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Educação patrimonial em comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça: em busca da preservação de seus atrativos naturais e culturais e da memória ferroviária
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
helder de moraes pinto
20211012021260122
faculdade interdisciplinar em humanidades
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
cultura
patrimônio cultural, histórico, natural e imaterial
regional
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
leonardo santos neves
Vice-coordenador(a)
claudiene dos santos oliveira pereira
Bolsista
A Trilha Verde da Maria Fumaça é um circuito de ecoturismo em fase de consolidação; trata-se da exploração do leito da antiga linha férrea, no trecho entre Diamantina e Monjolos, trecho com 92 Km. O projeto em tela visa explorar tal circuito numa abordage
patrimônio cultural, educação patrimonial, Trilha Verde da Maria Fumaça
A Trilha Verde da Maria Fumaça é um circuito de ecoturismo em fase de Consolidação. Esta trilha encontra-se no percurso que corresponde a antiga estrada de ferro Diamantina-Corinto que foi inaugurado em 1914 e desativado em 1973. Este projeto propõe a construção de catálogos educativos-informtivos e vídeos sobre as seguintes comunidades pertencentes a Trilha Verde da Maria Fumaça: Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador, e Monjolos. Primeiramente, para a elaboração desses catálogos e vídeos, serão feitas visitas para fotografar e filmar bens naturais, culturais e os estações ferroviárias ramais ferroviários de cada uma das comunidades. Posteriormente, serão mapeados cada um desses locais, a fim de estabelecer pontos contendo esses bens e as antigas estações ferroviárias. Após isso, vamos elaborar textos com informações sobre a história desses locais e da memória ferroviária feitos por meio de pesquisa bibliográfica em dissertações, artigos, sites junto à uma pesquisa documental em jornais extraídos do periódico Pão de Santo Antonio no período de 1910 a 1940. Por fim, será feita uma pesquisa bibliográfica sobre educação patrimonial e preservação de atrativos culturais naturais. Assim, o conteúdo dos catálogos e vídeos consistirá em: fotografias e mapas sobre bens naturais e culturais e as estações ferroviárias desses locais, textos com informações sobre sua história e da memória ferroviária, e serão anexadas algumas das principais questões acerca da educação patrimonial e da preservação de atrativos culturais e naturais. Vale ressaltar que este projeto é um prolongamento do projeto de extensão da UFVJM “Trilha Verde da Maria Fumaça: Um caminho entre geração de renda, o lazer ecológico, atividade física e a fruição cultural” realizado no ano de 2020, porém com uma perspectiva na a educação patrimonial. Em 2020, com a Pandemia, partimos para a criação, com a vigência do calendário emergencial acadêmico, num curto prazo, um catálogos sobre as comunidades de Bandeirinha e Barão de Guaicuí, que se encontra em fase de produção. Assim, todos os catálogos elaborados das comunidades serão disseminados através da página do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra e na plataforma do Youtube. Também poderão ser impressos em banners e papel A4, para serem distribuídos em alguns pontos estratégicos dessas comunidades como: escolas, secretarias de turismo, pousadas, restaurantes, moradores referência. Através desses catálogos procura-se fazer com que as pessoas que frequentam as páginas do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra, sobretudo, os moradores das comunidades, além de visitantes e turistas tenham acesso a um conteúdo que possa sensibilizar e resinificar positivamente e cuidar/preservar os elementos da paisagem natural como montanhas, riachos, campos e cachoeiras, e vestígios materiais da ferrovia ao longo dessas comunidades, os quais unidos constituem o patrimônio cultural. Somado a isso, permitir que essas pessoas valorizem esses bens culturais, compreendam o que significa "Educação Patrimonial" e que estejam envolvidas na preservação desse complexo patrimônio e que empreendam isso em seu cotidiano. A Educação Patrimonial de acordo com HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, 1999, p. 6 é um “processo permanente e sistemático”, o qual volta-se ao “Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo”. Assim são estabelecidas as fases do projeto: a) Percorrer as comunidades de Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador, e Monjolos a fim de identificar informações sobre seus bens naturais, culturais e estações ferroviárias e os fotografar e filmar; b) Mapear cada um desses locais, a fim de estabelecer pontos contendo esses bens e seus antigos ramais; c) Elaborar textos com informações sobre a história desses locais e da memória ferroviária feitos por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental; d) Executar uma pesquisa bibliográfica sobre educação patrimonial e preservação de atrativos culturais/ naturais e fazer um pequeno texto sobre; e) Anexar todas as informações anteriores em um catálogo; f) Criar o vídeo com as informações anteriores; g) Divulgar esses vídeos e catálogos nas páginas do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra, além da plataforma do Youtube. Os catálogos também serão impressos em banners e papel A4, para que possam ser disseminados a moradores, visitantes e turistas desses locais em escolas, secretarias de turismo, pousadas, restaurantes. E também disponibilização de parte desse conteúdo via sistema 'QR CODES': ´"código de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. Esse código, após a decodificação, passa a ser um trecho de texto, um link e/ou um link que irá redirecionar o acesso ao conteúdo publicado em algum site." h) Elaboração do relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançado, assim como anexando todos os catálogos elaborados e pesquisas feitas.
Consideramos a Trilha Verde da Maria Fumaça uma área rica em bens naturais e culturais, os quais demandam preservação e promoção. Muita água, campos, montanhas, vestígios arqueológicos pré-coloniais e modernos. O projeto visa a construção de vídeos e catálogos educativos sobre as seguintes comunidades que e compõe o trecho da Trilha Verde da Maria Fumaça: Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador e Monjolos. Para isso, serão propostas visitas de campo a esses locais para coleta de informações, fazer fotografias e filmagens, como também pesquisas documentais nos jornais do Pão de Santo Antonio junto à bibliográficas a fim de encontrar informações históricas sobre essas comunidades, bem como sobre o antigo ramal ferroviário e a memória ferroviária, além de fazer uma pesquisa bibliográfica sobre educação patrimonial e preservação de atrativos culturais naturais. Outro ponto a ser destacado, é que este projeto é uma proposta a fim de brindar, consolidar as ações feitas no projeto “Trilha Verde da Maria Fumaça: Um caminho entre geração de renda, o lazer ecológico, atividade física e a fruição cultural” ao longo de 2020. Esse projeto traz um novo olhar, que é o da preservação do patrimônio cultural dessas comunidades, aos participantes das páginas do Facebook da Trilha, da Caminhos da Serra, e principalmente aos sujeitos que residem nelas, assim como seus visitantes e turistas. É importante também enumerar que muitas pessoas desconhecem que nestes locais já passou uma estrada de ferro e a importância de preservar os bens naturais e culturais que nela existem. Ao abordar a ferrovia Diamantina-Corinto é válido falar acerca da Trilha Verde da Maria Fumaça. É um Caminho Turístico entre estas cidades, um roteiro que possui um pouquinho das múltiplas características de Minas Gerais. Noventa e dois quilômetros sobre um antigo ramal ferroviário, o percurso serpenteia a Serra do Espinhaço e o Sertão Gerais entre cotas de 1400 e 500 metros de altitude. Quartzito e calcário, campo rupestre e mata seca, Jequitinhonha e São Francisco. Muita água, biodiversidade elevada e múltiplas paisagens, assim é a Trilha Verde da Maria Fumaça. Em suma, trata-se de promover a educação patrimonial nessas comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça e buscara preservação de seus atrativos naturais e culturais e da memória ferroviária. Outrossim, revela-se a importância de a uma das estradas de ferro Vitória-Minas mais altas do Brasil à época de sua construção.
GERAIS: Criar vídeos e catálogos educativos e informativos sobre as comunidades rurais situadas às margens da Trilha Verde da Maria Fumaça, a fim de envolver moradores locais, visitantes e turistas na preservação e dos bens patrimoniais (culturais e naturais), de forma a construir nas comunidades o interesse e ação cotidiana de preservação e promoção dessas riquezas históricas e ecológicas. ESPECÍFICOS: Promover a Trilha... segundo princípios da sustentabilidade e capacidade de produção do patrimônio cultural. Avaliar a qualidade da 'navegação' na Trilha, bem como seus “pontos de apoio” e “pontos de obstrução e conflitos”. Avaliar a sinalização da Trilha; Perceber os efeitos da sinalização para o melhoramento da navegação na Trilha; Discutir a sinalização da Trilha com moradores de Bandeirinha, Barão, Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador, Monjolos para notar a percepções e os conceitos que as comunidades têm desenvolvido sobre a Trilha; Informar e debater com algumas pessoas destas comunidades (interessadas na preservação cultural, natural e no turismo) sobre a Trilha Verde da Maria Fumaça e seus potenciais de preservação e difusão cultural e ambiental, notadamente, aqueles ligados à arquitetura, a natureza ( águas, campos e montanhas), festividades populares, a culinária, o ecoturismo; Apontar aos órgãos públicos (municipais, estaduais e federais) que posam interessar-se pelos potenciais naturais, culturais e econômicas da Trilha; Localizar pontos de conflito de invasão no território da Trilha e encaminhamento de soluções; Mapear os pontos de presença de água às margens do percurso para serem incorporados ao conceito de patrimônio da Trilha Verde, como território aquífero relevante da ‘APA CAPIVARA/BARÃO’ e do ‘Médio Espinhaço’ - 'Reserva da Biosfera'; Coletar informações para fundamentar o “tombamento”, como bem histórico e natural, todo o percurso da Trilha, especialmente, os vestígios arqueológico, notadamente, a arquitetura da linha férrea.
Estabelecer comunicação com as comunidades de "Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador, Monjolos" sobre o conceito de patrimônio cultural e e de educação patrimonial com foco na preservação de bens culturas de naturais que compõe a Trilha Verde da Maria Fumaça, considerando que esta já é um circuito to desprovido de uma política de preservação de seus bens naturais e culturais; Desenvolver conteúdo sobre a preservação do patrimônio cultural presente na Trilha, em parceria com as comunidades e, para ser utilizado pelas comunidades como forma de orientar ações de preservação de promoção desses bens; ainda criar peças de difusão desses conteúdo em redes sociais e outros suportes digitais para populações além das comunidades rurais envolvidas; em suma, despertar em moradores e visitantes a necessidade da preservação do belo e raro patrimônio natural e cultural presente ao longo do 92Km do percurso da Trilha Verde da Maria Fumaça.
A pesquisa bibliográfica e a documental serão o método. A pesquisa documental é caracterizada por Cellard (2008,p. 295) conforme citado por Sá-Silva (2009,p.2) , como algo “insubstituível em qualquer reconstituição referente a um passado relativamente distante, pois não é raro que ele represente a quase totalidade dos vestígios da atividade humana em determinadas épocas”.Seguindo tal linha, Bravo (1991) apud Silva (2009,p.4556) afirma que os documentos referem-se a “todas as realizações produzidas pelo homem que se mostram como indícios de sua ação e que podem revelar suas ideia, opiniões , formas de viver. Já a pesquisa bibliográfica traz a análise e estudo de documentos científicos , a exemplo de artigos científicos, dissertações, livros, enciclopédias, dicionários, periódicos. A principal finalidade da pesquisa bibliográfica é proporcionar aos pesquisadores e pesquisadoras o contato direto com obras, artigos ou documentos que tratem do tema em estudo (Oliveira,2007 apud Sá-Silva 2009). Além disso, usaremos dados de paginas de Redes Sociais para compor a base documental do trabalho. Logo, busca-se ao fim realizar uma seleção dos dados tanto textuais como pictóricos produzidos e disponibilidades e em diferentes suportes de comunicação. Aposta-se também, em alguns momentos, na 'Pesquisa Participativa'. Ou seja, conjunto de 'métodos que consideram fundamental a participação dos atores, como resposta às demandas da sociedade para uma ciência mais aplicada aos problemas locais. Por surgirem em contextos muito particulares, nem sempre esses problemas podem ser generalizados, como ocorre nos modelos mais convencionais de pesquisa. Além disso, a participação dos atores incorpora ao processo de pesquisa o conhecimento local, selecionado na prática ao longo do tempo, e validado pelas comunidades' (SOGLIO, 2017, p.117). Portanto, o projeto propõem que as comunidades, por meio de pessoas interessadas na proposta, possam protagonizar encaminhamentos e ações que atendam demandas locais e ao argumento do projeto. Desse modo, compartilharemos com comunidade a preparação e materialização das diferentes etapas que animam o projeto. Considera-se ainda como parte intangível da metodologia: Estimular a participação dos interessados nas comunidades; Ouvir os participantes respeitos suas características sócio linguística; Fomentar a troca de saberes entre os envolvidos; Valorizar as soluções/sugestões locais; transferir protagonismo para as comunidades; Evitar decisões de cima para baixo; Identificar lideranças locais simpáticas ao plano; ajustar o projeto ao ritmo das comunidades, sem perder de vista sua data de conclusão; 1ª etapa: Apresentação da proposta aos atores interessados; reuniões da equipe com pessoas das comunidades; 2ª etapa: Composição das equipes conforme objetivos as competências e interesses alegados pelos participantes; também colocando a equipe em contato a comunidade para perceber as afinidades das competências contidas no grupo com as demandas do projeto; 3ª etapa: Planejamento depois das equipes formadas para ajustar as ações a serem realizadas quanto aos elementos potenciais: a) de desporto, b) de cultura, c) de tradição e patrimônio, d) de lazer, e) de e ambiental - águas, vegetação, rochas; 4ª) Percorrer as comunidades de Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador, e Monjolos a fim de identificar informações sobre seus bens naturais, culturais e estações ferroviárias e os fotografar e filmar; b) Mapear cada um desses locais, a fim de estabelecer pontos contendo esses bens e seus antigos ramais; c) Elaborar textos com informações sobre a história desses locais e da memória ferroviária feitos por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental; d) Executar uma pesquisa bibliográfica sobre educação patrimonial e preservação de atrativos culturais/ naturais e fazer um pequeno texto sobre; e) Anexar todas as informações anteriores em um catálogo de conteúdos pertinentes, para suporte digital e impresso; f) Criar o vídeo com as informações anteriores; g) Divulgar esses vídeos e catálogos nas páginas do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra, além da plataforma do Youtube. Os catálogos também serão impressos em banners e papel A4, para que possam ser disseminados a moradores, visitantes e turistas desses locais em escolas, secretarias de turismo, pousadas, restaurantes. h) Elaboração do relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançado, assim como anexando todos os catálogos elaborados e pesquisas feitas.
Sabe-se que “no Brasil, em 30 de abril de 1854 foi inaugurada a primeira ferrovia, oficialmente denominada de Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Esta, mais tarde foi chamada de Estrada de Ferro Mauá, em homenagem ao seu criador, Irineu Evangelista de Souza, ou, simplesmente, Barão de Mauá”. (MOREIRA, 2018, p. 9). No que refere-se ao Estado de Minas. “A estrada ferroviária do Brasil chegou a Minas Gerais no ano de 1895, ano de inauguração do seu primeiro ramal, que ligava Belo Horizonte a capital do Brasil - Rio de Janeiro”. O meio de transporte facilitava o envio de materiais para a construção da capital mineira e ser viria também como entroncamento de ligações com outras regiões do país”. (MOREIRA, 2018, p. 9). Quanto à estrada de ferro em Diamantina, fato que inspira o projeto da Trilha Verde, o que se diz? “O Ramal Ferroviário Corinto a Diamantina foi inaugurado em 1914 pela Estrada de Ferro Vitória a Minas – EFVM, que depois teve repassada a responsabilidade para a Estrada de Ferro Central do Brasil – EFCB, em 1923. O percurso total do ramal era de 145 quilômetros que cortam os municípios de Diamantina, Gouveia, Monjolos, Santo Hipólito, Curvelo e Corinto, localizados no centro-norte do estado de Minas Gerais.” E mais, “o ponto inicial era a estação de Corinto e ponto final a estação de Diamantina. No trecho entre essas estações havia outras, como a de Roça do Brejo, Santo Hipólito, Monjolos, Rodeador, Conselheiro Mata, Barão de Guaicuí e Guinda.” (MOREIRA, 2018, p.10). Sabe-se que “o Ramal Ferroviário Corinto a Diamantina” foi desativado na década de 1970. Desde então o passivo material deste Ramal vem sendo dilapidado e empurrado para os porões do esquecimento. Porém, “no ano de 2000, cerca de a Organização da Sociedade Civil Caminhos da Serra realizou uma expedição ao longo do trecho ferroviário. Acompanharam a ONG outras organizações e pessoas interessadas em descobrir a situação do antigo ramal e suas possibilidades de desenvolvimento turístico.” (MOREIRA, 2018, p. 10). Atualmente se defende que “o projeto Trilha Verde da Maria Fumaça que a ONG-Caminhos da Serra realiza a gestão, configura-se como importante marco da memória ferroviária e como oportunidade para a valorização do patrimônio por meio do turismo.” E, acrescenta-se a isso o fato de que tal projeto “oportuniza o acesso de caminhantes, ciclistas, crianças, idosos e outros grupos ao ramal ferroviário desativado de Diamantina, além de propiciar o apoio e incentivo às comunidades do entorno, e a valorização e preservação da memória cultural.” (MOREIRA, 2018, p. 53). O Ramal Ferroviário Monjolos-Diamantina, desde então passou a se chamar, para alguns, “Trilha Verde da Maria Fumaça”, o mesmo também e conhecido por muitos eco-atletas-trilheiros-turistas como “A Linha”. Na verdade, este belo caminho aparentemente plano, situado nas entranhas do Espinhaço, valorizou -se como área de “preservação do patrimônio” natural e cultural que o compõe. Também, o Ramal em tela foi conceituado como região de “desenvolvimento local”: isto é, com “o turismo tem contribuído de alguma forma para a preservação e recuperação de identidades locais e, ao mesmo tempo, o surgimento de n ovas oportunidades resultam em benefícios socioeconômicos efetivos para a população local”, como ressaltou Moreira (2017, p. 755). A proposta a concepção da Trilha preocupa-se com o “desenvolvimento econômico” de estilo local e que não produza o espoliamento descontrolado das riquezas e belezas animais, vegetais, minerais e humanas que vivem no terreno da Trilha. Entretanto, cenários desoladores produzidos pela mineração, criação de gado e cultivo de eucalipto, são hoje parte cenográfica do caminho e ponto de meditação para os amantes do percurso. A Trilha serve, pois, à noção de “Vias verdes”, “com infraestruturas para tráfego não motorizado, que aproveitam infraestruturas lineares em desuso, nomeadamente, caminhos ao longo dos canais e caminhos de ferro desativados. São infraestruturas com qualidades intrínsecas que as tornam em lugares ideais para passeios, seja a pé ou de bicicleta, e para todos, pois respeitam as normas para a mobilidade reduzida.”, ressalta uma pesquisadora sobre a realidade portuguesa de iniciativas assemelhadas à da Trilha Verde. E diz nos que a Trilha pode ser vista como 'Corredor Verde', ou seja, “um sistema contínuo, estabelecendo ligações entre áreas de elevada concentração de recursos ecológicos, paisagísticos e culturais, promovendo a sua proteção e compatibilização com a atividade humana”. E conclui: “Os corredores podem integra diversos objetivos, tais como: a proteção de recursos, o recreio e lazer, a estabilidade ecológica, a requalificação do remanescente da paisagem cultural e agrícola, e a proteção do patrimônio natural e construído.” (CAVACO, 2017, p. 31). Cabe dizer ainda que, “comumente, diferentes disciplinas acadêmicas relacionaram a importância da ferrovia a temas da história do país (incluindo ocupação do território, desenvolvimento urbano, desenvolvimento econômico, entre outros).” Ressalta-se que, “da arquitetura ferroviária (novas técnicas construtivas, novas soluções de projetos, novos materiais, entre outros) e das relações socioeconômicas desenvolvidas, desde o momento da instalação da primeira ferrovia no Brasil, na década de 1840, até o momento em que essa modalidade de transporte perdeu importância em favor do modal rodoviário, por volta dos anos 1960” (PROCHNOW, 2015). Portanto, não se pode pensar a Trilha ao largo da seu caro valor de memória e história regional. Diante disso, a 4ª Expedição na Trilha Verde da Maria Fumaça defende a noção de “Turismo de Base Comunitária”, ou seja, “propõe que os próprios moradores planejem, controlem e fomentem o desenvolvimento turístico na comunidade, sendo os benefícios voltados de forma justa para todos os envolvidos” (apud Moreira, 2017, p. 756).No fundo, a 4ª Expedição pretende agregar aos valores vitais ao caminho para além dos capitais turísticos e patrimoniais que a Trilha já possui; por valores vitais entende-se a riqueza e a importância das águas que a moldam a Trilha – UMA TRILHA BALNEÁRIA!, disse alguém empolgado com o projeto. Mais que isso, gostaríamos que ao final da Expedição a Trilha Verde, além da servir ao conceito de “corredor ambiental” da APA BARÃO/CAPIVARA, que ela seja cotada como um fenomenal “Observatório das Águas do Espinhaço Meridional” - um ponto estratégico e vital para “Reserva da Biosfera na Serra do Espinhaço”. Isso posto, torna-se necess ário salientar que essa proposta se guia pelo premissa segundo a qual “a Extensão Universitária, sob o princípio constitucional da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, é um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre universidade e outros setores da sociedade” (FORPROEX, 2012, p. 42). E, para, além disso, esse plano de trabalho quer, ao final, reafirmar as palavras do prof. Sousa Santos descritas a seguir: “A extensão envolve uma vasta área de prestação de serviços e os seus destinatários são variados: grupos sociais populares e suas organizações; movimentos sociais; comunidades locais ou regionais; governos locais; o sector público; o sector privado. Para além de serviços prestados a destinatários bem definidos, há também toda uma outra área de prestação de serviços que tem a sociedade em geral como destinatária. A título de exemplo: “incubação” da inovação; promoção da cultura científica e técnica; actividades culturais no domínio das artes e da literatura. Nesse sentido, ao abordar a educação patrimonial neste projeto, objetiva-se: Proceder à escuta e à mediação dos sujeitos sociais portadores de tradições, de saberes e fazeres que, em sua diversidade, constroem atrativos geradores de significação e integradores da identidade e identificação cultural. É sua responsabilidade sensibilizar e conscientizar as comunidades em torno de seus valores e tradições, inserindo tais práticas na vida sustentável, resgatando e preservando o imaginário coletivo e o patrimônio representativo da cultura, no eixo temporal e espacial. (FARIAS ,2002, p.62) Para que a extensão cumpra este papel é preciso evitar que ela seja orientada para actividades rentáveis com o intuito de arrecadar recursos extraorçamentários” (SOUSA SANTOS, 2001, p. 54). No fundo, o argumento dessa proposta vislumbra realizar trocas entre estas comunidades e a universidade, levar a mensagem de preservação dos bens patrimoniais e sua importância, promover a cultura científica e técnica; demonstrar a importância do antigo ramal ferroviário para a história dessas comunidades pertencentes a TVMF. Ainda, “existem, na verdade, quatro categorias de bens patrimoniais: os bens naturais, os bens materiais, circuito da TVMF. Resta defender que a „memória da ferrovia “regional inerente ao conceito da TVMF é uma variável forte na cultural. Consideram-se então para efeito de aprofundamento dessa noção as ideias lançadas em 2010, na “Portaria IPHAN nº 407”, a qual “normatizou o processo para patrimonialização dos bens ferroviários e estabeleceu a sua preservação por meio da inscrição na denominada Lista do patrimônio Cultural Ferroviário.” Desde então, “inaugurou-se, assim, um novo instrumento de preservação cultural, a inscrição na referida Lista, que prescinde de avaliação do Conselho Consultivo do órgão, mas não da aprovação pela Comissão de Avaliação do Patrimônio e entidades da sociedade civil” (PROCHNOW, 2015). Portanto, cremos que as ações ora projetadas se apresentam como agentes a serviço dessa “gestão coletiva”. Especula-se que aqueles que extraem desse circuito alguma vantagem para seus interesses possuem, isso sim, um dever moral de agir a favor do cuidado com o conjunto de elementos que coabitam esse território da TVMF; em suma, é tarefa desse trabalho sagrar que o cuidado com essa memória, quando a ela se incorporara seres como a água, promove a vida dos “campos de sempre viva ‟, diria, os moradores que habitam essas comunidades que compõe a Trilha.
O estudantes participara diretamente na produção pesquisa bibliográfica e a documental, na identificação e coleta dos vestígios sobre os patrimônios dispersos na área a abrangência do projeto; Assumirá parte da responsabilidade no planejamento da 'Pesquisa Participativa', ou seja, na identificação e recrutamento dos atores sociais que poderão colaborar com o projeto nas comunidades, por meio de pessoas interessadas na proposta, possam protagonizar encaminhamentos e ações que atendam demandas locais e ao argumento do projeto; atuará no compartilhamento com as comunidades da preparação e materialização das diferentes etapas que animam o projeto; atuará na apresentação da proposta aos atores interessados; organizará reuniões da equipe com pessoas das comunidades; protagonizará a composição das equipes e atuará no planejamento das ações a serem realizadas com as atores locais; Percorrerá as comunidades de Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador, e Monjolos a fim de identificar informações sobre seus bens naturais, culturais e estações ferroviárias e os fotografar e filmar; Elaborará textos com informações sobre a história desses locais e da memória ferroviária feitos por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental; atuará a elaboração do catálogo de conteúdos pertinentes, para suporte digital e impresso; f) atuará na criação dos vídeo com as informações anteriores; atuará na divulgação desses vídeos e catálogos nas páginas do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra, além da plataforma do Youtube; atuará na Elaboração do relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançado, assim como anexando todos os catálogos elaborados e pesquisas feitas.
É importante também enumerar que muitas pessoas desconhecem que nestes locais já passou uma estrada de ferro e a importância de preservar os bens naturais e culturais que nela existem. Ao abordar a ferrovia Diamantina-Corinto é válido falar acerca da Trilha Verde da Maria Fumaça. É um Caminho Turístico entre estas cidades, um roteiro que possui um pouquinho das múltiplas características de Minas Gerais. Elaborar e difundir conteúdos sobre o patrimônio cultural e natural que ‘adorna’ a Trilha Verde... fazer com que moradores da margem da Trilha e frequentadores possam acessar e refletir essa informações a partir das premissas da educação patrimonial é relevante para o desenvolvimento humano, isto é, um fator de são humanização dessas pessoas, como também se configura num serviço de preservação para as futuras gerações de bens que, entre eles, estão vários riachos de água cristalinas que são conteúdo vital para diversas vidas animais e vegetais dessa região do Espinhaço. Noventa e dois quilômetros sobre um antigo ramal ferroviário, o percurso serpenteia a Serra do Espinhaço e o Sertão Gerais entre cotas de 1400 e 500 metros de altitude. Quartzito e calcário, campo rupestre e mata seca, Jequitinhonha e São Francisco. Muita água, biodiversidade elevada e múltiplas paisagens, assim é a Trilha Verde da Maria Fumaça. Em suma, trata-se de promover a educação patrimonial nessas comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça e buscara preservação de seus atrativos naturais e culturais e da memória ferroviária. Outrossim, revela-se a importância de a uma das estradas de ferro Vitória-Minas mais altas do Brasil à época de sua construção.
Público-alvo
Estima-se que o projeto pode atingir pela menos 10 pessoas em cada comunidade diretamente na equipe de produção do conteúdo, ou seja,40 pessoas diretamente nas equipes locais do projeto; o público afetado pelas redes sociais pode ser cotado entre 200 e 30
Municípios Atendidos
Diamantina, Gouveia, Monjolos
Parcerias
Circuito dos Diamantes-Diamantina-MG = Oferta de informações sobre a Trilha Verde da Maria Fumaça. Articular de oficinas para estimular a participação das comunidades no projeto; oferecer conteúdos sobre as comunidades; apresentar o projeto para o setor t
Circuito dos Diamantes-Diamantina-MG: Oferta de informações sobre a Trilha Verde da Maria Fumaça. Articular de oficinas para estimular a geração de renda ao longo da Trilha. Contatar o setor de turismo situado nesse local para atuar no projeto; organizar
Cronograma de Atividades
Visitar e coletar dados em sítios virtuais, governamentais e civis sobre as comunidades alvo do projeto a fim de identificar dados populacionais, informações sobre seus bens naturais, culturais e estações ferroviárias, fotografias e filmes
• Elaborar texto com informações das comunidades e da memória ferroviária feitos por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, anexar a essas informações as imagens identificada.
Criar o vídeo com as informações anteriores e Anexar todas as informações anteriores em um catálogo;
• Executar uma pesquisa bibliográfica sobre educação patrimonial e preservação de atrativos culturais/ naturais e fazer um pequeno texto sobre o tema o articulando com a Tilha Verde, que possa compor, cartazes, catálogos, página a web e vídeos.
Tentar fazer contato com moradores locais, por meios remotos,para identificar informações sobre seus bens naturais, culturais e estações ferroviárias, perguntar sobre fotos e filmes retratando a comunidade.
• Elaboração do relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançado, com alguns evidências dos resultados em anexo.
• Divulgar esses vídeos e cartazes nas páginas do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra, além da plataforma do Youtube. Os cartazes, se possível, serão impressos para que possam ser disseminados a moradores, visitantes e turistas desses locais em escolas, secretarias de turismo, pousadas, restaurantes.