Visitante
Atenção Odontológica à Pessoa com Deficiência em Diamantina/MG
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
luciara leao viana fonseca
20221012022436120
departamento de odontologia
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
pessoas com deficiências, incapacidades ou necessidades especiais
municipal
programa de atenção integral a saúde
Sim
Membros
ana laura pereira moreira
Bolsista
callebe carneiro de melo
Voluntário(a)
brender leonan da silva
Voluntário(a)
ana clara fayer gonçalves
Voluntário(a)
juliana esteves silva pascoal
Voluntário(a)
gabriela leite paulino
Voluntário(a)
laura castro silva
Voluntário(a)
marco tulio silva pereira
Voluntário(a)
cíntia tereza pimenta de araújo
Voluntário(a)
simone gomes dias de oliveira
Vice-coordenador(a)
paula cristina pelli paiva
Voluntário(a)
Pacientes com alguma deficiência compõem um grupo social considerado de alto risco para o desenvolvimento de cárie dentária, doenças periodontais e maloclusão, sendo os principais fatores para tal: a dificuldade de higienização oral pelos cuidadores ou pelo próprio paciente, que em suma, levam a negligência da saúde bucal; o tipo de dieta empregado, muitas vezes pautado em alimentos pastosos; uso crônico de medicações; disfunções salivares e/ou má formação de estruturas dentárias. O despreparo profissional para atender estes pacientes dificulta ainda mais o alcance das condições ideais de saúde oral, uma vez que não há contato contínuo com pacientes com necessidades especiais durante muitos dos cursos de graduação em odontologia. A "Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado" e a "Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais" prestam serviços exclusivos a alunos com deficiências de várias naturezas, no município de Diamantina/MG e região, atendendo respectivamente, 157 e 58 alunos atualmente. São compostas por um corpo de auxílio contendo profissionais da área da saúde, tais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, mas sem apoio especializado em saúde bucal. Sendo assim, este projeto de extensão tem como objetivo melhorar a condição bucal destes alunos, minimizar o medo do odontólogo, além de promover orientação em saúde bucal e atendimento clínico. Além, pode-se citar como objetivo, a capacitação de discentes do curso de odontologia, desde o mais cedo possível, ao atendimento humanizado e eficaz a este público. O projeto se encontra em atividade desde o ano de 2013, estando associado, desde 2017/1, a uma pesquisa de avaliação das condições bucais e qualidade de vida dos cuidadores e alunos, para melhor direcionamento das ações preventivas e educativas em âmbito escolar. As ações desenvolvidas pelo projeto são baseadas em atividades clínicas, tais como triagem, levantamento epidemiológico, atendimento clínico e orientações em saúde bucal; atividades em âmbito escolar, à exemplo, a confecção de um plano de atendimento individualizado a cada aluno (baseado em sua personalidade, inseguranças e deficiência), atividades lúdicas, escovação supervisionada e confecção de material didático; e atividades de ensino, internas ao projeto, como reuniões administrativas, mesas redondas, aulas abertas, seminários, confecção de materiais educativos, palestras e administração das redes sociais do projeto.
Saúde Bucal, Pessoas com Deficiência, Educação em Saúde
A pessoa com deficiência pode ser definida, segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/15), como “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. O projeto de “Atenção aos Pacientes Especiais em Diamantina/MG” (antigo nome do projeto), iniciado em 2013, surgiu com a proposta de melhorar a saúde bucal de escolares que apresentavam algum tipo de deficiência. Buscava também minimizar o medo do paciente gerado pela ausência de contato mais frequente com os profissionais da odontologia, o que levava a uma busca por atendimento odontológico apenas em situações de dor e urgências. Um conjunto de ações é articulado entre a clínica escola da “Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM”, a “Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado”, e a “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE”, realizando, conjuntamente e semanalmente, ações de ensino, pesquisa e extensão. Estas ações compreendem, por exemplo, escovação supervisionada, desenvolvimento de atividades lúdicas, capacitação do corpo de funcionários da escola ao reconhecimento de alterações básicas em saúde, capacitação dos discentes da odontologia ao atendimento à pessoa com deficiência, atendimento clínico, aplicação de questionários para análise socioeconômica e cultural de cada família, entre outras. O projeto teve início em 2013, vinculado ao PIBEX e era desenvolvido apenas na “Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado”. A proposta atual pretende ampliar o projeto estendendo suas atividades à “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais” (APAE), tornando possível o aumento do público-alvo e a consolidação de uma maior abrangência da atenção à saúde bucal das pessoas com deficiência em Diamantina, Minas Gerais. Atualmente, a “Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado” atende 157 alunos e a “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais”, 58 pessoas de Diamantina/MG e região, contando com o apoio do Centro Especializado em Reabilitação (CER) na assistência odontológica aos seus alunos. Ambas as escolas possuem um corpo de funcionários capacitado ao ensino à pessoa com deficiência, além do apoio de nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais da saúde. No entanto, não há atenção odontológica especializada nestes ambientes, logo, um dos alicerces do projeto é a interdisciplinaridade, ao contemplar o desenvolvimento de ações conjuntas com a equipe de profissionais das escolas, para uma atenção integral e humanizada a todos os alunos, provendo saúde e minimizando o histórico de marginalização social desta categoria de pacientes.
Saúde é, segundo o conceito da Organização Mundial de Saúde, não apenas a ausência de doenças ou agravos em saúde, mas também o pleno bem-estar individual nos aspectos físico, mental e social. Sendo assim, cabe ao cirurgião dentista assegurar um atendimento humanizado e completo a seus pacientes, realizando desde uma anamnese aprofundada e investigação do histórico familiar e pessoal destes, a encaminhamentos para outros profissionais quando houver demanda, tratando os pacientes de maneira integral e não apenas aquilo que tange a “especialidade” do profissional. Historicamente, há conhecimento da marginalização das pessoas com deficiência, sem possibilidade de inserção no mercado de trabalho e impossibilitadas de realizar tarefas diárias em geral, com poucas possibilidades de reabilitação, especialmente devido a atenção médico-odontológica despreparada para o contato com esta categoria de pacientes. Com a evolução dos valores sociais, morais, filosóficos, éticos e religiosos adotados por diferentes culturas em momentos históricos distintos, houve também a evolução do tratamento à pessoa com deficiência de improdutiva e marginalizada para o assistencialismo, buscando a educação e reabilitação destes indivíduos, além da própria inserção social (PACHECO, 2007). Esta inserção ainda é delicada, uma vez que, embora haja tendência a naturalizar as pessoas com deficiência - por meio de sua possível inserção no mercado de trabalho e asseguração de seus direitos - ainda há um dinamismo na maneira de vê-las e tratá-las, de acordo com estas mesmas crenças e valores sociais que tornaram o pensamento acerca desta minoria social desenvolvido. Não obstante, este dinamismo se encontra presente na odontologia, uma vez que, especificamente em Minas Gerais – cuja população de pessoas com deficiência é de aproximadamente 22,6%, segundo o CENSO de 2010 -, não existem muitos programas e disciplinas voltadas para a atenção destes pacientes durante a graduação, denotando profissionais da odontologia receosos e inseguros após formados, levando à negligência da saúde bucal, ou à necessidade de se recorrer, ainda, a métodos como a sedação ou anestesia geral para realizar procedimentos corriqueiros nestes pacientes. A alimentação pastosa, a ingestão frequente de carboidratos, o uso crônico de medicamentos, a inabilidade ou dificuldade em realizar e manter a própria higiene bucal e alterações no fluxo salivar dos pacientes com deficiência os tornam um grupo de alto risco para o desenvolvimento de cárie, doença periodontal e maloclusões (CASTRO, et. Al., 2010). O que é severamente agravado pelo despreparo profissional para atendê-los, além de uma provável situação financeira desfavorável do indivíduo para dar seguimento aos tratamentos, o que culmina numa atenção odontológica voltada para emergências, apenas quando há manifestação de dor, logo, numa alta taxa de extrações e perdas dentárias. Ademais, sabe-se que a odontologia no Brasil ainda assume, em maioria, um caráter elitista e restrito ao atendimento particular, uma vez que grande parte da população brasileira nunca obteve atenção odontológica, ou quando obtém, não dispõe de recursos financeiros suficientes para dar continuidade a um tratamento, muitas vezes ofertado apenas pelo serviço particular. O papel da comunidade universitária na atenção odontológica à pessoa com deficiência, se dá, então, de forma a minimizar o desconforto e a necessidade de intervenções de maior complexidade (como sedação e anestesia geral) para procedimentos dados como não invasivos, tais como restaurações dentárias, além de garantir que os cirurgiões dentistas formados assegurem a dominação do caráter preventivo das consultas em virtude do curativo. O contato contínuo entre universidade e comunidade estabelece um vínculo entre o público alvo do projeto, que é a pessoa com deficiência, e os futuros profissionais da odontologia, auxiliando na superação das inseguranças de ambos, tanto de atender um paciente especial, quanto de ser atendido, auxiliando no processo de reversão do elitismo e privatismo da odontologia e da ideia de que apenas profissionais especializados em odontologia para pacientes com necessidades especiais conseguem fornecer um tratamento adequado a esta minoria social. Em contrapartida, deve-se trabalhar uma odontologia aliada a outras áreas da saúde, tais como nutrição e fisioterapia, para prevenir agravos em saúde oral e também prover saúde, auto estima e integração social aos pacientes atendidos, segundo as limitações e particularidades de cada um. Ainda sobre o baixo índice de programas e projetos voltados para a pessoa com deficiência durante a graduação em odontologia, é inevitável pensar na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, em se tratando de construir um projeto capaz de impactar socialmente a vida destes pacientes e reconstruir a autoestima destas pessoas através do contato com a odontologia. A coesão entre extensão, ensino e pesquisa como fatores indissociáveis fomentam as bases do projeto para que se garanta um atendimento efetivo aos pacientes, por meio de um conjunto de ações articulado entre a clínica escola da “Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM”, a “Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado”, e a “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE”. As ações de extensão consistem na prevenção de agravos em saúde e orientação de higiene oral ainda em âmbito escolar e atendimentos clínicos na clínica escola da UFVJM. A pesquisa se dá pelo levantamento epidemiológico e pela aplicação de questionários para compreensão da realidade social de cada família. O ensino se faz presente em todas as reuniões entre os participantes, para discutir sobre a abordagem correta e individualizada aos pacientes, através de mesas redondas, palestras, visitas às escolas e apresentação interna de seminários, além de discutir sobre as metas atingidas durante as ações e como aplicá-las, para maior aprofundamento do projeto. Todas as atividades descritas são interdependentes, já que não se pode melhorar a condição de saúde oral destes pacientes sem ações na escola e orientações em higiene oral, ou sem triá-los através do levantamento epidemiológico. Ademais, não se pode mensurar os impactos sociais do projeto e adequar a metodologia sem a discussão dos resultados da aplicação dos questionários, assim como não se pode melhorar a qualidade dos atendimentos e das demais atividades, sem um bom embasamento teórico fornecido pelas atividades de ensino. A existência deste projeto de extensão, se baseia, sobretudo, em minimizar os impactos ocasionados por esta marginalização histórica da pessoa com deficiência, através da prevenção de agravos em saúde oral e geral, estimulando os alunos a buscar o atendimento odontológico quando necessário, além de minimizar o medo do dentista, e em capacitar futuros profissionais da odontologia ao atendimento humanizado a estes pacientes. Para que esta marginalização diminua ainda mais, é de extrema importância o trabalho contínuo entre o corpo de apoio da escola e os discentes membros do projeto, por meio de reuniões para debater as necessidades gerais dos alunos e de que maneira as abordar, além da troca de experiências entre estes, de maneira a que os discentes da UFVJM sejam aptos a guiar os funcionários da escola para reconhecer agravos básicos na saúde em geral, reconhecendo qualquer alteração que possa ocorrer, especialmente em boca, tais como cárie severa, doença periodontal, traumatismos dentários múltiplos, maloclusões e outras desordens funcionais, e câncer de boca. Vale ressaltar ainda, a importância de se trabalhar não apenas com o corpo de funcionários da escola, mas também com os profissionais do CER (Centro Especializado em Reabilitação), de maneira interdisciplinar, o que torna os discentes do projeto aptos a reconhecer e intervir segundo a necessidade de cada caso, por ação conjunta com o psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeutas e outros. Estas ações conjuntas podem ser exemplificadas pela intervenção no lanche da escola em conjunto com a área de nutrição, para a elaboração de um cardápio mais saudável e menos cariogênico. Este trabalho em conjunto auxilia grandiosamente no processo de evolução estudantil de cada aluno participante do projeto, que passa a visualizar o público de pessoas com deficiência de maneira diferente, sentindo-se seguros para atender a qualquer tipo de público após formados, compreendendo-os como uma minoria que precisa de assistência e, sobretudo, reconhecimento. Aos alunos da “Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado” e a “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais”, se diz que o trabalho interdisciplinar colabora para seu reconhecimento pessoal e autovalorização, uma vez que após as ações de saúde coletiva, muitos destes se sentem felizes por conseguirem domínio sobre sua própria higiene corporal, mesmo que apenas em boca. Aumenta-se também, a autoestima destes pacientes, pela resolução de problemas estéticos que os incomodavam, possibilitando assim, a reinserção destes alunos no meio social e no mercado de trabalho, em caso de pacientes em maioridade. A continuidade deste projeto se faz necessária para que se dê sequência ao objetivo de melhorar as condições de saúde bucal dos pacientes atendidos, provendo um vínculo entre estes e os futuros profissionais da odontologia da UFVJM, tornando-os aptos a reconhecer o direito a atenção integral e humanizada, e a reabilitação da pessoa com deficiência, rompendo a visão de exclusão social e valorizando este público na cidade de Diamantina/MG e região.
GERAIS Dar continuidade ao projeto que procura despertar nas pessoas com deficiência, pais/responsáveis e funcionários das escolas, o interesse e conhecimento preventivo e terapêutico em saúde bucal. Capacitar os discentes do curso de odontologia da UFVJM ao atendimento à pessoa com deficiência. ESPECÍFICOS • Melhorar a condição bucal dos alunos das escolas; • Minimizar a sensação de medo do dentista por parte dos alunos; • Capacitar os discentes da odontologia da UFVJM ao atendimento integral e humanizado a pacientes com deficiência; • Capacitar o corpo de funcionários e de apoio as escolas ao reconhecimento de agravos em saúde oral e a condução do paciente ao cirurgião dentista; • Reduzir a realização indiscriminada de atendimentos sob anestesia geral, o que não interfere no controle da doença (uma vez que ocorre de forma esporádica e é puramente cirúrgico/restaurador) e são de risco para o usuário; • Avaliar e realizar um levantamento epidemiológico da saúde bucal dos alunos; • Orientar aos pais e responsáveis sobre os cuidados de saúde bucal exigidos por essa categoria de pacientes; • Incentivar os discentes da UFVJM à pesquisa, por meio do levantamento epidemiológico e coleta de dados dos pacientes; • Incentivar o trabalho em conjunto e pautado na interdisciplinaridade, através da comunicação entre discentes da UFVJM e a equipe do Centro Especializado em Reabilitação e o corpo de funcionário das duas escolas parceiras do projeto; • Prestar assistência clínica aos necessitados, encaminhando-os à Clínica de Odontologia da UFVJM para a realização do tratamento adequado e, se necessário, encaminhá-los a especialistas da área.
Quanto às metas, cita-se: • Aumentar a carga horária teórica do projeto para 4 horas semanais, ao invés de 4 horas quinzenais, para que o objetivo de capacitação dos discentes da Odontologia da UFVJM à Pessoa com Deficiência seja atingido; • Manter uma capacitação contínua e semestral, de temas variados, para ampliar a visão do corpo de funcionários das escolas a não só reconhecer agravos em saúde, mas compreender quando intervir junto à família e requisitar atendimento especializado; • Finalizar o levantamento epidemiológico dos pacientes, para que a parte de pesquisa continue em andamento, tornando viável escrever e divulgar trabalhos científicos na área de saúde da pessoa com deficiência, beneficiando ao projeto e à comunidade da UFVJM de forma geral; • Prover atendimento clínico de qualidade a todos os pacientes já triados; • Tornar todos os integrantes do projeto capazes ao atendimento à pessoa com deficiência, independentemente da condição de deficiência (física, intelectual, psicológica ou múltipla). • Ampliar os conhecimentos adquiridos através de cirurgiões dentistas especializados ao atendimento à pessoa com deficiência e outros profissionais da área a todos os discentes do curso de Odontologia da UFVJM; • Redigir um estatuto para legislação e organização interna das ações. No que tange a previsão de impacto direto das ações do projeto, podemos citar todos os 157 alunos da "Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado" e os 57 da "Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais", bem como todos os funcionários destas instituições e os 25 discentes atualmente ativos no projeto. Indiretamente, cita-se todos os alunos do curso de Odontologia, através das palestras, mesas redondas e aulas abertas divulgadas e organizadas pelo projeto (em parceria ou não a ligas acadêmicas do curso de Odontologia ou outros projetos de extensão); todos os pais/cuidadores dos alunos das instituições parceiras, através de orientações na clínica ou material educativo (vídeos e cartilhas); a comunidade interna e externa à UFVJM, através da rede social oficial do projeto (instagram), por publicações de conteúdos educativos. Quantos aos atuais indicadores numéricos do projeto, de maior relevância, podemos citar: • Aumento da procura pelo projeto, aumentando a quantidade de candidatos ao edital de seleção interno de 2 candidatos em 2021/1, para 12 candidatos em 2021/2; • Maior participação da comunidade da UFVJM nos eventos do projeto, visto o total de 95 inscritos na mesa redonda de "Tratamentos Alternativos na Odontologia", ministrada por 3 profissionais de instituições de ensino superior diferentes, através do Google Meet, que contou com 100 vagas disponíveis; • Crescimento do projeto no que tange ao público atendido nos anos anteriores, passando apenas uma parceria (com a "Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado"), para duas, quando a "Associação de Pais e amigos dos Excepcionais" foi incluída, ainda no ano de 2021.
Para que os objetivos do projeto sejam atingidos, os integrantes do projeto atuam por três frentes de ação diferentes, durante todo o ano letivo: 1) Atividades na clínica integrada da UFVJM: • Calibração dos membros do projeto acima do 4º período para padronização da triagem nos pacientes atendidos; • Triagem, através de um levantamento epidemiológico utilizando o formulário da SBBrasil 2010 (Anexo "outros"); • Atendimento clínico aos pacientes, de acordo com o índice de dentes cariados, perdidos e obturados de cada um (CPO-d), dando preferência aos mais necessitados; • Aplicação dos questionários da pesquisa aos pais ou responsáveis pelos alunos, fomentando a pesquisa socioeconômica; • Orientações de higiene bucal previamente ao atendimento clínico, aos pais e/ou cuidadores e alunos, tais como o uso correto do fio dental e técnicas corretas de escovação; • Desenvolvimento de atividades lúdicas previamente ao atendimento clínico, no momento de espera da consulta, para diminuir a ansiedade dos alunos, diminuir o medo do dentista e integrá-los ao ambiente clínico de maneira a que se sintam seguros e permitam o atendimento odontológico ou triagem; • Escovação dental supervisionada pelo aluno responsável pelo atendimento do paciente no equipo predeterminado, na clínica escola da UFVJM. 2) Atividades em âmbito escolar: • Práticas lúdicas em conjunto com os estudantes, para reforço de como reconhecer cáries e outros agravos em saúde oral em si próprios; • Escovação supervisionada, quando possível, sem aglomeração dos alunos; • Acompanhamento dos professores e outros funcionários no momento de escovação supervisionada, para ensiná-los a como manter a escovação diária dos alunos; • Reuniões com os professores e outros funcionários da escola, além dos profissionais da saúde ali presentes (fonoaudiólogo, psicóloga, fisioterapeuta...), para capacitação dos mesmos a identificar e notificar casos de cárie, doença periodontal e gengivites, traumatismos múltiplos e outros agravos de saúde presentes nos alunos; • Produção de material didático e outros materiais para ações de saúde coletiva em conjunto com as professoras da escola; • Confecção do plano de atendimento personalizado a cada aluno, baseado em sua personalidade, inseguranças e deficiência, minimizando os imprevistos durante as atividades na clínica odontológica e permitindo traçar um documento relacionado ao crescimento pessoal destes pacientes. 3) Atividades de ensino, que, em virtude da pandemia do COVID-19, continuarão ocorrendo à distância, sendo definidas por: • Reuniões administrativas, para discussão da metodologia a ser aplicada durante o semestre letivo, com organização dos temas, atividades e palestrantes a serem convidados, bem como discutir e adequar a atuação das diretorias do projeto (diretoria de ensino, marketing e ensino) para uma melhor administração e divisão de tarefas; • Palestras, mesas redondas e aulas abertas a todos os discentes do curso de Odontologia da UFVJM, ministradas por docentes e cirurgiões-dentistas de Diamantina e outras cidades, para maior embasamento teórico acerca da identificação e condução correta do paciente durante os atendimentos odontológicos e demais atividades do projeto; • Seminários, com o objetivo de aprimorar ainda mais os conhecimentos sobre saúde da pessoa com deficiência, apresentados pelos próprios membros do projeto e supervisionados por um profissional da odontologia, contando com o objetivo secundário de dar oportunidade ao desenvolvimento de uma oratória melhor por parte dos discentes extensionistas; • Confecção de vídeos e cartilhas educativas, de temas variados, para divulgação deste conteúdo aos funcionários, pais/cuidadores e alunos das escolas parceiras; • Manutenção do "instagram" do projeto, com objetivo de manter o vínculo com a comunidade externa à UFVJM e prover informação de qualidade, pautada em evidências científicas. É válido ressaltar que a participação dos graduandos em Odontologia se dá ativamente em todas as atividades desempenhadas pelo projeto, assim como a participação dos pais/cuidadores dos alunos das escolas parceiras se dá no momento das desempenhadas na Clínica Integrada da UFVJM. A participação dos alunos da "Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado" e da "Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE" se dá durante as atividades desempenhadas na Clínica Integrada da UFVJM e nas atividades em âmbito escolar. No que tange ao acompanhamento das ações, pode-se dizer que todas são acompanhadas por profissionais da UFVJM, da equipe do projeto, sendo as ações avaliadas por meio de formulários do Google (quando à distância) e por formulário próprio (quando presencial), com os resultados sempre debatidos ao final de cada semestre letivo, para melhoria e adequação da metodologia proposta. Os formulários à distância são preenchidos por todos os discentes membros do projeto e pelo professor coordenador.
BRASIL. Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Casa Civil. Brasília, DF, 6 jul. 2015. Castro, Alessandra Maia de; Marchesoti. Maria Goreti Neves; Oliveira, Fabiana Sodré de; Novaes, Myrian Stella de Paiva. Avaliação do tratamento odontológico de pacientes com necessidades especiais sob anestesia geral. Revista de odontologia da UNESP. Araraquara. v. 39, n.3, p.137-142, mai./jun., 2010. Minas Gerais adere ao Plano de Direitos da Pessoa com Deficiência. Acesso em: 10/08/21. Disponível em:<http://legado.brasil.gov.br/noticias/educacao-e-ciencia/2013/06/minas-gerais-adere-ao-plano-de-direitos-dapessoa-com-deficiencia>. Moysés, Samuel Jorge. Políticas de saúde e formação de recursos humanos em odontologia. Associação Brasileira de Ensino Odontológico. São Paulo. v.4, n.1, p. 30-37, 2004. Pacheco, Kátia Monteiro De Benedetto; Alves, Vera Lucia Rodrigues. A história da deficiência, da marginalização à inclusão social: uma mudança de paradigma. Revista Acta Fisiátrica. São Paulo. v. 14, n. 4, p. 242-248, 2007. Segre, Marco; Ferraz, Flávio Carvalho. O conceito de Saúde. Revista de Saúde Pública. São Paulo. v.31, n.5, p. 538-542, 1997.
A formação técnica dos alunos de odontologia da UFVJM permite que estes realizem a triagem e atendimento clínico dos pacientes em conformidade com as disciplinas de Clínica e Pré-clínica ministradas previamente, realizando desde procedimentos simples como profilaxia oral a restaurações mais complexas. Já a formação humanística do curso, em disciplinas como psicologia, saúde coletiva e sociologia, permite que os discentes se tornem abertos a compreender a realidade social dos pacientes com necessidades especiais da “Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado” e da “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais”, e a intervir de maneira correta, estimulando-os a participar ativamente das ações de saúde coletiva e demais atividades em âmbito escolar, além de prover uma base para que os discentes consigam disciplinar os alunos das escolas na clínica da UFVJM, de maneira a que estes se sintam seguros e permitam o atendimento odontológico do dia. Por sua vez, a participação dos discentes no projeto amplia a concepção de diversidade pelos estudantes da odontologia, que passam a compreender a necessidade de intervenção e compreensão da realidade social das pessoas com deficiência, para que atuem no processo de reinserção destas pessoas na comunidade. O convívio com pessoas com as mais diversas deficiências, desde motoras a psicológicas, faz com que os participantes do projeto se tornem aptos ao atendimento “personalizado” a todos os seus pacientes segundo suas necessidades individuais, o que culmina na equidade como alicerce para sua formação acadêmica. Além, o apoio e diálogo com os profissionais de outras áreas, como pedagogos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros, faz com que o paciente seja visto de forma integral, ou seja, como indivíduo completo, e não apenas como objeto para intervenção odontológica, estimulando a interdisciplinaridade. Uma calibração é realizada semestralmente, para capacitar e padronizar a triagem dos pacientes, consistindo na definição teórica do que deve ser reconhecido e sobre como intervir. A capacitação ao atendimento clínico é realizada pelas próprias disciplinas da graduação de Clínica e Pré-clínica prévias, de maneira a que os alunos do 4º período são aptos a realizar profilaxia oral e triagem, e os alunos do 5º período acima são capazes de atender as outras demandas. Cada atendimento é individualizado, sendo as adequações realizadas pelos próprios discentes e pelas professoras colaboradoras do projeto no dia do atendimento, experientes no atendimento à pessoa com deficiência. O mesmo acontece na capacitação dos discentes a escovação supervisionada e na prestação de orientações em higiene oral. Para a parte de pesquisa do projeto, calibra-se os membros, padronizando as legendas utilizadas em cada questionário. Todas as atividades lúdicas realizadas pelos participantes do projeto são realizadas em conjunto com o corpo de funcionários da escola e com as professoras colaboradoras, quando em clínica, para atender as necessidades de cada aluno e para análise da efetividade destas ações no cotidiano escolar e pessoal destes. Há o apoio de todos os profissionais da saúde ali presentes para sanar quaisquer dificuldades encontradas pelos discentes. Já as atividades de produção de material didático são realizadas conjuntamente com as escolas, para que estas possam supervisionar e auxiliar na aplicação destes materiais. As atividades lúdicas consistem em jogos e brincadeiras de contexto odontológico, além de filmes e outros desenhos para compreensão da ação do dentista. Em todos os casos, os discentes serão acompanhados e avaliados pela professora encarregada e pelas colaboradoras do projeto; pelo corpo de apoio, professores e funcionários da escola, por meio da observação direta de suas ações e pela análise de todo o conteúdo produzido pelos alunos durante a participação no projeto, incluindo o empenho e evolução pessoal de cada um. Em virtude da pandemia do COVID-19, as atividades relacionadas a como reconhecer e abordar cada deficiência, bem como a discussão dos resultados obtidos pela pesquisa epidemiológica continuarão sendo realizadas à distância, consistindo em mesas redondas, seminários, aulas abertas e palestras, apresentados pelos próprios discentes participantes do projeto e por profissionais da odontologia e outras áreas da saúde, supervisionados pela coordenadora e pelos profissionais das escolas, denotando um caráter teórico e observacional, até que seja estabelecido um protocolo de segurança para os atendimentos clínicos e para que as visitas às escolas possam ser realizadas sem que haja risco a segurança de quaisquer partes interessadas no projeto.
Este Projeto teve início no ano de 2013 por meio dos Editais Pibex. Durante esses anos, os alunos da escola estadual "Aires da Matta Machado" foram acompanhados semanalmente, durante os períodos letivos, pela equipe do Projeto, com ações educativas e atendimento clínico. No ano de 2020, o projeto foi ampliado para atender, também, aos alunos da "Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Nossa intenção é consolidar e ampliar o Projeto, o que se torna inviável sem o apoio financeiro da PROEXC. É válido ressaltar que este projeto de extensão vem se adequando a evolução entorno do tratamento à pessoa com deficiência, sendo necessário adequar seu título a esta realidade, passando, em 2021, a "Atenção Odontológica à Pessoa com Deficiência em Diamantina/MG" e não mais "Atenção à Saúde Bucal em Escolares Portadores de Deficiência de Diamantina/MG", visto que a deficiência é sempre inerente à pessoa, não sendo uma escolha trazê-la consigo, tornando o termo "Portadores de Deficiência" inadequado.
Público-alvo
Diretamente: Alunos da “Escola Estadual Professor Aires da Matta Machado” (atualmente, 157), alunos da “Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais” (atualmente, 58) e alunos do curso de odontologia da UFVJM. Indiretamente: Pais e cuidadores deste quantitativo de alunos.
Diretamente, os alunos que participam como extensionistas vinculados ao projeto em submissão; indiretamente, todos os demais alunos do curso de Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, através de mesas redondas, palestras e eventos mediados pelo projeto de "Atenção Odontológica à Pessoa com Deficiência em Diamantina/MG", em caráter de aula aberta a todos os estudantes deste curso de graduação na instituição.
Diretamente, os pais/cuidadores dos alunos das instituições parceiras que possuem contato com a clínica-escola da UFVJM no momento da triagem, levantamento epidemiológico e atendimento clínico são orientados quanto à importância de se ter uma boa higiene oral e uma boa alimentação, sobre agravos em saúde oral, como reconhecer alterações em boca e quando procurar atendimento especializado, bem como sobre quaisquer outros temas relacionados à saúde oral da pessoa com deficiência. Ainda, em se tratando da descrição do público-alvo diretamente impactado pelo projeto, podemos incluir todos os funcionários das instituições parceiras, que passarão por capacitações sobre como reconhecer agravos em saúde oral, como orientar aos pais e como encaminhar estes alunos ao atendimento especializado. Indiretamente, cita-se todos os presentes nos ambientes familiares/domésticos dos alunos das instituições parceiras do projeto, que terão, em algum momento, contato com os materiais repassados aos alunos e aos responsáveis pelo paciente no momento das atividades clínicas, tais como kits de higiene oral ou cartilhas educativas, bem como acesso a estas informações por meio das redes sociais do projeto, tais como a plataforma "Instagram".
Municípios Atendidos
Diamantina, Minas Gerais, Brasil
Parcerias
O projeto conta com uma parceria com a Escola Estadual "Professor Aires da Matta Machado", uma escola em caráter de educação especial, que atua em conjunto com uma equipe multidisciplinar, composta por uma psicóloga, pedagogos, fonoaudiólogo, nutricionista e outros profissionais de apoio, que fomentam a base de cuidados aos alunos atendidos, de maneira a que não haja atendimento odontológico especializado diretamente ligado à escola. Desta forma, a instituição se torna responsável por auxiliar bolsista e coordenador do projeto na elaboração dos cronogramas de ações, materiais didáticos, ações na escola e fornecer dados para as atividades clínicas, através de relatórios dos paciente e de orientações acerca do manejo destes, em virtude de suas necessidades específicas e inerentes á deficiência. A escola possui alunos da região como um todo, com turmas fixas de escolarização segundo a idade, e também, em caráter de sala de recursos multifuncionais, atuando segundo a política nacional de educação especial, no contraturno escolar, sendo possível acompanhar esta rotina e prestar orientações aos alunos ainda neste momento. São realizadas reuniões frequentes para discutir as metas, objetivos e atuação do projeto junto à escola, bem como para propor adequações metodológicas e discutir os resultados já obtidos. A Escola Estadual "Professor Aires da Matta Machado" possui consciência do vínculo que mantém com o projeto de "Atenção Odontológica à Pessoa com Deficiência", segundo a carta de anuência anexada ao final do documento para submissão ao PIBEX-UFVJM. A parceria é de extrema importância para a manutenção do projeto devido ao acesso aos alunos ou contato com suas famílias, para manutenção dos atendimentos odontológicos e triagens; há complementação dos temas trabalhados em sala, conjuntamente aos discentes da odontologia, que fornecem uma visão técnica e baseada em evidências científicas, sobre os cuidados em saúde geral e oral a serem seguidos. Há de se ressaltar, também, a possibilidade de complementação teórica dos discentes participantes do projeto, através de ações promovidas pela própria escola em parcerias internas muito benéficas, tais como o curso de libras ministrado pelo CAS (Centros de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez), no período de 2021/2, com objetivo de facilitar o manejo de pacientes com deficiência auditiva pelos discentes extensionistas, o que torna inviável a existência do projeto sem esta parceria. A equipe da escola estadual "Professor Aires da Matta Machado" se mostrou extremamente receptiva e aberta a novas metodologias durante o ano de 2021, sendo uma instituição muito participativa em todas as atividades propostas e ministradas pelo projeto, desde o início de sua parceria.
O projeto conta com uma parceria com a "Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais", uma escola em caráter de educação especial, que atua em conjunto com uma equipe multidisciplinar, composta por uma psicóloga, pedagogos, fonoaudiólogo, nutricionista e outros profissionais de apoio, que fomentam a base de cuidados aos alunos atendidos, de maneira a que não haja atendimento odontológico especializado diretamente ligado à escola. Desta forma, a instituição se torna responsável por auxiliar bolsista e coordenador do projeto na elaboração dos cronogramas de ações, materiais didáticos, ações na escola e fornecer dados para as atividades clínicas, através de relatórios dos paciente e de orientações acerca do manejo destes, em virtude de suas necessidades específicas e inerentes á deficiência. A escola possui alunos de Diamantina, sendo possível acompanhar esta rotina e prestar orientações aos alunos ainda no momento da escolarização. São realizadas reuniões frequentes para discutir as metas, objetivos e atuação do projeto junto à escola, bem como para propor adequações metodológicas e discutir os resultados já obtidos. A "Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais" possui consciência do vínculo que mantém com o projeto de "Atenção Odontológica à Pessoa com Deficiência", segundo a carta de anuência anexada ao final do documento para submissão ao PIBEX-UFVJM. A parceria é de extrema importância para a manutenção do projeto devido ao acesso aos alunos ou contato com suas famílias, para manutenção dos atendimentos odontológicos e triagens; há complementação dos temas trabalhados em sala, conjuntamente aos discentes da odontologia, que fornecem uma visão técnica e baseada em evidências científicas, sobre os cuidados em saúde geral e oral a serem seguidos. Há de se ressaltar, também, a possibilidade de complementação teórica dos discentes participantes do projeto, através da interação com o grupo interdisciplinar da instituição. A equipe da APAE/Diamantina se mostrou extremamente receptiva e aberta a novas metodologias durante o ano de 2021, sendo uma instituição muito participativa em todas as atividades propostas e ministradas pelo projeto, desde o início de sua parceria.
Cronograma de Atividades
Previamente ao inicio do Projeto, serão realizadas reuniões com a direção de cada escola parceira, para planejamento e ajustes no cronograma, com objetivo de confeccionar o calendário de ações educativas e de extensão do ano, junto às instituições parceiras, bem como selecionar os temas a serem trabalhados.
Seminários, desenvolvidos pelos próprios discentes extensionistas, supervisionados pela professora coordenadora ou outros profissionais da área, apresentados aos demais discentes vinculados ao projeto, com objetivo de ampliar o conhecimento teórico destes graduandos, para uma melhor desenvoltura clínica e profissional durante os atendimentos odontológicos e as demais atividades do projeto. Poderão ser realizados de maneira presencial ou à distância, de acordo com as restrições vigentes no momento de agendamento da atividade, devido à pandemia do COVID-19.
Mesas redondas de temas variados e relevantes à saúde oral e geral da Pessoa com Deficiência, com participação de profissionais de outras áreas ou de outras instituições, com objetivo de aprimorar o embasamento teórico dos discentes extensionistas vinculados ao projeto, para que haja, naturalmente, uma melhor performance nos atendimentos clínicos e triagens realizados na clínica-escola da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Podem ter caráter de aula aberta aos demais estudantes do curso de Odontologia da UFVJM, ou caráter restrito aos membros do projeto em submissão. À exemplo, a mesa redonda que aconteceu no dia 26/08/2021, intitulada "Tratamentos Alternativos na Odontologia", que foi aberta a todos os discentes do curso de Odontologia da UFVJM e contou com a participação de uma cirurgiã-dentista vinculada ao departamento de Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, uma cirurgiã-dentista da cidade do estado do Rio Grande do Sul e um cirurgião dentista vinculado à Universidade de São Paulo (FORP-USP). Poderão ser realizados de maneira presencial ou à distância, de acordo com as restrições vigentes no momento de agendamento da atividade, devido à pandemia do COVID-19.
Realização de palestras, em caráter de aula aberta aos demais discentes do curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, ou restrito apenas aos discentes extensionistas vinculados ao projeto em submissão, para aprimoramento no que tange aos conhecimentos teóricos acerca da saúde e abordagem à Pessoa com Deficiência, com aplicação durante os atendimentos e as demais atividades performadas pelo projeto, no intuito de torná-los inclusivos, integralizados e humanizados. Podem ser realizados tanto por profissionais da odontologia vinculados à UFVJM, quando por profissionais de outras instituições ou municípios. À exemplo, a palestra realizada no dia 09/09/2021, para apresentação do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAcI/UFVJM), aberto aos participantes da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva - LACOSC/UFVJM e aos participantes do projeto de extensão intitulado "Caminhando Juntos pela Saúde". Poderão ser realizados de maneira presencial ou à distância, de acordo com as restrições vigentes no momento de agendamento da atividade, devido à pandemia do COVID-19.
Atividade a ser desempenhada semanalmente, com o intuito de promoção e orientação em saúde, ao tratar de temas de grande relevância para a saúde da Pessoa com Deficiência, através de publicações educativas (devidamente referenciadas e baseadas em evidências científicas) e vídeos educativos.
Confecção de cartilhas educativas com o objetivo de promoção e orientação em saúde, prevenção de doenças e reconhecimentos de agravos orais a serem repassadas na clínica-escola da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (antes da realização dos atendimentos odontológicos) ou nas ações semanais nas escolas.
Os vídeos educativos tratam de temas relacionados à saúde oral de uma maneira geral e vem como uma alternativa às cartilhas educativas, especialmente para os alunos que apresentarem deficiência visual ou transtornos de aprendizagem que impossibilidade o foco em atividades escritas. Além disso, os vídeos possuem caráter de capacitação aos funcionários das escolas, demonstração de práticas (escovação dentária e uso do fio dental) e também possui como objetivo, a divulgação via "whatsapp", nos grupos das instituições parceiras, aos pais e cuidadores.
Visitas à Escola Estadual "Professor Aires da Matta Machado" e a "Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE", para criação e manutenção do vínculo entre as instituições parceiras e a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, principalmente com o objetivo de diminuir a sensação de medo do dentista e naturalizar o contato, facilitando os atendimentos clínicos. Ademais, as visitas possuem caráter educativo, ou seja, serão realizadas atividades de orientação, promoção em saúde, prevenção de doenças, supervisão da escovação e do uso do fio dental, confecção de materiais didáticos e atividades lúdicas com intuito educativo, seguindo todos os protocolos de biossegurança necessário a estas ações.
Capacitação dos funcionários das escolas parceiras ao reconhecimento de agravos em saúde oral e à condução dos alunos ao serviço ou aos profissionais adequados, por meio de oficinas, palestras e divulgação de vídeos e cartilhas educativas.
Calibração dos discentes do curso de Odontologia participantes do projeto, a partir do 4º, ao atendimento e levantamento epidemiológico de pacientes na clínica-escola da UFVJM, de forma padronizadas, permitindo a realização de posteriores análises e pesquisas envolvendo os dados obtidos nestes momentos.
"Triagem" dos pacientes, seguindo a ficha SBBrasil, baseado nos índices de dentes Perdidos, Cariados e Obturados (CPO-d), com caráter de desenvolvimento de pesquisas. Realizado por discentes a cursando a partir do quarto período de Odontologia, de maneira padronizada e supervisionada.
Atendimento na clínica-escola do curso de Odontologia, de maneira padronizada e supervisionada, com base no índice CPO-d (dentes cariados, perdidos e obturados), com encaminhamento à profissionais especializados, quando necessário.
Produção de textos, apostilas e manuais, de aplicação restrita aos discentes extensionistas do projeto, com objetivo de melhorar o manejo de pacientes com deficiência durante os atendimentos odontológicos na clínica-escola.