Visitante
Conhecendo a História do Vale do Mucuri
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
marcio achtschin santos
2022101202241952
universidade federal dos vales do jequitinhonha
Caracterização da Ação
ciências humanas
cultura
educação
patrimônio cultural, histórico, natural e imaterial
regional
Não
Membros
isabella rodrigues de sá
Bolsista
igor dias costa de jesus
Voluntário(a)
sérgio lana morais
Voluntário(a)
A proposta é trabalhar com a comunidade, tanto alunos do ensino básico como internautas, a relação entre Identidade cultural, memória, pertencimento e história regional com o cidadania, tendo o site Museu Virtual Vale do Mucuri, criado pelo projeto em 2020. O projeto foi registrado no Proexc em 2016 e a partir do ano seguinte vem mantendo sua continuidade através da aprovação nos editais Pibex desde então. A proposta é trabalhar com a comunidade externa, em especial os alunos de ensino básico, a relação entre memória, identidade cultural, história regional e cidadania. Tendo como referência a História do Vale do Mucuri, apresenta um debate sobre o sentimento de pertencimento e sua relação com a memória, destacando a importância dessa construção para a formação cidadã. O projeto está relacionado com o resultado das pesquisas realizadas com o Projeto de pesquisa "Centro de documentação e arquivos da UFVJM - Campus Mucuri", registrado no e campus com protocolo 1252016. É apresentada em palestra a História do Mucuri e dado suporte para que as escolas deem continuidade em projetos com memórias e histórias das suas respectivas localidades. Até 2020 era um trabalho que se desenvolvia de forma presencial nas escolas de ensino básico e em outras instituições culturais. Com a pandemia da Covid-19, o trabalho passou a ser virtual. Com esse novo mecanismo, para dar maior dinâmica ao projeto, foi criado o Museu Virtual Vale do Mucuri, com exposições de acervos fotográficos e acervos cartográficos, que pode ser conferido no site https://museuvirtualvaledomucuri.com.br. Atualmente o site do MUVIM conta com mais de 9 mil visitações. tem como proposta apresentar, divulgar e debater nas redes sociais e de forma remota a relação existente entre memória, identidade cultural e pertencimento com cidadania. Tendo como base pesquisas já realizadas na UFVJM, são incorporados nesse material uma ruptura da história oficial, inserindo afrodescendentes e indígenas, o que aproxima de valores pouco percebidos pela comunidade da região. O intuito é de trazer outros olhares na construção do passado, despertando na comunidade a capacidade de se perceber como agente social e elevando sua autoestima. Construindo através do Museu Virtual do Mucuri, será apresentada a formação do vale do Mucuri, inserindo informações que provocam reflexão na comunidade interna e externa quanto a seu papel enquanto cidadão, sua relação com o meio que vive, sua identificação com a cultura local. Assim, ensino, pesquisa e extensão são desenvolvidos a partir desse trabalho.
Memória, Identidade Cultural, História Regional, Cidadania
O Vale do Mucuri não teve, até então, uma referência sobre sua história, retirando da comunidade o resgate de seus bens culturais, o reconhecimento de sua identidade, direito fundamental de todo cidadão. Há de se considerar que a região, já habitada por diversos grupos indígenas, vem sendo ocupada por colonos de diversas origens, desde o início do século XIX (ACHTSCHIN SANTOS, 2008). Ou seja, são séculos de história que necessita urgentemente ser resgatada. A história do Vale do Mucuri é marcada por um incômodo e ainda inexplicável descaso ao passado (ACHTSCHIN SANTOS, 2017). Esta situação causa impacto direto na realidade da região, quer seja em defesa do direito a uma formação identitária própria, quer seja na sua construção como agente social, quer seja ainda no descaso em relação à preservação ambiental. A partir de um trabalho institucional sistemático, as enormes lacunas da história precisam ser preenchidas tendo como ponto de partida o resgate dos bens culturais da população da região, construindo suas identidades, pois sua riqueza está na diversidade, e despertando nos cidadãos o sentimento de pertencimento. O projeto tem como proposta trazer informações utilizando como ferramenta o Museu Virtual Vale do Mucuri (MUVIM), site criado pelo projeto em 2021. Com acesso do site pelo endereço https://museuvirtualvaledomucuri.com.br, a relação existente entre memória, identidade cultural e pertencimento com cidadania será despertada na comunidade do Vale do Mucuri, com ampla divulgação nas redes sociais. Concomitante ao acesso ao site, esse projeto também será levado às escolas do ensino básico. No caso do atendimento às escolas, havendo ou não o retorno às aulas presenciais em 2022, serão feitas palestras tendo como centro do debate a relação Memória-Identidade Cultural-História Regional-Cidadania. O MUVIM funcionará como ferramenta impulsionadora dessas palestras. Sendo assim, o projeto vai ao encontro do tripé ensino-extensão-pesquisa, uma vez que nos três aspectos há por parte da UFVJM a proposta do conhecimento produzido a partir da realidade local e regional. Além disso, atua, conforme proposta prevista pela instituição, na ação coletiva das organizações da sociedade civil e do poder público, buscando soluções para as demandas regionais, priorizando o caráter local. Informo que, apesar de não estar relacionado nos detalhes da ação dessa inscrição, o projeto está registrado no programa de extensão CienCEArte - Ciência, Cultura, Educação e Arte: diálogos transdisciplinares entre universidade e sociedade, com o registro TO 001.1.001-2018.
O projeto extensionista tem como objeto a relação entre Memória, Identidade Cultural, pertencimento e história regional com a cidadania. As áreas temáticas e as linhas de extensão se entrecruzam no projeto, pois este está diretamente relacionado com cultura e educação, já que faz a relação entre memória, identidade cultural, pertencimento e história regional com cidadania. Levar esse debate para a comunidade, em especial para o ensino básico, é uma ferramenta de grande importância para a formação do cidadão. É no espaço escolar, através da educação, utilizando como linha de extensão patrimônio cultural e histórico que conseguirá formar cidadãos críticos e reflexivos (MEDEIROS, 2002). Quanto às fundamentações teóricas, o projeto passa pelo debate entre as categorias memória, Identidade Cultural, pertencimento, história regional e cidadania. Referência teórica central nesse trabalho é a de Identidade Cultural. Charles Taylor (1994) coloca como elemento fundamental na Identidade cultural a questão do reconhecimento. O que Taylor defende é que a identidade só se constrói a partir de uma relação dialógica, pela necessidade de se fazer reconhecer, tanto interna como externamente. Na busca de uma identidade regional, é importante entender que os critérios diferenciados são objeto de representações mentais (conhecimento, princípios, valores) e materiais (bandeiras, símbolos, imagens) ou atos que tem como estratégias representar para os outros o que pensar dos portadores dessa identidade. Fundada em representações, Stuart Hall (2006) entende que identidade cultural está ligada ao sentimento de pertencimento, de local de origem e vínculo com grupos, relacionado com culturais étnicas, linguísticas, religiosas, regionais, nacionais, dentre outras. Hall afirma que a identidade cultural apresenta uma cultura compartilhada em indivíduos que constroem uma mesma referência identitária. É, portanto, uma condição de existência da identidade cultural seu papel unificador. Mas, ainda segundo o teórico jamaicano, contraditoriamente a construção cultural se edifica a partir das diferenças em relação ao outro, não simplesmente como oposição, mas principalmente como posição estabelecida. Essas duas faces permitem ao grupo estabelecer referências para um autoconhecimento, como o que chama de “posicionamento”. Bourdieu (2003) procura analisar a “identidade regional” através da luta por se fazer demonstrar, se fazer ver e se fazer conhecer, sendo o discurso regionalista uma demarcação de fronteiras de quem antes era ignorado. Ou uma região que perdeu a importância e passou a ser menos visível no cenário nacional, fazendo um grupo ser percebido e ser distinto, impondo uma nova visão ao mundo social, dando a essa região um novo limite. É na manifestação considerada por Bourdieu (2003) como um ato mágico, mas ao mesmo tempo eficiente, onde um grupo oficializa seu reconhecimento antes negado, torna-se visível para si e para os outros, explicitando sua pretensão à institucionalização. Esse ato de magia ao fazer visível a coisa nomeada consegue ser realizado se quem o faz acredita realmente em seu discurso como uma nova “di-visão” do mundo social. É um ato que tanto compartilha uma visão em comum como também uma divisão em comum, construindo concomitantemente identidade e unidade, impondo percepções. Pensar o nascimento da identidade remete a um sentido dado por Stuart Hall em relação à identidade, qual seja sua ligação com o poder. Próximo a esse pensamento Raoul Girardet (1987) considera que identidades surgem através dos limites estabelecidos pelo poder: O “nós” torna-se “eles: isso significa que, ao invés de se reconhecer através das normas existentes na sociedade global, o grupo em questão se redescobre e se define como diferente, ao mesmo tempo em que, dolorosa ou violentamente, toma consciência de sua nova singularidade (GIRARDET, 1987, p. 181). Essa representação identitária, segundo Vejo (1999), é uma produção da coletividade construída por valores simbólicos e culturais, que por sua vez são formados pela representação da ordem social e suas relações. Pollak (1992) afirma que, em uma identidade, deve haver três elementos fundamentais: existência de uma fronteira de pertencimento ao grupo, uma continuidade temporal de sentimentos e um sentimento de vários elementos que se unificam. Nesse aspecto, a memória como um discurso de lembranças, compreendendo quem fala, do que se quer falar e o lugar onde se fala (POLLAK, 1992). É um fenômeno que faz referência ao outro, onde se faz uma imagem de si e dos outros, incitando à mudanças. Daí o entendimento de pertencimento com o significado de quem pertence ao lugar que ocupa, e, principalmente, que é fundamental modificar esse ambiente de vivência (AMARAL, 2013). Em um mundo globalizado, onde as informações e a cultura são elementos descartáveis e mercantilizados, reconstruir a história de um povo, uma região, uma localidade, é essencial para formação do cidadão (MEDEIROS, 2002), onde este se reconheça como agente ativo e transformador social, elevando a sua autoestima e sua capacidade de reflexão do contexto em que vive (TOURAINE, 1998). Em um momento onde se tem valorizado de forma crescente, em todo o mundo, os patrimônios históricos, os bens móveis e imóveis, materiais e imateriais, inclusive como elemento gerador de emprego e alternativa econômica, as produções regionais são fundamentais para consolidação deste processo. Assim, uma identidade cultural passa necessariamente pelo reconhecimento da história regional. De acordo com Leon Tolstoi, "Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia' (TOLSTOI apud ACHTSCHIN SANTOS, 2018, p. 5). Segundo Márcio Achtschin Santos (2018), o estudo da História Regional envolve o sentimento de pertencimento, trazendo novos significados de identidade, atuando, concomitantemente como uma trincheira de resistência diante das informações massificadas . Nesse sentido Até então, as análises históricas acerca do Vale do Mucuri se confundem com Vale do Jequitinhonha e norte de Minas Gerais, sem nenhuma distinção, abandonando suas particularidades e riquezas próprias (ACHTSCHIN SANTOS, 2018). Nos últimos anos, no entanto, com a chegada da Universidade Federal dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha (UFVJM), tem havido um crescimento significativo de trabalhos acadêmicos voltados para a realidade regional. Estando em atividade desde 2016, esse projeto tem vínculo com a atividade de pesquisa “Centro de Documentos e Arquivos da UFVJM – Campus mucuri” (projeto de pesquisa registrado no e-campus, desde 2016). Esse trabalho, iniciado a partir de edital CICT 004/2015 PRPPG/FAPEMIG, tem como proposta a digitalização de documentos diversos relacionados ao Vale do Mucuri. Parte dessa material já se encontra disponível na Biblioteca do Campus Mucuri. Desse modo, consegue relacionar ensino-pesquisa-extensão. O projeto "Conhecendo a História do Vale do Mucuri" já tem apresentado muitos resultados, tendo como proposta a apresentação de palestras e cursos. Diversos eventos já foram realizados, dentre os quais, o curso “História e Geografia regional: o Vale do Mucuri em questão” para professores do Ensino Básico, em novembro de 2017, com a participação de 113 docentes. Ao longo desses anos, já foram visitadas mais de duas dezenas de escolas em toda a região, tendo atendido por ano um público de mais de duas mil pessoas, entre alunos e professores. Também foram realizadas palestras para discentes de universidades, especialmente ligados à área de educação. Com a pandemia da Covid-19, novos desafios e necessidades de superação. Em 2021, a alternativa foi a criação do site "Museu Virtual Vale do Mucuri" (MUVIM), o que possibilitou não só a continuidade dos trabalhos em visitas virtuais nas escolas, mas a realização de atividades com toda a comunidade. Até o mês de setembro de 2021, á houve mais de nove mil visitações, sendo visualizadas por diversas regiões do Brasil, bem como comentários nas redes sociais sobre o Museu vindos de países como Suíça, Portugal, México, dentre outros. O MUVIM também realiza divulgações no facebook (Museu Virtual Vale do Mucuri) e no instagram (@museumuvim), ampliando a ações do projeto e dando visibilidade à UFVJM. Além disso, foram realizadas virtualmente palestras em 10 escolas do ensino básico. Retornando o ensino presencial em 2022, as atividades serão realizadas tanto remotamente como nos espaços físicos escolares. Por envolver Identidade cultural, memória, história regional, pertencimento e cidadania, tem uma abrangência em todos os segmentos da educação básica, atendendo não apenas a disciplina de história, mas também geografia, sociologia, português. No ensino superior, além das disciplinas que formam educadores, cumpre papel fundamental em Planos de Ensino nos cursos de Serviço Social e Ciências Econômicas, além de prestar contribuições na engenharia e arquitetura, através de fotografias das paisagens urbanas disponíveis nas imagens do Museu Virtual Vale do Mucuri.
Objeto Geral: Apresentar, junto à comunidade interna e externa os resultados das pesquisas de história realizados na UFVJM – Campus Mucuri, objetivando trazer reflexões e ações que relacionem memória, Identidade Cultural, pertencimento, história regional com cidadania, tendo como ferramenta o Museu Virtual Vale do Mucuri. Específicos - Tornar mais acessível à comunidade as informações referente o Vale do Mucuri, tendo como referência as atividades de pesquisas sobre história do Vale do Mucuri desenvolvidas na UFVJM - Campus Mucuri; - Realizar trabalho de resgate da memória local, procurando o resgate da história local; - Despertar na comunidade, em especial no aluno do ensino básico, a preservação da memória como importante instrumento de cidadania; - Difundir parte da documentação ainda existente da cidade de Teófilo Otoni e região e tornar público a existência dos mesmos; - Levar a conhecimento do público o material digitalizado pelo Centro de Arquivo da UFVJM – Campus Mucuri; - Despertar no discente-bolsista uma releitura da realidade regional tendo como referência a formação do Vale do Mucuri e sua construção identitária; - Sensibilizar a comunidade para a importância da preservação do acervo ainda existente sobre a história local, bem como a criação de um Museu regional; - Estimular os acadêmicos a aproximar do contexto vivido, colocando o Corpo Discente em contato com a realidade brasileira, oportunizando outras alternativas de aprendizado; - Estimular e dar suporte a trabalhos envolvendo o resgate de manifestações culturais a partir de patrimônios imateriais, especialmente de grupos historicamente excluídos da história local, como os afrodescendentes e os indígenas; - Apresentar referências para construção de uma, ou várias, identidades Culturais pertencentes ao Vale do mucuri.
O trabalho vai se estender para toda a comunidade que acesse redes sociais, construindo a proposta de uma referência sobre sua história, despertando na comunidade o resgate de seus bens culturais, o reconhecimento de sua identidade, direito fundamental de todo cidadão. Há de se considerar que a região, já habitada por diversos grupos indígenas, vem sendo ocupada por colonos de diversas origens, desde o início do século XIX (ARAÚJO, 2002; CULTERA, 2000; DUARTE, 2002) . Ou seja, são séculos de história que necessita urgentemente de serem resgatadas. A história do Vale do Mucuri é marcada por um incômodo e ainda inexplicável descaso ao passado (RIBEIRO, 1998) . A partir de um trabalho institucional sistemático, essas enormes lacunas da história precisam ser preenchidas tendo como ponto de partida o resgate dos bens culturais da população da região, construindo suas identidades, pois sua riqueza está na diversidade, e despertando nos cidadãos o sentimento de pertencimento. Sendo assim, o projeto vai ao encontro do tripé ensino-extensão-pesquisa, uma vez que nos três aspectos há por parte da UFVJM a proposta do conhecimento produzido a partir da realidade local e regional. Além disso, atua, conforme proposta prevista pela instituição, na ação coletiva das organizações da sociedade civil e do poder público, buscando soluções para as demandas regionais, priorizando o caráter local. O impacto direto é o acesso de professores e alunos do ensino básico às pesquisas realizadas acerca da história do Mucuri, incorporando em seu plano de ensino informações desconhecidas sobre a região. Produzirá também bases informativas para professores de história, geografia e sociologia. Apenas com trabalhos nas escolas, em números, representa o acesso a este trabalho a 2000 alunos e professores. O objetivo é visitar virtualmente ou presencialmente (a depender da realidade em 2022), escolas de Teófilo Otoni e também de outros municípios da região. Quanto à visitação do site do MUVIM, o público se amplia. A previsão é que mais de dez mil pessoas tenham acesso ao site em 2022, sendo que até setembro de 2021 o número de visualizações foi de 9 mil pessoas. O impacto indireto é de mobilização da comunidade para a criação do Museu físico, inexistente hoje na região do Vale do Mucuri. O MUVIM também possibilitará acesso de várias áreas de pesquisa, desde historiadores até acadêmicos da engenharia, arquitetura e urbanismo. Como fator motivador para disciplinas próximas ao tema, como a existente no curso de Serviço Social, "Formação Social Histórica e Política do Brasil", será proposta uma viagem com os discentes para Diamantina, com o objetivo de conhecer os Patrimônios e Museus dessa cidade . Nesta visita também estará incluída a ida ao Laboratório de Arqueologia e Estudos de Paisagem da UFVJM, que conta com importante material arqueológico da região do Vale do Mucuri.
Na primeira etapa, o que corresponde ao de início do projeto, o primeiro mês (a) discente fará, junto com o coordenador, uma leitura do material já produzido sobre a história regional, preparando o material a ser utilizado nas apresentações nas escolas. A partir do segundo mês o/a bolsista irá atualizar, em parceria com a coordenação, e divulgar através das redes sociais o Museu Virtual do Mucuri, especialmente instagram e facebook, provocando no público questionamentos e informações acerca da região. Quanto ao público-alvo de escolas do ensino básico, tendo como tema História regional e cidadania, serão estimulados projetos, como feiras culturais, envolvendo os temas identidade cultural-memória-pertencimento-história regional-cidadania. Pode-se perceber como o trabalho realizado atravessa diversos conhecimentos interdisciplinares, desde a áreas de humanas, como história, geografia, pedagogia e sociologia até a informática e estatística. É plenamente viável em relação a recursos, pois exige baixo investimento nas atividades. Ao mesmo tempo, interage de modo permanente com a comunidade. Nas redes sociais, pequenos questionamentos são provocados no instagram e no facebook para que os internautas visitem o site. Em 2021, através dessas chamadas pode-se perceber que as visitas ao site chegavam a um aumento significativo. Igualmente quando o trabalho está sendo realizado em escolas, a partir das palestras, as visitas ao site também ampliam. Duas escolas já estão trabalhando internamente a construção de museus locais. De modo mais amplo, já ocorreu reunião com o presidente da Câmara Municipal de Teófilo Otoni se comprometendo em dialogar para que o prédio da sua sede seja um espaço museológico.
ACHTSCHIN SANTOS, Márcio. A Filadélfia não sonhada: escravidão no Mucuri do século XIX. Teófilo Otoni: n/c. 2008. ___________. BARROSO, Leônidas. A Estrada Santa Clara no século XIX: caminho de gentes e vivências no Mucuri. Belo Horizonte: O lutador, 2017. ___________. Formação econômica, política, social e cultural do vale do Mucuri. Teófilo Otoni: n/c, 2018. AMARAL, A. L. Dicionário de Direitos Humanos. https:// escola.mpu.mp.br/dicionario, 2013. Acesso em 12 de setembro de 2021. ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história. São Paulo: Papirus, 2001.192 p. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 6 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Trad. Maria Manuela Galhardo. Lisboa: DIFEL, 1990. CULTERA, Samuel. Entre os selvagens. Belo Horizonte: BDMG cultural, 2000. DUARTE, Regina Horta. Notícias sobre os selvagens do Mucuri. Belo Horizonte: UFMG, 2002. FERNANDEZ, Marco Antônio (Coord.) Expedição Rio Todos os Santos: Rio de Todos que te queremos santo. Teófilo Otoni: n/c. 2006. FERREIRA, Godofredo. Os Bandeirantes Modernos. n/c, 1934. FUNDAÇÃO João Pinheiro. A colonização alemã no vale do Mucuri. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1993. GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. Trad. Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11 ed. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. ______________Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Org. Liv Sovik. Trad. Adelaine la Guardia Resende . . . [et, all]. Belo Horizonte: editora UFMG; Brasília: Representações da UNESCO no Brasil, 2003. MEDEIROS, Antônio José. Ideias e práticas de cidadania. União: Cermo, 2002. ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. 5 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. PINHEIRO, Paulo Chagas, Teófilo Ottoni: ministro do povo. Belo Horizonte: Itatiaia, 1978. KARNAL, Leandro. (org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas.6. ed. São Paulo: Contexto, 2010. 216 p. OLIVEIRA, Margarida Maria Dias de. (coord.) História: ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. 212 p. POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Revista Estudos históricos. Rio de Janeiro, vol. 05, n. 10, 1992. P. 200-212. RIBEIRO, Eduardo Magalhães. O cavalheiro e as selvas: as aventuras de Teófilo Otoni, o Mucuri e o Jequitinhonha do século XIX. Belo Horizonte: n/c, 1998. TIMMERS, Frei Olavo. THEÓPHILO BENEDICTO OTTONI: Pioneiro do Nordeste Mineiro e Fundador da Cidade de Teófilo Ottoni. Divinópolis: Gráfica Santo Antônio, 1969. TOURAINE, Alain. Igualdade de diversidade: o sujeito democrático. Bauru: EDUSC, 1998. WEYRAUCH, Cleia Schiavo. Pioneiros alemães de Nova Filadélfia: relato de mulheres. Caxias do Sul: EDUCS, 1997. TAYLOR, Charles et ali (org.). Multiculturalismo. Trad. Marta Machado. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.
O projeto contempla plenamente a formação do estudante: Estimula o discente a conviver com a realidade externa à universidade, tanto na busca do diálogo nas redes sociais, como a convivência com as diversas realidades da educação brasileira; Incentiva o acadêmico a trabalhar com a pesquisa e sua aplicação; Contribui com o estudante na elaboração de atividades expositivas e sua aplicação; Provoca no/a discente o entendimento da relação entre ensino, pesquisa e extensão; Apresenta à comunidade externa as atividades realizadas na UFVJM; estimula o/a bolsista a conhecer a realidade do Vale do Mucuri de forma plena. A capacitação do/a bolsista será feita no primeiro mês, com leituras de materiais envolvendo Identidade cultural-memória-pertencimento-história regional-cidadania, sendo devidamente orientado/a pelo coordenador. A partir do segundo mês essa capacitação será feita tanto na atualização do site como nas palestras nas escolas, entendendo que a capacitar é um processo contínuo. Para tanto, os encontros com o coordenador serão realizados semanalmente, levantando os aspectos positivos e aqueles que necessitam de melhoria. As atividades do/a bolsista serão: atualização do site do MUVIM devidamente acompanhado pelo coordenador, discutindo os conteúdos a serem inclusos periodicamente. Divulgação do site pelo instagram e pelo facebook, diálogo permanente com a comunidade através das redes sociais, palestras presenciais ou virtuais nas escolas de ensino básico ou em outras instituições que solicitarem as ações do projeto. O acompanhamento será em reuniões semanais, discutindo as dificuldades encontradas e os aspectos positivos em destaque. A avaliação será feita junto ao coordenador, bem como ouvindo os atores envolvidos nas escolas em que forem realizadas as palestras. A partir das atividades acima, o/a bolsista estará realizando atividades diretamente relacionadas com a integração entre o tripé ensino-pesquisa-extensão, pois estará compartilhando o resultado de pesquisas realizadas com a comunidade tanto nas redes sociais como especificamente nas escolas de ensino básico. Também é uma atividade que exigirá uma permanente interação com a comunidade. A atividade provocará no/a bolsista a busca permanente do conhecimento na área das Ciências Humanas, como história, geografia, sociologia, literatura e educação, como também em informática, pois a necessidade constante de atualização do site implicará em buscar novas ferramentas para aplicar no Museu Virtual. Para o trabalho virtual, basta que o/a discente tenha um computador, e para um possível trabalho presencial, o deslocamento para as escolas onde será realizado o projeto.
O projeto tem um alcance significativo de participantes. Já existente desde 2016, as visitas ocorrem não apenas em escolas, mas já foram realizadas diversas palestras em associações de bairros e associações culturais. Após a readaptação no mundo virtual, o acesso da comunidade se ampliou do modo significativo. Já recebemos informações que o Museu Virtual Vale do Mucuri foi visitado na Suíça, Portugal, México, dentre outros países. A UFVJM ganha muita visibilidade, pois a mídia também procura acompanhar as ações realizadas. Pelas experiências anteriores, há um grande envolvimento dos alunos e da comunidade escolar, culminando em algumas escolas em projetos de memórias, como feiras culturais. Com a expectativa da volta às aulas em 2022, as ações poderão ser mais efetivas com visitas presenciais nas escolas e as atividades virtuais. O projeto conta com ampla parceria a comunidade, desde as parcerias permanentes e registradas, como o sistema Estadual de Museus de Minas Gerais e o Instituto Federal do Norte de Minas – Campus Teófilo Otoni, como contatos realizados com a Superintendência Regional de Ensino e a Secretaria de Educação de Teófilo otoni para o acesso do projeto às escolas estaduais e municipais. Em âmbito nacional, o Museu Virtual Vale do Mucuri já se encontra cadastrado no IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus). Apesar de não estar relacionado nos detalhes da ação dessa inscrição, o projeto está registrado no programa de extensão CienCEArte - Ciência, Cultura, Educação e Arte: diálogos transdisciplinares entre universidade e sociedade, com o registro TO 001.1.001-2018.
Público-alvo
Professores e alunos do Ensino Básico que terão acesso através de palestras presenciais ou virtuais, dependendo da realidade pandêmica em 2022.
Público que buscar através do site do Museu Virtual Vale do Mucuri (MUVIM) informações sobre a história da região ou que forem usuários do instagram ou facebook
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Malacacheta
Carlos Chagas
Nanuque
Ladainha
Vale Do Mucuri
Ataleia
Itambacuri
Parcerias
O Sistema Estadual de Museus de Minas Gerais SEMMG presta toda assessoria ao Museu Virtual do Vale do Mucuri, sendo um parceiro permanente para orientação nas questões relacionadas à espaços museológicos virtuais
O Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - campus Teófilo Otoni tem prestado importantes serviços através do projeto "DA BAHIA-MINAS AO BAHIMINAS: INVENTÁRIO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DA ESTRADA DE FERRO BAHIA-MINAS NO MUNICÍPIO DE TEÓFILO OTONI-MG", dando o suporte necessário para as produções do Museu Virtual Vale do Mucuri nas informações cartográficas e nas atividades tecnológicas do site do Museu Virtual.
Cronograma de Atividades
Na primeira etapa, o que corresponde ao de início do projeto, o primeiro mês a discente fará, junto com o coordenador, uma leitura do material já produzido sobre a história regional, preparando o material a ser utilizado nas apresentações nas escolas.
A partir do segundo mês a bolsista irá atualizar, em parceria com a coordenação, e divulgar através das redes sociais o Museu Virtual do Mucuri, especialmente instagram e facebook, provocando no público questionamentos e informações acerca da região. Quanto ao público-alvo de escolas do ensino básico, tendo como tema História regional e cidadania, serão trabalhados palestras presenciais e/ou virtuais (dependendo da realidade do período), e estimulados projetos, como feiras culturais, envolvendo os temas identidade cultural-memória-pertencimento-história regional-cidadania.