O projeto de extensão Prematuridade:Orientar para cuidar! iniciou após sua aprovação no edital Pibex 01/2019 e agora é reapresentado para sua continuidade. Devido às particularidades referentes ao neonato prematuro, vários estudos mostram a necessidade de

Prematuro, prematuridade, educação, saúde.

O projeto de extensão Prematuridade:Orientar para cuidar! iniciou após sua aprovação no edital Pibex 01/2019 e agora é reapresentado para sua continuidade. Devido às particularidades referentes ao neonato prematuro, vários estudos mostram a necessidade de orientação aos familiares no ambiente hospitalar. Estudos em relação às necessidades e preocupações dos pais e cuidadores, associadas ao apoio social durante a transição da unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) para o domicílio, revelou que os pais de bebês prematuros têm várias preocupações e necessidades em relação ao apoio de profissionais de saúde (KIM, 2018). A maioria dos pais de recém-nascidos prematuros querem ser informados sobre os potenciais riscos e resultados para o seu filho e procurar mais informações do que é atualmente fornecido. Pais/familiares diante de um parto prematuro percebem sua falta de conhecimento e solicitam que essas informações sejam fornecidas o mais rápido possível após a internação hospitalar (KIM et al., 2014). Dessa forma, o projeto é realizado com o objetivo de promover educação em saúde aos pais e familiares dos recém-nascidos prematuros internados no Hospital Nossa Senhora da Saúde / Diamantina (MG), referente à prematuridade, suas possíveis complicações e à importância do acompanhamento/seguimento dos neonatos após a alta hospitalar. As atividades foram realizadas presencialmente no primeiro ano de atividade, no entanto devido à pandemia pelo COVID-19 a proposta de trabalho é semipresencial. Em um primeiro momento dois discentes voluntários serão alocados para fazerem a triagem no hospital, duas vezes por semana, no período da tarde, juntamente com a explicação do projeto aos pais/familiares e, em um segundo momento, as orientações/intervenções acontecerão de forma remota. O número máximo de alunos por dia é de dois alunos, para não promover aglomeração no ambiente hospitalar. Sempre antes do início das visitas os alunos procuraram o enfermeiro responsável pelo setor para conhecer a história dos neonatos que estão internados e verificar quais são os prematuros e se há algum familiar que não poderá receber as explicações no momento. As atividades iniciam com uma apresentação da equipe discente do dia e do projeto aos pais/familiares, beira leito. No mesmo dia será aplicado um primeiro questionário, descrito como questionário pré-intervenção, aos pais/familiares referente aos conhecimentos prévios sobre prematuridade e fatores de risco associados, conhecimento sobre as complicações da prematuridade e conhecimento sobre o seguimento neonatal de recém-nascidos prematuros (RNPT). Somente após a triagem, explicação do projeto e aplicação do questionário pré-intervenção é que se seguirá para o segundo momento, com o envio de informações educativas aos pais/familiares, por meio dos seguintes materiais de forma remota: 12 vídeos de 3 minutos cada (produzidos no POWTOON) e 8 folders (produzidos no Canva). A ferramenta estabelecida para divulgação das atividades é o “WhatsApp”. Um segundo questionário, descrito como questionário pós-intervenção, será enviado aos pais/familiares via “WhatsApp” no final do envio dos materiais educativos. As atividades contam com alunos discentes da fisioterapia, fisioterapeuta do Hospital Nossa Senhora da Saúde e médicos do mesmo local. Além disso, os profissionais da enfermagem responsáveis pelos setores de atuação do projeto no Hospital Nossa Senhora da Saúde têm papel importante na apresentação dos pais/familiares elegíveis para a participação no projeto.

É classificado como prematuro ou pré termo, o bebê que nasce com menos de 37 semanas de gestação, sendo o nascimento prematuro uma das condições clínicas mais significativas na área da perinatologia (PENNELL et al.,2017). No Brasil, a viabilidade e a sobrevida dos recém-nascidos prematuros (RNPT) vêm aumentando devido às melhoras na assistência neonatal e pós-natal a esses indivíduos, bem como os avanços tecnológicos e científicos (BRASIL, 2017). Estatísticas do Datassus mostram que, de um total de 2.872.466 nascidos vivos em 2018, 279.849 (9,74%) foram prematuros. Na região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, microrregião de Diamantina, polo universitário e referência na atenção à saúde regional, em 2018 dos 1.677 nascidos vivos, 206 (12,2%) foram prematuros (SINASC, 2018), mostrando a necessidade de seguimento dessas crianças de risco biológico por uma equipe multiprofissional. Com o aumento da sobrevida, os neonatos, crianças e adolescentes nascidos prematuros podem apresentar morbidades significativas, já que a prematuridade é fator de risco para várias condições patológicas que podem vir a impactar a saúde, bem-estar e desenvolvimento na infância e vida adulta (VOGEL, 2018). Devido aos comprometimentos funcionais que os RNPT podem apresentar no decorrer da infância e até mesmo na adolescência e vida adulta, eles requerem cuidados abrangentes após a alta da Unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), os quais envolvem muitas especialidades, com a participação de uma equipe multiprofissional capaz de identificar precocemente qualquer tipo de alteração no desenvolvimento do neonato e assim implementar terapias que possam melhorar os resultados a longo prazo (GURALNICK, J et al 2012). Portanto, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento global desse neonato é fundamental, principalmente durante a primeira infância. O trabalho de orientação aos pais e familiares desde o ambiente hospitalar é necessário, pois as famílias suportam as consequências emocionais e financeiras do parto prematuro, além das dificuldades apresentadas no cuidado dos seus filhos (KIM e BASIR, 2014). Cabe aos profissionais da saúde orientar os pais e cuidadores sobre a condição de saúde da criança prematura, atuando na prevenção de complicações e problemas associados a prematuridade, promovendo educação relacionada ao crescimento e desenvolvimento da criança (Melnyk et al. 2002). A intervenção precoce através da orientação de pais de neonatos prematuros é descrita na literatura e apresenta resultados positivos em relação à mudanças nos padrões de comportamento, interação entre pais e filhos, auxiliando os pais na compreensão do comportamento dos lactentes nascidos prematuros (Melnyk et al. 2002). Além disso, as mães que são educadas e envolvidas no início do cuidado com seus filhos são mais sensíveis às respostas dos mesmos, melhorando o relacionamento e cuidado ao longo do tempo (Minde, 2000). O trabalho educativo e de orientação aos pais e familiares deve ser breve, pois são mais viáveis no ambiente de internação e exigem menos recursos para a implementação (Minde, 2000; Melnyk et al. 2002). Nas atividades de orientação deve ser também ressaltada a importância do neonato prematuro manter um acompanhamento/seguimento de saúde, com equipe multi e interdisciplinar, após a alta e preferencialmente durante a primeira infância (RAFFRAY et al, 2014). O seguimento dos recém-nascidos prematuros é de extrema importância a fim de acompanhar o desenvolvimento neuromotor, cognitivo, respiratório e funcional, definir ações de acordo com cada caso através da vigilância em saúde, traçando objetivos a médio e longo prazo, além de promover a melhora da qualidade de vida dessa população (Ferraz ST et al, 2010). Para que as preocupações dos pais/familiares sejam amenizadas é necessária uma abordagem relacional para se estabelecer uma relação de confiança e uma comunicação aberta com os pais, auxiliando a se relacionarem com o neonato e assumirem seu papel parental na unidade neonatal (RAFFRAY et al., 2014). Além disso as intervenções para crianças prematuras serão mais eficazes se a qualidade dos padrões familiares de interação melhorar, sendo reforçadas as relações entre pais e filhos, estabelecidas no início da vida da criança (GURALNICK, 2012). Nesse período de pandemia, em que devemos permanecer no isolamento social, uma alternativa viável é a elaboração e encaminhamento de vídeos educativos nos meios de comunicação (FIORATTI et al., 2020), já que segundo HOFFENKAMP et al (2015) uma intervenção preventiva de feedback por vídeo, para apoiar a relação pais-bebê é uma ferramenta adicional ao atendimento hospitalar padrão, reduzindo o possível impacto negativo do nascimento prematuro na relação pais-bebê. Baseado nos estudos justifica-se um trabalho de orientação aos pais, com o objetivo de oferecer orientações os pais e familiares dos recém-nascidos prematuros referentes à prematuridade e à importância do acompanhamento/seguimento dos neonatos após a alta hospitalar. Através das orientações será possível intervir brevemente na educação em saúde sobre os prematuros, de maneira a proporcionar uma melhor qualidade de vida dessa população, prevenindo complicações ao longo da primeira infância. Este projeto articula-se com a política de extensão da UFVJM uma vez que se mostra sensível às repercussões negativas que ocorrem após o nascimento prematuro, tanto em relação às crianças como aos seus familiares; e por voltar-se para um dos objetivos dos novos Institutos de Ensino Superior (IES) que é melhorar a qualidade de vida das pessoas próximas a eles. O projeto “Prematuridade: Orientar para Cuidar!” vincula-se a área temática e linha de extensão (saúde e infância e adolescência, respectivamente) descritas no regulamento de Ações de Extensão da UFVJM. Assim como com as diretrizes pactuadas pelo Forproex, pois proporciona intercâmbio entre o Hospital Nossa Senhora da Saúde e a UFVJM, com maior interação entre os profissionais; é marcado por muito diálogo e troca de saberes entre os participantes e todos os profissionais que fazem parte da instituição hospitalar. A interdisciplinaridade e o interprofissionalismo estão presentes quando observamos médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, assistente social, alunos envolvidos, todos em conjunto, buscando melhorar a qualidade de atendimento aos recém-nascidos internados e seus pais/familiares. Há indissociabilidade do ensino, extensão e pesquisa, os alunos estão envolvidos com o aprendizado já costumeiro, mas estão construindo um aprendizado mais sólido através da experiência prática, de vida, de troca de saberes que a extensão proporciona. Há preocupação de verificar o quão benéfica foi a extensão para a sociedade através de indicadores numéricos que são instrumentos da metodologia deste projeto. Sabe-se que a área de saúde deve abranger os três pilares da atenção e mesmo estando em um centro de atenção terciária, os voluntários do projeto vivenciam as ações de prevenção realizadas, as quais são fundamentais para propiciar a melhora da qualidade de vida da população atendida (MACIEL et al., 2005). A vivência prática e educativa do projeto está sendo transformadora para todos os envolvidos: professores, alunos, pais, familiares e sociedade em geral. No primeiro ano de atividade do projeto, cerca de 47 pais/familiares participaram do projeto e receberam as atividades. O projeto conseguiu o que pretendia, houve interesse por parte dos participantes, os mesmos sempre agradeciam as informações recebidas e relatavam se sentirem mais seguros no cuidado dos seu filho (a). Houve interação entre os pais/familiares e os voluntários do projeto, através de discussões sobre os temas apresentados na mini palestra e debates entre todos tirando as dúvidas sobre a prematuridade, proporcionando maior conhecimento aos pais/familiares. Não houve um familiar responsável que não aprovou a extensão. A equipe do hospital se prontificou e buscou auxiliar a equipe do projeto sempre que necessário. A equipe de enfermagem aprecia quando as atividades do projeto acontecem, reportam a importância das atividades educativas aos pais/familiares, já que são abordados assuntos diversos, como a importância do aleitamento materno e da realização do Canguru com os neonatos. Com os resultados apresentados no seu primeiro ano de atividade, podemos observar que o projeto está promovendo a interação entre a comunidade universitária e a comunidade externa na resolução de problemas, superação de dificuldades, intercâmbio de conhecimentos, saberes e serviços; A participação dos alunos e demais integrantes do projeto é notável, todos foram responsáveis, comprometidos, fizeram crescer e cresceram durante o período. Por todos estes motivos, reapresentamos este projeto ao Pibex 2021/01 para que possamos dar continuidade nesta atividade extensionista, de forma a manter uma atividade com vários benefícios a todos, equipe e participantes.

Objetivo Geral • Promover a educação em saúde aos pais e familiares dos recém-nascidos prematuros internados no Hospital Nossa Senhora da Saúde/Diamantina (MG), referente à prematuridade, suas possíveis complicações e à importância do acompanhamento/seguimento dos neonatos após a alta hospitalar. Objetivos Específicos • Intervir brevemente na educação em saúde sobre os prematuros. • Proporcionar uma melhor qualidade de vida a essa população. • Prevenir complicações ao longo da primeira infância. • Promover humanização hospitalar. • Avaliar a influência do projeto no nível de conhecimento dos pais e familiares sobre a prematuridade e em relação à importância do acompanhamento do neonato durante a primeira infância. • Incentivar a integração entre os docentes, discentes e técnico administrativos da UFVJM e os profissionais do Hospital Nossa Senhora da Saúde/Diamantina (MG), a fim de proporcionar a troca de experiências entre todos, construindo um conhecimento mais rico que vem a acrescentar o ensino. • Possibilitar aos acadêmicos a oportunidade de obter uma vivência profissional através do contato com os pais / familiares, a responsabilidade de construir e organizar atividades educativas voltadas para essa população e com isto possibilitar a aprendizagem em métodos e processos de extensão universitária; • Contribuir com a formação dos discentes a partir da interação com a realidade da população brasileira, em especial a da região de abrangência do Hospital Nossa Senhora da Saúde/Diamantina (MG), a qual se refere à microrregião dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, qualificando-os para os desafios enfrentados no mundo atual em relação à atuação profissional e ao exercício da cidadania.

Impacto direto: • Melhorar o conhecimento dos pais/familiares em relação à prematuridade e à importância do acompanhamento dos neonatos após a alta hospitalar (Aproximadamente 16 pais/mês); • Direcionar os pais/familiares para as atividades educativas, de forma que consigam absorver os conhecimentos que serão passados através dos vídeos e folders. • Ampliar o conhecimento dos discentes com a prática extensionista, a fim construir conceitos que fortaleçam sua prática profissional a partir das vivências com os pais/familiares; • Proporcionar aos docentes a aplicação prática do conhecimento teórico ministrado em sala de aula, demonstrando os vários fazeres e saberes junto aos colegas, construindo um conhecimento mais rico que vem a acrescentar o ensino. Impacto Indireto: • Promover à população uma melhor percepção da saúde do prematuro, já que as orientações realizadas podem ser uma ferramenta importante na troca de conhecimento técnico-cientifico, permitindo o desenvolvimento de ações de prevenção e controle de doenças. • Integrar a equipe do projeto com os funcionários do hospital e setores atendidos. A avaliação dos resultados da ação extensionista será realizada através da aplicação de um questionário durante a duração do projeto de extensão. O Projeto pretende alcançar as metas de impacto direto em pelo menos 50 % dos pais/familiares abordados. O questionário foi produzido e adequado aos pais/familiares.

- Local de realização *Desde 01/03/2021 as atividades do projeto estão sendo realizadas exclusivamente de forma remota. A triagem das mães dos recém-nascidos prematuros é realizada por uma enfermeira e/ou por uma fisioterapeuta, ambas funcionárias do HNS, as quais enviam os nomes e contato telefônico à coordenadora do projeto e também para a discente bolsista, a qual entra em contato com estas mães e inicia o envio dos vídeos de apresentação do projeto e os demais vídeos e folders (explicados abaixo). *Estão sendo entregues kits às mães dos neonatos prematuros, os quais contém: um folder de apresentação do projeto, com o contato do mesmo via Instagram e a cartilha de orientações, a mesma que era entregue e explicadas às mães de forma presencial. A coordenadora do projeto retira os kits com um discente voluntário, o qual ficou responsável pela confecção dos mesmos, e entrega na porta do HNSS à enfermeira colaboradora do projeto, esta faz a entrega dos kits às mães. O projeto será desenvolvido no Hospital Nossa Senhora da Saúde Diamantina / MG, no setor da Maternidade, e/ou da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), e/ou na Casa da Gestante e Puérpera (CAGEP) de forma semipresencial. A atividade presencial será realizada em um primeiro momento, com dois discentes voluntários alocados para fazerem a triagem no hospital, duas vezes por semana, no período da tarde, juntamente com a explicação do projeto aos pais/familiares. O número máximo de alunos por dia será de dois alunos, para não promover aglomeração no ambiente hospitalar. Sempre antes do início das visitas os alunos procurarão o enfermeiro responsável pelo setor para conhecer a história dos neonatos que estão internados e verificar quais são os prematuros e se há algum familiar que não poderá receber as explicações no momento. As atividades iniciam com uma apresentação da equipe discente do dia e do projeto aos pais/familiares, beira leito. Os pais/familiares que aceitarem participar do projeto deverão assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, bem como o termo de uso e cessão de imagem. No mesmo dia será aplicado um primeiro questionário, descrito como questionário pré-intervenção, aos pais/familiares referente aos conhecimentos prévios sobre prematuridade e fatores de risco associados, conhecimento sobre as complicações da prematuridade e conhecimento sobre o seguimento neonatal de recém-nascidos prematuros (RNPT). Somente após a triagem, explicação do projeto e aplicação do questionário pré-intervenção é que se seguirá para o segundo momento do projeto, o qual será realizado de forma remota. As intervenções realizadas de forma remota serão realizadas através dos seguintes materiais: 12 vídeos de 3 minutos cada (produzidos no POWTOON) e 8 folders (produzidos no Canva). A ferramenta estabelecida para divulgação das atividades é o “WhatsApp”, a qual, baseado no estudo do Giordano. V et al. (2017) é uma ferramenta promissora de comunicação entre profissionais de saúde e o público em geral, além de servir como veículo para fornecer informações sobre cuidados de saúde aos profissionais ou à população em geral. As intervenções serão realizadas de forma individual com cada pai/familiar, sendo que no final do envio dos materiais, um segundo questionário (pós-intervenção) será enviado aos mesmos, através do whatsapp por um formulário eletrônico (Google forms). - Equipe e participantes A equipe será formada por docentes e discentes do curso de fisioterapia e medicina. Entretanto, estará aberto para discentes, professores e funcionários da UFVJM que tenham vontade de agregar ideias que favoreçam o projeto. Os participantes serão os pais/familiares dos recém-nascidos prematuros hospitalizadas no setor da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na Maternidade, e/ou da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do Hospital Nossa Senhora da Saúde Diamantina /MG. - Período de realização A duração do projeto será de 12 meses, do dia 02 de Janeiro de 2021 a 31 de Dezembro de 2021, podendo haver continuidade caso tenha um resultado positivo e haja acadêmicos interessados. - Desenvolvimento do projeto: - Primeiro Momento – pré-intervenção Durante o primeiro mês ocorrerão reuniões semanais, com o objetivo de buscar e discutir o embasamento geral e teórico atual sobre prematuridade, suas complicações e a importância do seguimento do prematuro após a alta hospitalar. Além disso, neste momento serão definidas as atividades que serão realizadas com os pais e divisão das responsabilidades entre os membros da equipe. Serão reavaliados e atualizados, se necessário, os questionários atualmente aplicados pré e pós intervenção para avaliar a ação extensionista. - Intervenção As visitas no hospital ocorrerão duas vezes por semana, no período da tarde. O número máximo de alunos por dia será dois alunos, para não promover aglomeração no ambiente hospitalar. Sempre antes do início das visitas os alunos irão procurar o enfermeiro responsável pelo setor para conhecer a história dos neonatos que estão internados e verificar quais são prematuros e se há algum familiar que não poderá receber as orientações no momento. Os pais/familiares que aceitarem participar do projeto deverão assinar o termo de consentimento livre e esclarecido, bem como o termo de uso e cessão de imagem. As atividades iniciarão com uma apresentação da equipe discente do dia e do projeto aos pais/familiares, beira leito. Antes da intervenção será aplicado um primeiro questionário, descrito como questionário pré-intervenção, aos pais/familiares referente aos conhecimentos prévios sobre prematuridade e fatores de risco associados, conhecimento sobre as complicações da prematuridade e conhecimento sobre o seguimento neonatal de RNPT. Os questionários serão lidos previamente aos pais/familiares para familiarização com o instrumento de coleta, sendo que o tempo de aplicação é em torno de 7 a 10 minutos. No segundo momento, as intervenções relacionadas à educação em saúde aos pais serão realizadas de forma remota, com orientações aos pais/familiares dos RNPT referente a diversos temas relevantes para a saúde e cuidados que devem ser tomados com os bebês prematuros, sendo esses temas: 1- Apresentação do projeto por meio de um vídeo; 2- Vídeo sobre a Covid-19; 3- Folder sobre método canguru; 4- Folder sobre a hora do banho, os cuidados que devem ser tomados; 5- Primeiro vídeo com conteúdo presente na cartilha apresentada no modelo presencial; 6- Segundo vídeo com conteúdo presente na cartilha apresentada no modelo presencial; 7- Vídeo sobre prevenção ao nascimento prematuro; 8- Folder sobre prevenção ao nascimento prematuro; 9- Vídeo da relação peso ao nascer X idade gestacional; 10- Folder da relação peso ao nascer X idade gestacional; 11- Vídeo sobre amamentação de gemelar e múltiplos; 12- Folder sobre amamentação de gemelar e múltiplos; 13- Vídeo sobre o banco de leite, ordenha e orientações para doação de leite em tempos de COVID-19; 14- Folder sobre o banco de leite ,ordenha e orientações para doação de leite em tempos de COVID-19; 15- Vídeo sobre o segmento do prematuro; 16- Folder sobre o segmento do prematuro; 17- Vídeo sobre o papel e atuação do fisioterapeuta no segmento do prematuro; 18- Folder sobre o papel e atuação do fisioterapeuta no segmento do prematuro; 19- Vídeo sobre dicas de redes sociais e sites que abordam o tema prematuridade; 20- Folder sobre dicas de redes sociais e sites que abordam o tema prematuridade; 21- Vídeo de encerramento e despedida do projeto. A educação em saúde será realizada através dos seguintes materiais: 12 vídeos de 3 minutos cada (produzidos no POWTOON) e 8 folders (produzidos no Canva). A ferramenta estabelecida para divulgação das atividades para os pais é o “WhatsApp Messenger”. Os voluntários do projeto receberão uma lista com os contatos telefônicos dos pais e um voluntário realizará o primeiro contato com os pais/familiares, no qual será enviado um vídeo de apresentação do projeto contendo os objetivos e a metodologia de execução de forma remota. As atividades de educação em saúde serão enviadas aos pais/familiares duas vezes por semana, nas segundas-feiras e nas sextas-feiras. No período de intervenção, uma vez por mês, haverá reunião entre os membros da equipe para capacitação e levantamento de informações. Além disso, haverá preocupação em discutir os casos vivenciados para aprendizado e crescimento pessoal. - Pós- intervenção Um segundo questionário, descrito como questionário pós-intervenção, será aplicado após às informações educativas, através de um formulário eletrônico (Google forms) com retorno pelo whatsapp. Os questionários constam de um cabeçalho, com as seguintes informações: 1. Identificação: Número do questionário e data de aplicação. 2. Identificação dos dados pessoais do neonato: Nome (através de sigla das inicias de nome e sobrenome), Data de nascimento, Idade gestacional e Idade corrigida, Peso ao nascimento. 3. Identificação dos dados pessoais dos pais/familiares: Nome (através de sigla das inicias de nome e sobrenome), Escolaridade, Endereço, Classificação socioeconômica (CCEB). O questionário pré-intervenção, contém 13 questões, cujas respostas serão em escala Likert, ponderadas de “concordo plenamente à discordo totalmente”. O questionário apresenta os seguintes domínios: 1. Questões de 1 a 3: conhecimentos sobre prematuridade e fatores de risco associados a mesma. 2. Questões de 4 a 7: conhecimento sobre as complicações relacionadas à prematuridade. 3. Questões de 8 a 13: conhecimento sobre o seguimento neonatal de recém-nascidos prematuros (RNPT). O questionário pós-intervenção também apresenta as respostas em escala Likert, ponderadas de “concordo plenamente à discordo totalmente”. O questionário pós intervenção é composto de 16 questões e apresenta os domínios: 1. Questão 1: avaliação da qualidade das informações da intervenção; 2. Questões de 2 a 4: conhecimentos sobre prematuridade e fatores de risco associados a mesma. 3. Questões de 5 a 8: conhecimento sobre as complicações relacionadas à prematuridade. 4. Questões de 9 a 14: conhecimento sobre o seguimento neonatal de recém-nascidos prematuros (RNPT). 5. Questões de 15 a 16: relevância das informações oferecidas na intervenção. No último mês haverá um feedback com as impressões dos participantes do projeto e será realizada análise dos dados adquiridos. O resultado da atividade extensionista será apresentado no trabalho de conclusão de curso da aluna bolsista, também em encontros e publicado em revista de extensão. - Considerações Éticas Todos os envolvidos (pais/familiares, recém-nascidos e funcionários) serão esclarecidos sobre como será a extensão e quais os objetivos. Só participarão das atividades os pais que desejarem e aceitarem a participação após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, bem como a assinatura do termo de uso de imagem. Os pais/familiares serão informados que as informações geradas serão de responsabilidade da equipe envolvida, a qual se compromete a guardar sigilo da identidade de todos, e que os resultados da extensão podem ser expostos em encontros acadêmicos. Poderá existir constrangimento para responder as perguntas do questionário. Este será minimizado pelos seguintes procedimentos: esclarecimento em relação ao sigilo das informações coletadas na avaliação e profissionalismo por parte dos pesquisadores no momento da coleta das informações. Ainda, a aplicação do questionário pré-intervenção ocorrerá em local reservado e na presença apenas um dos pesquisadores envolvidos com o projeto. Haverá atenção constante por parte da equipe no comportamento e atitude dos pais/familiares e qualquer alteração notada será reportada imediatamente ao profissional responsável. Os pais/familiares serão comunicados que a qualquer momento poderão parar com a atividade.

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O projeto contará com a participação de estudantes dos cursos de fisioterapia, enfermagem e medicina. Os acadêmicos do curso de fisioterapia serão responsáveis pela organização geral do projeto (logística) bem como da execução. A contribuição na formação do estudante será através da experiência prática de estar envolvido em uma realidade que encontrará em algum momento do seu curso ou na sua vida profissional, na interação com pais/familiares dos recém-nascidos prematuros hospitalizados, percebendo ainda na graduação os fatores não só físicos, mas psicológicos presentes nesta situação. Oferecerá, além do contato com pais/familiares, o contato com outros profissionais da saúde envolvidos na atenção terciária. Ajudará na desenvoltura oral e abordagem interpessoal através das visitas beira leito e condução das atividades educativas nas ações práticas com pais/familiares em cada encontro; no conhecimento teórico e burocrático necessário para condução de qualquer atividade acadêmica; na vivência dos problemas de uma internação hospitalar, em síntese: para crescimento profissional e pessoal. Os alunos serão acompanhados pelos professores que fazem parte do projeto durante toda a sua duração. No primeiro mês não haverá visitas no hospital. As reuniões semanais serão voltadas para reestruturação dos questionários e quando necessário, para a elaboração de novos materiais educativos. Essas reuniões se repetirão na última semana de cada mês e nestas ocorrerá também um feedback das ações desenvolvidas no mês, para que haja melhorias e maior aprendizado para os alunos e também para os professores. Atividades que serão atribuídas aos alunos: • Estudo relacionado à prematuridade, suas complicações; • Estudo relacionado ao seguimento (follow-up) de prematuros; • Estudo e atualização dos materiais educativos aos pais/familiares, se necessário; • Organização das visitas semanais e desenvolvimento das atividades educativas; • Estudo e atualização dos questionários de avaliação do projeto e tabulação dos dados. Os professores envolvidos no projeto avaliarão os alunos através da: • Observação semanal da sua participação; • Arguição mensal nas reuniões da equipe; • Produção e atualização dos conteúdos solicitados (atividades educativas, questionários, dentre outros). No modelo remoto, os estudantes possuem um papel muito importante na elaboração dos materiais (vídeos e folders), uma vez que após um treinamento sobre a temática da semana, realizado por um grupo de voluntários, mais a coordenadora do projeto, serão elaborados o material que será enviado para os pais, baseado sempre na temática prematuridade e em um conteúdo pautada em literatura científica. Além disso, o contato via Whatsapp Messenger com os responsáveis dos recém- nascidos será de responsabilidade dos voluntários discentes.

Após um estudo epidemiológico realizado como trabalho de conclusão de curso de uma aluna do curso de fisioterapia, identificamos que , entre os anos de 2012 e 2019, nasceram no hospital de referências para maternidade na região, 629 prematuros. Conflitando com os dados regionais, onde em 2018 dos 1.677 nascidos vivos, 206 (12,2%) foram prematuros nascidos na macrorregião, destes cerca de 5% (85) nasceram no hospital de referência da cidade de Diamantina. Sabe-se que o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento desses neonatos é fundamental para a promoção da saúde e prevenção de doenças na infância e na adolescência. O trabalho de orientação aos pais e familiares desde o ambiente hospitalar é necessário, para que a família esteja participativa e empoderada no cuidado do neonato e da criança. Portanto, cabe aos profissionais da saúde orientar os pais e familiares sobre a condição de saúde da criança prematura, atuando na prevenção de complicações e problemas associados a prematuridade, promovendo educação relacionada ao crescimento e desenvolvimento da criança. *Desde 01/03/2021 as atividades estão sendo realizadas exclusivamente de forma remota, conforme descrito na metodologia.