Visitante
O campo a partir do cinema
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
gustavo meyer
2021101202116262
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências humanas
comunicação
cultura
desenvolvimento rural e questão agrária
regional
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
andrea leme da silva
Voluntário(a)
janaína deane de abreu sá diniz
Voluntário(a)
débora assumpção lima
Vice-coordenador(a)
regina coelly fernandes saraiva
Voluntário(a)
andre luiz mourao da costa
Bolsista
A proposta visa a socialização de conhecimentos sobre o campo brasileiro (o rural). A ideia central da ação de extensão é valer-se de filmes como artifício de problematização, agregando-se dimensões lúdicas, artísticas e interativas ao processo de constru
Desenvolvimento; rural; cinema
Desde a década de 1980 o município de Unaí abriga um intenso processo de reivindicação popular pelo acesso à terra, constituindo-se como um dos principais espaços de luta pela reforma agrária em Minas Gerais. Destacaram-se, nesse processo, as Comunidades Eclesiais de Base e a Comissão Pastoral da Terra, que impulsionaram, em 1981, a criação de uma organização também central: o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Unaí. Marcado por contradições sociais expressivas, o município teve implantados, desde essa época, mais de 30 assentamentos da reforma agrária, sendo que, nos dias atuais, detém o maior número de família e a maior área de reforma agrária do noroeste de Minas Gerais (VIEIRA, 2012; FERNANDES, 1999). O processo de Unaí, entretanto, é apenas exemplo de um fenômeno maior de transformação do mundo rural, particularmente a partir da década de 1960, quando, em larga medida, iniciou-se a modernização da agricultura – no que tange ao campo, contudo, tratou-se de uma modernização conservadora, porque manteve-se uma estrutura patrimonialista e características sociohistóricas marcantes (FAORO, 2012; MARTINS, 1994; HOLANDA, 1995; FREYRE, 2004) – correndo em paralelo às estratégias nacionais de substituição das importações, de industrialização e, consequentemente, de urbanização e um relativo esvaziamento do campo (DELGADO, 2005; SICSÚ; CASTELAR, 2009) . Essa dinâmica teve como pano de fundo o rompimento de certo “contrato tradicional” (PALMEIRA, 1989) entre senhores de terras e trabalhadores agregados de fazendas que, embora mantivessem relações assimétricas de poder com tais senhores, tinham naturalizado a percepção de que terras lhes eram acessíveis, ainda que com relações de dívida e subserviência. Com a valorização das terras e a mudança do modelo agrícola, trabalhadores residentes do campo foram sistematicamente expulsos. Com o avanço da agricultura modernizada e a expansão das exportações agrícolas – e também com a concentração populacional nos centros urbanos e a industrialização – problemas ambientais e territoriais sem precedentes instalaram-se no país, instituindo uma “questão ambiental”, que veio a somar-se à já histórica “questão agrária”. Ainda, a emergência de movimentos sociais entre as décadas de 1960 e 2000 (as Ligas Camponesas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terras, o movimento indígena e indigenista, o Movimento dos Atingidos por Barragens etc.) e a elaboração societária de novos valores alimentares e produtivos (o movimento agroecológico, a valorização dos orgânicos, a percepção dos efeitos de fertilizantes e agrotóxicos) e ambientais (a valorização das Unidades de Conservação da natureza e a demanda por serviços ambientais, paisagens e espaços de lazer, além da percepção com o aquecimento global) tornaram mais complexas as dinâmicas sociais no campo e sua inter-relação com os centros urbanos, demandando olhares analíticos atentos e mais aprimorados. De um modo geral, os processos sociais, ambientais, territoriais, agrários, agrícolas e culturais relacionados ao rural, vistos de modo integrado, são pouco conhecidos pelas pessoas como um todo. Soma-se a isto que, muitas vezes, a atuação de diversos profissionais – sejam agentes governamentais, da sociedade civil ou egressos de cursos de pós-graduação imersos nos mais variados campos de trabalho –, cujo escopo tangencia ou permeia os processos rurais, não é adequadamente pautada pelo conhecimento histórico, sociológico e contextual atualizado dos processos do campo. Em se considerando a cinematografia envolvendo questões rurais, tanto ficcional como documental, sendo farta e de qualidade – apesar de que pouco conhecida –, vê-se nela uma ferramenta estratégica para se problematizar as dinâmicas do campo e provocar reflexões sobre o rural em um público mais amplo, mobilizando noções, conceitos, categorias e processos chave para seu entendimento. De um modo, o ato de conhecer o rural, o campo, é um movimento de formação, constituidor de cidadania, potencialmente gerador de ação social proativa do reconhecimento de injustiças (logo, de construção da igualdade de direitos). De outro modo, trata-se de algo elementar para quaisquer ações que incidem sobre as populações rurais. Pretende-se aqui, então, socializar, para com um conjunto mais amplo de agentes, um corpo de conhecimento – um tanto inicial, mas que desperta olhares para este rural contemporâneo – de certo modo ainda retido nas universidades. Esse tipo de socialização que aqui se propõe, foi experimentado junto a alunos iniciantes do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural da Universidade de Brasília, visando a promover a integração dos alunos em tempos de quarentena. A referida experiência foi realizada entre junho e agosto de 2020, na qual foram problematizados, debatidos e contextualizados (histórica, cultural, ambiental e sociologicamente) conteúdos sobre o rural histórico e contemporâneo. O resultado foi considerado por todos como sendo excelente, no sentido de que os conhecimentos puderam ser ativamente construídos pelos participantes, em complementaridade entre diversas expertises dos alunos, no entanto com mediação e socialização atenta de conteúdos adicionais por parte dos professores do Programa, dentre os quais o propositor deste projeto. Os filmes (assistidos previamente pelos participantes), acrescidos de sua análise em grupo, constituíram, juntos, uma poderosa ferramenta metodológica, mais do que adequada para o tipo de socialização – sobre o rural – que se pretende empreender.
JUSTIFICATIVA A proposta justifica-se fundamentalmente a partir do fato de que os processos do meio rural (sociais, econômicos, ambientais etc.) são, em geral, pouco conhecidos pela comunidade de Unaí e da região em seu entorno. Justifica-se também pela importância estratégica, em termos de desenvolvimento regional, de se instrumentalizar agentes que atuem ou que desejem atuar/interferir nos mais variados processos sociais do campo. Por fim, justifica-se pelo fato de o cinema e os conteúdos audiovisuais do Brasil e de outras partes do mundo serem pouco conhecidos nesse contexto. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A relação entre cinema e sala de aula, filme e desenvolvimento de conhecimentos não é recente. A utilização da linguagem cinematográfica no processo de ensino-aprendizagem é muito enriquecedora e vem sendo pesquisada e desenvolvida em várias instituições de ensino por docentes de diversas áreas. Por isso, o trabalho com material audiovisual visa despertar em estudantes uma sensibilidade para a leitura audiovisual, visto que o mundo atual oferece cotidianamente um bombardeio de imagens, nas ruas, na televisão, nas redes sociais e no cinema (DUARTE, 2002). Em um texto significativo, intitulado “Experiências e representações sociais: reflexões sobre o uso e o consumo das imagens”, o historiador Elias Thomé Saliba afirma que “a imagem não ilustra e nem reproduz a realidade, ela a constrói a partir de uma linguagem própria que é produzida num dado contexto histórico”. Observamos a importância da presença dos filmes e vídeos para a prática pedagógica. Além disso, permite uma reflexão mais profunda acerca da relação entre o filme e o contexto histórico-social (SALIBA, 2003). O filme é uma construção imaginativa que necessita ser refletida e trabalhada constantemente. O objetivo de um projeto como este é retirar o filme do terreno das evidências e passar a vê-lo como uma construção que representa a realidade através da articulação entre a imagem, a palavra, o som e o movimento. Em um trabalho reflexivo sobre os filmes, pensar os elementos estéticos que formam a linguagem cinematográfica nos faz analisar levando-se em consideração a combinação de elementos visuais e sonoros e os efeitos que ele produz. 'Ver filmes é uma prática social tão importante, do ponto de vista da formação cultural e educacional das pessoas, quanto a leitura de obras literárias, filosóficas, sociológicas e tantas mais.' (Rosália Duarte). RELAÇÃO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Filmes são analisados para se discutir/socializar conhecimentos gerados no âmbito acadêmico (dos estudos rurais e estudos sociais, ambientais, econômicos etc., que perpassam o rural). Trata-se de conteúdos produtos de pesquisa, ao mesmo tempo ensinados nas universidades, que passam a ser compartilhados com um público mais amplo com potencial multiplicador. Em outros termos, trata-se de conteúdos especializados que, por meio do eixo pesquisa-ensino-extensão, é apropriado por um um número maior de pessoas que se tornam agentes mais conhecedores da realidade que os cerca.
GERAL Contribuir para a constituição de agentes conhecedores dos processos sociais relacionados ao contexto rural que os cerca. ESPECÍFICOS Tendo em consideração os processos sociais do campo, os objetivos específicos são: - socializar conhecimentos diversos a partir de filmes; - construir um potencial de multiplicação desses conhecimentos; - dar visibilidade à cinematografia nacional e internacional relacionada; - tangenciar questões teóricas;
Capacitar pelo menos 120 agentes vinculados a movimentos sociais (dentre eles do movimento cineclubista, dado seu potencial replicador), instituições governamentais federais e estaduais, organizações não-governamentais e a comunidades rurais. Espera-se que o quadro de agentes inscritos nos módulos do curso seja composto da seguinte forma: Público alvo: 30 agentes de movimentos sociais 20 agentes de instituições governamentais federais 10 agentes de instituições governamentais estaduais 30 agentes vinculados a organizações não-governamentais 10 agentes representantes de grupos comunitários 20 outros agentes Como resultado final, espera-se que após a realização do curso, componha-se um contingente de agentes capacitados sobre questões diversas relacionadas às dinâmicas sociais no campo. Em especial, espera-se que parte significativa deste contingente (os cineclubistas) tenham potencial multiplicador dos conteúdos socializados.
INFORMAÇÕES GERAIS O curso será subdividido em quatro módulos (1, 2, 3 e 4), com cinco encontros virtuais de 2h por módulo. Os módulos serão independentes (para o caso do participante querer cursar apenas algum dos módulos), mas complementares e interconectados (para o caso de participantes quererem cursar mais de um módulo, ou mesmo todos eles). Nesse sentido, buscar-se-á selecionar e agrupar os filmes para que os aspectos tangenciados por eles sejam complementares. Dessa forma, cada módulo constituirá um curso independente, com uma certificação específica, porém com a possibilidade de o participante optar pela continuidade e cursar todos os módulos. Neste último caso, será emitida uma certificação diferenciada. Os encontros virtuais serão de 2h cada, precedidos por outras 2h em que os participantes se dedicarão a assistir o filme do respectivo encontro, totalizando 4h/encontro. O primeiro encontro de cada módulo, entretanto, será excepcional, porque, ao invés de os participantes acessarem filmes, acessarão conteúdos acerca do cineclubismo, disponibilizados previamente pelo moderador, ao passo que no encontro virtual propriamente dito tal conteúdo será problematizado, assim como questões técnicas relacionadas ao acesso aos filmes (qualidade da imagem e do som, formas de obtenção dos filmes, inclusão e sincronização de legendas, formas de reprodução etc.). Dessa forma, cada módulo totalizará a carga horária de 20h (4h relacionadas ao de encontro inicial e 16h relacionadas aos quatro demais encontros em que os filmes serão analisados). De um modo geral, a dinâmica dos encontros virtuais será o debate, por sua vez entremeado por breves exposições de conteúdos (teóricos e práticos) por parte da equipe do projeto. Adicionalmente, os participantes serão estimulados a fazer registros e sistematizações da problemática acessada e a compartilhá-los nos encontros virtuais. A ideia central detrás disso é ir construindo, gradativamente, um conhecimento acumulado acerca das dinâmicas sociais (também ambientais, culturais, econômicas, ideológicas etc.) no campo. ORGANIZAÇÃO CRONOLÓGICA DO CURSO E INFORMAÇÕES ADICIONAIS A metodologia a ser empregada será constituída dos seguintes desenvolvimentos: - pesquisa e imersão no universo fílmico relacionado ao campo, ao rural; - seleção de 16 filmes que subsidiarão 16 dos 20 encontros do curso; - formulação de estratégia de divulgação do curso; - divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 1 (conforme o item '1.5.4 - Público', serão privilegiados, em todos os módulos, cineclubistas, estudantes de cursos de pós-graduação relacionados ao rural, integrantes de movimentos sociais e agentes da sociedade civil organizada com ações voltadas ao rural, dado seu potencial multiplicador); - realização dos cinco encontros do Módulo 1 (agosto e setembro de 2020), com 20 participantes; - certificação dos participantes do Módulo 1; - divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 2; - realização dos cinco encontros do Módulo 2 (outubro e novembro de 2020), com 20 participantes; - certificação dos participantes do Módulo 2; - divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 3; - realização dos cinco encontros do Módulo 3 (fevereiro e março de 2021), com 20 participantes; - certificação dos participantes do Módulo 3; - divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 4; - realização dos cinco encontros do Módulo 4 (abril e maio de 2020), com 20 participantes; - certificação para os participantes do Módulo 4; - buscar-se-á, ao final dos 20 encontros virtuais, proporcionar um encontro presencial, de quatro horas, voltado aos participantes que tenham cursado no mínimo três módulos, no sentido de sintetizar os conhecimentos socializados ou gerados a partir da análise dos filmes e de se empreender uma avaliação crítica ao curso; buscar-se-á também que este encontro presencial seja sucedido por confraternização, no sentido de favorecer o laço entre os integrantes do curso. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (LISTA PRELIMINAR DE FILMES DE ONDE SERÃO SELECIONADOS OS FILMES A SEREM ANALISADOS) - A história de Qiu Ju (1992; Yimou Zhang) - Aboio (2005; Marília Rocha) - Walachai (2013; Rejane Zilles) - Ex-pajé (2018; Luiz Bolognesi) - O mineiro e o queijo (2011; Helvecio Ratton) - O grito da terra (1964; Olney São Paulo) - Vidas Secas (1963; Nelson Pereira dos Santos) - Brasil orgânico (2013; Lícia Brancher e Kátia Klock) - Como nasce uma cidade (1973; Olney São Paulo) - Sob o ditame de Rude Almajesto (1976; Olney São Paulo) - Menino de engenho (1965; Walter Lima Jr.) - Baixio das bestas (2006; Cláudio Assis) - Lavoura arcaica (2001; Luiz Fernando Carvalho) - O veneno está na mesa (2011; Silvio Tendler) - Terra deu, terra come (2010; Rodrigo Siqueira) - Menino 23: infâncias perdidas no Brasil (2016; Belisario Franca) - Brava gente brasileira (2000; Lúcia Murat) - Narradores de Javé (2003; Eliane Caffé) - Boi neon (2015; Gabriel Mascaro) - Martírio (2016; Vincent Carelli, Tatiana Almeida) - Cora Coralina: todas as vidas (2017; Renato Barbieri) - O mestre e o divino (2013; Tiago Campos Torres) - Nhambiquara: a festa da moça (1987; Vincent Carelli) (curta) - Ainda há pastores? (2006; Jorge Pelicano) - Terra para Rose (1987; Tetê Moraes) - O sonho de Rose: 10 anos depois (2000; Tetê Moraes) - Fruto da terra (2008: Tetê Moraes) (curta) - Nas terras do bem-virá (2007; Alexandre Rampazzo) - Vida ameaçada (1992; Anders Ribbsjö) - Cabra marcado para morrer (1984; Eduardo Coutinho) - O fim e o princípio (2006; Eduardo Coutinho) - Xingu (2011; Cao Hamburger) - Corumbiara (2009; Vincent Carelli) - Nos caminhos de Margarida (2010; Contag) - A marvada carne (1985; André Klotzel) Esta lista é apenas demonstrativa. Ela será avaliada e ampliada no caso de a ação de extensão ser aprovada. EIXOS A SEREM EXPLORADOS - territorialidade; - história; - transformações contemporâneas; - conflitos sociais; - deslocamentos e migrações; - desenvolvimento; - alimentação; - identidade e etnicidade; - questão agrária; - produção de desigualdades; - atuação de movimentos sociais; - efeitos ao meio ambiente; - cultura e arte; - outros que porventura sejam considerados relevantes. Observa-se, nesse sentido, que o propositor da ação de extensão é da área da sociologia rural e tem domínio sobre esses temas. Também, integra a equipe do projeto, uma cineclubista experiente.
CARVALHO, Cid Vasconcelos de. O cinema como objeto de estudo acadêmico. Revista de Ciências Sociais, n. 31, p. 197-211, 2009. COLOMBO, Angélica Antonechen. A crítica ao cinema a partir do conceito de indústria cultural. Semina - Revista de Ciências Sociais e Humanas, v. 36, n. 1, 2015. DELGADO, Guilherme C. A questão agrária no Brasil, 1950-2003. In: JACCOUD, Luciana (Org.). Questão social e políticas sociais no Brasil contemporâneo. Brasília: Ipea, 2005. p. 51-90. DUARTE, Rosária. Cinema e Educação. Belo horizonte: Autêntica, 2002. FALCO, Débora de Paula. Lazer fora de casa: o cinema como equipamento mágico do urbano. Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos de Lazer/UFMG, v. 10, n. 1, p. 1-26, 2007. FAORO, Raimundo. Os donos do poder: Formação do patronato político brasileiro. 5 ed. Rio de Janeiro: Biblioteca Azul, 2012. FERNANDES, Bernardo Mançano. Contribuição ao estudo do campesinato brasileiro formação e territorialização do movimento dos trabalhadores rurais sem terra – MST (1979–1999). Tese (Doutorado) em Geografia – USP, Departamento de Geografia, São Paulo, 1999. FREYRE, Gilberto. Casa-grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 49 ed. São Paulo: Global, 2004. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. MARTINS, José de Souza. O Poder do Atraso. São Paulo: Hucitec, 1994. MIGLIORIN, Cezar. Cinema e escola, sob o risco da democracia. In: FREQUEST, Adriana. Currículo de Cinema para Escolas de Educação Básica. Rio de Janeiro: Faculdade de educação da UFRJ, 2012. PALMEIRA, Moacir. Modernização, Estado e questão agrária. Estudos Avançados, v. 3, n. 7, p. 87-108, 1989. SALIBA, Elias Thomé. Experiências e representações sociais: reflexões sobre o uso e o consumo das imagens. In: BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber Histórico na sala de aula. 5ed. São Paulo: Contexto, 2003. p. 117-127. SICSÚ, João.; CASTELAR, Armando (Org.). Sociedade e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2009. VIEIRA, Wesley Alves. Conflitos no campo e reforma agrária em Minas Gerais: reflexões a partir do banco de dados da luta pela terra – DATALUTA. Monografia em Geografia – Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Geografia, Uberlândia, 2012.
O candidato a bolsista é estudante do Bacharelado em Ciências Agrárias com interesse reiterado em sociologia rural (disciplina obrigatória nesse curso), história agrária e desenvolvimento rural. Desde seu ingresso na UFVJM, o estudante vem acompanhando quase todas as atividades desenvolvidas na área de sociologia e desenvolvimento rural, incluindo o desenho de projetos de iniciação científica. O referido candidato já vem participando e auxiliando em atividades de extensão desenvolvidas pelo propositor do presente projeto, como, por exemplo, na realização do projeto “Socializando o cinema em Unaí”, desenvolvido nos anos de 2018 e 2019. Além disso, o candidato tem se mostrado um estudioso autodidata em temas variados relacionados à sociologia e ao desenvolvimento rural. Isto posto e considerando que a ação de extensão propõe uma imersão nos estudos de sociologia e desenvolvimento rural valendo-se do cinema como ferramenta metodológica, entende-se que a participação do candidato como bolsista de extensão contribuirá para que ele possa ampliar seu repertório de conteúdo e, consequentemente, aprimorar a sua formação na área. Contribuirá, concomitantemente, para que sua rede de interação acadêmica seja ampliada, particularmente pela interlocução com agentes da sociedade civil, movimentos sociais e de cursos de pós-graduação. O projeto, ao incentivar a integração de professores, alunos e agentes externos à universidade em atividade de extensão universitária tanto atenderá os objetivos particulares do candidato, quanto estimulará suas competências e habilidades. Considerando as habilidades já demonstradas pelo candidato a bolsista, pretende-se que ele se envolva principalmente nas seguintes atividades: a) sistematização dos principais pontos de debate durante a realização do curso; b) divulgação dos módulos do curso c) auxílio no uso das ferramentas para a realização dos encontros online; d) auxílio no gerenciamento da aquisição e disponibilização dos filmes aos cursantes; e) entre outras. Quanto às atividades de sistematização, o estudante atuará com a presença dos professores do curso, que o pautarão em relação a como apreender e sintetizar os principais pontos de debate. Quanto à divulgação dos módulos do curso, o bolsista será instruído quanto às formas de comunicação necessárias para a ampla divulgação e também no que tange à ao acesso a uma rede mais ampla de agentes sociais. Em relação às demais atividades, o coordenador do projeto ficará responsável pela devida capacitação/orientação do bolsista. Em assim sendo, o bolsista será avaliação pela qualidade do material sistematizado a partir dos encontros online, pela desenvoltura na divulgação dos módulos do curso (e, evidentemente, pelo número de candidatos inscritos em cada módulo), pela eficácia/funcionamento/sucesso técnica das reuniões online e pela facilidade que os cursantes terão em acessar os filmes.
Este projeto (com exceção da bolsa que se pleiteia aqui) já se encontra aprovado pela Proexc OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O SISTEMA NÃO PERMITIU A INCLUSÃO DE MEMBROS INTERNOS ENTÃO, FAVOR CONSIDERAR NA EQUIPE: MARCELO BASTOS CORDEIRO, VOLUNTÁRIO, 80H, PROFESSOR DO ICA/UFVJM, CPF 14104975850, EMAIL marcelo.cordeiro@ufvjm.edu.br ANDRÉ LUIZ MOURÃO, BOLSISTA, DEDICAÇÃO PARCIAL CONFORME EXIGE O REGIME DE BOLSAS, ALUNO DO BACHARELADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS (ICA/UFVJM), CPF 905540437-34, EMAIL andrehcostaet@gmail.com
Público-alvo
Capacitar pelo menos 120 agentes vinculados a movimentos sociais (dentre eles do movimento cineclubista, dado seu potencial replicador), instituições governamentais federais e estaduais, organizações não-governamentais e a comunidades rurais. Espera-se qu
Municípios Atendidos
Unaí-mg
Arinos-mg
Chapada Gaúcha-mg
Brasília-df
Paracatu-mg
Cabeceira Grande-mg
Buritis-mg
Riachinho-mg
Dom Bosco-mg
Natalândia-mg
Uruana De Minas-mg
Bonfinópolis De Minas-mg
Parcerias
A atuação do PPG-Mader será do tipo correalizador do projeto, de modo que alguns professores do PPG-Mader participarão em todas as atividades/etapas do curso.
A atuação do CEM-EIT será do tipo correalizador do projeto, de modo que uma professora do CEM-EIT participará em todas as atividades/etapas do curso.
Cronograma de Atividades
Pesquisa e imersão no universo fílmico relacionado ao campo, ao rural, e seleção de 16 filmes que subsidiarão 16 dos 20 encontros do curso
Formulação de estratégia de divulgação do curso
Divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 1
Realização do Módulo 1
Divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 2
Realização do Módulo 2
Divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 3
Realização do Módulo 3
Divulgação, seleção e inscrição para o Módulo 4
Realização do Módulo 4
Atividade presencial para síntese e avaliação