O descarte inadequado dos resíduos sólidos urbanos ainda é um desafio às políticas públicas de gestão ambiental no Brasil. O relatório de 2017 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) aponta que a destinação a

Educação, Reciclagem, Brinquedo, Jogos, Meio ambiente

O descarte inadequado dos resíduos sólidos urbanos ainda é um desafio às políticas públicas de gestão ambiental no Brasil. O relatório de 2017 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) aponta que a destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos coletados pelos municípios pouco avançou, enquanto o volume enviado para lixões apresentou um crescimento de 3% de 2016 para 2017. Assim, torna-se importante investir em práticas educativas que estimulem a formação de cidadãos engajados em minimizar o impacto do consumo sobre o ambiente. Com o intuito de levar às escolas e à comunidade o conhecimento necessário para a construção da cidadania e conscientização ambiental, o projeto Brinquedoteca inclusiva UFVJM propoe desenvolver ações de sensibilização da comunidade para a responsabilidade individual e coletiva sobre o impacto ambiental do lixo. Dentre as ações propostas estão: planejamento, implantação e divulgação em midias sóciais de oficinas e tuturiais de confecção de brinquedos e jogos educativos com materiais reciclaveis; incentivar interações familiares e as brincadeiras; mostrar como a reciclagem, brinquedos e jogos e são mediadores de aprendizagem; divulgar materiais educativos direcionados a educação ambiental. O trabalho de construção de brinquedos e jogos favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação familiar. Cabe destacar que o Campus de Janaúba da UFVJM está localizado em uma região com escassez de mão de obra qualificada e uma alta vulnerabilidade econômica e social e o desenvolvimento do projeto apresenta oportunidades para a integração dos acadêmicos, técnicos e professores com o universo criativo em prol das necessidades sociais e ambientais e a construção de uma relação de cumplicidade e troca de experiências/vivências com a comunidade.

A gestão dos resíduos sólidos urbanos no Brasil é um desafio ambiental de largas proporções. O lixo urbano apresenta-se como mais um dos grandes problemas ambientais porque atinge o planeta, ao lado da questão do aquecimento global, da escassez dos recursos hídricos, do desflorestamento, dentre outros (SANTOS, 2008). O relatório de 2017 da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) aponta que a destinação adequada dos resíduos sólidos urbanos coletados pelos municípios pouco avançou, enquanto o volume enviado para lixões apresentou um crescimento de 3% de 2016 para 2017. Segundo a ABRELPE (2017), considerando o volume total de resíduos, houve um aumento de 1% na destinação inadequada em 2017, com mais de 29 milhões de toneladas depositadas em lixões e aterros controlados. Entre os impactos ambientais negativos que podem ser originados a partir do lixo produzido estão os efeitos decorrentes da prática de disposição inadequada de resíduos sólidos em fundos de vale, às margens de ruas ou cursos d’água. Essas práticas habituais podem provocar, entre outras coisas, contaminação de corpos d’água, assoreamento, enchentes, proliferação de vetores transmissores de doenças. Some-se a isso a poluição visual, mau cheiro e contaminação do ambiente (MUCELIN; BELLINI, 2008). A reciclagem de resíduos surge como uma medida econômica, social e ambientalmente viável para se tentar reverter esse quadro. Segundo Lomasso et al. (2015) , a reciclagem é o processo no qual, resíduos de produtos que já foram consumidos e objetos que seriam descartados no meio ambiente, por serem considerados inutilizáveis; são reinseridos no ciclo produtivo através da sua utilização como matéria-prima para a fabricação de novos produtos. Existem vários tipos de processo de reciclagem, variando de acordo com o material a ser reaproveitado, dentre os quais se destacam: o de papel, de metal, de plástico, de vidro e de lixo orgânico. A temática ambiental vem sendo introduzida na escola brasileira nas últimas décadas, em decorrência de iniciativas de diferentes organizações, que vêm promovendo debates. No entanto, a aplicação da reciclagem no Brasil ainda está longe de ser tão abrangente quanto seria o ideal. Isto ocorre, principalmente, devido à pouca divulgação das iniciativas de incentivo ao reaproveitamento de resíduos, e dos projetos desenvolvidos com enfoque sobre esse tema; além do aspecto cultural, já que, o pensamento socioambiental está pouco presente no dia-a-dia e na educação do povo brasileiro. Assim, torna-se importante investir em práticas educativas que estimulem a formação de cidadãos engajados em minimizar o impacto do consumo sobre o ambiente. Neste contexto, a proposta da “Brinquedoteca Inclusiva UFVJM” de implementação de ações votadas a construção de brinquedos e jogos com materiais reciclados poderá contribuir para formação de cidadãos engajados em minimizar o impacto do consumo sobre o ambiente. Além disso, através do brincar a criança desenvolve sua criatividade, estabelece vínculos e princípios de relacionamento social e aprimora as habilidades motoras, o que lhe propicia dar significado a tudo que está ao seu redor. Desta forma, a ludicidade é uma importante ferramenta para a formação do educando. Cabe destacar que o fato de nossa sociedade estar organizada para a produção e consumo de mercadorias faz com que brinquedos confeccionados de materiais reciclados muitas vezes sofram discriminação. Portanto é importante incentivar a criação do brinquedo artesanal, pois, além de seu valor intrínseco, é mais acessível às classes menos favorecidas. Entendemos então, que o desenvolvimento do projeto pode ser um instrumento de inclusão social das camadas menos favorecidas do Norte de Minas. Segundo KISHIMOTO (2008), dependendo do contexto em que é utilizado, o objeto brinquedo pode adquirir dois sentidos: brinquedo - se a função desse objeto for para entretenimento, ludicidade ou de livre exploração chama-se brinquedo, material pedagógico - se por meio dele busca-se resultados em relação à aprendizagem de conceitos e habilidades. Ele deverá fazer o brinquedo ou o jogo educativo com o uso de materiais recicláveis cujo destino final é o lixo. Assim, contribuirá com a redução do acúmulo de materiais descartados como lixo e ao mesmo tempo proporcionará brinquedos e jogos que auxiliam o desenvolvimento biopsicossocial e cognitivo das crianças de baixa renda. Além da confecção do jogo educativo e brinquedo, durante as oficinas os implementadores do projeto organizarão atividades de sensibilização sobre a relevância da responsabilidade que cada ser humano, independentemente da idade, deverá ter com a sustentabilidade. Cabe destacar que o projeto iniciou atividades online (Edital Pibex 2020) com publicação de tutoriais de confecção de brinquedos com materiais reciclados porém considerando necessidade desenvolvimento continuo de práticas educativas que estimulem a formação de cidadãos engajados em minimizar o impacto do consumo sobre o ambiente é importante para região a atuação continua do projeto.

- Sensibilizar a comunidade para a responsabilidade individual e coletiva sobre o impacto ambiental do lixo; - Incentivar a reciclagem através da confecção de brinquedos e jogos educativos utilizando materiais recicláveis; - Mostrar para crianças, jovens e adultos a importância na redução da geração de lixo para o meio ambiente; - Promover a interação das comunidades interna e externa no intercâmbio de conhecimentos, saberes e serviços, em especial, produção de brinquedos e jogos; - Estimular nos acadêmicos, professores, tecnicos, comunidade e nas crianças a consciência do potencial criativo do ser humano e a valorização de materiais simples como possibilidades de se tornarem objetos úteis; - Incentivar interações familiares através das brincadeiras, construção de briquedos e jogos; - Desenvolver a imaginação das crianças e adolecentes; e - Mostrar como os brinquedos e jogos e são mediadores de aprendizagem.

- Produção e divulgação de materiais educativos associados a reciclagem e educação ambiental; - Criar tutoriais de confecção de brinquedos e jogos educativos utilizando materiais recicláveis; - Implementação de materiais audiovisuais associados aos três pilares: reduzir, reciclar e reutilizar; - Implementar oficinas (online) para confecção de brinquedos e jogos educativos utilizando materiais recicláveis; e - Criar tutoriais de confecção de brinquedos e jogos educativos utilizando materiais recicláveis.

O projeto será desenvolvido considerando as seguintes tarefas: 1. Planejamento e construção de tutoriais (produção áudiovisual) para confecção de briquedos e jogos. As materiais áudiovisuais produzidos serão disponibilizadas em páginas do projeto no Youtube e Instagram. Cada oficina ou tutorial será divulgado na comunidade com envio via rede social, e-mails e whatapp. Além disso, será aberto espaço nas redes sociais para indetificar demandas especificas para as oficinas. Brinquedos produzidos serão disponibilizados fisicamente na Brinquedoteca do campus Janaúba da UFVJM ou doados a instituições de atendimento a crianças e adolecentes. Em cada reunião online ou presencial de planejamento do material audiovisual será realizado controle de presença dos membros participantes e registros das atividades dos mesmos. 2 . Implementação de materiais audiovisuais associados aos três pilares: reduzir, reciclar e reutilizar; 3. Implementar oficinas (online ) para confecção de brinquedos e jogos educativos utilizando materiais recicláveis; e Cada ação será divulgada na comunidade com envio via rede social, e-mails e panfletos sobre o evento na instituição. Poderá ser realizada ação conjunta com a prefeitura para facilitar o acesso ao campus da comunidade no intuito de divulgar e ampliar o conhecimento da UFVJM na região. 4. Confecção de relatório das atividades desenvolvidas.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 2008. LOMASSSO, Alexandre Loureço et al. Benefícios e desafios na implementação da reciclagem: um estudo de caso no entro mineiro de referência em resíduos (CMRR). Revista Pensar Gestão e Administração, v. 3,n. 2, jan. 2015. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2017 e ABRELPE. Disponível em < http://abrelpe.org.br/panorama/ >.

Os estudantes participarão das atividades de planejamento e excursão das atividades da proposta durante todo o ano de projeto. Entre essas atividades estão: produção de tutoriais de convecção de brinquedos e jogos, divulgação dos materiais audiovisuais nas mídias sociais, planejamento e produção dos materiais educativos.

O Campus de Janaúba da UFVJM está localizado em uma região com escassez de mão de obra qualificada e uma alta vulnerabilidade econômica e social. O projeto contempla diretamente a comunidade acadêmica do Campus Janaúba (docentes, discentes, técnicos administrativos e terceirizados) e a comunidade externa (direção, professores, pais e alunos das escolas públicas de ensino básico e fundamental da região). O projeto trata-se de uma ação que contribui significativamente para a considencia de preservação ambiental e para a redução do lixo gerado por todos os envolvidos no projeto. Além disso, mais do que garantir o direito de brincar da criança, ao promover práticas de ensino, pesquisa e extensão (compromisso previsto na legislação que rege a educação superior) em torno do lúdico, uma brinquedoteca no contexto universitário pode contribuir com a formação de cidadãos engajados em minimizar o impacto do consumo sobre o ambiente. Além disso, o projeto tem uma responsabilidade social para com comunidades em que o acesso aos bens culturais lhe foram dificultados devido a condições econômicas, culturais, políticas ou sociais. A criança, e até mesmo o adulto, através do brincar cria situações, faz invenções, resolve problemas e busca entender aquilo que se apresenta confuso ou indefinido a sua compreensão. Desta forma o projeto é criado sob a perspectiva de ensino, pesquisa e extensão, onde os objetivos do projeto visavam possibilitar à criança de 03 a 12 anos um espaço lúdico e educativo, incentivando a brincadeira como forma de construção e desenvolvimento da imaginação, fantasia, e consciência ambiental.