Visitante
Vetsocial: do conceito à prática da saúde única
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
paulo fernandes marcusso
202110120218152
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências agrárias
saúde
educação
saúde animal
estadual
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
ricardo andres ramirez uscategui
Vice-coordenador(a)
james newton bizetto meira de andrade
Vice-coordenador(a)
jeanne broch siqueira
Voluntário(a)
amanda melo sant'anna araújo
Voluntário(a)
bianca paola santarosa
Voluntário(a)
janne paula neres de barros
Voluntário(a)
ana flavia alves de souza
Bolsista
ana carolina nacif amaral
Voluntário(a)
ana karina ribeiro
Voluntário(a)
fabiola aparecida de oliveira nogueira
Voluntário(a)
rayssa mendes rodrigues
Voluntário(a)
deise ane oliveira silva
Voluntário(a)
soraia de araújo diniz
Voluntário(a)
O conceito de Saúde Única envolve a união da saúde humana, animal e ambiental. Dessa forma, o papel da medicina veterinária é ponto chave na prevenção de doenças que envolvem o homem e animais, as chamadas zoonoses, fato evidenciado pela participação de m
Saúde única, castração, educação
O convívio do ser humano com cães e gatos, um fenômeno de caráter global, remonta há milênios e configura-se como um dos mais estreitos e intensos vínculos entre espécies. A intensidade dessa relação repercute, de forma importante, sobre a saúde das pessoas e dos animais, impactando decisivamente no meio ambiente. Tal ligação está intimamente relacionada às condições sociais, econômicas e culturais de cada comunidade (FORTALEZA et al., 2006). A proximidade de cães e gatos, na convivência com os seres humanos, é evidente. A proporção de caninos por pessoa, em algumas localidades no Brasil, chega a ser de 1:3, especialmente em domicílios onde residem crianças e/ou idosos (LANGONI et al., 2011). Em situações de desequilíbrio, a intervenção para o controle da reprodução dos cães e gatos, a conscientização para a posse, propriedade ou guarda responsável e o controle ambiental quanto às fontes de alimento e abrigo são de fundamental importância e de competência do poder público, juntamente com a participação ativa da comunidade, para a promoção da saúde (VIEIRA, 2005). A prática do abandono animal se torna uma ameaça em potencial, uma vez que pode afetar as áreas de saúde pública, social e econômica. Na área de saúde pública destacam-se as possíveis doenças que esses animais podem adquirir e transmitir como a raiva, leishmaniose, leptospirose e outras doenças parasitárias (CEDIEL et. al., 2010). Na parte social temos o desconforto com relação ao comportamento inapropriado dos animais e no âmbito econômico o gasto com as tentativas de manejo populacional desses bichos (SLATER, 2001). O bem-estar dos animais também é afetado com a prática do abandono, uma vez que se apresentam com condições de saúde física e mental deficientes, sendo agravadas pela exposição a maus tratos e a estados de sofrimento (STAFFORD, 2007). Haja vista o supracitado o projeto visa minimizar o abandono de animais, mediante a educação da população por meio de palestras em escolas municipais e estaduais.
Não há nenhum projeto ou trabalho semelhante no município que possui uma grande quantidade de animais abandonados nas ruas, além de estar numa área endêmica para algumas zoonoses, destacando-se a leishmaniose visceral canina. É fundamentalmente uma ação extensionista que visa amenizar um problema grave de saúde pública no município de Unaí, Minas Gerais. No qual os acadêmicos irão vivenciar a rotina clínica e cirúrgica de animais de companhia supervisionados pelos docentes e técnicos participantes. Ademais entraram em contato com estudantes da rede pública de educação fundamental e média para realizar conscientização e relembrar conceitos básicos de respeito aos animais, ao meio ambiente e a população, compilando os conceitos de saúde única. O conceito de Saúde Única envolve a união da saúde humana, animal e ambiental. Dessa forma, o papel da medicina veterinária é ponto chave na prevenção de doenças que envolvem o homem e animais, as chamadas zoonoses, fato evidenciado pela participação de médicos veterinários nos Núcleos de Apoio à saúde da família (NASF) desde 2011 (CFMV, 2018). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que só no Brasil exista mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em grandes cidades como Belo Horizonte (BH), por exemplo, estima-se que para cada cinco humanos, um cachorro está abandonado. Em 2020, o IBGE estima que BH tenha cerca de 2.521.564 habitantes, ou seja, seriam aproximadamente 505 mil animais abandonados, só em BH. Nas cidades pequenas, a condição não é distinta e, em muitos casos, o número chega a 1/4 da população humana (ANDA, 2013). Ou seja, em Unaí com população estimada de 84.930 em 2020, tem cerca de 21.250 animais abandonados. Tal situação acende ainda mais diante de nova realidade mundial provocada pela pandemia do coronavírus, já que muitos cães e gatos têm sido abandonados. Contudo é importante informar que apesar da possibilidade de infecção pela Covid-19 em cães e gatos, não há indícios científicos que indiquem ou mesmo comprovem que eles transmitem a Covid-19 para humanos. É essencial recordar que os animais têm direitos proclamados pela UNESCO (1978) na Declaração Universal dos Direitos dos Animais. Muitos acreditam que após adotarem um animal, ele se torna sua posse e é desprovido de qualquer direito, chamado algumas vezes até de ’ser sem alma’. Tal declaração de direitos - entre outras coisas - vem para provar o contrário, na qual ter um animal de estimação é um compromisso e sendo assim quem o faz tem seus deveres. A declaração garante condições de vida aceitáveis para todos os animais. O abandono de animais é crime e está previsto no artigo 32 da lei 9.605/98. A pena é de três meses a um ano de detenção e multa. Se houver morte do animal a pena é aumentada em um sexto a um terço. Os maus tratos também é crime previsto pela mesma lei que sofreu correção para aumentar as penas cominadas ao crime de maus-tratos aos animais quando se tratar de cão ou gato, sendo agora de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda (Lei nº 14.064, de 29 de setembro de 2020). Apesar disso, pode-se afirmar que na maioria das vezes quem abandona os animais acaba impune, por ser um crime silencioso. A proposta deste projeto é promover a saúde pública e a sustentabilidade social por meio de ações nas escolas parceria com a prefeitura municipal, visando à promoção da saúde única que pode ser definida com a união inseparável entre a saúde animal, humana e ambiental. Para tanto serão realizadas ações teóricas remotas de educação da população estudantil na tenência de posse responsável destes animais por meio de palestras nas escolas do ensino fundamental e médio da cidade. Além de formar profissionais idôneos que trabalhem no setor agropecuário em prol da saúde única, com capacidade de contribuir significativamente para o processo de desenvolvimento social e econômico do município de Unaí, da mesorregião Noroeste de Minas e do país de forma geral, possibilitando melhores oportunidades para as pessoas e para os animais. Devido a pandemia causada pela Covid-19, não será possível realizar os atendimentos presenciais, tão pouco as castrações. Todavia daremos continuidade ao projeto na parte educacional, na qual reagendamos as palestras que serão dadas em novembro e dezembro de forma remota em escolas estaduais. Ademais foram confeccionados folders, que serão impressos e distribuídos em momento oportuno com informações básicas de posse responsável.
Gerais Minimizar o abandono de animais mediante a educação da população por meio de palestras em escolas municipais e estaduais. Específicos • Ministras palestras na educação fundamental e média acerca de temas relacionados à guarda responsável de animais de companhia; • Promover a saúde pública por meio de folders e banners com temáticas da saúde única.
Realizar 3 palestras de diferentes temas em 5 escolas públicas do ensino básico de forma remota, totalizando 15 palestras acerca de saúde única e especialmente de posse responsável de animais de estimação, visando, a longo prazo diminuir a quantidade de cães e gatos errantes do munícipio. Em média cada palestra será realizada para 50 estudantes, atingindo 750 alunos ao fim do projeto.
A cada mês do projeto em execução serão realizadas palestras remotas nas escolas públicas do município de Unaí e outros municípios, de acordo com a disponibilidade das unidades educacionais e a autorização da Secretaria de Educação, para não prejudicar o cronograma de atividades das mesmas. Essas palestras serão realizadas pelos acadêmicos da UFVJM, sempre com a orientação dos docentes envolvidos, abordando temas referentes à saúde única. Também serão confeccionados banners para melhor apresentação das informações e folders que serão distribuídos para ampliar a difusão do conteúdo aos familiares dos alunos. Em todas as etapas do projeto os acadêmicos terão a supervisão dos docentes e técnicos participantes.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DE DIREITOS ANIMAIS. Brasil tem 30 milhões de animais abandonados. Disponível em <https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/100681698/brasiltem-30-milhoes-de-animais-abandonados>. Acessado em 12/10/2020 às 15:18, 2013. CEDIEL N.; HOZ, F.; VILLAMIL, L.C.; ROMERO J.; DIAZ, A. Epidemiología de la rabia canina en Colombia. Rev. salud pública. v. 12, p. 368-379. 2010. CFMV. Saúde Única. Consultado em 31/07/2018: http://portal.cfmv.gov.br/site/pagina/index/artigo/86/secao/8 LANGONI, H. et al. Conhecimento da população de Botucatu-SP sobre guarda responsável de cães e gatos. Veterinária e Zootecnia, Botucatu, v. 18, n. 2, p. 297-305, jun. 2011. SLATER, M.R. The role of veterinary epidemiology in the study of free-roaming dogs and cats. Preventive Veterinary Medicine, v. 48, p. 273-286. 2001. STAFFORD, K. The Welfare of Dogs. The Netherlands. Springer. 2007. UNESCO. Declaração dos direitos dos animais, de 27 de janeiro de 1978. Disponível em: . Acesso em: 13 de julho de 2017. UNESCO. Declaração Universal dos Direitos dos Animais, 1978. VIEIRA, A. M. L. et al. Programa de controle de populações de cães e gatos do Estado de São Paulo. Boletim Epidemiológico Paulista, São Paulo, Ano 2, n. 17, jul. 2005. Disponível em: < http://www.cve.saude.sp.gov.br/agencia/bepa19_rg2.htm>. Acesso em: 10 set. 2019.
Todos os acadêmicos de medicina veterinária vinculados a disciplinas técnicas poderão participar das atividades dos projetos, sempre acompanhados por ao menos um docente da UFVJM. Os acadêmicos irão auxiliar em todas as etapas, sendo elas: • Palestras nas escolas públicas; • Preparo do material gráfico de conscientização da posse responsável.
Extremamente relevante uma vez que fornecerá condições de aprendizagem dos acadêmico em diversas áreas na Medicina Veterinária, além de minimizar o número de animais errantes no município e trabalhar a posse responsável com crianças e adolescentes da rede pública de ensino.
Público-alvo
Em média cada palestra será realizada para 50 estudantes, atingindo 750 alunos ao fim do projeto.
Estudantes cadastradas no projeto que seguirá com as atividades parciais de forma remota.
Municípios Atendidos
Unaí
Diamantina
Parcerias
Serão realizadas palestras online para os estudantes do colégio uma vez ao mês sobre temas relacionados a saúde única e posse responsável.
Os estudantes terão palestras uma vez ao mês com temas relacionados à saúde única e posse responsável.
Cronograma de Atividades
Realizar revisão bibliográfica e atualizada.
Palestras acerca de saúde única e posse responsável para escolas da rede pública em Unaí e Diamantina