Visitante
Sensorial na vida real
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
tatiana nunes amaral
2021101202146649
instituto de ciência e tecnologia
Caracterização da Ação
ciências agrárias
tecnologia e produção
trabalho
desenvolvimento de produtos
nacional
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
isabela cristina pascoal reis
Bolsista
O projeto “Sensorial na vida real” propõe a popularização de temas relacionados à vida profissional de pessoas que trabalham com Análise Sensorial em qualquer tipo de ramo. Esta abertura de depoimentos será realizada por mídias digitais e terá como intuit
Análise Sensorial, Comportamento de consumidor, Desenvolvimento de produtos, Pesquisa
A Análise Sensorial é uma ciência especializada em medir e analisar as sensações entendidas pelos órgãos do sentido. Mais do que isso, ela possibilita às indústrias um entendimento mais assertivo acerca das preferências dos consumidores; qualidade de produtos; melhoria em processos e formulações; desenvolvimento de novo produtos; e outros aspectos de extrema importância. Além de seu papel fundamental na indústria, também é imprescindível em diversas pesquisas acadêmicas, especialmente na área de alimentos, fármacos e químicos. O projeto apresentado nesta proposta busca a consolidação de espaços de debates acerca da Análise Sensorial entre a universidade (docentes, discentes e técnicos) e a sociedade em geral, especialmente àqueles que demonstrem interesse por este tópico. Nesse sentido, discussões serão promovidas em espaço digital/mídias digitais tais quais Facebook, Instragram, Youtube e Spotify, com o objetivo de que o espaço seja o mais democrático possível em tempos de pandemia do COVID-19 e posteriormente.
A divulgação científica ou popularização da ciência através de meio eletrônicos é um movimento que tem ganhado força nas últimas décadas. A adesão popular ao meio virtual é fator determinante deste fenômeno causada, especialmente, pelo ambiente desterritorializado que possibilita uma experiência social mais participativa. Essas relações se dão pela interação e criação de conteúdo (GONÇALVES, 2012). O acesso à Internet garante um maior acesso à informação e produção científica. Pode-se então ampliar o público consumidor de ciência, especializado ou não. No espaço virtual, a comunicação deixa de ser linear e unidirecional e passa a ser poliglota, polissêmica e policêntrica (VALERIO, 2012). Nesse sentido, é possível o estabelecimento de um vínculo entre os especialistas e o público em geral, entre a ciência e o senso comum (GONÇALVES, 2012). É essencial, no entanto, que o conhecimento seja transmitido de tal forma que a sociedade o aceite, aprove e absorva (FRANÇA, 2005). Fazem-se necessários o domínio e utilização de recursos pedagógicos, jornalísticos, de narrativa literária e outros, de forma que seja possível atingir todo tipo de indivíduo (GONÇALVES, 2012). Os meios informais de comunicação, como as mídias sociais, proporcionam maior rapidez na troca de informações e menor hierarquização destas, o que também contribui para uma divulgação mais eficiente (GONÇALVES, 2012). Dentre os canais de divulgação científica na Internet é possível contar com YouTube, Instagram, Podcasts (em diferentes plataformas) e diversos outros. Ainda é importante ressaltar que é crescente o interesse do público em assuntos cada vez mais específicos. Isso sugere a possibilidade de criação de nichos de divulgação, onde se possa compartilhar e discutir a respeito dos temas de interesse. Assim, a discussão pode ser levada do ambiente acadêmico universitário para um ambiente mais democrático, como as mídias sociais. Um nicho de conhecimento que requer maiores investimentos em produção de conteúdo é a Análise Sensorial, seja ela de alimentos, de fármacos, produtos cosméticos, produtos de limpeza e outros. A Análise Sensorial é a ciência usada para evocar, medir, analisar e interpretar reações às características de um produto, percebidas pelos órgãos da visão, olfato, sabor, tato e audição. Esta é uma ciência quantitativa que busca obter dados numéricos a partir dessas reações. Os dados são analisados através de métodos estatísticos próprios a cada tipo de teste realizado. A análise leva à interpretação da informação estatística e posterior tomada de decisão (DUTCOSKY, 2011). As técnicas desenvolvidas nesta área do conhecimento são amplamente utilizadas na indústria para diversos fins, como: desenvolvimento de novos produtos; melhoria de produtos já existentes; avaliação do efeito de alterações de mateira prima; redução nos custos de produção; controle do efeito da embalagem em produtos acabados; controle de qualidade; estabilidade durante o armazenamento; vida útil; avaliação e graduação da qualidade do produto; teste de mercado para novos produtos ou produtos reformulados; entre outros. Os testes sensoriais, portanto, fornecem aporte técnico para pesquisa, industrialização, marketing e controle de qualidade (DUTCOSKY, 2011). Nesse sentido, o presente projeto sugere a implementação de meios de comunicação e divulgação científica em plataformas de mídias sociais, que possibilitem a interação entre a comunidade acadêmica e profissionais da área de Análise Sensorial com a universidade e a comunidade civil em geral. Especialmente em um momento em que as atividades acadêmicas se dão por meio virtual, devido à pandemia do COVID-19. Neste cenário, a possibilidade de adesão e interesse neste tipo de atividade remota é maior. É um momento de isolamento social, o que restringe o acesso a ambientes com aglomerações de pessoas. Portanto, esta pode ser uma alternativa viável para que as discussões com análise sensorial possam continuar a serem conduzidas. Para além disso, ainda pode ser uma possibilidade interessante para pesquisadores mesmo em tempos sem a influência da pandemia. O intuito é promover espaços virtuais de discussão, formação, produção e divulgação de conteúdo relacionados à Análise Sensorial; de forma que se estabeleça uma comunicação entre profissionais e especialistas da área com qualquer indivíduo interessado no assunto.
Os objetivos gerais são: promover a interação da comunidade acadêmica (docentes, discentes e técnicos administrativos) com a sociedade em geral; divulgação do conhecimento científico produzido na universidade; construção de material digital de divulgação. Os objetivos específicos são: levar à discussão temas associados à Análise Sensorial em diversos campos de pesquisa (alimentos, farmacêutica, cosmética, produtos químicos e outros); elaboração de um Podcast com as discussões realizadas; divulgação de Podcasts em diferentes plataformas de mídia; elaboração de material de divulgação científica para publicação via mídias sociais; realização de entrevistas com profissionais da área; realização de entrevistas com pesquisadores da área.
Meta 1: Levantamento teórico sobre a atuação da Análise Sensorial em diversas áreas como alimentos, farmacêutica e de produtos químicos. Meta 2: Estudo e capacitação em ferramentas de produção e marketing digital. Meta 3: Realização de entrevistas com 10 profissionais que trabalhem com Análise Sensorial. Meta 4: Elaboração e distribuição de material digital. Meta 5: Divulgação de material digital em formato de Podcast. Meta 6: Interação com o público-alvo através de mídias sociais e e-mail. Meta 7: Registro constante das atividades realizadas pelos executores do projeto. Meta 8: Elaboração de relatórios mensais acerca do trabalho desenvolvido. Meta 9: Produção de relatório final que será entregue à PROEXC e parceiros que auxiliaram na execução do projeto.
A execução deste trabalho se iniciará com o levantamento de referencial teórico acerca de assuntos relacionados à Análise Sensorial em diferentes áreas do conhecimento (alimentos, farmacêutica, cosméticos, produtos químicos, entre outros). Em seguida, deve-se procurar capacitar os executores do projeto em produção e marketing digital, para elaboração de material de caráter mais profissional. Deverão ser realizadas e gravadas entrevistas no formato de Podcast com diferentes profissionais especializados e/ou docentes que trabalhem na área de Análise Sensorial e tenham interesse em promover a divulgação de informações. O contato com os profissionais e pesquisadores será realizado por meio telefônico. Os conhecimentos adquiridos nas etapas anteriores servirão de base para a construção de material digital apropriado para divulgação em mídias digitais, tais como Instagram, Facebook e YouTube. O conteúdo poderá ser divulgado em formato de vídeos, postagens de imagens e/ou eventos ao vivo. Ainda, os Podcasts produzidos podem ser publicados em plataformas que aceitem este formato de mídia, tal qual o Spotify e outros aplicativos e sites como este. A participação do público se dará também através destas mídias sociais e por e-mail, seja para enviar sugestões, reclamações, perguntas e/ou avaliações. As ferramentas analíticas das plataformas escolhidas também poderão servir de indicativo para melhorias na produção do conteúdo. Ademais, em eventos ao vivo poderão ser utilizados formulários de avaliação elaborados pelos próprios executores do projeto. O material produzido deverá ser de fácil acesso e ter um caráter didático de forma que toda a comunidade, acadêmica ou não, possa ser capaz de compreender os temas expostos. Nesse sentido, a linguagem coloquial deve ser usada com a ressalva de que é necessário se atentar aos termos utilizados, a fim de que não sejam causados mal entendidos por parte do público-alvo e/ou do entrevistado. Ainda, quanto ao teor das publicações e Podcasts, é importante salientar que o conteúdo publicado deve ser isento de problematizações alheias ao tema abordado. O registro das atividades realizadas pelos executores será produzido mensalmente durante a vigência do projeto, concomitantemente com a elaboração dos relatórios mensais. Além disso, todo o material produzido também será arquivado ao final de cada atividade, para eventuais consultas. Por fim, será elaborado e entregue um relatório final de atividades à PROEXC.
DUTCOSKY, Silvia Deboni. Análise sensorial de alimentos. In: Análise sensorial de alimentos. 2011. p. 426-426. FRANÇA, Martha San Juan. Divulgação ou jornalismo? Duas formas diferentes de abordar o mesmo assunto. In: VILAS BOAS, Sergio (Org.). Formação e informação científica. São Paulo: Summus, 2005. GONÇALVES, Marcio. Contribuições das mídias sociais digitais na divulgação científica. Múltiplas facetas da comunicação e divulgação científicas: transformações em cinco séculos, p. 168, 2012. VALERIO, Palmira Moriconi. Comunicação científica e divulgação: o público na perspectiva da internet. Múltiplas facetas da comunicação e divulgação científicas: transformações em cinco séculos, p. 150, 2012.
As discentes estão se formando em Bacharelado em Ciência e Tecnologia, Engenharia de Alimentos e pós graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos. Estas são áreas do conhecimento que favorecem o desempenho das mesmas em um projeto como o proposto, uma vez que o trabalho com ciência e tecnologia é base de suas formações. Neste sentido, a participação das discentes na elaboração, execução e construção de um projeto de extensão como este permite uma maior imersão em temas associados a tecnologia, uma vez que todo o projeto será executado virtualmente; e, ainda, possibilita um aprofundamento nos temas estudados em sala de aula, não só relacionado à Análise Sensorial, mas também química, física e biologia como um todo (grandes áreas do conhecimento frequentes na formação destas profissionais). Ademais, as atividades sugeridas propõem a exposição das alunas a situações que as aproximam da realidade do mercado de trabalho, ao promover o contato das mesmas com profissionais da área e com o público-alvo. As pesquisas teóricas cumprem o mesmo objetivo, além de garantir uma melhor capacitação prática-teórica. O aprimoramento das habilidades relacionadas à produção e marketing digital também fazem parte da proposta desse projeto, garantindo que as discentes se capacitem em outras áreas do conhecimento que não necessariamente fazem parte de sua grade curricular básica.
A proposta encontra sua relevância na disseminação de informações à sociedade como um todo, característica de projetos de divulgação científica e de extensão. Além disso, o projeto possibilita enriquecimento dos executores ao permitir o contato destes com diversas áreas de atuação do profissional da Análise Sensorial.
Público-alvo
Estudantes e profissionais envolvidos com Análise Sensorial, além de outros interessados no assunto.
Municípios Atendidos
Diamantina
Municípios Brasileiros Que O Meio Digital Atinja.
Parcerias
Colaboração técnica com o projeto, tanto em Análise Sensorial quanto em mídias digitais.
Cronograma de Atividades
Construção de referencial teórico; pesquisa de assuntos de interesse em artigos, revistas e outras fontes; pesquisa em plataformas de mídias sociais; contato com possíveis entrevistados.
Aprofundamento em temas relacionados à Análise Sensorial e em produção de conteúdo para mídias digitais.
Elaboração de material de divulgação científica para mídias sociais.
Elaboração, execução e divulgação de entrevistas e bate-papos com profissionais da área.
Elaboração de relatórios com detalhamento das atividades executadas pelas discentes.
Coleta de dados acerca da interação com o público.
Elaboração e envio de relatório de todas as atividades desenvolvidas durante a execução do projeto à PROEXC e parceiros.