Visitante
Território de Partilhas: diálogos, deslocamentos e travessias entre o formar-se e fazer-se professor/a.
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
rosiane da silva ribeiro bechler
20221012022410416
faculdade interdisciplinar em humanidades
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
trabalho
formação docente
municipal
Sim
Membros
júlio césar virgínio da costa
Voluntário(a)
célia santana silva
Voluntário(a)
edelweiss vitol gysel
Voluntário(a)
simone de paula dos santos
Voluntário(a)
cláudio marinho
Voluntário(a)
maria amélia de castro cotta
Voluntário(a)
bruna evangelista rosa
Voluntário(a)
lucas rodrigues oliveira
Voluntário(a)
jaqueline sayonara vieira
Voluntário(a)
paula cristina silva
Voluntário(a)
elisson cordeiro da silva
Voluntário(a)
clebson souza de almeida
Voluntário(a)
sandro vinicius sales dos santos
Voluntário(a)
elizabeth aparecida duque seabra
Vice-coordenador(a)
ivis alan pereira soares
Bolsista
anne priscila dias gonzaga
Voluntário(a)
O projeto é uma expansão da ação de extensão (inscrição: 202103000055) de mesmo nome, em curso desde março de 2021 na Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). O Território de Partilhas (...) desenvolve ações articuladas entre os estágios supervisionados e as práticas curriculares das licenciaturas da FIH. Durante o período remoto os encontros foram realizados pelo Google Meet e organizados em parcerias entre professores que atuam nos cursos de História, Letras, Geografia, Pedagogia e Licenciatura para Educação do Campos, ocupando, assim, “terras de uso comum” àqueles comprometidos com a docência em suas diferentes etapas. Ante o ineditismo dos desafios atravessados neste contexto pandêmico, o Território de Partilhas se configurou também como espaço de acolhida, escuta e elaboração coletiva de caminhos para fortalecimento das licenciaturas e orientação dos estágios supervisionados em um contexto marcado pela suspensão e reconfiguração dos tempos e espaços das relações educativas. Tendo em vista os desafios que já se delineiam para o próximo ano 2022 temos como meta abrir novas frentes de diálogo sobre a formação docente, ocupando e acompanhando os diferentes tempos e espaços da formação, de maneira articulada às demandas da Educação Básica, das licenciaturas da FIH ao diálogo com outras instituições igualmente comprometidas com a formação docente.
Experiências; Interdisciplinaridade; Estágios Supervisionados; Formação Docente
A compreender que a formação docente é um percurso contínuo construído por múltiplos sujeitos que transitam entre os espaços da escola e da universidade, docentes dos estágios supervisionados das licenciaturas da FIH desenvolvem desde março/2021 a ação de extensão “Território de Partilhas: diálogos, deslocamentos e travessias entre os formar-se e o fazer-se professor/a”, com vistas a articular um lugar polifônico para partilha de saberes e experiências formativas. Pretende-se que essa territorialidade seja marcada pelo transitar de docentes, do Ensino superior e da Educação Básica (incluindo egressos das licenciaturas da instituição), e dos discentes da FIH, em formação para a licenciatura. De acordo com Jorge Larossa Bondía, “a experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca” (LAROSSA BONDÍA, 2002, p.21), ou seja, aquilo que profundamente, nas dimensões ética e estética, nos trans-forma. Na toada dessas reflexões, essa proposta se orienta pela potência do que compreendemos como circuito formativo, ou seja, o deslocamento entre sujeitos e lugares na promoção de uma formação docente orientada pelo binômio experiência e sentido (idem, 2020). Um circuito pode significar uma linha fechada que limita uma superfície, um espaço. Mas na formação docente, um circuito pressupõe uma trajetória, mover-se de um lugar ao outro, levando aprendizagens e buscando o que falta à construção da identidade docente. É o sujeito em constante deslocamento entre a Escola e a Universidade, espaços formativos por excelência, entre a teoria e a prática, que só adquirem sentido diante de uma problemática construída nesse circuito e da reflexão que se faz sobre ela. Se para Pimenta (2004), o estagiário é um pesquisador reflexivo, para nós, ele é, antes de tudo, nômade, nos termos de Paul Zumthor (2005), para quem o sujeito nômade carrega, ao longo de sua(s) trajetória(s), sua voz, seus aprendizados, sua presença, sua capacidade de levar consigo seu território e de fundir-se a outros territórios que lhe são apresentados. Por outro lado, compreende-se que os deslocamentos da Universidade para a Escola, e vice-versa, no contexto dos estágios supervisionados e das práticas curriculares, possibilita a inauguração de trilhas através das quais o ir e vir, a fala e a escuta, a proposição e a acolhida, a observação e a experiência, a teoria e a prática podem ser ressignificadas. Nesse sentido, a proposta do “Território de Partilhas” se configura enquanto espaço de troca de saberes e vivências entre sujeitos que se entregam ao nomadismo inerente à formação docente e que reconhecem, na trajetória do circuito formativo, uma possibilidade única de consolidar sua identidade acadêmico-profissional e, ao mesmo tempo, ampliar territórios de atuação e formação, partilhando-os. Arriscaríamos a dizer que esta ação também inaugura um novo espaço para se “partilhar territórios”, fortalecendo o diálogo entre os cursos que compõem a Faculdade Interdisciplinar em Humanidades, em sua relação com a comunidade externa à Universidade. É um projeto gestado, assim, no atravessamento entre fronteiras dos diferentes conhecimentos da área das Humanidades e da aproximação a partir do desafio formativo que nos é comum: a formação docente para a Educação Básica.
Há mais de duas décadas as pesquisas sobre o que são os saberes docentes, referência fundamental a nossa proposta, apontam que eles vão muito além da transmissão de informações canônicas referendadas nos conteúdos curriculares prescritos. Na trama desses saberes interagem sujeitos plurais, memórias, experiências e práticas em movimentos peculiares e diferenciados (MIRANDA, 2008). O docente, assim como qualquer indivíduo, se posiciona como sujeito complexo no jogo cultural da contemporaneidade, confrontando, negociando, resistindo, recriando o que lhe é apresentado e compondo um repertório próprio de saberes e práticas. É importante destacar também o imbricamento apontado pela literatura entre formação de professores(as) e a condição docente. Nóvoa (1997) e Tardif e Lessard (2005) teorizam sobre a dimensão da “produção de saberes” como parte constitutiva do trabalho docente. Para Nóvoa (1997, p.18) é na formação que se produz a profissão e essa formação articula o desenvolvimento pessoal (vida do professor), o desenvolvimento profissional (profissão docente) e o desenvolvimento organizacional (produzir a escola). Tardif (2005) por sua vez indica que os “conhecimentos e competências” dos professores podem constituir-se apenas em “instrumentos e tecnologias”, entretanto, o trabalho da docência possui características peculiares (interação humana) que o diferencia das formas de trabalho com objetos materiais e técnicas e, ainda, daqueles que lidam estritamente com o conhecimento e a informação. Maurice Tardif não abre mão das “categorias mediadoras” do trabalho docente: o trabalho considerado como atividade, status e experiência. O autor nos leva a pensar que o trabalho docente pode ser compreendido como expressão do saber pedagógico e ao mesmo tempo fundamento e produto da atividade docente. É uma dimensão criadora e complexa da prática pedagógica. Em outro cenário de pesquisa, o pesquisador português Antônio Nóvoa (1997, p.18) reafirma que a formação docente, tanto em sua dimensão acadêmica quanto profissional, não está dissociada da reflexão sobre a profissão docente. Compreendemos que formação de professores(as) é o momento-chave da socialização e da configuração profissional. Nóvoa, historiando a profissão, indica ainda que foi a partir de fins dos anos 1980 surgiram, no âmbito da pesquisa sobre a formação e a profissão, perspectivas crítico-reflexivas que propõem dinâmicas de autoformação participada dos professores, articulando o desenvolvimento pessoal e projetos coletivos de escolas (coletivo docente). Estabelece-se um estatuto próprio para os saberes da experiência e relações entre o saber, as experiências e a identidade docentes. A noção de experiência, que também orienta nossa proposta e encontra fundamentação em Larossa Bondía (2002), mobiliza uma pedagogia interativa e dialógica e um novo quadro de produção de saberes em redes de (auto)formação que considera as subjetividades dos sujeitos formadores/formandos. Nesta experiência do fazer-se professor(a) é estabelecido um novo quadro de referência para a formação com a afirmação de valores próprios à profissão docente. Destacam-se os saberes emergentes da prática profissional, a socialização profissional e o desenvolvimento de uma nova cultura própria aos professores(as) constituídos em um corpo autônomo. (NÓVOA, 1997, p. 26). Mediante esses referencias teóricos e da compreensão de que a formação docente envolve uma rede de sujeitos circulantes em espaços internos e externos à Universidade, o Território de Partilhas configura-se como uma ação extensionista que promove a aproximação teoria/prática pela conversão do ensino em investigação, e desta em ação, de maneira articulada ao desenvolvimento de experiências permeadas de sentidos para sujeitos discentes e docentes envolvidos neste circuito formativo. Nesse contexto, os estágios supervisionados e as práticas curriculares oferecem subsídios para traçarmos um novo quadro analítico sobre os saberes e fazeres docentes, no qual articulam-se conceitos, teorias, e modelos em novos esquemas explicativos e interpretativos (MIRANDA e RESENDE, 2006 p.511) para a compreensão do formar-se e fazer-se professor/a. Promover e investigar esse circuito formativo implica também em reconhecer que os estudantes de licenciatura, durante os seus processos de formação, são capazes de se constituírem de modo autônomo no plano cognitivo e cultural. Não são simplesmente receptores de programas e propostas, por melhores e mais bem-intencionadas que sejam. Também não são dominados, menores, com déficits, pobres em recursos e capital cultural. Propor e analisar práticas formativas nas quais os pesquisadores estão implicados diretamente nas ações, provoca tensões e ambiguidades já que se criam territórios e fronteiras entre um “olhar de fora” para compreender e um “estar dentro” dos processos de socialização. Ser participante e ao mesmo tempo recolher dados. O “Saber-pensar de fora” e o “saber-fazer de dentro” se encontram e devem provocar a reflexibilidade. E esse é o movimento ao qual nos abrimos com este projeto, certos de que a prática educativa é radicalmente dialógica, na qual a docência não existe sem a discência, e vice-versa (FREIRE, 2014). De acordo com Paulo Freire (2014, p.28) "Ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do seu conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível." Já estabelecemos como consenso que a formação docente não tem início no curso de licenciatura, tão pouco se encerra com a obtenção do diploma. Os saberes que compõem o repertório docente no cotidiano da sala de aula são impregnados das diferentes experiências e vivências cumulativas e angariadas em múltiplos espaços. A aposta que fazemos aqui recai justamente sobre a potencialidade de uma formação dialógica em espaços-tempos mais alargados e horizontais, ancorados no que Paulo Freire denominou de ciclo gnosiológico, ou seja, o deslocamento entre os saberes advindos da curiosidade ingênua para a problematização dos saberes confrontados e apreendidos pela curiosidade epistemológica. Nesse sentido, "ensinar, aprender e pesquisar lidam com esses dois momentos do ciclo gnosiológico: o em que se ensina e se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente. A “dodiscência” - docência-discência - e a pesquisa, indicotomizáveis, são assim práticas requeridas por esses momentos do ciclo gnosiológico. (FREIRE, 2014, p.30) Mediante essas reflexões, esse projeto configura-se como: (1) pesquisa por dedicar-se a investigação dos deslocamentos realizados pelos sujeitos envolvidos no circuito formativo da profissão docente e por propor uma reflexão sobre o lugar dos professores formadores de professores nesse circuito, a partir de um olhar para as transversalidades dos currículos das licenciaturas da FIH; (2) ensino, por propor ele mesmo novos lugares para o deslocamento no espaço-tempo e para a construção coletiva desse circuito formativo pautado em experiências estéticas e éticas em torno dos saberes fundamentais à prática educativa, no esforço de estabelecer a relação necessária entre a curiosidade ingênua e a curiosidade epistemológica, assim como entre os conhecimentos das diferentes áreas do conhecimento e diálogo com os debates próprios a formação docente; (3) extensão, na proposição de uma territorialidade que promova a escuta, o acompanhamento e a solidariedade dos e entre os professores em formação, e os que formam professores na universidade e na escola, com olhar sensível para o tempo do enraizamento da profissão docente entre seus saberes-fazeres. Essa territorialidade, demarcada por outras relações de sujeitos-espaços-tempos, promove o ensino e a pesquisa a partir das questões advindas das experiências nas escolas e no interior da comunidade aprendente que pretende-se constituir (BRANDÃO, 2005). Além disso, tendo em vista a RESOLUÇÃO CONSEPE, Nº 02, de 18 DE JANEIRO DE 2021, a qual regulamenta a curricularização das atividades de extensão nos cursos de graduação no âmbito da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. De acordo também com a Meta 12.7 do novo Plano Nacional de Educação (2014 – 2024), que assegura, no mínimo, dez por cento do total de créditos curriculares exigidos para a graduação em programas e projetos de extensão universitária (Lei Federal Nº 13.005, de 25 de junho de 2014). Considerando a Carga Horária mínima de 400 horas para a realização dos estágios supervisionados dos cursos de licenciatura (RESOLUÇÃO CNE, NO. 02, 2015), a presente proposta pretende se constituir como parte das ações de curricularização de atividades extensionistas no âmbito dos cursos de licenciatura da FIH, no que tange às atividades práticas ligadas aos estágios supervisionados, conforme autoriza o art. 6 da RESOLUÇÃO CONSEPE, N. 2, 2021), em seu “§ 5º A critério dos colegiados dos cursos, a integralização curricular da atividade de extensão poderá ocorrer por meio de atividades acadêmicas do tipo estágio[...]”. Por fim, destaca-se a potencialidade das trocas de experiências entre graduação, a pós graduação (pesquisa), e docentes da Educação Básica. Alguns dos professores da Educação Básica convidados a partilhar suas “experiências insurgentes” educativas são estudantes ou egressos da Pós-Graduação de nossa instituição, fomentando a interação entre ensino/pesquisa/extensão e o diálogo constante com a Educação Básica. Estas trocas, por meio das atividades de extensão que propomos, podem gerar produções acadêmicas materializadas em eventos, vídeos e publicações.
Objetivo Geral: consolidar um território interdisciplinar e horizontal no qual possamos acolher demandas que atravessam a Educação Básica e a Formação Docente, e potencializar as reflexões sobre os tempos, espaços, saberes e sujeitos que compõem esse circuito formativo. Espera-se, também, promover a integração entre ensino, pesquisa e extensão nos estágios supervisionados e práticas curriculares, através da confluência entre atividades desenvolvidas no âmbito da formação docente e possíveis de serem creditadas. Objetivos Específicos: 1) consolidar um núcleo para promoção de diálogos e partilhas sobre as experiências na trajetória da formação inicial e da atuação na Educação Básica, considerando as linhas comuns que atravessam e costuram identidades docentes das diferentes licenciaturas ofertadas pela FIH; 2) atender às demandas curriculares das licenciaturas da FIH, promovendo experiências que contribuam para as trajetórias da formação acadêmica e atuação na docência na Educação Básica, considerando-se a articulação interdisciplinar entre atividades de ensino, pesquisa e extensão; 3) Ampliar as conexões deste território no acolhimento aos egressos das licenciaturas da FIH, com a construção de vias para idas e vindas dos sujeitos envolvidos com os processos formativos na e para a Educação Básica; 4) Atuar de forma articulada a espaços escolares polos, promovendo seminários e oficinas conforme demandas apresentadas pelos docentes e discentes envolvidos no projeto. 5) Aproximar o território da universidade do território da escola considerando ambos os espaços como fundamentais para as experiências sensíveis da formação docente; 6) Consolidar um espaço interinstitucional de debates e reflexões entre professores supervisores e orientadores dos estágios supervisionados, considerando experiências desenvolvidas em outras escolas e universidades; 7) contribuir para os debates sobre os currículos vigentes para Educação Básica e a Formação Docente, em interface com a reflexão sobre a autonomia docente nas práticas pedagógicas e nos usos dos materiais didáticos disponibilizados nesse contexto.
- Realizar ao longo de cada semestre um Ciclo de Encontros Integrados (composto, em média, por 6 encontros) em modalidade remota e/ou híbrida - espaços de diálogo, reflexões e partilha de experiências relacionadas às práticas docentes na Educação Básica em perspectiva interdisciplinar. A cada encontro atingimos cerca de 40 pessoas, entre discentes e docentes. - Inserir os estudantes do estágio supervisionado de maneira coletiva e articulada nos espaços escolares, tendo em vista a configuração de escolas-polos para o desenvolvimento de projetos de ensino, oficinas e seminários; - Realizar ao longo de cada semestre um “Ciclo de Oficinários” em cada escola-polo - territórios de diálogos sobre temas demandados pelo corpo docente com a construção coletiva de caminhos e práticas pedagógicas possíveis para lidar com as questões suscitadas. Para o primeiro ano dessa ação estabelecemos parceria com 2 escolas da rede pública estadua3. - Realizar ao fim de cada semestre um Seminário Interdisciplinar Discente, agregando as experiências dos estágios supervisionados e das práticas curriculares desenvolvidas nas licenciaturas da FIH. A atividade envolve, em média, 100 estudantes entre apresentadores e ouvintes. - Realizar um Encontro Institucional em celebração aos 10 anos de licenciatura na FIH com alcance médio de 200 pessoas entre discentes, docentes e egressos. - Criação de um grupo de estudos sobre formação docente que se dedique a reflexões teóricas e curriculares sobre o tema, com o envolvimento de professores do Ensino Superior e da Educação Básica de diferentes instituições. Meta: envolvimento direto de cerca de 20 docentes e impacto indireto sobre os discentes a estes relacionados. - Criar grupos de trabalhos e pesquisa vinculados às diferentes licenciaturas com o intuito de acolher e acompanhar estudantes recém-egressos em sua inserção na docência, garantindo um acompanhamento longitudinal do processo e contribuindo assim para a profissionalização docente em seus diferentes tempos e espaços. Meta: envolvimento direto de cerca de 15 docentes de cada uma das licenciaturas da FIH (em média 75 docentes) e impacto indireto sobre os discentes a estes relacionados. - Consolidação do canal do Instagram @territorio.ufvjm como espaço de divulgação das ações do projeto e de temas relativos à formação docente. Alcance de cerca de 200 pessoas conforme ampliação das conexões nessa rede social.
O projeto está organizado em diferentes espaços de encontros remotos e presenciais*, que buscam promover a escuta, a partilha, o encorajamento e a integração entre docentes e discentes envolvidos no circuito formativo dos estágios supervisionados, seja na Universidade, na Escola ou em outros espaços educativos. A mediação destes espaços é feita de maneira interdisciplinar entre os professores das licenciaturas da FIH, considerando-se os planos de ensino a transversalidade dos temas abordados. Busca-se garantir a diversidade dos convidados no tocante às trajetórias de vida e atuação docente, assim como com relação a etapa formativa na qual se encontra, zelando pela dialogicidade como eixo condutor desta troca de experiência e saberes. Além dos Ciclos de Encontros Integrados, Oficinários e Seminários, a equipe gestora do projeto se organiza da seguinte maneira: • Reuniões mensais de avaliação do percurso e de elaboração coletiva das atividades a serem desenvolvidas; • Vinculação, com observância das correlações possíveis, das atividades propostas nos planos de ensino dos estágios supervisionados e das práticas curriculares às atividades do projeto; • Ampla divulgação dos eventos pelas redes sociais internas e externas à FIH; • Promoção de espaços de interlocução com os estudantes (virtual e presencial) para avaliação/adequação das ações propostas; • Promoção de espaços de interlocução (virtual e presencial) com os professores e gestores da Educação básica para acolhida de demandas, avaliação e adequação das propostas de intervenção, elaboradas no escopo dos estágios supervisionados e práticas curriculares; Para avaliação dos impactos do projeto traçamos as seguintes estratégias: • Acompanhamento da participação síncrona nos encontros; • Acompanhamento das visualizações dos encontros disponibilizados no YouTube; • Formulário de avaliação a ser preenchido pelos participantes internos e externos; • Avaliação interna nas disciplinas anfitriãs, ou seja, responsáveis pela organização do encontro; • Avaliação processual e em diferentes espaços sobre as práticas pedagógicas e intervenções realizadas. *Enquanto durar o contexto pandêmico, todas as atividades do projeto serão realizadas por plataformas virtuais.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Comunidades Aprendentes. In: FERRARO Jr., Luiz Antônio (org.). Encontros e Caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Braísilia: MMA, Diretoria de Educação Ambiental, 2005. ESCOLANO, Augustín Benito. La cultura de la escuela. Uma interpretación etnohistórica. In: MAINER, J. (Ed). Pensar criticamente la educación, Zaragoza, Prensas UNIZAR, 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 49ª. Edição. São Paulo: Paz e Terra, 2014 LAROSSA BONDÍA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista brasileira de educação, n. 19, p. 20-28, 2002. MIRANDA, M.G. RESENDE, A. C. Sobre a pesquisa-ação na educação e as armadilhas do praticismo. Revista Brasileira de Educação. v.11,n.33.set./dez.2006, p.511-518. MIRANDA, Sônia Regina. Lugares de memória, espaços de formação: elos invisíveis na constituição do conhecimento histórico de professores. In: ZAMBONI, E. e FONSECA, S.G. Espaços de formação do professor de história. Campinas, Papirus, 2008. p.261-280. NÓVOA, Antônio. Entre a formação e a profissão: ensaio sobre o modo como nos tornamos professores. Revista Currículo sem fronteiras, v. 19, n. 1, p. 198-208, jan./abr. 2019. ______. Os professores e o “novo” espaço público da educação. In: TARDIF, Maurice. LESSARD, Claude. O ofício de professor: história, perspectivas e desafios internacionais. Editora Vozes Limitada, 2017. 6ª. Edição, 1ª, reimpressão. REVEL, Jacques. Jogos de escalas: a experiência da micro-análise. Rio de Janeiro: FGV, 1998. SILVA, Mônica Martins. O estágio supervisionado em História como espaço de experiências de Ensino e Pesquisa. In: GIL, Carmem Zeli de Vargas; MASSONE, Marisa Raquel. Múltiplas vozes na formação de professores de História: experiências Brasil-Argentina. Porto Alegre: EST Edições, 2018: p.83-106 TARDIF, Maurice. LESSARD, Claude. O ofício de professor: história, perspectivas e desafios internacionais. Editora Vozes Limitada, 2017. 6ª. Edição, 1ª, reimpressão. ______. O trabalho docente: Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2005. p.15-54.
O estudante vinculado como bolsista ao projeto deverá acompanhar as atividades realizadas nos espaços da Universidade e das escolas parceiras, inteirando-se dos debates teóricos e práticos sobre a formação docente. Será de sua responsabilidade, também, o acompanhamento das redes sociais do projeto, assim como o apoio a divulgação e organização das ações previstas, com especial atenção para a manutenção de um banco de dados atualizados e acessível, com as produções da ação. Por fim, o estudante será referência na comunicação entre os diferentes sujeitos e espaços envolvidos, contribuindo assim para a devida articulação deste território em diálogo direto e constante com a coordenação do projeto. Em consonância com as premissas desse projeto, acredita-se que a formação do estudante se dará através do engajamento e da partilha de experiências, com o encorajamento de seu protagonismo em um espaço dialógico.
Espera-se com esse projeto de extensão ampliar o repertório teórico reflexivo sobre a formação docente, inicial e continuada, assim como para o fortalecimento dos saberes-fazeres da docência na Educação Básica. As experiências partilhadas ao longo do I e II Ciclo de Encontros Integrados possibilitaram identificas lacunas, demandas, angústias, receios e possibilidades ante ao futuro que se anuncia com a reconfiguração do espaço, dos tempos e das relações educativas no período pós-pandêmico. Pretende-se, assim, contribuir para o que Antônio Nóvoa (2017) denomina "profissionalização da formação docente", considerando a importância de, no percurso da formação inicial, diminuir distâncias entre a escola e a universidade, entendendo como fundamental estratégias formativas voltadas para o preparo, o ingresso e o desenvolvimento continuado do profissional docente. Nessa perspectiva, a qualificação da formação dos estudantes das licenciaturas da FIH é o eixo estruturante e objetivo central das ações previstas pelo Território de Partilhas alinhado em horizontalidade ao acolhimento das demandas da Educação Básica em confluência as práticas pedagógicas dos estágios supervisionados e disciplinas afins. Desejamos assim, promover o deslocamento do lugar de ouvintes para o de interlocutores nos processos dialógicos de partilhas e construção de saberes com membros da comunidade externa, particularmente professores e gestores da Educação Básica. É importante destacar ainda que a creditação das ações de extensão estará atreladas ao Estágio Supervisionado Obrigatório dos cursos de Licenciatura da FIH que aderirem ao projeto, via órgãos colegiados, conforme autoriza os art. 6o. e 7o. da RESOLUÇÃO CONSEPE, Nº 02, de 18 DE JANEIRO DE 2021. Sendo assim, pretende-se que as atividades desenvolvidas ao longo do projeto possam ser aproveitadas por discentes e docentes na creditação da extensão nos cursos de licenciatura.
Público-alvo
O público-alvo diretamente impactado por esse projeto são os estudantes das licenciaturas da FIH matriculados nos estágios supervisionados e nas disciplinas com carga horária de práticas curriculares, assim como professores e professoras que atuam na Universidade e na Educação Básica. Compreende-se que, indiretamente, serão beneficiados os demais estudantes nas diferentes etapas do curso, que já contarão com um espaço consolidado para o debate sobre a formação docente, assim como os discentes e comunidade escolar da Educação Básica, impactados pelo amadurecimento reflexivo e pela proposição de práticas pedagógicas em sintonias com as demandas sociais e curriculares.
O público-alvo diretamente impactado por esse projeto são os estudantes das licenciaturas da FIH matriculados nos estágios supervisionados e nas disciplinas com carga horária de práticas curriculares, assim como professores e professoras que atuam na Universidade e na Educação Básica. Compreende-se que, indiretamente, serão beneficiados os demais estudantes nas diferentes etapas do curso, que já contarão com um espaço consolidado para o debate sobre a formação docente, assim como os discentes e comunidade escolar da Educação Básica, impactados pelo amadurecimento reflexivo e pela proposição de práticas pedagógicas em sintonias com as demandas sociais e curriculares.
O público-alvo diretamente impactado por esse projeto são os estudantes das licenciaturas da FIH matriculados nos estágios supervisionados e nas disciplinas com carga horária de práticas curriculares, assim como professores e professoras que atuam na Universidade e na Educação Básica. Compreende-se que, indiretamente, serão beneficiados os demais estudantes nas diferentes etapas do curso, que já contarão com um espaço consolidado para o debate sobre a formação docente, assim como os discentes e comunidade escolar da Educação Básica, impactados pelo amadurecimento reflexivo e pela proposição de práticas pedagógicas em sintonias com as demandas sociais e curriculares.
O público-alvo diretamente impactado por esse projeto são os estudantes das licenciaturas da FIH matriculados nos estágios supervisionados e nas disciplinas com carga horária de práticas curriculares, assim como professores e professoras que atuam na Universidade e na Educação Básica. Compreende-se que, indiretamente, serão beneficiados os demais estudantes nas diferentes etapas do curso, que já contarão com um espaço consolidado para o debate sobre a formação docente, assim como os discentes e comunidade escolar da Educação Básica, impactados pelo amadurecimento reflexivo e pela proposição de práticas pedagógicas em sintonias com as demandas sociais e curriculares.
Municípios Atendidos
Diamantina - Minas Gerais
Parcerias
Tendo em vista os desafios que já se delineiam para o ano de 2022 temos como meta a consolidação de parcerias com as escolas da rede pública em Diamantina. Pretendemos, assim, articular a acolhida dos estagiários das diferentes licenciaturas da FIH ao desenvolvimento de ações conjuntas a partir das demandas colocadas pela escola e dos objetivos do projeto. Dentre essas ações, pretendemos promover espaços para reflexão, elaboração e efetivação de estratégias para lidar com questões que atravessam a Formação Docente e também a Educação Básica, como, por exemplo: a implementação da Base Nacional Comum Curricular, a apropriação dos livros e materiais dos Programa Nacional do Livro Didático, a readequação dos espaços e tempos escolares no contexto pós-Covid, os usos das tecnologias digitais no ensino presencial, dentro outras questões que forem mapeadas ao longo do percurso.
Tendo em vista os desafios que já se delineiam para o ano de 2022 temos como meta a consolidação de parcerias com as escolas da rede pública em Diamantina. Pretendemos, assim, articular a acolhida dos estagiários das diferentes licenciaturas da FIH ao desenvolvimento de ações conjuntas a partir das demandas colocadas pela escola e dos objetivos do projeto. Dentre essas ações, pretendemos promover espaços para reflexão, elaboração e efetivação de estratégias para lidar com questões que atravessam a Formação Docente e também a Educação Básica, como, por exemplo: a implementação da Base Nacional Comum Curricular, a apropriação dos livros e materiais dos Programa Nacional do Livro Didático, a readequação dos espaços e tempos escolares no contexto pós-Covid, os usos das tecnologias digitais no ensino presencial, dentro outras questões que forem mapeadas ao longo do percurso.
Tendo em vista os desafios que já se delineiam para o ano de 2022 temos como meta a consolidação de parcerias com as escolas da rede pública em Diamantina. Pretendemos, assim, articular a acolhida dos estagiários das diferentes licenciaturas da FIH ao desenvolvimento de ações conjuntas a partir das demandas colocadas pela escola e dos objetivos do projeto. Dentre essas ações, pretendemos promover espaços para reflexão, elaboração e efetivação de estratégias para lidar com questões que atravessam a Formação Docente e também a Educação Básica, como, por exemplo: a implementação da Base Nacional Comum Curricular, a apropriação dos livros e materiais dos Programa Nacional do Livro Didático, a readequação dos espaços e tempos escolares no contexto pós-Covid, os usos das tecnologias digitais no ensino presencial, dentro outras questões que forem mapeadas ao longo do percurso.
Cronograma de Atividades
III Ciclo de Encontros Integrados
10/01/2022
04/03/2022
Encontros presenciais ou remotos (a depender do contexto pandêmico) que se configuram em espaços de diálogo, reflexões e partilha de experiências relacionadas às práticas docentes na Educação Básica em perspectiva interdisciplinar.
Encontros presenciais ou remotos (a depender do contexto pandêmico) que se configuram em espaços de diálogo, reflexões e partilha de experiências relacionadas às práticas docentes na Educação Básica em perspectiva interdisciplinar.
Encontros presenciais ou remotos (a depender do contexto pandêmico) que se configuram em espaços de diálogo, reflexões e partilha de experiências relacionadas às práticas docentes na Educação Básica em perspectiva interdisciplinar.
Territórios de diálogos sobre temas demandados pelo corpo docente com a construção coletiva de caminhos e práticas pedagógicas possíveis para lidar com as questões suscitadas.
Seminário de partilha das experiências discentes nos estágios supervisionados e práticas curriculares.
G grupos de trabalhos e pesquisa vinculados às diferentes licenciaturas com o intuito de acolher e acompanhar estudantes recém-egressos em sua inserção na docência, garantindo um acompanhamento longitudinal do processo e contribuindo assim para a profissionalização docente em seus diferentes tempos e espaços.
Trabalho de campo para conhecimento de outros espaços educacionais e ampliação das redes de diálogo, tendo em vista a participação do Prof. Júlio César Virginio Costa.
Trabalho de campo para conhecimento de outros espaços educacionais e ampliação das redes de diálogo, tendo em vista a participação da Profa. Célia Santana.