Visitante
Exercitando olhares: conhecer e apreciar o patrimônio cultural e natural de Diamantina/MG
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
gustavo aveiro de araujo
2021010120210415071
departamento de turismo
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
cultura
patrimônio cultural, histórico, natural e imaterial
municipal
programa institucional de bolsas de extensão (pibex).
Sim
Membros
gabrielle vieira souza
Bolsista
Esta ação de extensão universitária intitulada “Exercitando olhares: conhecer e apreciar o patrimônio cultural e natural de Diamantina/MG” é uma proposta de criação e implementação de um roteiro de caminhadas interpretativas do patrimônio, para visitantes
Interpretação do patrimônio natural e cultural, Educação, Turismo.
A elaboração deste projeto de extensão teve com princípio norteador a importância da interação da comunidade universitária com a comunidade externa, considerando o papel dos acadêmicos e da Universidade, como um todo, na busca de soluções viáveis para os problemas que se apresentam e, na troca de conhecimentos, saberes e serviços. Por meio da utilização das metodologias de interpretação do patrimônio, intenta-se aperfeiçoar as mesmas, a fim de adaptá-las e direcioná-las à superação das dificuldades locais em conhecer, compreender, preservar e explorar turisticamente o patrimônio, em busca da sustentabilidade. A proposta deste projeto de extensão é realizar caminhadas pelo centro histórico do município de Diamantina/MG, conduzidas pelos discentes da UFVJM, e consiste de uma ação educativa que visa favorecer a compreensão, conscientização e valorização do patrimônio. A intenção é praticar a cidadania e portanto incentivá-la, ao mostrar a cidade de Diamantina aos seus próprios residentes, sob um “novo olhar” que prioriza aspectos históricos, culturais e naturais, ao mesmo tempo em que busca despertar para as possibilidades de exploração do potencial turístico cultural, de forma racional e inclusiva. A ideia desta ação de extensão é elaborar um roteiro interpretativo do patrimônio, direcionado ao público-alvo, em princípio, aos estudantes maiores de dezesseis anos, das escolas e universidades públicas e privadas localizadas na sede e nos distritos do município. Inicialmente será realizado um amplo levantamento das informações disponíveis em fontes bibliográficas e documentais, sobre o patrimônio cultural e natural de Diamantina, com foco nos principais atrativos de interesse turístico. As informações coletadas serão utilizadas na elaboração de um “guia explicativo” que servirá de subsídio para a realização de uma oficina de treinamento da equipe de facilitadores das ações do projeto, que poderão ser discentes colaboradores voluntários selecionados, provenientes dos Cursos de graduação e ou pós-graduação da Faculdade Interdisciplinar em humanidades da UFVJM. Com base nas informações do guia explicativo, serão elaborados um roteiro e um mapa da caminhada interpretativa do patrimônio. Feito isso, serão realizadas entre os meses de maio e novembro 40 caminhadas interpretativas no centro histórico de Diamantina. Almeja-se beneficiar diretamente 600 pessoas no primeiro ano do projeto.
O aspecto patrimonial de objetos, lugares, celebrações, saberes e fazeres é uma característica marcante do município de Diamantina, quase sempre valorizada tanto por residentes locais como pelos turistas. Três séculos de feitos e registros históricos do então “Arraial do Tejuco” deixaram muitas marcas observáveis que hoje constituem o rico patrimônio diamantinense, brasileiro e mundial. Portanto, é dever de seus cidadãos preservar tal herança, para que as futuras gerações possam conhecê-la. Nesse sentido, a UFVJM, especialmente por meio do Curso de Turismo, tem um papel fundamental, uma vez que a estrutura curricular do curso é composta por disciplinas cujos conteúdos sobre educação, cultura, patrimônio e turismo são abordados de forma interdisciplinar. As diversas manifestações do patrimônio são objeto de interesse, tanto das práticas educacionais como turísticas. Esta relação direta existente no trinômio turismo, educação e patrimônio pode gerar diversas vantagens à medida que favorece o acesso e o conhecimento dos elementos patrimoniais valorizados, numa perspectiva interdisciplinar. Assim, a visitação educativa exerce a função de possível protetor do patrimônio, ao mesmo tempo em que, por meio do turismo, é possível produzir recursos econômicos que podem ser úteis para a gestão patrimonial. Além disso, a relação entre educação patrimonial e turismo pode ser uma ferramenta útil à revitalização do patrimônio que consequentemente favorece a sustentabilidade. Contudo, por outro lado, é sabido que a falta de conhecimento, valorização e preservação patrimonial é uma realidade percebida como uma lacuna existente entre alguns cidadãos e seu patrimônio. Além disso, no âmbito do turismo, se não houver a preocupação com a sustentabilidade, pode-se incorrer em impactos negativos gerados por um turismo predatório e imediatista, e que produzem um efeito contrário ao que se espera, em relação às possíveis vantagens mencionadas. Tem-se assim uma problemática em que a presente ação extensionista universitária é capaz de intervir, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, trabalhados de forma indissociável, no sentido de produzir impactos positivos que contribuem para a transformação necessária dos cidadãos. Desta forma, o objeto da presente ação de extensão universitária caracteriza-se como um processo educativo, cultural e científico que busca, por meio dos princípios teóricos e metodológicos da Interpretação do patrimônio natural e cultural, articular, indissociavelmente, o ensino e a pesquisa em educação, cultura e turismo, na viabilização de uma relação transformadora entre a Universidade e a sociedade. Nessa perspectiva, faz-se necessária uma fundamentação teórica sobre cultura, patrimônio, interpretação do patrimônio e sustentabilidade do turismo, a qual abordaremos brevemente a seguir e, com base em textos extraídos da dissertação de mestrado apresentada à Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC e à Universidade Federal da Bahia – UFBA, em 2008, intitulada “Turismo e interpretação do patrimônio natural e cultural na região do museu aberto do descobrimento”, de autoria do coordenador deste projeto. Segundo Rodrigues (2001), foi a partir do século XIX que houve intensificação da criação de patrimônios nacionais que serviram para criar referenciais comuns às pessoas que habitavam o mesmo território e unificá-las em função de interesses voltados a pretensões específicas e tradições comuns, o que resultou na imposição de uma língua nacional, de “costumes nacionais”, de uma história nacional que se sobrepôs a memórias particulares e regionais, passando a construir socialmente uma coleção simbólica unificadora, que procurava dar base cultural idêntica a todos, embora os grupos sociais e étnicos presentes em um mesmo território fossem diversos. Essas ideias são corroboradas por Gonçalves, citado por Bo (2003, p. 27), quando afirma que “uma nação torna-se o que ela é na medida em que se apropria de seu patrimônio”. Daí, a importância social e política do patrimônio. Na metade do século XX, o conceito de patrimônio cultural resumia-se aos monumentos, às obras de arte e às propriedades de luxo associadas à classe dominante (BARRETO, 2000). Até então, não se observa a consideração dos bens patrimoniais de natureza imaterial tais como os saberes e fazeres populares. De acordo com Bo (2003), o conceito de patrimônio tem evoluído e diversos estudos têm sido feitos com objetivo de lhe fundamentar e lhe dar significação sob o ponto de vista transdisciplinar, incorporando conteúdos de dimensões provenientes da estética, história e sociologia política. Essa concepção amplia a noção de patrimônio, incluindo bens materiais e imateriais, de todas as classes sociais e, não apenas da classe dominante (BARRETO, 2000; CANCLINI, 2000). Por sua vez, o conceito de cultura se confunde com aquele de patrimônio (LARAIA, 1999), uma vez que ambos apresentam uma complexidade. De acordo com Santos (1994), existem duas concepções básicas de cultura: a primeira, que se refere a todos os elementos que caracterizam as práticas sociais de um povo, nação ou grupo social e todos os aspectos envolvidos que caracterizam uma realidade social. E a segunda, diz respeito aos conhecimentos, ideias e crenças, bem como às formas como elas se configuram na vida social. Cultura é, portanto, “uma dimensão do processo social, da vida de uma sociedade, uma construção histórica” (SANTOS, 1994, p. 44). A interpretação do patrimônio por ser entendida como uma atividade de aprendizado que ocorre através do “exercício do olhar” que favorece a comunicação de significados sociais e culturais por meio da recreação que promove a educação. Esse aprendizado ocorre por meio do uso de técnicas específicas, baseadas em experiências práticas e ilustrativas em sítios de relevância histórica e cultural. Desta forma, a interpretação não apenas informa, mas possibilita aos visitantes, melhor conhecimento e apreciação dos sítios visitados, melhorando a qualidade da experiência dos mesmos, além de contribuir para o prolongamento de sua permanência no local, e, também servindo de estímulo à realização de novas visitas. A interpretação se tornou um componente importante e essencial para o produto turístico, em especial aos produtos que têm como base os recursos e atrativos turísticos culturais e naturais paisagísticos (CARTER, 2001; MURTA; GOODEY, 2002; WEARING; NAIL, 2001). Numa perspectiva cultural, Murta e Goodey (2002, p. 13) afirmam que “Interpretar é um ato de comunicação, uma arte de comunicar mensagens e emoções a partir de um texto, de uma partitura musical, de uma obra de arte, de um ambiente ou de uma expressão cultural”. Nesse contexto, o conceito de interpretação do patrimônio ganhou espaço dentro do planejamento sustentável da atividade turística, construindo estreitos laços com a educação e com a preservação do patrimônio cultural e natural, e tem ganhado a atenção de educadores e profissionais relacionados às atividades turísticas. A presente ação extensionista, além de promover o exercício da cidadania, servirá de instrumento para a sensibilização e para a transformação tanto dos discentes da UFVJM, colaboradores do projeto, como do público-alvo do mesmo, no sentido de desenvolver e exercitar novos olhares, conhecendo e apreciando mais o patrimônio de Diamantina/MG e também compreendendo melhor a importante relação do mesmo com a educação e com a sustentabilidade do turismo.
Objetivo geral Criar e implementar um roteiro de interpretação do patrimônio cultural e natural para visitantes do núcleo urbano histórico de Diamantina, com foco nos estudantes residentes nesse município. Objetivos específicos 1 - Planejar, organizar e realizar 40 caminhadas interpretativas no centro histórico de Diamantina; 2 – Servir de instrumento para a sensibilização e para a transformação tanto dos discentes da UFVJM como do público-alvo deste projeto de extensão, no sentido de desenvolver um novo olhar sobre o patrimônio cultural e natural de Diamantina/MG e, sobre a relação com a educação e o turismo; 3 – Criar e desenvolver uma metodologia específica de interpretação do patrimônio, que promova reflexões sobre a relevância do patrimônio cultural de Diamantina, sua preservação e relação com a educação e com o turismo, trabalhados de forma interdisciplinar; 4 - Promover a interação da comunidade universitária com a comunidade externa na resolução de problemas, superação de dificuldades, intercâmbio de conhecimentos, saberes e serviços relacionados à preservação patrimonial, à educação e ao turismo; 5 - Contribuir com a formação interdisciplinar dos discentes dos Curso de Turismo da UFVJM, a partir da interação com a realidade do município de Diamantina, qualificando-os para os desafios enfrentados no mundo atual em relação à atuação profissional como turismólogo e ao exercício da cidadania.
Tem-se como principal meta deste projeto realizar 40 caminhadas interpretativas no centro histórico de Diamantina, durante o ano de 2021, beneficiando diretamente 600 pessoas. As metas secundárias e específicas desta ação de extensão são as seguintes: - Elaborar um guia explicativo e interpretativo dos principais atrativos turísticos culturais de Diamantina; - Criar um roteiro interpretativo do Centro histórico de Diamantina; - Criar um folheto impresso (600 unidades) de apoio, contendo conteúdos sobre patrimônio material e imaterial; - Criar um mapa de apoio, impresso (600 unidades) à execução do roteiro interpretativo; - Criar material de divulgação digital do projeto em redes sociais; - Produzir um vídeo documentário sobre o projeto; - Realizar uma enquete para monitoramento e avaliação do projeto; - Produzir e submeter à publicação em revista científica, um artigo sobre o projeto e os resultados obtidos.
De modo geral, em um planejamento interpretativo deve existir um plano interpretativo, que segundo Carter (2001, p. 09) “é uma declaração objetivamente escrita, que serve de referência para orientar as ações pretendidas”. Para esse autor o processo de planejamento interpretativo envolve reflexões que giram em torno dos seguintes questionamentos: Quem são os visitantes? Qual a imagem do lugar e o que o mesmo tem a oferecer? O que mais acontece no entorno? O que se quer dizer sobre o local? Como e onde será dito? O que se pretende comunicar aos visitantes? Será necessário pensar em: a) Características que os visitantes podem ver; b) História peculiar que o local tem a dizer; c) Locais que necessitam de controle de acesso; d) O que já está sendo interpretado em outros lugares; e) Os temas a serem usados. A quem se destina? Será necessário pensar no visitante, com relação a: a) Características; b) Números; c) Interesses e expectativas; d) Tempo de permanência no local. A primeira etapa de execução do projeto será a realização de um amplo levantamento das informações disponíveis em fontes bibliográficas e documentais, sobre o patrimônio cultural e natural de Diamantina, com foco nos principais atrativos de interesse turístico. As informações coletadas serão sistematizadas no formato de um “guia explicativo” que será elaborado para servir de fonte de consulta aos facilitadores das ações do projeto. Ao final do projeto este material será catalogado e publicizado junto à biblioteca da UFVJM. A elaboração do “guia explicativo” será supervisionada e revisada pelo coordenador em conjunto com a equipe de profissionais servidores da Secretaria de cultura, patrimônio e turismo da Prefeitura Municipal de Diamantina, que inclui historiadores, artistas e turismólogos, colaboradores do projeto. Ainda na primeira etapa serão selecionados e treinados doze discentes colaboradores voluntários e um discente bolsista, os quais atuarão como condutores das caminhadas interpretativas. A seleção dos colaboradores voluntários, bem como do bolsista (sendo esta seleção anterior ao início do projeto) será por meio de entrevista, que terá peso 5 e, coeficiente de rendimento acadêmico, que terá peso 5. Durante a entrevista serão levados em consideração os seguintes critérios: a) conhecimentos sobre o patrimônio de Diamantina; b) habilidade linguística oral; c) postura desinibida; d) disponibilidade para dedicação ao projeto. A seleção será realizada por videoconferência, por meio da utilização do aplicativo Google Meet. A oficina de treinamento da equipe de condutores terá conteúdos teóricos e práticos, e terá carga horária de 24h conforme disposto a seguir: 8 horas – Noções sobre patrimônio material e imaterial; Responsável: Coordenador do projeto; 8 horas – Noções sobre interpretação do patrimônio; Responsável: Coordenador do Projeto; 4 horas - Educação e turismo; Responsáveis: Coordenador do Projeto e Secretaria de cultura, patrimônio e turismo; 4 horas – Prática de condução de visitantes em caminhada guiada interpretativa no Centro histórico de Diamantina. Responsável: Coordenador do Projeto. Os conteúdos sobre planejamento interpretativo terão como referência a metodologia da Interpretação do patrimônio, elaborada por Carter (2001). Aos participantes do treinamento serão selecionados e disponibilizados alguns textos sobre patrimônio e planejamento interpretativo, sobre os quais serão realizadas discussões e atividades práticas, por meio de videoconferência. Está prevista no treinamento, a produção de material impresso do projeto, a serem utilizados para divulgação e realização das caminhadas. Oportunamente, caso seja possível, devido à pandemia, o treinamento poderá ser realizado completamente de forma presencial, conforme previsão do cronograma. Ainda nesta etapa, com base nas informações coletadas, o discente bolsista, em conjunto com os demais membros do projeto elaborarão um roteiro de caminhada interpretativa do patrimônio cultural e natural. A segunda etapa do projeto consiste na execução das caminhadas, conforme o roteiro elaborado na etapa anterior. O discente bolsista, com apoio dos demais membros colaboradores do projeto, será responsável por planejar, organizar e realizar 40 caminhadas interpretativas no centro histórico de Diamantina, que serão realizadas constantemente entre os meses de maio e novembro do ano 2021 e, conduzidas pelos discentes membros componentes do projeto. O procedimento de planejamento e organização das caminhadas inicia-se quando um ou dois membros da equipe do projeto realiza uma visita prévia à escola para realizar uma apresentação da proposta de aproximadamente uma hora de duração. Nesse momento, serão contextualizados brevemente patrimônio e turismo em Diamantina; Ainda durante a visita prévia serão identificados e organizados todos os detalhes da vista como número de participantes, agenda, horários, transporte, lanche, biossegurança, protocolos sanitários, pessoas com necessidade especiais, acessibilidade, entre outros detalhes. Conforme a escala de condutores previamente elaborada e detalhes específicos de cada grupo, as visitas serão organizadas e executadas em grupos de no máximo quinze participantes para cada condutor e, não excedendo o limite de três grupos simultaneamente. Importante ressaltar que as visitas seguirão rigorosamente os protocolos sanitários de biossegurança estabelecidos no município, tais como uso de máscara, distanciamento entre as pessoas, uso de álcool gel, entre outros. Ainda na segunda etapa do projeto serão elaborados materiais de divulgação eletrônica e em forma de folheto impresso, bem como serão criadas contas nas principais redes sociais com objetivo de dar suporte de divulgação e comunicação com o público-alvo do projeto. Para fins de registros, algumas partes das caminhadas serão gravadas em vídeo bem como fotografadas, mediante autorização por escrito em termos específicos, por parte dos pais dos estudantes participantes menores de dezoito anos, com relação `a divulgação de imagens. A sistemática de monitoramento e avaliação das atividades do projeto será processual e contínua. Após realizarem a caminhada interpretativa, cada participante receberá um e-mail contendo um link que o direcionará para um formulário do aplicativo Google docs, o qual será elaborado com objetivo de realizar uma enquete. A elaboração do formulário avaliativo prevê a criação de indicadores que terão como parâmetros os níveis de satisfação dos participantes com relação aos seguintes aspectos do projeto: a) organização geral; b) duração da caminhada; c) conteúdos abordados; d) trabalho do condutor; e) biossegurança; f) contribuição para o conhecimento sobre o patrimônio. Esta ferramenta servirá para saber se o projeto está funcionando bem, se os objetivos estão sendo atingidos, se o direcionamento da interpretação está correto e, principalmente, como melhorá-lo. Durante o último mês de execução do projeto, após todas as caminhadas tiverem sido realizadas o Coordenador do Projeto, em conjunto com o bolsista do mesmo, elaborarão um artigo científico com objetivo de relatar a metodologia desenvolvida, os resultados e a experiência adquirida com o projeto. Ainda durante o último mês de vigência do projeto, o bolsista, em conjunto com o coordenador do projeto vão elaborar e enviar à PROEXC o material de divulgação do projeto. Este material específico consiste de um breve relato, em formato digital e com fotos e, de um vídeo documentário do projeto de cinco minutos de duração, contendo depoimentos do bolsista, do coordenador, dos membros externos e dos participantes das caminhadas. O vídeo documentário será editado utilizando-se para isso o aplicativo DaVinci Resolve. A última ação prevista no projeto é a produção do relatório final escrito, pelo bolsista e com orientação do coordenador.
XXXXX, X. X. Turismo e interpretação do patrimônio natural e cultural na região do Museu Aberto do Descobrimento. Dissertação (Mestrado em Cultura e Turismo) – Universidade Federal da Bahia, Salvador/BA – Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus/BA, Brasil, 2008. (Nome do autor ocultado por ser o coordenador do projeto) BARRETO, M. Turismo e legado cultural: as possibilidades do planejamento. Campinas/SP: Papirus, 2000. BO, J. B. L. Proteção do Patrimônio na UNESCO: ações e significados. Brasília/DF: UNESCO, 2003. CANCLINI, N. G. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. 3. ed. São Paulo/SP: Edusp, 2000. CARTER, J. A Sense of a Place: An Interpretive Planning Handbook. 2. ed. Scottish Interpretation Network, 2001. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 18 ed. Rio de Janeiro/RJ: Jorge Zahar, 1999. MURTA, S. M.; GOODEY, B. Interpretação do patrimônio para visitantes: um quadro conceitual. In: MURTA, S. M.; ALBANO, C. (Orgs.) Interpretar o Patrimônio: um exercício do olhar. Belo Horizonte: Ed. UFMG; Território Brasilis, 2002. RODRIGUES, M. Preservar e consumir o patrimônio histórico e o turismo. In: FUNARI, P. P e PINSKY J. (Orgs.) Turismo e Patrimônio cultural. São Paulo: Contexto, 2001. SANTOS, J. L. O que é cultura. 14ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. WEARING, Stephen; NAIL, John. Ecoturismo. Impactos, Potencialidades e Possibilidades. Brasileira. Barueri/SP: Manole, 2001.
A formação - de certa forma interdisciplinar em alguns aspectos - dos estudantes da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades favorece a participação dos mesmos no presente projeto. Todos os cursos da FIH contam com pelo menos uma disciplina que aborda de forma transversal a relação entre educação, cultura e patrimônio. O projeto poderá contribuir com a formação dos discentes no sentido de promover o exercício da cidadania através da preservação patrimonial por meio da educação. Ao realizar as caminhadas guiadas, em contato com outros estudantes participantes dos projeto, os discentes interagirão com a realidade da educação em nosso país, e poderão perceber os desafios a serem enfrentados no exercício profissional como professor, por exemplo, considerando que a maioria dos Cursos da FIH são de Licenciatura. Os discentes do curso de turismo, por sua vez, perceberão melhor as questões relacionadas à dificuldade de gestão patrimonial e sustentabilidade do turismo. Nesse sentido, o projeto oferece também a possibilidade de qualificação para a atuação como turismólogo. A participação dos estudantes da UFVJM se dará em todas as etapas do projeto. Os discentes membros do projeto serão responsáveis por criar os seguintes produtos: - Um guia explicativo e interpretativo dos principais atrativos turísticos culturais de Diamantina - Um roteiro interpretativo do Centro histórico de Diamantina; - Um folheto informativo e um mapa do roteiro de caminhada; - Realização de 40 visitas guiadas no centro histórico de Diamantina; - Material de divulgação digital em redes sociais; - Um vídeo documentário do projeto; - Uma enquete para monitoramento e avaliação do projeto. Os discentes colaboradores do projeto serão avaliados de forma processual e contínua. O próprio formulário da enquete avaliativa contém questões que permitem avaliar os discentes. Durante o projeto também serão realizadas reuniões periódicas de avaliação do projeto como um todo, o que permitirá, de forma contínua, avaliar a contribuição do projeto para a formação dos discentes.
Em uma conversa informal com um conhecido que possui um comércio em Diamantina, este relatou que percebeu que a maioria dos funcionários daquele estabelecimento não conhece bem a cidade de Diamantina, monumentos, atrativos turísticos, etc, demonstrando preocupação. Em princípio, perplexo, eu disse a ele que, basicamente, esse era um problema de educação, e que isso somente se resolveria por meio da educação. Depois de refletir um pouco sobre esse problema, pensei nas possibilidades da minha área principal de atuação, o turismo, em contribuir para a transformação dessa situação e decidi elaborar uma proposta de ação de extensão voltada às atividades de Interpretação do patrimônio cultural e natural de Diamantina. Proposta esta que considero muito relevante e em consonância total com os objetivos do PIBEX e da UFVJM. Tenho plena consciência que, em tempos de pandemia, atividades presenciais como caminhadas pelo centro histórico terão que adaptar-se à situação do momento da execução. Não sabemos ao certo se haverá, em tempo, a vacina contra o Covid-19. Contudo, buscaremos estabelecer procedimentos de distanciamento e proteção individual, em conformidade com os protocolos sanitários municipais de biossegurança, para que o projeto possa ser executado da forma como foi pensado.
Público-alvo
Estudantes da rede pública e privada dos ensinos médio e superior, localizados no município de Diamantina (sede e distritos). Embora o foco seja os estudantes, existe a possibilidade da participação de não-estudantes, mediante disponibilidade.
Municípios Atendidos
Diamantina/mg
Parcerias
Ressalta-se a importância desta parceria na implementação do projeto uma vez que a SecTur/ PMD será intermediadora dos contatos com algumas escolas e, quando possível, fornecerá o transporte e o lanche dos estudantes localizados nos distritos.
"O projeto "Diamantina para o Diamantinense" desenvolvido pela Sectur/PMD, tem como objetivo a inserção de novas atividades que primam pela valorização de aspectos culturais e naturais da cidade, bem como fortalecer sua memória cultural, a partir do ac
Cronograma de Atividades
Amplo levantamento das informações disponíveis em fontes bibliográficas e documentais, sobre o patrimônio de Diamantina, com foco nos principais atrativos de interesse turístico cultural e natural. As informações coletadas serão utilizadas na elaboração de um “guia explicativo” que servirá de subsídio para a oficina de treinamento da equipe de facilitadores das ações do projeto.
Elaboração de um “guia explicativo” que servirá de subsídio para a realização da oficina de treinamento da equipe de facilitadores das ações do projeto. Será elaborado pelo bolsista e revisado pela Secretaria de Cultura, patrimônio e turismo.
Com base nas informações do guia explicativo, serão elaborados pelo bolsista em conjunto com os demais membros do projeto, um roteiro e um mapa da caminhada interpretativa do patrimônio em Diamantina.
A oficina de treinamento da equipe de condutores será teórica e prática, e terá carga horária de 24h conforme disposto a seguir: 8 horas – Noções sobre patrimônio material e imaterial; Responsável: Coordenador do projeto; 8 horas – Noções sobre interpretação do patrimônio; Responsável: Coordenador do Projeto; 4 horas - Educação e turismo; Responsável: Coordenador do projeto com apoio da Secretaria de cultura, patrimônio e turismo; 4h – Prática de condução de visitantes em caminhada guiada interpretativa no Centro histórico de Diamantina. Responsável: Coordenador do Projeto.
Com base nas informações coletadas, o discente bolsista, em conjunto com os demais membros do projeto elaborarão um roteiro de caminhada interpretativa do patrimônio, utilizando-se como base a metodologia de Interpretação do patrimônio para Turismo, elaborada por Carter (2001) e, adaptando-a para o contexto deste projeto.
Um ou dois membros da equipe do projeto realiza uma visita prévia à escola para realizar uma apresentação da proposta de aproximadamente uma hora de duração. Nesse momento, serão contextualizados brevemente patrimônio e turismo em Diamantina; Ainda durante a visita prévia serão identificados todos os detalhes da vista como número de participantes, agenda, horários, transporte em ônibus da prefeitura, lanche, pessoas com necessidade especiais, acessibilidade, entre outros detalhes.
Conforme escala de condutores previamente elaborada e detalhes específicos de cada grupo as visitas serão organizadas e executadas em grupos de no máximo quinze participantes para cada condutor e, não excedendo o limite de três grupos simultaneamente.
Para fins de registros, algumas partes das caminhadas serão gravadas em video bem como fotografadas. E, na etapa final do projeto, durante o mês de dezembro, será produzido por meio de edição digital um vídeo do projeto como um todo, por meio do aplicativo DaVinci Resolve.
Elaboração do relatório final, pelo bolsista, sob orientação do coordenador do projeto.