Visitante
Fique atento! Recebeu seu medicamento, e agora?
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
delba fonseca santos
20221012022146585
faculdade de medicina de diamantina - famed
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
saúde humana
regional
Não
Membros
frederico lopes alves
Vice-coordenador(a)
emilio henrique barroso maciel
Voluntário(a)
maria cecília sales mendes prates
Voluntário(a)
vanessa gomes brandão rodrigues
Voluntário(a)
emerson cotta bodevan
Voluntário(a)
ana luiza souza afonso
Bolsista
ludimila albino fernandes
Voluntário(a)
Este projeto tem como objetivo implementar ações de educação em saúde e capacitação do paciente, familiar e cuidador preconizadas pelos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas e Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao Paciente com Doença Renal Crônica. Bem como otimizar a logística de acesso ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica junto a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina. Este trabalho prevê beneficiar diretamente 142 pacientes do Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina provenientes de 23 municípios; 30 profissionais de saúde e funcionários e indiretamente 300 pessoas entre familiares e cuidadores. Estudantes extensionistas de farmácia e medicina ao desenvolverem as ações de extensão serão capazes de trocas de saberes, amadurecimento de relações interpessoais, aplicabilidade do diálogo e desta forma contribuir para reduzir desigualdades sociais em educação em saúde. E em um esforço conjunto com os profissionais de saúde na rotina do cuidado com o paciente terão oportunidade de contribuir com o engajamento do paciente para assumir o controle de viver bem com a doença renal.
Doença Renal Crônica, Hemodiálise, Sistema Único de Saúde, Educação em Saúde
A prevalência de doença renal é incerta, mas foi estimada em aproximadamente 5,3 milhões de pessoas no mundo (BIKBOV et al., 2020). A doença renal crônica (DRC) pode progredir para doença renal em estágio terminal (DRT), que requer terapia renal substitutiva (TRS) (hemodiálise; diálise e transplante renal) ou cuidado conservador (cuidado não dialítico) (HARRIS, D. C. H. et al., 2019). Milhões de pessoas morrem de insuficiência renal a cada ano devido à falta de acesso a TRS. E o número de pacientes em hemodiálise continua a crescer, como resultado do aumento da disponibilidade deste tratamento, do envelhecimento da população, da prevalência de hipertensão e do diabetes mellitus (HIMMELFARB et al., 2020). A DRT é de custo elevado e o cuidado com o paciente é desproporcional em países de baixa e média renda. (THURLOW et al., 2021). No Brasil, de acordo com o senso realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia o número total estimado foi de 133.464 mil. A HD é a TRS em 92% dos pacientes com DRT, com aumento de 3% em relação a 2009. Dados que permitem o conhecer o perfil dos pacientes, a formulação de projetos e estratégias que melhorem o atendimento (NEVES et al., 2020). É importante viabilizar projetos sobre a saúde renal, com ênfase no bem-estar centrado no paciente, familiares e cuidadores inseridos na rotina de cuidado ser possível viver bem com a doença renal (KALANTAR-ZADEH et al., 2021). O tratamento da doença, incluindo os medicamentos, as restrições alimentares e líquidas, e a TRS, que podem de certa forma alterar e restringir o cotidiano e a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, com impacto nos desfechos clínicos durante o cuidado (TONG, A et al., 2018). Neste aspecto, pode-se considerar que o Serviço de HD é um centro de coordenação logística para serviços de gestão de cuidados que incluem os medicamentos, isto porque, os pacientes são vulneráveis à polifarmácia. O termo polifarmácia se refere ao uso de vários medicamentos, normalmente 5 ou mais (REASON et al., 2012). Este fato ocorre devido ao elevado número de comorbidades, bem como as múltiplas complicações relacionadas à insuficiência renal e ao tratamento dialítico (MARIN et al., 2020). No serviço de HD, no Brasil, os pacientes são acompanhados pelas linhas de cuidado definidas nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) (BRASIL, 2010). Estes protocolos têm como o objetivo estabelecer a inclusão e exclusão de medicamentos, bem como mecanismos de monitoramento, avaliação, e acesso ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) (ROVER et al., 2017). Como parte integrante deste cenário, é crescente no uso de intervenções por meio de tecnologia de informação e comunicação para melhorar o acesso do paciente a relevantes informações de saúde para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde e estimular a adoção de comportamentos saudáveis (HSWEN; VISWANATH, 2015; LUCERO et al., 2017).Nesta direção, a saúde móvel é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como prática médica e de saúde pública realizadas por meio do uso de telefones celulares, dispositivos de monitoramento de pacientes e outros dispositivos sem fio (WHO, 2016a). O relatório US Office of Disease Prevention and Health Promotion’s Healthy People 2020 Midcourse destacou a meta “usar estratégias de comunicação em saúde e tecnologia de informação em saúde para melhorar os resultados de saúde da população, qualidade dos cuidados de saúde e para alcançar a equidade na saúde ” (NCHS, 2016). Este trabalho poderá contribuir para otimizar os cuidados relacionados com os sintomas da doença renal e tratamento pelos pacientes em HD e também quanto a logística entre o Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina e a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina.
Nos últimos anos, ocorrem melhorias nos desfechos dos pacientes em HD, como a redução da morbidade, a mortalidade e o aumento do tempo de sobrevida para cinco anos (SANABRIA et al., 2021). No entanto, o viver com a doença renal necessita de estratégias de conscientização do cuidador e do paciente para os ajustes de comportamentos relacionados a saúde no dia a dia do tratamento (ANGWENYI et al., 2018; GONZÁLEZ et al., 2020). Envolver o paciente é uma exigência, uma vez engajados estão aptos a tomar decisões e ter responsabilidade colaborativa com a equipe de saúde (WHO, 2016b). Neste sentido, os pacientes, os familiares e os cuidadores devem ser capacitados para alcançar os desfechos significativos de forma colaborativa visando mudança de estilo de vida (BAUMGART et al., 2020; XAVIER; SANTOS; SILVA, 2017). O Comitê Diretor do Dia Mundial do Rim defende o fortalecimento da parceria com os pacientes no desenvolvimento por meio de uma comunicação consistente, acessível e significativa (PCORI, 2018). O artigo de Kalantar-zadeh et al (2020) descreve citações de pacientes: no evento ISN Community Film Event 2020 um paciente disse: “Diga-me, eu esquecerei; mostre-me, eu lembrarei; envolva-me, eu entenderei” e de outro no Forum da ISN (Global Kidney Policy Forum) que disse: ‘Informações e cuidados culturais adequados e sensíveis aos pacientes estão sendo realizados na Nova Zelândia para combater as desigualdades na saúde dos rins, especialmente em Maori e outras comunidades carentes’ (KALANTAR-ZADEH et al., 2021). No contexto da vida do pacientes em HD, eles precisam modificar seu estilo de vida em termos de nutrição, hábitos diários, saúde mental, atividade física e relações sociais e com os familiares devido às restrições do próprio procedimento (MONÁRREZ-ESPINO; DELGADO-VALLES; RAMÍREZ-GARCÍA, 2021). Os cuidadores familiares podem assumirem funções de cuidado, incluindo o gerenciamento de medicamentos, garantindo o cumprimento de estritas necessidades dietéticas e de líquidos, transporte para o hospital (PARHAM et al., 2016). É evidente a complexidade do regime de medicação dos pacientes no serviço de HD, então, é imprescindível uma abordagem adequada às suas necessidades (FRAMENT; HALL; MANLEY, H. J., 2020). Estes pacientes têm de 10 a 12 medicamentos prescritos resultando em uma carga média de 19 comprimidos por dia, que coloca os pacientes em risco de interações medicamentosas e problemas relacionados com a medicação (DODD et al., 2018). Sendo assim, é preciso implementar estratégias para otimizar o uso de medicamentos, a prescrição, aspectos estes, com lacunas de evidências científicas sobre a eficácia e a segurança neste público alvo (BATTISTELLA et al., 2018). É possível implementar estratégia de baixo custo como a reconciliação de medicamentos, redução de problemas relacionados a medicamentos, interações medicamentosas adversas e hospitalização podem resultar em melhores resultados para o paciente (PAI, AB et al., 2013; PERAZELLA; NOLIN, 2020). Parte deste processo de trabalho, pode ser mediado pela saúde móvel com possibilidades de criar condições para a avaliação contínua de parâmetros de saúde e configurar um novo cenário de incentivo os pacientes, familiares e cuidadores. Há evidências da adoção de aplicativos móveis para apoiar práticas de auto-monitoramento (ARAD et al., 2021; ONG et al., 2016), e contribuir para aqueles que vivem longe do serviço de saúde melhorar a adesão aos cuidados (KORAISHY; ROHATGI, 2020), e compartilhar as orientações no âmbito domiciliar (HOVADICK et al., 2021). O conhecimento limitado dos envolvidos, em especial dos pacientes, sobre sua saúde contribui para falhas controle sobre a doença e suas complicações. Vale lembram que a linha de cuidado para os pacientes em HD prevê acesso integral aos CEAF e o monitoramento obrigatório do tratamento estabelecidos nos PCDT (ROVER et al., 2017). A detecção precoce de alterações dos desfechos clínicos nos pacientes pode contribuir para orientar os médicos a otimizar o tratamento e motivar os pacientes, o familiar e cuidador a se engajarem nos cuidados com a saúde. O projeto “Fique atento! Recebeu seu medicamento, e agora?” vem com a proposta de otimizar ações de educação em saúde para o uso racional de medicamentos e na logística da documentação exigida pelo PCDT (SES-MG, 2021), aos 142 pacientes de 23 munícipios da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha. Por fim estas atividades irão possibilitar a vivência prática do estudante do Departamento de Farmácia da UFVJM no serviço de hemodiálise com objetivo de promover o uso racional e seguro dos medicamentos.
Promover ações de educação em saúde e capacitação aos pacientes em hemodiálise, familiares e cuidadores sobre sintomas da doença renal e tratamento; e otimizar a logística da documentação preconizada pelo Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para acesso ao Componente Especializado da Assistência Farmacêutica junto a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina. Objetivos específicos: ✔ Realizar um diagnóstico participativo com os pacientes, os familiares e os cuidadores sobre prontidão para o uso de tecnologias móveis e conhecimento sobre medicamento; ✔ Contribuir para o empoderamento dos pacientes para o autocuidado por meio do diálogo durante as sessões de hemodiálise; ✔ Promover visitas domiciliares, em momento oportuno, com intuito de orientar os pacientes, os familiares e os cuidadores sobre o uso correto e seguro da medicação; ✔ Promover o estudo da prescrição com intuito reduzir os problemas relacionados aos medicamentos, melhorar na adesão e a automedicação; ✔ Auxiliar o Serviço de Hemodiálise e os pacientes quanto otimização da logística quanto a requisição de medicamentos do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica junto a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina; ✔ Elaborar material educativo instrucional audiovisual para uso em grupo e individual (folder e diagramas com símbolos visuais, vídeo com demonstração entre outros) com orientações sobre a segurança do uso de medicamento, do transporte e armazenamento termolábeis para o serviço de hemodiálise e na casa do paciente; ✔ Disseminar o material educativo elaborado por meio de dispositivos móveis aos pacientes, aos familiares e aos cuidadores visando esclarecer possíveis dúvidas sobre o uso dos medicamentos; ✔ Promover o curso de capacitação dos colaboradores (profissionais de saúde e funcionários) do Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina, sobre Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas com enfoque aos medicamentos usados pelos pacientes.
1. Promover orientações e empoderamento em 100% dos pacientes no dia a dia das de todas as sessões do serviço de HD; 2. Promover o engajamento em 100% dos familiares e cuidados com os cuidados dos pacientes; 3. Rever e reorientar em 100% as prescrições dos medicamentos prescritos no serviço de HD; 4. Auxiliar em 100% no acompanhamento da logística que envolve os processos para acesso aos medicamentos do CEAF junto a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina; 5. Oferecer, quanto oportuno, em 100% as visitas domiciliares para acompanhar e monitorar a medicação; 6. Elaborar 10 materiais educativos acessíveis orientados pelas necessidades dos pacientes, dos familiares e dos cuidadores; 7. Promover o engajamento em 100% dos colaboradores (profissionais de saúde e funcionários) do serviço de HD por meio do curso de capacitação.
O Projeto consistirá em nove etapas que ocorrerão de forma dinâmica: 1ª etapa - Capacitação dos estudantes sobre diagnóstico participativo Os estudantes de farmácia e medicina serão capacitados sobre como elaborar e executar um diagnóstico participativo. Será promovida oficina utilizando a metodologia da problematização, e dessa forma favorecer o aprendizado para o desenvolvimento de habilidades de observação, análise, avaliação, cooperação entre os estudantes, profissionais de saúde e docentes. A oficina será organizada em cinco unidades: a primeira de apresentação, e as outras quatro unidades didáticas. Cada uma delas contém atividades específicas necessárias para se trabalhar determinados conceitos-chave (doença renal crônica, uso racional de medicamentos, serviço de hemodiálise e equipe de profissionais e segurança do paciente), com duração de 14 horas no total. 2ª etapa - conhecendo os pacientes, os familiares e os cuidadores no Serviço de Hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina Por meio de um diagnóstico participativo será desenvolvido um diálogo sobre as dúvidas envolvendo prevenção, bem-estar, os sintomas da doença e tipos de tratamentos. Também será investigado a prontidão para o uso de tecnologias móveis com o objetivo de ampliar a capacidade de comunicação durante as etapas do projeto. 3ª etapa - Criação de material educativo para ser compartilhado com os pacientes, os familiares e os cuidados por meio de tecnologia móvel. Diante do resultado do diagnóstico participativo os estudantes poderão planejar e elaborar diferentes tipos de material educativo. Este material será elaborado com qualidade pedagógica e didática quanto ao conteúdo e ao alcance dos objetivos previstos nas ações extensionistas. Poderá ser na forma de materiais audiovisuais (filmes, vídeos, videoclipes, entre outros); ou materiais educacionais digitais (são recursos digitalizados apresentados na forma de animações, hipertextos, vídeos, jogos, apresentações multimídia, infográficos, animações, aplicativos e simuladores). No entanto, terão como premissa a forma interativa, estimulante, compreensível e atraente para os pacientes, aos familiares e aos cuidadores. A educação em saúde envolve o uso de diversas mídias que poderão favorecer a motivação e a sensibilização quanto as informações sobre prevenção, bem-estar, os sintomas, tratamento e cuidados direcionados aos pacientes com doença renal. 4ª etapa - Diagnóstico do uso de medicamentos do CEAF pelos pacientes Nesta etapa será realizada a análise dos prontuários físico e eletrônico (software – Dialsist, Sistema de Gestão Clinica e Administrativa do Serviço de Hemodiálise) e Sistema de Informação e Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (SIGAF). O software Excel será utilizado para tabular a situação da farmacoterapia do CEAF e demais medicamentos. E também o acompanhamento da logística do processo para ter acesso aos medicamentos CEAF junto a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina. 5ª etapa - Elaboração do relatório parcial e de resumos para a participação de eventos Ao escrever um relatório parcial e resumos o estudante tem oportunidade de começar de fato a desenvolver a habilidade de escrita considerando o limite pequeno de páginas e palavras. Além disso, irá aprender a fazer um recorte da metodologia de trabalho e se dar conta do andamento dos princípios básicos das ações extensionistas. Irá se profundar bibliograficamente no assunto desenvolvido no serviço de hemodiálise; fazer um banco de referências e citações, desenvolver análises refinadas, o que irá culminar na elaboração de um artigo sobre o tema. 6ª etapa Análise das prescrições no serviço de hemodiálise Estudo das prescrições a fim de analisar a farmacoterapia e adesão ao tratamento. O software Micromedex e a literatura científica irão ser as fontes de pesquisa para avaliar os problemas relacionados com os medicamentos. 7ª etapa - Execução visitas domiciliares Um protocolo de visita domiciliar será a ferramenta para esta atividade. As visitas serão realizadas de forma oportuna de acordo com as necessidades dos pacientes, dos familiares e dos cuidadores. 8ª etapa – Promover o curso de capacitação Serão convidados os colaboradores (profissionais de saúde e os funcionários do serviço de HD) a investirem no treinamento com objetivo de desenvolver habilidades como estratégia para lidar com as dificuldades de lidar com a doença e o tratamento no dia a dia do trabalho. Desta forma, os pacientes com a doença renal, os familiares e os cuidadores poderão se sentirem apoiados para viver bem por meio de esforços conjuntos por parte dos profissionais envolvidos com os cuidados renais. 9ª etapa – Elaboração do relatório final, do artigo completo e do trabalho de conclusão de curso (TCC). Neste momento, o estudante terá a vivencia do feedback. Os relatórios parcial e final, artigo completo e TCC serão corrigidos pelos orientadores proporcionando ao estudante direções para a escrita com linguagem clara e acessível a qualquer outra pessoa que leia os trabalhos. É um momento peculiar para receber críticas quanto a um trabalho final. Mas é uma etapa de crescimento e é visto como um processo construtivo e de incentivo que durante estas avaliações é imprescindível o engajamento do estudante.
ANGWENYI, V. et al. Patients experiences of self-management and strategies for dealing with chronic conditions in rural Malawi. PloS one, 1 jul. 2018. v. 13, n. 7. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29965990/>. Acesso em: 30 ago. 2021. ARAD, M. et al. Do the patient education program and nurse-led telephone follow-up improve treatment adherence in hemodialysis patients? A randomized controlled trial. BMC Nephrology 2021 22:1, 7 abr. 2021. v. 22, n. 1, p. 1–13. Disponível em: <https://bmcnephrol.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12882-021-02319-9>. Acesso em: 31 ago. 2021. BATTISTELLA, M. et al. A Province-wide, Cross-sectional Study of Demographics and Medication Use of Patients in Hemodialysis Units Across Ontario. 10 mar. 2018. v. 5. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29568537/>. Acesso em: 30 ago. 2021. BAUMGART, A. et al. Meaning of empowerment in peritoneal dialysis: focus groups with patients and caregivers. Nephrology Dialysis Transplantation, 1 nov. 2020. v. 35, n. 11, p. 1949–1958. Disponível em: <https://academic.oup.com/ndt/article/35/11/1949/5876536>. Acesso em: 30 ago. 2021. BIKBOV, B. et al. Global, regional, and national burden of chronic kidney disease, 1990–2017: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2017. The Lancet, 29 fev. 2020. v. 395, n. 10225, p. 709–733. Disponível em: <http://www.thelancet.com/article/S0140673620300453/fulltext>. Acesso em: 30 ago. 2021. BRASIL. Da excepcionalidade às linhas de cuidado: o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Famacêutica e Insumos Estratégicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. DODD, R. et al. The impact of out-of-pocket costs on treatment commencement and adherence in chronic kidney disease: a systematic review. Health policy and planning, 1 nov. 2018. v. 33, n. 9, p. 1047–1054. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30247548/>. Acesso em: 30 ago. 2021. FRAMENT, J.; HALL, R. K.; MANLEY, H. J. Medication Reconciliation: The Foundation of Medication Safety for Patients Requiring Dialysis. American Journal of Kidney Diseases, 1 dez. 2020. v. 76, n. 6, p. 868–876. GONZÁLEZ, A. M. et al. Patient and Caregiver Priorities for Outcomes in CKD: A Multinational Nominal Group Technique Study. American Journal of Kidney Diseases, 1 nov. 2020. v. 76, n. 5, p. 679–689. Disponível em: <http://www.ajkd.org/article/S0272638620307198/fulltext>. Acesso em: 30 ago. 2021. HARRIS, D. C. H. et al. Increasing access to integrated ESKD care as part of universal health coverage. Kidney International, abr. 2019. v. 95, n. 4, p. S1–S33. HIMMELFARB, J. et al. The current and future landscape of dialysis. Nature Reviews Nephrology, out. 2020. v. 16, n. 10, p. 573–585. HOVADICK, A. et al. Interventions to improve the well-being of family caregivers of patients on hemodialysis and peritoneal dialysis: a systematic review. PeerJ, 1 jul. 2021. v. 9. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34322322/>. Acesso em: 30 ago. 2021. HSWEN, Y.; VISWANATH, K. Beyond the Hype: Mobile Technologies and Opportunities to Address Health Disparities. Journal of Mobile Technology in Medicine, jan. 2015. v. 4, n. 1, p. 39–40. KALANTAR-ZADEH, K. et al. Living well with kidney disease by patient and care-partner empowerment: kidney health for everyone everywhere. Brazilian Journal of Nephrology, jun. 2021. v. 43, n. 2, p. 142–149. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-28002021000200142&tlng=en>. Acesso em: 30 ago. 2021. KORAISHY, F. M.; ROHATGI, R. Telenephrology: An Emerging Platform for Delivering Renal Health Care. American Journal of Kidney Diseases, 1 set. 2020. v. 76, n. 3, p. 417–426. Disponível em: <http://www.ajkd.org/article/S0272638620306132/fulltext>. Acesso em: 30 ago. 2021. LUCERO, R. J. et al. The Relationship Between Individual Characteristics and Interest in Using a Mobile Phone App for HIV Self-Management: Observational Cohort Study of People Living With HIV. JMIR mHealth and uHealth, 1 jul. 2017. v. 5, n. 7. Disponível em: </pmc/articles/PMC5553004/>. Acesso em: 31 ago. 2021. MARIN, J. G. et al. Prescription Patterns in Dialysis Patients: Differences Between Hemodialysis and Peritoneal Dialysis Patients and Opportunities for Deprescription. Canadian Journal of Kidney Health and Disease, 2020. v. 7. Disponível em: </pmc/articles/PMC7218341/>. Acesso em: 30 ago. 2021. MONÁRREZ-ESPINO, J.; DELGADO-VALLES, J. A.; RAMÍREZ-GARCÍA, G. Quality of life in primary caregivers of patients in peritoneal dialysis and hemodialysis. Brazilian Journal of Nephrology, 4 jun. 2021. NCHS. Healthy-People 2020 - Midcourse Review. National Center for Health Statistics: Health Communication and health information technology, 2016. Disponível em: <https://www.cdc.gov/nchs/healthy_people/hp2020/hp2020_midcourse_review.htm>. Acesso em: 31 ago. 2021. NEVES, P. D. M. De M. et al. Brazilian Dialysis Census: analysis of data from the 2009-2018 decade. Jornal brasileiro de nefrologia : ’orgao oficial de Sociedades Brasileira e Latino-Americana de Nefrologia, maio. 2020. v. 42, n. 2, p. 191–200. ONG, S. et al. Integrating a Smartphone-Based Self-Management System into Usual Care of Advanced CKD. Clinical journal of the American Society of Nephrology : CJASN, 6 jun. 2016. v. 11, n. 6, p. 1054–1062. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27173169/>. Acesso em: 30 ago. 2021. PAI, AB et al. Medication reconciliation and therapy management in dialysis-dependent patients: need for a systematic approach. Clinical journal of the American Society of Nephrology : CJASN, 7 nov. 2013. v. 8, n. 11, p. 1988–1999. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23990162/>. Acesso em: 30 ago. 2021. PARHAM, R. et al. Development of a measure of caregiver burden in paediatric chronic kidney disease: The Paediatric Renal Caregiver Burden Scale. Journal of health psychology, 1 fev. 2016. v. 21, n. 2, p. 193–205. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24648321/>. Acesso em: 30 ago. 2021. PCORI. The Value of Engagement | PCORI. Patient-Centered Outcomes Research Institute. Washington, DC: PCORI, 2018. Disponível em: <https://www.pcori.org/engagement/value-engagement>. Acesso em: 9 set. 2021. PERAZELLA, M. A.; NOLIN, T. D. Adverse drug effects in patients with CKD: Primum non nocere. Clinical Journal of the American Society of Nephrology, ago. 2020. v. 15, n. 8, p. 1075–1077. REASON, B. et al. The impact of polypharmacy on the health of Canadian seniors. Family practice, ago. 2012. v. 29, n. 4, p. 427–432. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22223743/>. Acesso em: 30 ago. 2021. ROVER, M. R. M. et al. Avaliação da capacidade de gestão do componente especializado da assistência farmacêutica. Ciência & Saúde Coletiva, ago. 2017. v. 22, n. 8, p. 2487–2499. SANABRIA, R. M. et al. Expanded Hemodialysis and Its Effects on Hospitalizations and Medication Usage: A Cohort Study. Nephron, 1 mar. 2021. v. 145, n. 2, p. 179–187. Disponível em: <https://www.karger.com/Article/FullText/513328>. Acesso em: 30 ago. 2021. SES-MG. Obter Medicamentos. Componente Especializado da Assistência Farmacêutica. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 2021. Disponível em: <https://www.saude.mg.gov.br/obtermedicamentosceaf>. Acesso em: 30 ago. 2021. THURLOW, J. S. et al. Global Epidemiology of End-Stage Kidney Disease and Disparities in Kidney Replacement Therapy. American Journal of Nephrology, 1 abr. 2021. v. 52, n. 2, p. 98–107. Disponível em: <https://www.karger.com/Article/FullText/514550>. Acesso em: 30 ago. 2021. TONG, A et al. Implementing core outcomes in kidney disease: report of the Standardized Outcomes in Nephrology (SONG) implementation workshop. Kidney international, 1 dez. 2018. v. 94, n. 6, p. 1053–1068. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30360959/>. Acesso em: 30 ago. 2021. WHO. Global diffusion of eHealth: making universal health coverage achievable: report of the third global survey on eHealth. Geneva: World Health Organization, 2016a. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/252529/9789241511780-eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. ______. Patient Engagement Technical Series on Safer Primary Care Patient Engagement: Technical Series on Safer Primary Care. World Health Organization, 2016b. Disponível em: <http://apps.who.int/bookorders.>. Acesso em: 30 ago. 2021. XAVIER, B. Lessa S.; SANTOS, I. Dos; SILVA, F. V. C. E. Promovendo autocuidado em clientes em hemodiálise: aplicação do diagrama de nola pender Promoting self-care in clients on hemodialysis: application of the nola pender’s diagram. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 11 abr. 2017. v. 9, n. 2, p. 545–550. Disponível em: <http://www.seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/5968>. Acesso em: 30 ago. 2021.
Busca-se por meio das ações deste projeto demostrar a relevância que a extensão universitária proporciona no processo de formação do estudante de forma concreta e efetiva. É um momento de vivenciar o processo ensino e aprendizagem via extensão como verdadeiro diferencial na vida do estudante. O contato com a realidade do serviço de hemodiálise irá proporcionar ao estudante o diferencial na ética profissional, no trabalho em equipe. Além disso, contribuir para a promoção de orientações e práticas educativas em esforços conjuntos previstos junto as comunidades de cuidados renais. E por meio da interação dialógica com os pacientes, os familiares, os cuidadores e todos que trabalham no serviço este trabalho extensionista será marcado por experiências interprofissionais com caráter de saúde pública.
Este projeto é parte integrante do serviço de hemodiálise nos seguintes aspectos: a) Foi contemplado com uma bolsa Pibex 01/2019 com número de registro 119103.316773.1753.322676.21102020; b) Viabilizou uma estudante de farmácia com a defesa de Trabalho de Conclusão de Curso em 2020; c) Os estudantes de farmácia e medicina contribuíram o planejamento e organização o banco de dados e participação em artigo que faz parte de uma dissertação de mestrado. d) É parte integrante do Grupo de Pesquisa "Núcleo de educação em saúde coletiva: interface entre ensino, pesquisa e extensão". Endereço para acessar este espelho: dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/5643500896410395 O Núcleo de Saúde Coletiva trata de uma estratégia primordial para realizar atividades que contemple ações conjuntas e inter-relacionadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão com vista para fortalecer estratégias para superar as desigualdades sociais, econômicas e de saúde na Região do Vale do Jequitinhonha.
Público-alvo
Diretamente serão beneficiados no Serviço de Hemodiálise da Santa de Caridade de Diamantina 142 pacientes provenientes de 23 municípios da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha.
Profissionais de saúde e funcionários do serviço de hemodiálise.
Indiretamente pretende-se beneficiar aproximadamente 300 envolvidos com o dia a dia dos pacientes que incluem os familiares e os cuidadores.
Municípios Atendidos
Diamantina
Datas
Alvorada De Minas
Aricanduva
Capelinha
Conceição Do Mato Dentro
Couto Magalhães De Minas
Carbonita
Chapada Do Norte
Congonhas Do Norte
Coluna
Felício Dos Santos
Materlândia
Itamarandiba
Minas Novas
Presidente Kubitschek
Rio Vermelho
Serro
Serra Azul De Minas
São Gonçalo Do Rio Preto
Senador Modestino Gonçalves
Turmalina
Veredinha
Parcerias
A Santa Casa de Caridade de Diamantina por meio do Serviço de Hemodiálise irá ser co-participe para viabilizar as ações extensionistas junto aos pacientes, familiares e cuidadores. A população de 23 municípios pode ser atendida por meio do serviço de hemodiálise da Santa Casa de Caridade de Diamantina. Além disso, possui quatro profissionais especializados em nefrologia e equipe multiprofissional que atendem atualmente 142 pacientes da Macrorregião de Saúde Jequitinhonha e outro macro. O serviço possibilita aos pacientes renais crônicos o atendimento por meio de Terapia Renal Substitutiva como hemodiálise e diálise peritoneal, e também contribui para o acesso ao transplante renal. Neste sentido, o serviço de hemodiálise prima pela necessidade de reiterar a prevenção da doença renal, e promover projetos que visem o bem-estar do paciente renal no âmbito secundário e terciário.
Cronograma de Atividades
Os estudantes de farmácia e medicina serão capacitados sobre como elaborar e executar um diagnóstico participativo. Será promovida oficina utilizando a metodologia da problematização, e dessa forma favorecer o aprendizado para o desenvolvimento de habilidades de observação, análise, avaliação, cooperação entre os estudantes, profissionais de saúde e docentes. A oficina será organizada em cinco unidades: a primeira de apresentação, e as outras quatro unidades didáticas. Cada uma delas contém atividades específicas necessárias para se trabalhar determinados conceitos-chave (doença renal crônica, uso racional de medicamentos, serviço de hemodiálise e equipe de profissionais e segurança do paciente), com duração de 14 horas no total.
Por meio de um diagnóstico participativo será desenvolvido um diálogo sobre as dúvidas envolvendo prevenção, bem-estar, os sintomas da doença e tipos de tratamentos. Também será investigado a prontidão para o uso de tecnologias móveis com o objetivo de ampliar a capacidade de comunicação durante as etapas do projeto.
Diante do resultado do diagnóstico participativo os estudantes poderão planejar e elaborar diferentes tipos de material educativo. Este material será elaborado com qualidade pedagógica e didática quanto ao conteúdo e ao alcance dos objetivos previstos nas ações extensionistas. Poderá ser na forma de materiais audiovisuais (filmes, vídeos, videoclipes, entre outros); ou materiais educacionais digitais (são recursos digitalizados apresentados na forma de animações, hipertextos, vídeos, jogos, apresentações multimídia, infográficos, animações, aplicativos e simuladores). No entanto, terão como premissa a forma interativa, estimulante, compreensível e atraente para os pacientes, aos familiares e aos cuidadores. A educação em saúde envolve o uso de diversas mídias que poderão favorecer a motivação e a sensibilização quanto as informações sobre prevenção, bem-estar, os sintomas, tratamento e cuidados direcionados aos pacientes com doença renal.
Nesta etapa será realizada a análise dos prontuários físico e eletrônico (software – Dialsist, Sistema de Gestão Clinica e Administrativa do Serviço de Hemodiálise) e Sistema de Informação e Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (SIGAF). O software Excel será utilizado para tabular a situação da farmacoterapia do CEAF e demais medicamentos. E também o acompanhamento da logística do processo para ter acesso aos medicamentos CEAF junto a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina.
Ao escrever um relatório parcial e resumos o estudante tem oportunidade de começar de fato a desenvolver a habilidade de escrita considerando o limite pequeno de páginas e palavras. Além disso, irá aprender a fazer um recorte da metodologia de trabalho e se dar conta do andamento dos princípios básicos das ações extensionistas. Irá se profundar bibliograficamente no assunto desenvolvido no serviço de hemodiálise; fazer um banco de referências e citações, desenvolver análises refinadas, o que irá culminar na elaboração de um artigo sobre o tema.
Estudo das prescrições a fim de analisar a farmacoterapia e adesão ao tratamento. O software Micromedex e a literatura científica irão ser as fontes de pesquisa para avaliar os problemas relacionados com os medicamentos.
Um protocolo de visita domiciliar será a ferramenta para esta atividade. As visitas serão realizadas de forma oportuna de acordo com as necessidades dos pacientes, dos familiares e dos cuidadores.
Serão convidados os colaboradores (profissionais de saúde e os funcionários do serviço de HD) a investirem no treinamento com objetivo de desenvolver habilidades como estratégia para lidar com as dificuldades de lidar com a doença e o tratamento no dia a dia do trabalho. Desta forma, os pacientes com a doença renal, os familiares e os cuidadores poderão se sentirem apoiados para viver bem por meio de esforços conjuntos por parte dos profissionais envolvidos com os cuidados renais.
Neste momento, o estudante terá a vivencia do feedback. Os relatórios parcial e final, artigo completo e TCC serão corrigidos pelos orientadores proporcionando ao estudante direções para a escrita com linguagem clara e acessível a qualquer outra pessoa que leia os trabalhos. É um momento peculiar para receber críticas quanto a um trabalho final. Mas é uma etapa de crescimento e é visto como um processo construtivo e de incentivo que durante estas avaliações é imprescindível o engajamento do estudante.