal obedecer com um comando simples permite que a criança mude os papéis habituais e aprenda a exercer algum controle sobre seu entorno. O projeto amplia e garante a oportunidade da Universidade em interagir com a comunidade local em prol do desenvolvimento social, da construção de valores que possam contribuir com o crescimento e no desenvolver de uma cultura no contexto local e no contato dos acadêmicos com a prática, além de oferecer práticas veterinárias diretas aos discentes envolvidos.
O Projeto será desenvolvido dentro das dependências da instituição APAE, no município de Unaí-MG, durante o período de janeiro a dezembro de 2021. Para a seleção do animal, dos pacientes e da equipe profissional envolvida, serão consideradas as recomendações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e do Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC), como segue abaixo: Quanto ao animal, todos os candidatos serão avaliados por médico veterinário. Para participar do projeto deverão apresentar certificado de saúde atualizado; realizar tratamento antiparasitário intestinal periodicamente; não ser portador de Salmonela SP, Campylobacter sp ou Giárdia intestinal, ou até que estejam tratados e tenham teste negativo para as mesmas; ser selecionado e treinado por profissionais; tomar banho previamente às visitas (menos de 24 horas); deve ter tosas periódicas (conforme o tipo e a raça do animal) e não pode ter contato com outros animais de rua. Desta forma, para seleção dos animais que serão utilizados nas terapias, uma equipe de veterinários da UFVJM realizará o exame clínico necessário para ser candidato a participar do programa. O animal deve apresentar carteirinha com todas as vacinas e vermifugações em dia. O proprietário se responsabilizará por dar banho no seu animal sempre no dia anterior às visitas e manter a tosa em dia de acordo com a raça. Adicionalmente, o cão participante será selecionado após avaliação de seu temperamento e adequação para este tipo de pesquisa, e será treinado semanalmente para participação do projeto. Neste treino, será utilizado o método de reforçamento das atividades adequadas, com ausência de punições. A Sessão Terapêutica Inicialmente, para toda a equipe de alunos, proprietários de animais e profissionais médicos veterinários que não trabalhem diretamente na APAE, será realizada reunião, para que recebam informações necessárias de convivência com os alunos e profissionais, bem como o respeito ao espaço, respeito às regras institucionais, como se portar e identificar, além de tirar todas as dúvidas acerca da APAE. Posteriormente, toda a equipe do projeto se reunirá com a equipe multidisciplinar da APAE para que sejam definidas à contribuição de cada um dentro do projeto e sua disponibilidade de tempo para tal. Ficará a cargo da equipe multidisciplinar da APAE, indicar os voluntários que apresentam características terapêuticas e comportamentais que se enquadrem no projeto. A cargo desta equipe também ficará a responsabilidade de avaliar clinicamente e fazer relatório da evolução do aluno no decorrer da terapia, redigindo formulário com as características clínicas que serão avaliadas e observadas antes, durante e após cada sessão. Após definição da equipe, seleção dos animais e pacientes, se iniciarão as sessões terapêuticas que serão realizadas semanais com duração de 50 minutos a 01 hora e meia, a depender das condições de estresse do cão, com a presença de 01 cão para cada 05 crianças. Em todas as sessões o animal será acompanhado pelo seu proprietário e por profissional médico veterinário responsável. Sempre, após cada reunião, será avaliada o interesse individual do aluno em continuar participando do projeto. Durante a sessão, todas as pessoas que participem da interação com os animais, sejam pacientes, acompanhantes, enfermeiros ou médicos deverão lavar as mãos antes e depois do contato com o animal. É necessário evitar que o animal entre em contato com secreções como urina, saliva, vômito e feridas dos pacientes, além disso, o animal não pode se alimentar com os utensílios do paciente. Deve-se evitar o contato com saliva, urina e fezes dos animais. O cão será supervisionado o tempo inteiro pelo seu condutor e além disso, devem-se evitar estímulos que levem o cão a morder, e em caso de mordidas, o enfermeiro será comunicado imediatamente, ou a qualquer outra pessoa responsável para avaliar a gravidade da mordida e prestar o socorro necessário. Nesses casos, o cão será reavaliado para saber se ainda pode permanecer fazendo visitas. As atividades que serão realizadas com os animais durante as sessões incluirão fazer o paciente acariciar, massagear os cães com os pés, pentear, jogar e chutar a bola para o cão. Adicionalmente, serão criadas atividades baseadas nas limitações nos residentes, como por exemplo: caminhada com obstáculos, falar e repetir o nome do cão para estímulo da memória, associar cores e formas com a ajuda do cão, entre outras. Será realizado o registro da visita, das atividades realizadas e dos avanços alcançados, permitindo avaliar a eficiência do tratamento. Serão definidas, quais características serão utilizadas para identificar as melhorias apresentadas com a utilização da terapia, individualmente por aluno, a depender do seu caso clínico. A cada dois meses, ou a depender da demanda e evolução do projeto, juntamente com a equipe multidisciplinar do abrigo, serão avaliadas a evolução dos voluntarios, bem como a necessidade de exclusão ou inclusão de novos pacientes. Ainda, será avaliada disponibilidade dos animais e de seus proprietários, bem como a possibilidade de aquisição de novos animais, nesse caso, procedendo com todos os critérios de seleção de animais e exames já descritos acima. Todas as sessões terapêuticas serão registradas por meio de fotos para que possam ser confeccionados materiais gráficos para divulgação do projeto na comunidade Unaiense, além de promover o estímulo e motivação para os voluntários.
AAII - Animal Assisted Intervention International Animal Assisted Intervention. Groesbeek, 2016. Acesso em: 23/01/2018. Disponível em: . APAE UNAÍ - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí. Estatuto da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí: Estado de Minas Gerais. Unaí, 2012. Acesso em: 24/01/2018. Disponível em: . AVMA - American Veterinary Medical Association. Animal-Assisted Interventions: Definitions. Washington, 2018. Acesso em: 23/01/2018. Disponível em: . CAMPOS, Pâmela Reis Costa. O tratamento e ajuda através dos animais. Disponível em: . Acesso em: 25 de jan. de 2018. Chagas, J. N. de M. (2009). Terapia ocupacional e a utilização da terapia assistida por animais (TAA) com crianças e adolescentes institucionalizados.Revista Crefito 6, Fortaleza,6(14), 1-3. Dotti, J. (2005). Terapia e animais. São Paulo: PC Editoriais. Ferreira, J. M. (2012). A Cinoterapia na APAE/SG: um estudo orientado pela teoria bioecológica do desenvolvimento humano.Conhecimento & Diversidade, 7, 98-108. FUNAHASHI, A., GRUEBLER, A., Aoki, T., KADONE, H., & SUZUKI, K. Brief Report: The Smiles of a Child with Autism Spectrum Disorder During an Animal- 21 assisted Activity May Facilitate Social Positive Behaviors-Quantitative Analysis with Smile-detecting Interface. Journal of autism and developmental disorders, 44(3),685-693, 2014. Guidelines for Environmental Infection Control in Health-Care Facilities. MMWR /CDC Recomm Reports 2003; 6/52(RR10): 1-42 [citado 15 jun 2008]. Disponível em: URL: www.cdc.gov/ mmwR/preview/mmwrhtml/rr5210a1.htm Guidelines for environmental Infection Control in Healthcare Facilities. Recommendations of CDC and the Healthcare Infection Control Pratics Advisory Committee (HICPAC). U.S. Department of Health and Human Service Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Atlanta: Centers for Disease Control; 2003. MALAKOSKI, V. M.; DIAS, D. C.; Atividade Assistida por Animais (AAA): uma nova forma de intervenção de Enfermagem. 3ª Mostra de Trabalhos em Saúde Pública. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2009. SAVALLI, Carine; ADES, César. Benefícios que o convívio com um animal de estimação pode promover para a saúde e o bem-estar do ser humano. In: CHELINI, Marie Odile Monir; OTTA, Emma [Org.]. Terapia Assistida por Animais. Barrueri, SP: Manole, 2016. SILVEIRA, N. Imagens do Inconsciente. Rio de Janeiro: Alhambra, 1982. Terapia com animais. Disponível em: http://www.equogenfidelis.org.br/files/artigos/TERAPIA_COM_ANIMAIS.pdf. Acessado em 10/06/2016.
Os discentes envolvidos no projeto participarão ativamente das atividades realizadas na APAE, juntamente com o coordenador do projeto e os profissionais da instituição. Este projeto proporcionará diversas oportunidades aos discentes, tais como: (a) aprimoramento das suas habilidades de trabalho em grupo e de interação com o público; (b) participação ativa em um trabalho que envolve a comunidade, havendo uma permuta entre ambas as partes; (c) oportunidade aos discentes de associarem a teoria à prática; trata-se de uma oportunidade de extrema importância à formação acadêmica dos discentes envolvidos. O projeto abre espaço para que os acadêmicos tenham contato com o público, podendo desenvolver habilidades inerentes à sua atuação profissional, contribuindo para gerar profissionais de sucesso. Os mesmos desenvolverão, juntamente com profissionais da área de medicina veterinária, exames clínicos, parasitológicos, e avaliações de comportamento e temperamento. Atuando assim nas três vertentes da Universidade: o ensino, a pesquisa e extensão, pois estarão diretamente envolvidos no processo de formação de pessoas e geração de conhecimento. As atividades que os discentes integrantes deste projeto desenvolverão estão previstas no cronograma deste projeto. Tais atividades serão acompanhadas de perto e avaliadas mensalmente por meio de relatório.
Após quatro anos e de trabalho junto a comunidade com o projeto Zooterapia - Bicho Amigo, onde realizamos Terapia Assistida por Animais no Abrigo de idosos de Unaí, fomos procurados pela APAE da cidade para desenvolver o mesmo trabalho com as crianças autistas da Instituição. Iniciamos em 2017 as atividades no sentido de desenvolver o projeto da APAE. A equipe envolvida inicialmente estudou a melhor forma de introduzir o cão no cotidiano das crianças. Acreditados que a continuidade do Projeto aprovado na instituição, com atuação de um aluno bolsista e convênio da APAE com a UFVJM continuará trazendo benefícios as crianças atendidas. Durante o ano de 2018, várias reuniões com a equipe de diretores, fisioterapêutas, terapeutas ocupacionais, entre outros profissionais da APAE foram realizadas para o início das atividades com as crianças. Foram realizadas reuniões com os pais para esclarecimento de como serão as atividades. Foi elaborado formulário de consentimento e ciência do pais autorizando a participação da criança. Foram feitas análises de quais crianças seriam candidatas a iniciar a atividade. Foram selecionados cães para melhor atender esse público. O projeto precisa de continuidade para avaliarmos o real efeito das atividades assistidas por cães em crianças autistas na APAE de Unaí. Durante o ano de 2019 foram beneficiadas cerca de 20 crianças diretamente, a resposta positiva de interação das crianças que participaram do projeto animou a equipe para continuar desenvolvendo as atividades. No ano de 2020, as atividades foram interrompidas devido a pandemia do covid-19, para segurança as criança atendidas e dos alunos que participam do projeto. Estamos ansiosos para retornar as atividades em 2021.
Público-alvo
As ações deste projeto beneficiarão diretamente crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) atendidas pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Unaí (APAE Unaí), por meio da Atividade Assistida por Animais.
Municípios Atendidos
Unaí
Parcerias
É na APAE que as sessões acontecem, semanalmente. Todas as atividades acontecem na quadra da APAE. Contamos com a participação da equipe multidisciplinar, especialmente psicólogos, acompanhando as sessões e selecionando as crianças que participarão das a
Cronograma de Atividades
Fazer revisões frequentes sobre a temática do projeto para ajudar a desenvolver sempre novas atividades para serem utilizadas nas sessões, além de atualizar os alunos sobre o assunto para escrever revisões, resumos e relatórios
Avaliação pela equipe multidisciplinar se as crianças estão evoluindo nas atividades, se estão gostando, se vão continuar a participar ou se outras serão selecionadas.
O intuito é de avaliar aqueles com saúde, comportamento e índole para participar do projeto e interagir com as crianças
Atividades assitidas com os cães e os grupos de crianças nas dependências da APAE
Objetivo de selecionar as crianças com potencial e apresentar aos pais o projeto para ter a concordância dos responsáveis
Redação de resumos para publicação em eventos científicos, assim como redação de relatórios