Detalhes da proposta

Museu Interativo de Anatomia

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    roberta barbizan petinari

    Número de inscrição:

    202210120224117

    Unidade de lotação:

    faculdade de medicina do mucuri - fammuc

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências biológicas

    Área temática principal:

    educação

    Área temática secundária:

    saúde

    Linha de extensão:

    saúde humana

    Abrangência:

    regional

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

mauro lucio franco Voluntário(a)

franciane pereira brant Voluntário(a)

ernani aloysio amaral Vice-coordenador(a)

tássio malber de oliveira almeida Voluntário(a)

vinícius neves paiva oliveira Voluntário(a)

joyce maronee keller de souza Voluntário(a)

vinícius neves paiva oliveira Bolsista

Resumo

Este projeto traz como proposta a montagem de um museu interativo de morfologia, tendo como público alvo alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas e particulares do município de Teófilo Otoni e região. Para a realização desse trabalho, serão confeccionadas peças anatômicas animais e humanas com métodos específicos, as quais serão posteriormente expostas para visitas guiadas ao público, juntamente com modelos anatômicos sintéticos. Vale ressaltar que o material confeccionado também será utilizado em aulas práticas do curso de medicina fomentando assim a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão. Os discentes do curso de medicina inseridos no projeto atuarão na confecção das peças e como monitores nas visitas guiadas do museu. Os professores e técnicos que fazem parte da equipe do projeto atuarão como auxiliares, avaliadores e coordenadores das atividades em todas as fases. Acredita-se que este museu trará diversos benefícios à sociedade Teófilo-otonense, uma vez que o município é carente de atividades culturais. Além de promover a interação entre a UFVJM e a sociedade, que é um dos objetivos da extensão, o museu visa promover e melhorar conhecimentos e conceitos não somente na área de morfofisiologia, como também em temas transversais como educação sexual, higiene e nutrição saudáveis e demais temas relacionados à saúde.


Palavras-chave

saúde, educação, morfologia, anatomia, museu


Introdução

Este projeto traz como proposta a montagem de um museu interativo de morfologia, tendo como público-alvo alunos do Ensino Fundamental e Médio de escolas públicas e particulares do município de Teófilo Otoni. Para a realização desse trabalho, serão confeccionadas peças anatômicas animais e humanas com métodos específicos, as quais serão posteriormente expostas para visitas guiadas ao público, juntamente com modelos anatômicos sintéticos. Tanto as peças quanto os modelos também serão utilizados em aulas práticas do curso de medicina. O museu contará ainda com um ambiente para a realização de atividades complementares. Tais atividades serão compostas por vídeos, dinâmicas, jogos, desenho, pinturas e outras, voltadas para temas relacionados com anatomia, embriologia, fisiologia e saúde. Os discentes do curso de medicina inseridos no projeto atuarão na confecção das peças para o museu e como monitores nas visitas guiadas ao museu. Os professores e técnicos que fazem parte da equipe do projeto atuarão como auxiliares, avaliadores e coordenadores das atividades em todas as fases. Todas as atividades desenvolvidas no museu interativo de anatomia levarão em consideração a idade do público visitante, sendo o tempo de duração da visita previamente definido pela equipe organizadora. Acredita-se que este museu trará diversos benefícios à sociedade da região, uma vez que o município é carente de atividades culturais. Além de promover a interação entre a UFVJM e a sociedade, que é um dos objetivos da extensão, o museu visa promover e melhorar conhecimentos e conceitos não somente na área de morfofisiologia, como também em temas transversais como educação sexual, higiene e nutrição saudáveis e demais temas relacionados à saúde. Nos anos anteriores de atividade do projeto a equipe confeccionou peças anatômicas e modelos didáticos que foram expostos para visitas guiadas ao público externo e interno, promovendo a difusão do conhecimento sobre o corpo humano bem como a aproximação entre comunidade universitária e comunidade externa. Vale ressaltar que tanto as peças quanto os modelos também foram utilizados em aulas práticas do curso de medicina fomentando assim a indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão.


Justificativa

O conhecimento do corpo humano é de suma importância, pois, além de informação sobre localização dos órgãos e funções vitais do organismo (1), agrega informações indispensáveis à preservação da vida e manutenção da saúde. Ademais, o saber sobre o corpo humano contribui para o aprendizado da formação da integridade pessoal e da autoestima, da postura de respeito a si próprio e aos outros, contribui também para o entendimento da saúde como um valor pessoal e social e para a compreensão da sexualidade humana sem preconceitos(²), sendo, portanto o ensino da anatomia preconizado segundo os parâmetros curriculares do ensino fundamental(¹,³) e médio(²), tanto nas disciplinas de ciência e biologia como nos temas transversais nas áreas de orientação sexual e saúde e ainda nos Conteúdos Básicos Comuns que compõem a matriz de competências básicas para a avaliação dos estudantes das Escolas da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais(¹) fomentando a interdisciplinaridade. Sendo assim, o corpo humano deveria ser trabalhado de forma detalhada e aprofundada nas escolas. Entretanto, na prática o processo ensino aprendizagem não está ocorrendo da forma ideal, seja por escassez de material, infraestrutura (4), adequação às rígidas normas de segurança exigidas na implantação de laboratórios (5), desatualização dos educadores (6) bem como resistência a metodologias atuais e dinâmicas de ensino (6,7).Essa falta de estrutura força os educadores a planejarem suas aulas de ciências e biologia com conteúdo apenas teórico, que sabe-se, não é suficiente para suprir a demanda do ensino de anatomia, além de privilegiar a memorização e não contribuir significativamente ao raciocínio lógico e também à prática vivencial do cotidiano (5). Quando essas aulas teóricas são seguidas da apresentação de peças e modelos anatômicos aos alunos, é notório a melhora no processo de ensino aprendizagem de anatomia (8). Ademais, tais atividades práticas facilitam a compreensão dos alunos como atuantes e agentes do seu próprio aprendizado9 auxiliando também na conexão com outras disciplinas do ciclo profissional8 além de aperfeiçoar a aprendizagem do conteúdo científico (5) que é pouco explorado nas escolas embora seja preconizado ao ensino (2). Devido à complexidade apresentada ao ensino de anatomia, se faz necessário o uso de diversas estratégias didáticas para que as diferentes formas de aprendizado sejam contempladas (9). Por todo acima exposto, nós propomos um Museu Interativo de Anatomia (MIA) no campus Mucuri/UFVJM. Museus oferecem oportunidades para que os alunos sejam participantes ativos na aprendizagem, manipulando objetos reais em um ambiente estimulante, melhorando assim o aprendizado dos conceitos trabalhados em sala de aula (10, 27). De uma maneira não sistematizada, interativa, experimental e lúdica(¹¹), estes espaços contribuem para a educação científica, muitas vezes complementando o trabalho das escolas(¹²). A aprendizagem em museus possui muitas vantagens em potencial, pois nutre a curiosidade, estimula a motivação e atitudes e engaja o público quanto à participação. Grande êxito foi obtido em iniciativas colaborativas entre museus e escolas (10) como exemplos de diversos países ( ¹³, 14 e 15) pois, ao longo da história, os museus desempenharam relevante papel ao aproximar a sociedade do conhecimento científico (¹²). Universidades brasileiras de renome apresentam museus universitários (MU) de várias áreas, sendo os de anatomia encontrado na USP, Unesp, Unifesp, UFMG, UnB, UFBA e UFRN(16), sendo assim, um museu de anatomia seria de notória publicidade para a UFVJM(17). Vale ressaltar que a região apresenta poucos atrativos culturais e de lazer e o MIA ajudaria a preencher essa lacuna haja vista que MUs em cidades que não apresentam esse espaço assumem funções de museu regional, como exemplo, os MUs das regiões centro sul da Itália que assumiram a função de divulgação da ciência para o público em geral e percebe-se que às políticas de ensino, pesquisa e extensão da universidade são fundamentais para a implantação mesmos (17). Teófilo Otoni apresenta indicadores socioeconômicos e de desempenho na educação abaixo da média nacional e estadual que refletem uma baixa qualidade de vida com precários serviços de educação e saúde (18). Diante de tais problemas, o MIA, auxiliaria na melhora da comunidade local porque MUs desempenham a função de disseminação de informações (17) assim como, os alunos de escolas que também desempenham grande potencial propagador de conhecimentos que ultrapassam os limites físicos da escola (19,20). A idealização do MIA é consequência da evolução de dois projetos de extensão desenvolvidos pela faculdade de medicina do Mucuri em escolas municipais, bem como de um projeto de pesquisa (IC) da mesma faculdade desenvolvidos pela equipe proponente desse atual projeto. Peças anatômicas foram confeccionadas pelos alunos de IC da FAMMUC a fim de serem utilizadas nas aulas práticas de diversas disciplinas. Assim, o MIA cumpriria mais uma das funções de MU, que é de expor e manter coleções que também sejam utilizadas no ensino (17) além de corroborar com a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. É importante ressaltar que, a relação ensino-pesquisa extensão fez-se presente não somente desde o início da criação do projeto mas também ao longo de sua vigência e operação, desenvolvendo sua confiabilidade e qualidade aos visitantes, garantindo que o projeto seja completo no quesito acadêmico e amplo no quesito social, promovendo a extensão desse à comunidade ao ultrapassar os muros da universidade e cumprir com o papel social desta ao levar conhecimento e ciência de qualidade à população regional. Ademais, com a visita também de escolas públicas, compostas principalmente por alunos de baixo poder aquisitivo, nossos discentes se aprofundarão na realidade e necessidades locais, se tornando habilitados a desenvolverem soluções à melhoria da qualidade de vida da sociedade. Além da confecção das peças, acadêmicos, técnicos e professores inseridos no projeto atuarão como monitores nas visitas guiadas ao museu. Um objetivo e um instrumento de ação dos Centros e Museus de Ciências é a formação de monitores, que conduzem visitas orientadas e planejadas com antecedência (21). A equipe vinculada ao projeto de pesquisa supracitado continuarão realizando a confecção do material tanto para exposição quanto para o uso em sala de aula, tendo como metodologia o ensino-aprendizagem de Morfofisiologia Humana através do contato direto com o material. Essas práticas proporcionam, além do aprofundamento do conhecimento técnico e morfológico, o autoconhecimento das suas próprias potencialidades, caráter imprescindível para o desenvolvimento pessoal e profissional(¹²). Por fim, essa atividade de monitoria dos acadêmicos repercutirá na capacitação profissional, pautada na interação direta com colegas, professores e comunidade fomentando para que esses acadêmicos tornem-se profissionais críticos acerca dos problemas sociais, impulsionando-os a exercer sua profissão com mais cidadania(²²), uma vez que nas visitas guiadas os acadêmicos terão a oportunidade de aprimorar oralidade, capacidade argumentativa e comunicação que são habilidades necessárias ao profissional médico, haja vista que os médicos estão cada dia mais inseridos nas equipes multidisciplinares, fomentando a interdisciplinaridade do trabalho. Por conseguinte, o MIA auxiliará na obtenção de futuros profissionais médicos apresentando as competências e habilidades específicas conforme estabelecido na Diretrizes Curriculares de Medicina, que objetiva a formação do médico dotado das habilidades específicas de promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos seus pacientes quanto as de sua comunidade, atuando como agente de transformação social, comunicar-se, informar e educar adequadamente os colegas de trabalho, os pacientes e seus familiares. O MIA foi criado em 2017 sendo submetido e aprovado sucessivamente durante os anos de 2017- 2021 pelos editais de apoio à projetos de extensão vinculados a UFVJM e ao longo desse período, além das visitas guiadas, também apresentamos dados e experiências em revista indexada (23) e eventos científicos (24-27). Desde de 2017 diferentes técnicas foram desenvolvidas pelos acadêmicos para confecção de modelos didáticos para entendimento da morfofisiologia humana, que foram expostas em visitas guiadas ao público, e utilizadas em aulas práticas. Contudo, o MIA não apresentou poucos modelos, já que conta com a parceria dos Laboratórios de Anatomia seco e molhado. Ademais, a parceria com o Parque de Ciências complementa a visita dos alunos. Foram nove exposições do MIA com 984 visitantes registrados, provenientes de escolas públicas e privadas da região, Instituto Federal, Clube da Maturidade e comunidade interna pois o MIA está vinculado aos Programas de Extensão supracitados e parcerias (Escola Estadual Ione Lewick Cunha Melo, Parque de Ciências, NEPE, SNCT). Em 2021, em função das adequações necessárias devido à pandemia do COVID-19, as apresentações foram de forma remota com a utilização dos mesmos programas, plataformas e softwares das aulas de anatomia para graduação. A criação do museu na UFVJM /TO possibilitou a aproximação entre comunidade universitária e comunidade externa, intercâmbio de conhecimentos e incentivo ao público de ver, tocar e contextualizar. Ademais, o MIA fomentou a superação de dificuldades para aquisição de material a fim de serem utilizados nas aulas práticas de anatomia. Por todo o exposto, a sua continuidade se justifica para atingir maior número de visitantes e acadêmicos, bem como aprimorar o acervo de peças anatômicas ao Campus.


Objetivos

O objetivo geral do projeto é a manutenção do Museu Interativo de Anatomia na UFVJM/TO. Abaixo listamos os seguintes objetivos específicos: - complementar a coleção de peças anatômicas de diversos animais e humanas da UFVJM para exposição no museu e utilização nas aulas de anatomia, semiologia, embriologia, ortopedia e práticas cirúrgicas; - aprofundar e aprimorar a aquisição de conceitos e técnicas morfofisiológicos aos acadêmicos, técnicos e professores extensionistas; - desenvolver oralidade, didática, comunicação e responsabilidade social desses acadêmicos, técnicos e professores extensionistas; - complementar o ensino escolar de ciência e biologia das escolas do ensino fundamental e médio de Teófilo Otoni; - atualizar os educadores de ciência e biologia do município nos novos conceitos e didática morfofisiológicas; - Integrar o MIA com outros projetos da UFVJM visando sua interdisciplinaridade; - Adaptar a apresentação conforme o público e tema proposto ; - divulgar e popularizar a ciência para o público em geral do município, região e da UFVJM, aproximando a universidade, seus acadêmicos e desenvolvimento científico à comunidade local; - divulgar resultados, acertos, erros e suas resolutividades à comunidade acadêmica.


Metas

Visando alcançar os objetivos propostos, o quantitativo de peças anatômicas da coleção da faculdade será ampliado. Para esse fim, utilizaremos variadas técnicas anatômicas em peças cadavéricas de suínos, bovinos e humanos já adquiridas pela faculdade. O projeto de pesquisa e os anos anteriores do MIA viabilizaram operacionalização de algumas na faculdade, agora, vamos aprimorar e operacionalizar esse aprendizado. Atualmente 2 professores, 2 técnicos e 2 acadêmicos de medicina compõe a equipe do MIA, número suficiente de participantes para confecção do material, contudo, independente da quantidade de peças confeccionadas, o MIA poderá realizar apresentações, pois tem o acordo firmado com os laboratórios de anatomia que permitirá expor os modelos anatômicos utilizados nas aulas práticas. É importante ressaltar que as peças morfológicas confeccionadas também serão utilizadas nas aulas práticas de anatomia, semiologia, embriologia e práticas cirúrgicas. Nesse período também confeccionaremos mais modelos didáticos de baixo custo para diferentes faixas etárias para aprimoramento dos professores de ciência e biologia do município. O MIA será divulgado mediante visitas presenciais nas escolas do município utilizando as habilidades e contatos adquiridos pela experiência dos projetos de extensão anteriormente realizados por componentes da equipe proponente. A disposição dos modelos e peças será analisada em função do público, o material será montando e os acadêmicos extensionistas terão treinamento para atuarem como monitores do MIA. Os monitores terão a escassa oportunidade de aprender a estruturar um MU e tanto no treinamento quanto durante a confecção das peças os acadêmicos aprofundarão seus conhecimentos em morfologia tão relevantes para outras disciplinas. Dessa maneira faremos as apresentações ao público interno e externo com visitas monitoradas previamente agendadas que serão alternadas entre os monitores. Didática lúdica e interativa será utilizada durante a exposição, a fim de aumentar o interesse das crianças e jovens para aquisição de conhecimento morfofisiológico e científico. Esses alunos estarão acompanhados por seus educadores que terão a oportunidade de atualizarem-se. Os acadêmicos e técnicos do projeto atuantes como monitores aprimorarão habilidades de comunicação e moldarão seus conhecimentos e oralidade para a realidade dos visitantes. As etapas listadas serão fotografadas e documentadas e os dados obtidos serão divulgados em eventos técnico-científicos e em artigos científicos e extensionistas em revista indexada. Por fim, o relatório será redigido.


Metodologia

A metodologia deste projeto pode ser dividida nas seguintes fases como descritas a seguir: Preparo das peças anatômicas para exposição, montagem do museu de morfologia, organização de visitas guiadas para o público-alvo 1 – Preparo das peças anatômicas para exposição: As peças anatômicas a serem expostas – tanto humanas quanto animais – serão preparadas segundo técnicas descritas na literatura especializada, a saber: 1.1 – Preenchimento: Esta técnica consiste em preencher vasos e dutos com látex natural colorido, de forma a videnciá-los na peça. Convencionalmente, utiliza-se a cor azul para veias, vermelho para artérias, verde para vias biliares e amarelo para vias urinárias. 1.2 – Preenchimento e corrosão: Nesta técnica os vasos, dutos ou espaços da peça são preenchidos com resina resistente a ácidos, coloridas ou não dependendo da peça. Em seguida, os tecidos orgânicos da peça são removidos com ácidos, resultando em um molde do interior da peça, evidenciando estruturas que somente poderiam ser vistas através de dissecação. 1.3 – Glicerinação: Nesta técnica a peça é fixada, desidratada e reidratada com glicerina, que também age como preservante. O resultado é uma peça leve, inodora, que não necessita ficar imersa em solução preservante. 1.4 – Osteotécnicas Serão utilizadas técnicas de clareamento e fortalecimento de ossos, visando melhorar o aspecto dos mesmos para exposição. 2 – Montagem do Museu de Morfologia: O objetivo do museu é dispor peças anatômicas naturais e modelos anatômicos sintéticos de modo a facilitar a visualização pelo público-alvo, bem como a explanação por parte de monitores e professores. As peças anatômicas serão acondicionadas em caixas transparentes, com ou sem solução preservante, montadas de forma a facilitar a visualização de estruturas de interesse. Haverá ainda um ambiente para a prática de atividades complementares, visando à fixação do conteúdo da exposição de peças e modelos. Este ambiente contará com materiais de apoio como projetor de vídeo, materiais para desenho e outros equipamentos que possam perfeiçoar o desenvolvimento das atividades. Todos os ambientes do museu contarão com a presença de monitores durante toda a duração da visita. 3 – Organização de visitas guiadas e atividades complementares: Sendo o público-alvo alunos de escolas públicas e particulares do município de Teófilo Otoni, cuja idade é bastante variável, deve-se levar em consideração, no tangente à organização das visitas, diversos fatores como Idade dos alunos e ano/série que estão cursando; Número de alunos por turma; Tempo disponível para a visita. As visitas serão divididas em duas fases: Visita guiada à exposição de peças e atividades complementares. A ordem das fases da visita poderá ser alternada, caso haja necessidade de divisão da turma, ou a critério da organização, visando otimizar o aproveitamento. As atividades do projeto serão divulgadas nas escolas públicas e particulares, tanto de forma presencial, através de monitores e professores, quanto por e-mail, telefonemas ou outros meios disponíveis, visando levar a sociedade escolar a conhecer o projeto e estimular o agendamento de visitas. Nesta oportunidade, serão disponibilizados contatos de membros da equipe do projeto para as escolas, a fim de esclarecer quaisquer dúvidas sobre o mesmo. 3.1 – Visita à exposição de peças e modelos anatômicos: Nesta fase, os alunos visitarão a exposição de peças anatômicas naturais, e sintéticas. Monitores estarão presentes para apresentar as peças, discorrendo sobre suas funções e localização no corpo humano. A linguagem e o nível de detalhamento utilizado atenderá a demanda do público, considerando-se a idade e o conhecimento prévio dos alunos. A exposição será organizada por sistemas, de forma que, em cada “estação”, o aluno visualize peças e modelos que enfatizem um sistema específico do corpo humano, seus órgãos, funções e interação com outros órgãos e sistemas. 3.2 – Atividades complementares: Em ambiente à parte de onde ocorre a exposição, ocorrerão atividades complementares. Além da fixação do conteúdo, estas atividades objetivam a maior interação entre os alunos, e entre estes e os membros do projeto. Em casos de turmas numerosas, estas atividades ainda proporcionam a divisão das turmas em blocos, aperfeiçoando as diversas fases do trabalho. Poderão ser ofertadas diversas atividades, sempre tendo em vista a idade dos alunos e o tempo disponível: 3.2.1 – Demonstração de experimentos Os livros de Ciências adotados nas escolas frequentemente apresentam sugestões de experimentos para serem realizados durante as aulas, como atividade complementar. Contudo, a prática destes experimentos no cotidiano das aulas é pouco comum, chegando mesmo a ser inexistente. Neste sentido, este projeto visa incorporar experimentos citados nos livros didáticos de Ciências, trazendo para o aluno noções práticas dos conteúdos que, juntamente do que foi visualizado e explanado na exposição de peças, promoverá melhor assimilação do conhecimento. O objetivo é trabalhar com experimentos que utilizem materiais de baixo custo e fácil aquisição, o que permitirá, em muitos casos, que os alunos reproduzam em casa o experimento, agindo assim como multiplicadores do conhecimento para com outras crianças e jovens. Diversos são os exemplos de experimentos que poderão ser utilizados como atividade complementar neste projeto: a) Demonstração dos movimentos peristálticos do esôfago, utilizando meia calça e bola de tênis; b) Demonstração dos movimentos respiratórios, utilizando canudo, garrafa plástica e bexiga; c) Demonstração do antagonismo muscular, utilizando canudos de papel, bexiga e barbante; d) Demonstração de reflexos patelar e pupilar; e) Demonstração de sensores do tato. 3.2.2 – Vídeos relacionados à anatomia Outra atividade complementar a ser utilizada é a exibição de vídeos relacionados à anatomia. Os vídeos serão em português, de modo a facilitar a compreensão por parte do público-alvo, e terão complexidade variável, de acordo com a faixa etária trabalhada, podendo ser documentários, entrevistas ou animações. 3.2.3 – Atividades interativas Esse tipo de atividade visa fazer com que os alunos interajam entre si. Para estas atividades, serão utilizados jogos, dinâmicas, desenhos, pintura de figuras previamente preparadas em EVA, cartolina, feltro, entre outras, sempre voltados para temas relacionados à anatomia.


Referências Bibliográficas

1) BRASIL. Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais. Conteúdos básicos comuns, ciências ensino fundamental (CBC). Belo Horizonte, 2007. 2) BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental/ Apresentação dos Temas Transversais. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, 1997. 3) BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1996. 4) COSTA, J. S. Rodrigues.; MATURANA, L.Gabriel. Anatomia humana como proposta prático-pedagógica para aplicar o tema transversal saúde na rede estadual de ensino de Diamantina – MG Revista Vozes dos Vales n. 3. ano 2, mai. 2013 5) BEREZUK, A. P.; INADA, P. Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas públicas e particulares de Maringá, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, Maringá, v. 32, n. 2, p. 207-215, 2010 6) LIMA, K. E. C.; VASCONCELOS, S. D. Análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede municipal de Recife. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v.14,n.52, p. 397-412, jul./set, 2006. 7) BENEDITO, L. C. T.; ONOFRE, E. J.; NICODEMOS, J. A.;MIRANDA, F. V.; LAMP, C. R. Anatomia para crianças: uma maneira dinâmica de ensinar. CentroUniversitário Luterano de Ji-Paraná, 2008. 8) Arruda, M F; Rodrigues, P C; Prates, G K; Treviso, V C. Ladicotomía en la enseñanza de anatomía. De la práctica a la teoría en el aprendizaje de la biología humana.Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 199, 2014. Disponível em:<<http://www.efdeportes.com/efd199/dicotomia-do ensino-de-anatomia.htm>>. Acesso em: 12 jan.2017. 9)SILVA, R. K. A.? Ó, C. M.? BRITO, V. C.? OLIVEIRA, B. D. R.? COSTA, E. M. A.? MOURA, G. J. B.Vantagens e desvantagens das técnicas de preparação de matérias didáticos para as aulas práticas demorfologia. Revista Didática Sistêmica, v. 13, n. 2, p.24. 2011 10) RAMEY-GASSERT, L; WALBERG, H.J. Reexamining Connections: Museums as Science Learning Environments. Science Education.v. 78, n. 4.ago. 2006. Disponível em: <<http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/sce.3730780403/epdf>>. Acessoem: 12 jan. 2017. 11) SABBATINI, M. Museus e centros de ciência virtuais: uma nova fronteira para acultura científica. Disponível em : www.comciencia.br/reportagens/cultura/cultura14.shtml>.Acesso em:12 jan. 2017. 12) LIMA, V. M.; PEREIRA, K. F. Processo de formação dos monitores do museu deanatomia humana e comparativa. Itinerarius Reflectionis v. 6, n. 1 2010. Disponível em:<<https://www.revistas.ufg.br/rir/article/view/20370/19200>>. Acesso em: 12 jan.2017. 13) GRINEL,S. Science centers come of age. Issues in Science and Technology, v. 4. n. 3. p. 70-75, 1988. 14) Bailey, A.L. Ending science illiteracy: Teaching teachers to teach science. Museum News, MayIJune, p. 50-53. 1988. 15) LEROUX, J. A. Teacher training in a science museum. Curator. v. 32. n. 1. p. 70-80, 1989. 16) SOCIEDADE BRASILEIRA DE ANATOMIA. Museus. Disponível em: <<www.sbanatomia.org.br/links.php?cat=5>>. Acesso em: 12 jan. 2017. 17) ALMEIDA, Adriana Mortara. Os públicos de museus universitários. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, n. 12, p. 205-217, dez. 2002. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/revmae/article/view/109446>. Acesso em: 12 jan. 2017. 18) UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI, Projeto pedagógico do cursode graduação em medicina – campus Mucuri. Teófilo Otoni, 2014. Disponível em: <site.ufvjm.edu.br/fammuc/documentos/> Acesso em: 12 de janeiro. 2017. 19) OLIVEIRA, M. A. F. C.; BUENO, S. M. V. Comunicação educativa do enfermeiro na promoção da saúdesexual do Escolar. Revista latino-americana de Enfermagem. Ribeirão Preto, v. 5, n. 3, p. 71-81, jul. 1997. 20) COSTA, F. S.; SILVA, J.L.L.; DINIZ. M.I.G. A importância da interface educação saúde no ambiente escolar como prática de promoção da saúde. Informe-se em promoção da saúde, v.4, n.2. p.30-33, 2008. 21) OLIVEIRA, L. P. de; ALMEIDA, C. S. L. de; TONINATO, J. C.; AGUIAR, T. de F.;SAINT’ANA, D. de M. G. Atividades desenvolvidas no ano de 2003 no museu interdisciplinar de ciências da UNIPAR. 2003. 22) VALLINOTO,I. M. V. C.; NUNES, M. B. G.; MACHADO, A. S.; CAMPUS, E. D. F.;LIMA, R. M. QualificandoRecursos Humanos na Área de Anatomia Através de Metodologia Extensionista. In: CONGRESSOBRASILEIRO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 2., 2004,Belo Horizonte 23) SILVA, Ramila. ; LISBOA, Wolber. ; Petinari, Roberta. Implantação do primeiro Museu Interativo de Anatomia da UFVJM no município de Teófilo Otoni. O Anatomista, v. 4, p. 40, 2020. 24) SILVA, Ramila; LISBOA, Wolber; DINI, Thatiane; PINHEIRO, Nathale; SIERAL, Layde; BARBIZAN, Roberta. Implantação do primeiro Museu Interativo de Anatomia da UFVJM no município de Teófilo Otoni. In: VI Semana da Integração: Ensino, Pesquisa e Extensão da UFVJM - VI SINTEGRA, 2018, Diamantina. Resumos. 25)LISBOA, W. A. M. ; Maikon de Almeida Miclos1 ; Julia Avancini Viguini ; Arthur Leandro Ribeiro de Freitas1 ; Vinícius Neves Paiva Oliveira1 ; BRANTI, F. P. ; Petinari, RB . ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DOS VISITANTES ACERCA DA APRESENTAÇÃO DO MUSEU INTERATIVO DE ANATOMIA. In: SEMANA ACADÊMICA DE MEDICINA, nº 4, 2019. Teófilo Otoni. Apresentação de Oral. 26)LISBOA, Wolber; Petinari, Roberta. Minicurso Museu Interativo de Anatomia. 2019. In SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, nº16, 2019, Teófilo Otoni. Oficina 27)OLIVEIRA, Vinícius; ASEVEDO, Alisson; PIRES, Luisa; CACHUBA, Roberta; LISBOA, Wolber; BRANT, Franciane; PETINARI, Roberta. Avaliação do aprendizado em anatomia on-line com o Museu Interativo de Anatomia. In: SEMANA ACADÊMICA DE MEDICINA, nº 6, 2021, Teófilo Otoni. Resumos.


Inserção do estudante

Os discentes atuarão, junto aos técnicos e professores, na confecção do material da exposição, na implantação do MIA e como monitores nas visitas guiadas. Com o aumento quantitativo de peças, mais estruturas morfológicas serão dissecadas pelos acadêmicos consolidando e aperfeiçoando essa habilidade em desenvolvimento. Eles confeccionarão os modelos didáticos lúdicos e interativos além de selecionar, junto com os coordenadores dos laboratórios de anatomia seco, os modelos anatômicos de resina que ilustre adequadamente a exposição. Pautado no desenvolvimento desse trabalho, os discentes desenvolverão competências pedagógica, científicas e de comunicação. Será colocada uma meta real para a quantidade e qualidade de material morfológico para cada componente do projeto confeccionar. Os acadêmicos e toda a equipe, planejarão a exposição, adequando a coleção ao local, iluminação, mobiliários, quantidade e idade de público, etc, estimulando assim os extensionistas a atuarem ativamente no campus onde estudam e na busca de soluções para os problemas reais que porventura surgirão. Os acadêmicos que atualmente compõem a equipe do referido projeto atuarão como monitores em cada visita guiada, sempre acompanhados pelos técnicos e professores participantes do projeto. Os discentes extensionistas são habilitados a monitorar o público do MIA, dado que cursam do terceiro ao nono período de medicina, sabem morfofisiologia e patologias. A capacitação será para lapidá-los para a apresentação da coleção de forma lúdica, convidativa, clara e objetiva, com adequação de vocabulário, linguagem e conteúdo à faixa etária do público, aperfeiçoamento de presença e postura aprofundamento do conteúdo em morfofisiologia. Essa capacitação será realizada por pesquisa, treino e oficinas com os professores. Nas visitas guiadas os acadêmicos terão a oportunidade de aprimorar oralidade, capacidade argumentativa e comunicação que são habilidades necessárias ao profissional médico, haja vista que os médicos estão cada dia mais inseridos nas equipes multidisciplinares. O contato com o público também promoverá a troca de saberes e de experiências promovendo interdisciplinaridade e raciocínio critico. Ademais, com a visita de escolas públicas compostas por alunos de baixo poder aquisitivo, nossos discentes se aprofundarão na realidade e necessidades locais, se tornando habilitados a desenvolverem resoluções à melhoria da qualidade de vida da sociedade. O proponente e demais colaboradores do projeto acompanharão os acadêmicos em todas as etapas previstas, suprindo dúvidas, dando apoio teórico e suporte para resolução dos problemas. Assim, a avaliação dos acadêmicos será realizada continuamente pelos professores e técnicos que estarão observando o comprometimento do discente quantificado pela frequência nas reuniões, dedicação à realização das atividades, apresentação de resultados de cada etapa do projeto e proposições de melhorias para etapas subsequentes. Por todo o exposto, deseja-se que os discentes extensionistas desenvolvam a capacidade de associação entre ensino, pesquisa e extensão que culminam no compromisso e na transformação social do profissional, consciente dos problemas sociais em sua volta e do seu potencial de trabalho transformador.


Observações

O referido trabalho objetiva manter o Museu Interativo de Anatomia (MIA) da UFVJM, um projeto que visa divulgar e popularizar a ciência para o público em geral e da UFVJM em conjunto entre universidade, acadêmicos e comunidade local. Nas dez exposições do MIA, registra-se 984 visitantes provenientes de escolas públicas e privadas, Instituto Federal, Clube da Maturidade e comunidade interna que tiveram a oportunidade de iniciar as habilidades científicas e complementares sobre o conhecimento de anatomia e fisiologia do sistema respiratório, cardiovascular, urinário, osteomuscular, nervoso e digestório. Como o projeto já possui banner institucional e cartaz A3 colorido para a devida divulgação do MIA, conforme parágrafo 15.1.4. do EDITAL Proexc 01/2022, atenderemos ao exigido no parágrafo 15.1.5. do EDITAL Proexc 01/2022 mesmo sem utilização de recurso na gráfica.


Público-alvo

Descrição

O público-alvo do projeto é prioritariamente alunos de ensino fundamental e médio das escolas públicas urbanas e particulares de Teófilo Otoni bem como os educadores de ciências e biologia. O município apresenta 40 escolas estaduais, 32 municipais e 54 escolas particulares.

Municípios Atendidos

Município

Teófilo Otoni

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Contamos com apoio e parceria dos Laboratórios de Anatomia Seco e Molhado da FAMMUC. Utilizamos os modelos de anatomia e patologia sintéticos bem como as peças anatômicas verdadeiras para utilização nas visitas guiadas.

Participação da Instituição Parceira

Complementando e apoiando as visitas das escolas a fim de aprimorar o conhecimento científico dos alunos de forma lúdica, prática e interativa.

Participação da Instituição Parceira

Agendamento para visita dos alunos da escola.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Desenvolvimento e confecção de modelos anatômicos.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Aprimoramento e desenvolvimento de modelos didáticos para aprendizagem da morfofisiologia dos sistemas corporais.

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Qualificação da equipe para apresentação aos visitantes.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Explanação do projeto aos diretores e coordenadores das escolas da região mediante agendamento.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Abertura do museu aos visitantes.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Elaboração e entrega de relatórios de acompanhamento.

Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

apresentação dos resultados, desafios e soluções do projeto em eventos de divulgação extensionista.