Visitante
Educação Ambiental e Saneamento Básico: Atividades Educativas na Educação Básica
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
mirian da silva costa pereira
2022101202215446
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
meio ambiente
questões ambientais
municipal
Não
Membros
deise ane oliveira silva
Voluntário(a)
samuel oscar mendes cirino keske
Voluntário(a)
neide lopes dos santos
Voluntário(a)
mariana stefani barbosa
Bolsista
lorrány ribeiro da silva
Voluntário(a)
isabela nascimento melo
Voluntário(a)
clenia mara gomes de morais
Voluntário(a)
leandro ferreira da silva
Voluntário(a)
monique di domenico
Voluntário(a)
Neste projeto serão desenvolvidas ações voltadas para a educação ambiental tanto no Ensino Superior quanto na Educação Básica, apresentando diretrizes gerais e linhas de ação para o planejamento, desenvolvimento, implantação e avaliação das iniciativas de educação ambiental. As atividades educativas (palestras, oficinas, experiências, jogos, dentre outros) serão trabalhadas por graduandos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) do Campus de Unaí com alunos da educação básica do município de Unaí/MG. Objetiva-se construir valores, conhecimentos e atitudes voltados para a conservação do meio ambiente e a utilização correta de recursos relacionados ao saneamento básico, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes. Será seguida a recomendação da Comissão de Biossegurança da UFVJM de manter as atividades remoto/on-line enquanto não for autorizado utilizar da modalidade presencial nas atividades de extensão.
Saneamento básico, educação ambiental, educação básica.
A implantação e utilização correta do saneamento básico é fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população (ZOMBINI; PELICIONI, 2014). O descarte incorreto do esgoto e o consumo de água não tratada são causas de várias doenças provenientes de organismos patogênicos que se proliferam em ambientes insalubres. A falta de saneamento contribui para o aumento de epidemias, expondo a população a vírus e bactérias que desencadeiam enfermidades potencialmente fatais. Grande parte das doenças associadas à precariedade do saneamento básico é causada por cistos, larvas ou parasitas provenientes de fezes e fluidos humanos a que a população de baixa renda está constantemente em contato (GUIMARÃES; CARVALHO; SILVA, 2007; BRASIL, 2019a). Um agravante atual é o surgimento da pandemia causada pela Coronavirus disease 2019 (COVID-19), enfermidade causada por um agente da família dos coronavírus (LI, Q. et al., 2020; LI, J. et al., 2020). É sabido que efluentes hospitalares e esgoto doméstico podem conter este vírus, caso sejam lançados nos rios sem tratamento adequado, possibilitando a disseminação por meio do esgoto. Conforme pesquisas recentes realizadas no período de janeiro a março de 2020 por pesquisadores chineses, durante a pandemia decorrente da COVID-19, detectou-se o novo coronavírus em amostras de fezes de 98 pacientes. Mesmo após cerca de 5 semanas, o RNA do vírus foi detectado nas fezes dos pacientes (YEO, C.; KAUSHAL; YEO, D., 2020). Logo, a transmissão fecal-oral deste novo coronavírus ocorre conforme verificado em outros casos de vírus. A contaminação de recursos hídricos através do descarte errôneo de efluentes representa grandes riscos à saúde pública devido a relação intrínseca entre a qualidade da água e as enfermidades acometidas à população mais carente (OMS, 2006). Tais problemas são oriundos do atendimento precário dos serviços de saneamento básico e/ou além da utilização inadequada dos mesmos (LIBÂNIO; CHERNICHARO; NASCIMENTO, 2005). Razzolini e Günther (2008) ressaltam que o processo de transmissão de doenças infecciosas é complexo, uma vez que existem diversos fatores determinantes. A qualidade da água consumida pela população pode ser melhorada através de atitudes e comportamentos da comunidade local onde os corpos hídricos estão inseridos. Sendo assim, torna-se fundamental educar constantemente a população no sentido de conscientizar a sociedade sobre os problemas gerados decorrentes da falta ou má utilização dos recursos relacionados ao saneamento. Sabe-se que a educação é a base que sustenta as transformações e avanços de uma sociedade. O investimento na educação ambiental é uma forma de alertar e conscientizar a população sobre as inúmeras vantagens oferecidas por um meio ambiente sadio e equilibrado (PAGANINI, 2014). Percebe-se que somente o domínio das tecnologias e a execução de obras de saneamento básico não são suficientes para promover saúde e bem-estar à população. O Brasil, mesmo apresentando grande vantagem ambiental, ainda sofre com a utilização incorreta de recursos relacionados ao saneamento, pagando caro por esta má educação. O saneamento básico é um grande desafio para os agentes do Estado que tem a incumbência de satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, saúde, segurança, dentre outros. O saneamento está diretamente vinculado à saúde e ao bem-estar da população (AYACH et al., 2012). A falta de saneamento básico e a ocupação e utilização inadequada do solo geram inúmeras doenças, exigindo medidas drásticas do governo no sentido de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos. A lei 9.795, de 1999, que define a Política Nacional de Educação Ambiental, entende que processos relacionados a competências, atitudes, valores, habilidades e conhecimentos voltados à conservação do meio ambiente são atributos da educação ambiental. Logo, todos os níveis e modalidades educacionais, sendo formal e não formal, devem apresentar a educação ambiental como componente essencial e indissociável da educação nacional (BRASIL, 1999). A educação ambiental, conforme relata Sorrentino et al. (2005), é um processo de ensino que materializa valores éticos e sociais, gerando apropriações relacionadas ao uso do meio natural. Ela deve desenvolver na população um senso de cidadania ativa, impregnando pertencimento e responsabilidade para o uso do bem comum, que são os recursos naturais. A percepção ambiental produzida no indivíduo torna-o consciente do seu papel enquanto cidadão, gerando responsabilidade por cobranças ecológicas aos dirigentes de sua comunidade e/ou cidade (VILLAR et al., 2008). Percebe-se com isso que a educação é uma ferramenta indispensável para o sucesso do progresso na área de saneamento. O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), em suas Macrodiretrizes, estabelece a meta de “fomentar ações de comunicação, mobilização e educação ambiental para o saneamento básico” (BRASIL, 2013). Logo, a educação ambiental visa formar cidadãos reflexivos e críticos, empenhados em ações sociais transformadoras do sistema, tornando viável o desenvolvimento global dos indivíduos (PHILIPPI Jr.; PELICIONI, 2014).
A qualidade de vida da população brasileira de áreas urbanas está diretamente relacionada à alta concentração de pessoas neste ambiente, tornando-se necessário refletir e agir em relação às questões ambientais (JACOBI, 2003). O saneamento básico é um ponto crucial a ser analisado, devido ser uma problemática ambiental ampla que se agrava no nosso país. Inúmeras doenças e mortes são provenientes de deficiências no saneamento básico, principalmente na população mais carente, devido as desigualdades de acesso aos serviços de saneamento, em especial, ao tratamento de esgoto (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2018). Decorrente desse aspecto, em várias cidades ocorre frequentemente patologias como hepatite A, dengue, cólera, diarreia, leptospirose, febre tifoide e paratifoide, esquistossomose, infecções intestinais, dentre outras, que afetam particularmente crianças de até 5 anos (FRANCEYS; PICKFORD; REED, 1994). Tais enfermidades são conhecidas no meio médico como “doenças do subdesenvolvimento” (SÁ, 1996). A Política Federal de Saneamento instituída pela Lei 11.445/2007 (BRASIL, 2007), considera saneamento básico como sendo o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável; b) esgotamento sanitário; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; d) drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes urbanas, dentre outros. Ainda conforme a Lei, deverão ser fornecidas aos usuários, práticas educacionais centradas na educação ambiental. O esgotamento sanitário, de acordo com Von Sperling (2010), é a linha mais precária dentro do saneamento básico. Mesmo com a oferta dos serviços de saneamento, às vezes eles não são geridos de forma correta pois, conforme consta no Programa de Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento – PEAMSS (BRASIL, 2009), é preciso sensibilizar a população através da educação ambiental, no sentido de solucionar e/ou minimizar determinados problemas relacionados às questões ambientais. A Educação Ambiental é fundamental para a gestão ambiental pública, que deve manter o meio ambiente equilibrado para toda a população. Pensando nisso, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) pela primeira vez em 2003 e esta é a quinta edição (BRASIL, 2018). O programa apresenta diretrizes, princípios, missão e ações que orientam a educação ambiental no Brasil. Ações educativas voltadas à informação e orientação da população sobre a importância do saneamento básico são necessárias para garantir a preservação do meio ambiente e a saúde da população em geral (SOUZA; FREITAS, 2010). Como estratégias e ações relacionadas ao saneamento básico, as comunidades contempladas por estes serviços precisam agir de forma ativa, desenvolvendo valores que promovam o envolvimento da população e o comprometimento com o meio ambiente, principalmente no ambiente que a cerca (BRASIL, 2018). Sendo assim, a qualidade e eficiência do serviço de saneamento básico estão intrinsicamente relacionados a programas educacionais de conscientização da população, no sentido de haver aceitação deste serviço por parte da comunidade. Nesta linha, o desenvolvimento de atividades relacionadas à educação ambiental é de grande relevância, contribuindo para a assimilação dos benefícios que um sistema de saneamento básico pode oferecer, tais como a conservação de recursos naturais e a redução de doenças. De acordo com Tristão (2012), a educação ambiental minimiza a utilização incorreta dos sistemas de saneamento, conscientizando a comunidade local sobre os problemas gerados com o uso inadequado destes. Oliveira (2007) relata que o saneamento básico contribui para o equilíbrio natural do meio ambiente e a consequente sobrevivência do ser humano. A falta de saneamento força a população a utilizar meios indevidos, como o lançamento de esgoto a céu aberto e/ou despejo em rios e mananciais. Tais atitudes trazem consequências drásticas ao meio ambiente e à saúde pública (GIESTA; NETO; SCUDELARI, 2005). No Brasil, cerca de 100 milhões de habitantes não possuem acesso à coleta de esgoto, conforme pesquisas realizadas em 2018 pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). (BRASIL, 2019b). Ainda de acordo com o SNIS, estudos mostraram que 35 milhões de brasileiros, cerca de 18 % da população brasileira, não são abastecidos com água potável, sendo este um serviço indispensável para a qualidade de vida do indivíduo. (BRASIL, 2019b). O Instituto Trata Brasil, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), divulga algumas referências sobre dados relacionados ao saneamento básico no país. Desde 2007 essa organização tem o objetivo de informar os cidadãos, estimulando-os a reivindicarem serviços voltados ao saneamento básico (TRATA BRASIL, 2020). Com relação ao esgotamento sanitário, o SNIS publicou que mais de 3,5 milhões de pessoas jogam esgoto não tratado em rios e mananciais, mesmo possuindo redes coletoras disponíveis. Este fato acontece prioritariamente em grandes centros, localizados nas 100 maiores cidades do país (BRASIL, 2019b). Especificamente no município de Unaí, Noroeste do estado de Minas Gerais, onde o projeto será executado, o Serviço Municipal de Saneamento Básico, antigo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), responsável pelo abastecimento de água, a coleta de esgoto e a drenagem pluvial da cidade, dispõe de 433.066 metros de rede de distribuição de água potável (SERVIÇO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO, 2018), abastecendo a 25.409 ligações. Dados de 2018 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), mostram que 16,3 % da população do município não tem acesso à água (BRASIL, 2019b), ou seja, a maior parte da população é da zona rural, uma vez que 99% da população urbana é abastecida pelo SAAE (SERVIÇO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO, 2018). A população do município de Unaí/MG estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018 é de 83.808 habitantes (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2018). A água distribuída para esta população pelo SAAE é proveniente de captação superficial e tratada em Estação de Tratamento de Água (ETA), atendendo grande parte do município. A captação subterrânea, através de poços artesianos, abastece alguns bairros periféricos, povoados e distritos. A água da captação superficial passa por todas as etapas do tratamento convencional na ETA e a subterrânea recebe apenas a desinfecção por cloro, atendendo, dessa forma, as determinações e os padrões de potabilidade especificado pela Portaria nº 2914/2011, do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011). Já a rede coletora de esgoto disponibilizada por esse operador à população conta hoje com 20.732 ligações domiciliares, o que corresponde a uma população estimada em 61.263 habitantes, sendo que todo o esgoto coletado é direcionado a uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Depois de tratado, o esgoto é devolvido ao ambiente com características químicas e biológicas semelhantes às águas do rio da região, o Rio Preto. De acordo com o SNIS, 27,2% da população de Unaí/MG não possui coleta de esgoto e a parcela da população com menos escolaridade é a mais atingida com a falta de saneamento (FIGURA 3). (BRASIL, 2019b; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2018). Ainda de acordo com dados do IBGE (FIGURA 3), a população com menor renda é maioria na falta de saneamento, além daquelas que residem em moradias com aluguel baixo, ou seja, com aluguel médio de R$ 135,09 por mês (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2018). Nesse sentido, a presente proposta de projeto visa implementar ações voltadas para a educação ambiental tanto no Ensino Superior quanto na Educação Básica, apresentando diretrizes gerais e linhas de ação para o planejamento, desenvolvimento, implantação e avaliação das iniciativas de educação ambiental. Pretende-se trabalhar com graduandos da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) do Campus de Unaí e com alunos da educação básica do município de Unaí/MG. Pretende-se promover a Educação Ambiental nas comunidades visando a construção de valores, conhecimentos e atitudes voltados para a conservação do meio ambiente e a utilização correta de recursos relacionados ao saneamento básico. Sendo assim, ao analisar a problematização apresentada, é possível perceber a vinculação da ação proposta no projeto com a área da Educação, abordando aproximadamente três Linhas de Extensão presentes no Regulamento de Ações de Extensão da UFVJM: 1ª) Espaços de ciência, onde as ações deste projeto estão voltadas para a difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos, ao se trabalhar diretamente com alunos de escolas públicas; 2ª) Formação Docente, voltada para o aprimoramento profissional, onde mesmo os discentes envolvidos sendo bacharelandos, esta linha de extensão possibilita a capacitação e qualificação dos alunos; 3ª) Metodologias e estratégias de ensino/aprendizagem, uma vez que o projeto proposto proporcionará ações, com as atividades executadas (vídeos educativos, palestras, oficinas, experimentos, jogos, dentre outros) que visem a melhoria do ensino e da aprendizagem na área de ciências e química aliada à educação científica.
- GERAL: - Pretende-se promover o envolvimento dos alunos com a temática sobre saneamento básico, visando construir valores, conhecimentos e atitudes voltados para a educação ambiental. - Despertar a importância da correta utilização dos recursos da área de saneamento. - ESPECÍFICOS: - Estimular ações com os públicos de interesse visando promover o fomento de comportamentos e atitudes para atingir os objetivos do projeto: - Promover maior interação entre a graduação e a educação básica; - Integrar docentes, discentes e técnicos-administrativos, onde haverá representantes de todas as classes durante a execução deste projeto; - Capacitar estudantes de graduação do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFVJM / Campus de Unaí no quesito relacionado à importância da educação ambiental no saneamento básico; - Elaborar vídeos e palestras (presencial e/ou remota) nas escolas sobre a educação ambiental como ferramenta indispensável para o sucesso do progresso na área de saneamento; - Realização de oficinas (presencial e/ou remota) nas escolas parceiras, juntamente com o Serviço Municipal de Saneamento Básico; - Elaborar modelos de capacitação (presencial e/ou remota) que promova a educação ambiental e o planejamento participativo dos professores das escolas parceiras; - Fomentar a vocação científica entre estudantes da graduação e da educação básica, através de suas participações no referido projeto; - Proporcionar, de forma presencial e/ou remota, a aprendizagem de técnicas e métodos científicos específicos e simples para a análise de água, tanto no ICA quanto nas escolas; - Incentivar o desenvolvimento da criatividade e do pensamento científico através das abordagens relacionadas à educação ambiental e ao saneamento básico.
1. Realizar visitas (presencial e/ou remota) na Escola Estadual Vigário Torres e na Escola Estadual Juvêncio Martins Ferreira, ambas localizadas no município de Unaí/MG, com o objetivo de estreitar a interação com a direção e com os professores da própria escola; 2. Capacitar de forma presencial e/ou remota cerca de três discentes do ICA/UFVJM para realizarem as intervenções iniciais nas escolas; 3. Capacitar os discentes do ICA/UFVJM para realizarem as atividades educativas (palestras, jogos, gincanas, experimentos, dentre outros) tanto de forma presencial, ou seja, diretamente nas escolas, quanto de forma remota, através da elaboração de vídeos; 4. Elaborar e aplicar questionários (impressos ou on-line) aos alunos da educação básica com o objetivo de avaliar a aprendizagem dos conteúdos trabalhados na área de saneamento básico; 5. Acompanhar o aprimoramento da aprendizagem dos alunos da educação básica na área de educação ambiental, juntamente com os professores responsáveis, durante o ano letivo. Serão usados questionários avaliativos como indicador numérico; 6. Capacitar os discentes universitários de forma presencial e/ou remota para a realização (presencial e/ou remota) das atividades propostas nas escolas parceiras, enfatizando a importância da educação ambiental e do saneamento básico no cotidiano e nas tomadas de decisões enquanto cidadãos. Optou-se por adotar uma metodologia de natureza qualitativa, buscando avaliar a formação integral do discente, que se constitui o pilar de nossos trabalhos. A abordagem qualitativa tem co-mo princípio a compreensão de relações complexas, a partir de um ato subjetivo de interpretação de textos produzidos a partir do registro de dados (GUNTHER, 2006). O impacto direto será de aproximadamente 650 alunos matriculados em ambas as escolas parceiras. Atividades temáticas sobre educação ambiental e saneamento básico serão trabalhadas previamente pelos alunos do ensino superior e depois executadas conjuntamente com os alunos da educação básica. Caso persista o distanciamento social no ano de 2022 devido a pandemia gerada pela COVID-19, serão elaborados vídeos educativos sobre os temas propostos e disponibilizados no YouTube, uma plataforma de compartilhamento de vídeos. Além do uso desta plataforma, os encontros e reuniões ocorrerão através do Google Meet, uma plataforma digital para videoconferência. Os alunos serão avaliados através de questionários iniciais e finais relacionados aos temas abordados. Primeiramente será aplicado um “questionário inicial” antes de cada atividade com o objetivo de mensurar o conhecimento dos alunos sobre determinado assunto. Ao término da atividade será aplicado um “questionário final” com o intuito de analisar o impacto da mesma sobre o nível de aprendizagem dos alunos. Pretende-se realizar o acompanhamento escolar dos alunos no decorrer do ano, com o auxílio dos professores das escolas parceiras.
A presente proposta de projeto pretende contar com um discente bolsista, dois discentes vo-luntários, uma professora coordenadora, um técnico em química e cerca de 3 professores regentes das escolas parceiras como colaboradores. Esta equipe de trabalho atuará de forma remota e/ou presencial na Escola Estadual Vigário Torres e na Escola Estadual Juvêncio Martins Ferreira, ambas do município de Unaí/MG. Treinamentos, oficinas, jogos e gincanas serão usados como ferramentas na execução do projeto, além da realização de práticas experimentais simples de análise de água. Estas etapas serão executadas (presencial e/ou remotamente) em parceria com o SAAE, o qual já se prontificou em atuar diretamente tanto nas escolas quanto na oportunidade de realização de visi-tas à Estação de Tratamento de Água (ETA) e à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Unaí/MG. Para a estruturação das atividades, compreende-se como fundamental a organização dos trabalhos, a partir de reuniões mensais. Serão confeccionados relatórios por todos os discentes, onde neles os estudantes deverão listar as atividades realizadas na universidade e nas escolas, além da participação em eventos e publicação de trabalhos. Tal material servirá como documento avaliativo. A participação efetiva da equipe de trabalho se dará de forma diversificada. Primeiramente já foi realizado pela professora coordenadora do projeto o contato com os diretores das escolas parceiras e com a responsável pelo setor educativo do SAAE. Todos os parceiros se prontificaram em realizar o trabalho em conjunto, com um único objetivo, usar a educação como ferramenta de transformação da sociedade, especificamente, focada no saneamento básico. Posteriormente serão discutidos os temas mais relevantes para serem abordados durante a execução do projeto, verificando quais sãos as carências específicas das comunidades onde as escolas estão inseridas. Na sequência, os alunos das escolas serão visitados pela coordenadora, juntamente com os discentes da UFVJM, com o intuito de apresentarmos a universidade e explicarmos sobre a execução do projeto nas escolas. Este encontro poderá ser remoto ou presencial, a depender da situação pandêmica. Posteriormente, será feito uma entrevista inicial com os alunos da educação básica, que é o público-alvo direto do projeto, no sentido de obter dados sobre conhecimentos relacionados à importância da educação ambiental e do saneamento básico. Tal entrevista se dará através da utilização do Google Forms, que é uma ferramenta de formulários ampla e funcional. Aproveitar-se-á este momento para sensibilizar os alunos sobre a importância da educação ambiental e do saneamento na qualidade de vida do indivíduo. Será ressaltada a importância de conhecimentos específicos para a tomada de decisões enquanto cidadãos, promovendo impacto e transformação social. É possível perceber nesta etapa a promoção da interação da comunidade universitária com a comunidade externa na superação de dificuldades e intercâmbio de conhecimentos, proporcionando interação social. Destaca-se que será obedecida a recomendação da Comissão de Biossegurança da UFVJM de manter as atividades remoto/on-line enquanto não for autorizado utilizar da modalidade presencial nas atividades de extensão. Dando continuidade ao projeto, dar-se-á início à elaboração e preparação das aulas práticas com fins didáticos sobre análises de amostras de água no Laboratório Multidisciplinar de Ciências Básicas I da UFVJM / Campus de Unaí. Os discentes da UFVJM realizarão previamente na universidade ou nas próprias residências algumas práticas que serão trabalhadas nas escolas. Estas práticas serão elaboradas e testadas com o auxílio do técnico responsável e sob a supervisão da professora coordenadora. Percebe-se aqui uma integração direta entre docente, discentes e técnico-administrativo na realização das ações deste projeto. Posteriormente, estes alunos irão às escolas para trabalhar diretamente com o público-alvo, ou seja, com os alunos da educação básica. Nesta etapa também haverá a adequação ao sistema remoto, através da utilização de vídeos, enquanto durar o período de pandemia do novo coronavírus. Pretende-se nesta ação de educação ambiental apresentar diversas possibilidades relacionadas ao tema e à abordagem, como palestras sobre o uso adequado dos equipamentos de saneamento, meio ambiente e recursos hídricos; atividades educativas e de comunicação para a formação de multiplicadores externos; programas de visitas às instalações do SAAE, como a ETA e a ETE; divulgação de conteúdos sobre meio ambiente e saneamento através de palestras, gincanas e distribuição de folhetos; produção de material educativo pelos discentes da UFVJM sobre uso consciente da água, e outros materiais educativos sobre meio ambiente e saneamento; produção e distribuição de vídeos educativos, dentre outros. É importante ressaltar que as informações serão trabalhadas de forma lúdica, saindo do ambiente de sala de aula, com o intuito de aproximar os alunos às questões locais presentes em sua comunidade, utilizando linguagem adequada à faixa etária do público-alvo, conforme sugere Santos (2009). O levantamento dos dados será realizado através de questionários semiestruturados e observações com o intuito de investigar a percepção do alunado quanto às temáticas relacionadas ao sistema de saneamento básico e à qualidade de vida da população. Para efeitos de mensuração de impacto inicial do projeto, serão aplicados questionários aos estudantes em etapas anterior e posterior à realização das atividades educacionais nas escolas, de modo a identificar a percepção ambiental dos indivíduos em cada etapa. Os dados serão coletados e posteriormente organizados e processados no Microsoft Excel e no software estatístico SISVAR 5.6 (FERREIRA, 2000).
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O projeto proposto pretende desenvolver atitudes de reconhecimento e valorização do indivíduo através da educação ambiental, além de promover a interação entre alunos da educação básica e do ensino superior. Considera-se importante apresentar as formas de organização do projeto, ressaltando as atividades desenvolvidas no meio acadêmico e escolar. A participação do discente bolsista está voltada para o aprimoramento acadêmico na sua formação inicial, fator que inclui a vivência concreta na escola. Os estudantes bolsista e voluntários serão introduzidos no cotidiano escolar, contribuindo para a formação dos estudantes da educação básica. A elaboração, planejamento e realização das atividades educativas (palestras, jogos, experimentos, gincanas, dentre outros) gerarão oportunidades de formação acadêmica e profissional, podendo a escola ser considerada como lócus dessa formação. A capacitação dos estudantes universitários se dará pela execução prévia das atividades educativas, de forma presencial e/ou remota, com o auxílio da professora coordenadora e do técnico laboratorial, além do suporte teórico dado aos mesmos. Para a atuação direta e/ou indireta nas escolas, os discentes também terão a orientação da professora coordenadora, a qual os auxiliará na elaboração de todo o conteúdo programático. Conforme já citado anteriormente, os discentes serão acompanhados e avaliados através de reuniões mensais para a estruturação de todas as atividades elencadas.
A área prioritária da presente proposta de Projeto de Extensão se adequa à educação, uma vez que o objetivo principal é usar a educação como ferramenta para contribuir com a qualidade de vida da população. Ações educativas voltadas à informação e orientação da comunidade sobre a importância do saneamento básico são necessárias para garantir a preservação do meio ambiente e a saúde da comunidade em geral. O projeto é relevante socialmente porque contribui para a melhoria da sociedade e para a compreensão do mundo em que vivemos, uma vez que atua diretamente na Educação Básica. De modo mais específico, este projeto de extensão traz contribuição acadêmica e científica para a sua área de conhecimento, ao inserir todos os envolvidos nas diversas etapas da execução deste. Tal contribuição é assegurada pela utilidade do trabalho, pela contribuição do conhecimento científico e pela superação de lacunas educacionais, como é o caso de defasagens na área da educação ambiental e do saneamento básico. Este Projeto de Extensão, que ocorrerá no período de janeiro/2022 a dezembro/2022, possui parceria firmada com a Escola Estadual Vigário Torres, a Escola Estadual Juvêncio Martins Ferreira (conforme cartas de anuências anexas). Outro parceiro fundamental (conforme carta de anuência anexa) é o Serviço Municipal de Saneamento Básico de Unaí – SAAE, o qual é responsável pelo abastecimento de água, a coleta de esgoto e a drenagem pluvial da cidade de Unaí/MG.
Público-alvo
Diretamente, cerca de 650 alunos da educação básica das escolas públicas parceiras serão beneficiados com a integração universidade-escola, além de cerca de três alunos do ICA/UFVJM.
Pretende-se envolver acadêmicos do ICA da UFVJM os quais ficarão responsáveis por executar as práticas experimentais na UFVJM e/ou nas próprias residências, elaborar os vídeos experimentais e, posteriormente, trabalhar os experimentos com os alunos da educação básica.
Pretende-se envolver as professoras da Escola Estadual Vigário Torres e da Escola Estadual Juvêncio Martins Ferreira, pois elas atuarão diretamente com os alunos do ensino superior, do ensino médio e da educação profissional.
A docente coordenadora atuará diretamente com todos os envolvidos no projeto, coordenando o andamento, monitorando a coleta de dados e a eficácia da experimentação.
Auxiliará os alunos do ensino superior na execução e compreensão das práticas laboratoriais que serão executadas previamente nos âmbitos da universidade e/ou nas residências dos próprios alunos.
Municípios Atendidos
Unaí/mg
Parcerias
Para a próxima etapa deste Projeto de Extensão, que ocorrerá no período de janeiro/2022 a dezembro/2022, foram reafirmadas as parcerias com as escolas já citadas anteriormente, com a Escola Estadual Vigário Torres e a Escola Estadual Juvêncio Martins Ferreira (vide cartas de anuência).
Para a próxima etapa deste Projeto de Extensão, que ocorrerá no período de janeiro/2022 a dezembro/2022, foram reafirmadas as parcerias com as escolas já citadas anteriormente, com a Escola Estadual Vigário Torres e a Escola Estadual Juvêncio Martins Ferreira (vide cartas de anuência).
Este parceiro é responsável pelo abastecimento de água, a coleta de esgoto e a drenagem pluvial da cidade de Unaí/MG. Conforme já verificado com o SAAE, haverá a possibilidade de visitas dos alunos às Estações de Tratamento de Água (ETA) e de Esgoto (ETE). Esta etapa será executada após o fim do distanciamento social gerado pela pandemia proveniente da COVID-19 e ao findar a reforma das estações.
Cronograma de Atividades
Levantamento bibliográfico relacionando educação ambiental e saneamento básico. Este levantamento será realizado durante toda a execução do projeto.
Capacitação (presencial e/ou remota) dos discentes bolsista e voluntários com relação aos conteúdos que serão trabalhados no projeto, associando educação e saneamento. Os alunos serão orientados com relação à elaboração de palestras, gincanas, jogos, dinâmicas, experimentos dentre outros.
Contato (presencial e/ou remoto) com as escolas parceiras com o intuito de estreitar as relações com a direção, os professores e os alunos. Esta etapa consistirá, primeiramente, de diálogos informais para conhecer mais de perto a realidade das escolas e das comunidades onde estão inseridas. de estão inseridas.
Nesta etapa os discentes da UFVJM terão a oportunidade de colocar em prática o treinamento recebido conforme explicitado na 2ª etapa do cronograma de execução. Com o auxílio da professora coordenadora do projeto, os discentes de graduação trabalharão de forma remota e/ou presencial as atividades educacionais (palestras, jogos, gincanas, experimentos, dinâmicas etc.) com os alunos da educação básica. Teremos a parceria do setor responsável pela área educacional do SAAE, contribuindo tanto com palestras quanto com dinâmicas.
Conforme já verificado com o SAAE, haverá a possibilidade de visitas dos alunos às Estações de Tratamento de Água (ETA) e de Esgoto (ETE). Esta etapa somente será possível após o fim do distanciamento social gerado pela pandemia proveniente da COVID-19 e ao findar a reforma das estações. Caso não haja a possibilidade de visita presencial em 2022, usaremos vídeos disponíveis no YouTube relacionados às ETA e ETE.
A coleta de dados acontecerá prioritariamente via questionários (impressos e/ou on-line), os quais serão aplicados aos alunos da educação básica com o intuito de verificar se a aprendizagem tem sido efetiva. Também serão realizadas observações e entrevistas como procedimentos de coleta de dados.
Submissão dos resultados da pesquisa à eventos internos da UFVJM e/ou externos.
Redação de artigos a partir dos dados coletados via questionários.