A osteoartrite (OA) é uma das doenças musculoesqueléticas mais prevalentes no mundo, sendo o joelho a articulação de descarga de peso mais acometida, levando frequentemente à incapacidade, comprometimento da mobilidade e execução de tarefas básicas. Os pacientes com OA de joelho necessitam de programas de reabilitação e educação em saúde de forma contínua, tanto para manejo da condição quanto para motivação na continuidade do tratamento. A fisioterapia tem alto nível de evidência no tratamento da OA, sendo preferencial ao tratamento medicamentoso. Os exercícios físicos atuam no controle da dor e na manutenção da função articular, sendo talvez a melhor escolha para casos leves e moderados de OA de joelho. A pandemia do Coronavírus (COVID-19) impôs um grande desafio à prestação de serviços à saúde, exigindo um novo formato de atendimento. Nesse cenário, o acesso restrito a consultas presenciais para reduzir a exposição e a transmissão da COVID-19 contribuiu para a implementação de atendimentos remotos, em que tecnologias digitais estão sendo usadas para fornecer atendimento. Esse contexto incluiu abordagens por telefone, intervenções disponibilizadas por meio de plataformas de vídeos e que podem ser complementadas por aplicativos de telefonia móvel. No que se refere aos atendimentos remotos em fisioterapia, a literatura atual tem evidenciado eficácia promissora na reabilitação de pacientes com condições de saúde crônicas e incapacitantes. Este projeto tem como objetivo disponibilizar um programa de educação em saúde e exercícios físicos via WhatsApp Web para adultos (≥ 50 anos) com diagnóstico clínico de OA de joelho. Todos os participantes do projeto de extensão intitulado “Fisioterapia aquática e acompanhamento nutricional para idosos com OA de joelho”, o qual foi interrompido por causa da pandemia COVID-19, serão convidados para participar. Aqueles que tiverem acesso ao WhatsApp Web e interesse em participar serão avaliados por meio do questionário Western Ontário and McMaster Universities, o qual avalia dor, rigidez e incapacidade, pela escala analógica de dor e realizarão o Short Physical Performance Battery – SPPB, para avaliação da força muscular e performance funcional. Os indivíduos que apresentarem condição clínica instável serão encaminhados para avaliação médica e só iniciarão o programa de exercícios após liberação médica. Os participantes receberão um material educativo sobre a OA de joelho e um programa de exercícios físicos disponibilizado via WhatsApp Web, durante 3 meses, com uma frequência de 3 vezes por semana. O programa será baseado em exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos dos membros inferiores e disponibilizado no formato de vídeos explicativos e ilustrativos, contendo informações a respeito da execução correta de cada exercício. Os participantes serão contatados via telefone, semanalmente, para informar se houve alguma intercorrência e, se sim, receber orientações. Após os três meses, os participantes serão reavaliados e nos casos em que o tratamento apresentar efetividade, os participantes serão orientados a manter, continuamente, a realização dos exercícios.

osteoartrite de joelho, telereabilitação, fisioterapia

A osteoartrite (OA) é uma das doenças musculoesqueléticas mais prevalentes no mundo (KOLASINSKI et al., 2020; PICAVET, HAZES, 2019). As articulações mais acometidas são o quadril, a mão e o joelho (KOLASINSKI et al., 2020). A prevalência de OA aumenta em função da idade, sendo que 40% das pessoas com mais de 65 anos de idade apresentam OA sintomática em uma ou mais articulações (GAY et al., 2016). De acordo com uma revisão sistemática, a prevalência de OA de joelho na população adulta é de 24% e espera-se que esta prevalência aumente em decorrência do processo de envelhecimento populacional e aumento da prevalência de obesidade, dois importantes fatores de risco para esta condição de saúde (OECD, 2011; PEREIRA et al., 2011). A OA de joelho determina um grande ônus para a população, considerando que dor e rigidez nesta articulação de descarga de peso levam frequentemente à incapacidade, comprometimento da mobilidade e execução de tarefas básicas (LITWIC et al., 2013). Os pacientes com OA necessitam de programas de reabilitação e educação em saúde de forma contínua, tanto para manejo da condição quanto para motivação na continuidade do tratamento (SKOU; ROOS, 2019). A fisioterapia tem alto nível de evidência no tratamento da OA, sendo preferencial ao tratamento medicamentoso (LINDBLAD et al., 2020). Os exercícios físicos atuam no controle da dor e na manutenção da função articular, sendo talvez a melhor escolha para casos leves e moderados de OA (JEVSEVAR, 2013). A pandemia do Coronavírus (COVID-19) impôs um grande desafio à prestação de serviços à saúde, exigindo um novo formato de atendimento (SHAH et al., 2020). Nesse cenário, o acesso restrito a consultas presenciais para reduzir a exposição e a transmissão da COVID-19 contribuiu para a implementação de atendimentos remotos, em que tecnologias digitais estão sendo usadas para fornecer atendimento (ALLEN et al., 2017; BEARNE; GREGORY; HURLEY, 2021; XIE et al., 2021). Esse contexto incluiu abordagens por telefone, intervenções disponibilizadas por meio de plataformas de vídeos e que podem ser complementadas por aplicativos de telefonia móvel (BEARNE; GREGORY; HURLEY, 2021). No que se refere aos atendimentos remotos em fisioterapia, a literatura atual tem evidenciado eficácia promissora para melhorar os resultados da reabilitação em pacientes com condições de saúde crônicas e incapacitantes (MILLER et al., 2021). A literatura disponível apresenta evidências de que as abordagens fisioterapêuticas remotas para pacientes com doenças reumáticas e musculoesqueléticas (RMDs) são viáveis (BEARNE; GREGORY; HURLEY, 2021). Nesse sentido, considerando a necessidade de reabilitação dos pacientes com osteoartrite de joelho (SPITAELS et al., 2019) e tendo em vista as limitações impostas pela pandemia da COVID-19 no que se refere à prestação de cuidados ao paciente (SHAH et al., 2020), este projeto se propõe a disponibilizar um programa de exercícios físicos via WhatsApp web para adultos (≥ 50 anos) com diagnóstico clínico de OA de joelho. Todos os participantes do projeto de extensão intitulado “Fisioterapia aquática e acompanhamento nutricional para idosos com OA de joelho”, o qual foi interrompido por causa da pandemia COVID-19, serão convidados para participar. Aqueles que tiverem acesso ao WhastApp Web e interesse em participar serão avaliados por meio do questionário Western Ontário and McMaster Universities, o qual avalia dor, rigidez e incapacidade, pela escala analógica de dor e realizarão o Short Physical Performance Battery – SPPB, para avaliação da força muscular e performance funcional. Os indivíduos que apresentarem condição clínica instável serão encaminhados para avaliação médica e só iniciarão o programa de exercícios após liberação médica. Os participantes receberão um material educativo sobre a OA de joelho e um programa de exercícios físicos disponibilizado via WhatsApp Web, durante 3 meses, com uma frequência de 3 vezes por semana. O programa será baseado em exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos dos membros inferiores e disponibilizado no formato de vídeos explicativos e ilustrativos, contendo informações a respeito da execução correta de cada exercício. Os participantes serão contatados via telefone, semanalmente, para informar se houve alguma intercorrência e, se sim, receber orientações. Após os três meses, os participantes serão reavaliados e nos casos em que o tratamento apresentar efetividade, os participantes serão orientados a manter, continuamente, a realização dos exercícios.

A OA de joelho é altamente prevalente na população (PEREIRA et al., 2011) e, frequentemente, leva à incapacidade, comprometimento da mobilidade e execução de tarefas básicas (LITWIC et al., 2013). A fisioterapia tem alto nível de evidência no tratamento da OA de joelho, sendo preferencial ao tratamento medicamentoso (LINDBLAD et al., 2020). Os exercícios físicos atuam no controle da dor e na manutenção da função articular, sendo talvez a melhor escolha para casos leves e moderados de OA (JEVSEVAR, 2013). A pandemia do Coronavírus (COVID-19) impôs um grande desafio à prestação de serviços à saúde, exigindo um novo formato de atendimento (SHAH et al., 2020). Nesse cenário, o acesso restrito a consultas presenciais para reduzir a exposição e a transmissão da COVID-19 contribuiu para a implementação de atendimentos remotos, em que tecnologias digitais estão sendo usadas para fornecer atendimento (ALLEN et al., 2017; BEARNE; GREGORY; HURLEY, 2021; XIE et al., 2021). Desde 2017, o projeto de extensão "Fisioterapia aquática e acompanhamento nutricional para idosos com osteoartrite de joelho" ofereceu um programa de exercícios físicos, realizado na piscina de forma coletiva, para mais de 100 adultos (idade ≥ 50 anos) com diagnóstico clínico de OA de joelho e apresentou efetividade no alívio da dor e melhora da função destes pacientes. Entretanto, com o início da pandemia o projeto foi interrompido e não há previsão de retorno no mesmo formato. Considerando que estes pacientes necessitam de programas de reabilitação e educação em saúde de forma contínua, tanto para manejo da condição quanto para motivação na continuidade do tratamento (SKOU; ROOS, 2019), este projeto de extensão se propõe a disponibilizar um programa de educação em saúde e exercícios físicos via WhatsApp Web para adultos (≥ 50 anos) com diagnóstico clínico de OA de joelho, incluindo os participantes do antigo projeto de extensão.

Objetivo geral: Oferecer um programa de educação em saúde e reabilitação via WhatsApp Web para adultos com osteoartrite de joelho. Objetivos específicos: - Avaliar a aceitabilidade (satisfação com o programa) do programa. - Avaliar a efetividade do programa por meio do questionário Westerm Ontário and McMaster Universities, o qual avalia dor, rigidez e incapacidade . - Avaliar a efetividade do programa por meio da escala analógica de dor. -Avaliar a efetividade do programa por meio do testes Short Physical Performance Battery – SPPB, o qual avalia força muscular dos membros inferiores e performance funcional. .

Este projeto tem como meta oferecer um programa de educação em saúde e reabilitação via WhatsApp Web, inicialmente, para 100 adultos com osteoartrite de joelho e verificar a aceitabilidade e efetividade deste programa na dor e função física destes adultos. Caso o programa tenha se mostrado efetivo e os participantes do projeto não tenham apresentado intercorrências durante o período de intervenção, os vídeos do programa, incluindo os vídeos de educação em saúde e reabilitação, serão disponibilizados em um canal do youtube.com juntamente com as orientações dos cuidados que os pacientes deverão ter antes de iniciar o programa.

Adultos (≥ 50 nos), de ambos os sexos, com diagnóstico clínico de osteoartrite de joelho serão convidados para participar do projeto. Inicialmente, os adultos que participaram do projeto de extensão “Fisioterapia aquática e acompanhamento nutricional para idosos com osteoartrite de joelho”, o qual foi interrompido por causa da pandemia COVID-19, serão contatados para verificar o interesse e se têm acesso ao WhatsApp Web. Aqueles que tiverem interesse e acesso ao WhatsApp Web receberão uma visita domiciliar para avaliação do quadro clínico, da dor e da função física. Todos os cuidados de biossegurança referentes ao Covid-19 serão assegurados (máscara, luvas e uso de álcool para desinfecção dos equipamentos). Dados vitais e o histórico do quadro clínico nos últimos seis meses serão avaliados para verificar o risco do indivíduo em realizar os exercícios físicos. Para avaliação da dor, rigidez e função física os participantes responderão ao questionário WOMAC (Westerm Ontário and McMaster Universities) e realização o Short Physical Performance Battery – SPPB, para avaliação da força muscular e performance funcional. É um teste simples, de fácil execução e pouco oneroso. É um instrumento composto por três testes, que avaliam na sequência: o equilíbrio estático em pé, velocidade de marcha em passo habitual, e indiretamente, a força muscular dos MMII, com o teste de sentar e levantar de uma cadeira, cinco vezes consecutivas sem o auxílio dos membros superiores (MMSS). A dor também será avaliada por meio da escala analógica visual da dor. Peso e altura serão aferidos para cálculo do índice de massa corporal. Os participantes que se apresentarem aptos a iniciar o programa de educação em saúde e exercícios físicos receberão vídeos de educação em saúde e exercícios físicos, via internet (WhatsApp Web), durante 3 meses, com uma frequência de 3 vezes por semana. Os participantes serão contatados via telefone, semanalmente, para informar se tiveram alguma dificuldade em realizar os exercícios e se houve alguma intercorrência. Os vídeos de educação em saúde incluirão informações sobre cuidados como alimentação para evitar ganho de peso, calçado adequado, uso de auxílio para marcha, atividades que devem ser evitadas e atividades físicas que podem e devem ser realizadas. O programa de exercícios será baseado em exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos dos membros inferiores, possíveis de serem realizados sem supervisão direta. Durante as 4 primeiras semanas, exercícios novos serão acrescidos ao programa, semanalmente. Após este período, haverá somente aumento no volume dos exercícios de forma que estes sejam progressivos.

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As atividades desenvolvidas pelo estudante irão abarcar o tripé ensino-pesquisa-extensão. Os vídeos ilustrativos e explicativos abordando a educação em saúde e o programa de reabilitação destes pacientes serão baseados nas últimas Diretrizes disponíveis na literatura sobre tratamento para pacientes com osteoartrite de joelho e o estudante será responsável pela produção dos vídeos, assim como pela avaliação, acompanhamento e reavaliação dos participantes do projeto, o que irá contribuir com a sua formação extensionista, clínica e de pesquisa, ao avaliar a efetividade do programa disponibilizado.

A osteoartrite de joelho é altamente prevalente e incapacitante. O exercício físico tem forte evidência no controle da dor e manutenção da função física destes pacientes. A falta de acesso à programas de educação em saúde (educação sobre a doença e cuidados para minimizar a progressão da doença) e reabilitação no Brasil é uma realidade. Desde 2017, o projeto de extensão intitulado “Fisioterapia aquática e acompanhamento nutricional para idosos com OA de joelho” atendeu mais de 100 adultos e apresentou efetividade em relação à dor e função física. Entretanto, o programa foi interrompido por causa da pandemia COVID-19. Apesar do projeto atender em torno de 30 adultos por semestre, a lista de espera da Clínica Escola de Fisioterapia da UFVJM para participação no projeto ainda era grande. Este projeto tem como proposta oferecer uma alternativa no tratamento destes pacientes, sem nenhum custo e que seja de fácil acesso. Caso o programa se apresente efetivo, este será disponibilizado em um canal do youtube.com para que mais pessoas tenham acesso.