Detalhes da proposta

Sistematização de resultados de pesquisa em formato cartilha - uma contribuição ao Plano de Conservação Dinâmica do Sistema Agrícola Tradicional dos apanhadores/as de flores sempre-vivas

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    maria neudes sousa de oliveira

    Número de inscrição:

    2022101202229085

    Unidade de lotação:

    departamento de agronomia

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências biológicas

    Área temática principal:

    meio ambiente

    Área temática secundária:

    meio ambiente

    Linha de extensão:

    questões ambientais

    Abrangência:

    regional

    Vinculado a programa de extensão:

    campo, saberes e conexões

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

claudenir fávero Voluntário(a)

ígor felipe araújo rocha Bolsista

delis maria mendes borges Voluntário(a)

Resumo

Os apanhadores de flores sempre-vivas representam povos tradicionais, reconhecidos pelo Conselho Estadual e Nacional e de Povos e Comunidades Tradicionais (CEPCT e CNPCT, respectivamente), de comunidades rurais do Espinhaço Meridional em Minas Gerais. Atualmente eles estão organizados na Comissão em Defesa das Comunidades Extrativistas, a Codecex, com sede em Diamantina, MG. A tradicionalidade desse povo se dá pelo modo de vida caracterizado pela transumância entre as partes baixas e altas da serra, com a coleta ou a “apanha” de flores sempre-vivas e o manejo do gado rústico nos campos nativos nas partes altas, e a lida com a agricultura de bases agroecológicas e criação de animais de pequeno porte nas partes baixas. Essa identidade territorial, cultural e social dos apanhadores de flores sempre-vivas e a importância desse sistema agrícola foram materializados, reconhecidos e oficializados em março de 2020, com um selo concedido pela FAO como um Sistema Agrícola Tradicional de Relevância Global (SAT-RG), chamado de Sistema Agrícola Tradicional dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas ou SAT sempre-vivas, o primeiro sistema agrícola tradicional brasileiro reconhecido pela FAO. No Plano de Conservação Dinâmica do SAT sempre-vivas, revisado a cada cinco anos, consta um conjunto de ações, e suas responsabilidades de execução e implementação, necessárias para salvaguardar o SAT. Propõe-se a produção de material informativo, no formato cartilhas, em linguagem adequada à divulgação dos resultados de pesquisas e ao entendimento das comunidades apanhadoras de sempre-vivas, como uma contribuição ao Plano de Conservação Dinâmica do Sistema Agrícola Tradicional dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas.


Palavras-chave

Extrativismo, sempre-vivas, Espinhaço Meridional, Serra do Ambrósio, NESFV


Introdução

O NESFV e as pesquisas com sempre-vivas Há algum tempo muitas associações comunitárias de comunidades extrativistas do Espinhaço/Alto Jequitinhonha são parceiras de dois grupos de Pesquisa e Extensão da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri: o NESFV - Núcleo de Estudos em Ecofisiologia Vegetal, e o NAC – Núcleo de Agroecologia e Campesinato, vinculados ao programa “Serra viva – Estudos, assessoria e apoio a comunidades extrativistas do Espinhaço/Alto Jequitinhonha”, em projetos de experimentação participativa (interface pesquisa/extensão) voltados para o extrativismo sustentável de espécies de sempre-vivas e de outros produtos florestais não madeireiros de valor econômico, que constituem a cadeia das “Flores secas”, com mais de 300 itens comercializados, e mais de 15 municípios envolvidos na coleta. A partir de 2008, o NESFV vem construindo diálogos com as comunidades extrativistas (a partir de 2010, mediados pela Codecex – Comissão em defesa dos Direitos de Comunidades Extrativistas), buscando a integração do conhecimento tradicional e conhecimento científico, partindo-se da premissa de que todas as ações de pesquisas que desconsiderem as práticas e conhecimentos tradicionais não resultam em soluções efetivas que aliem conservação e o uso sustentável das espécies de sempre-vivas. A partir dessa premissa, deu-se início, portanto, a experimentações participativas sobre sempre-vivas comercializadas, abordando aspectos fenológicos, de produção, propagação, cultivo e manejo, que resultaram em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), artigos científicos, capítulos de livro e a colaboração na elaboração do dossiê de candidatura da região a um GIHAS (Global Importance Hereditage Agricultural System) ou Sistema Agrícola Tradicional de Relevância Global (EIDT e UDRY 2019), uma política de valorização de patrimônios agrícolas preconizada pela FAO a partir de 2002. Assim sendo, o conhecimento tradicional aliou-se ao conhecimento científico e as pesquisas envolvendo os apanhadores de flores sempre-vivas, bem como os recursos naturais ou aspectos culturais vinculados a eles, deixou de ser de interesse meramente acadêmico, mas geradas a partir de uma realidade concreta, e tendo os apanhadores de flores sempre-vivas como sujeitos ativos do processo. Diante da escassez de informações é que a presente proposta se insere, propondo a continuidade na produção de material informativo (no formato cartilha) sobre sempre-vivas, que possam contribuir na proposição de manejo , em linguagem que permite o entendimento por comunitários apanhadores de flores sempre-vivas, pela Codecex, e suas instituições parceiras, e demais interessados no assunto externos à academia.   Sistema Agrícola Tradicional dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas Sistemas de Importância do Patrimônio Agrícola Mundial, ou SIPAM, são sistemas notáveis de uso da terra e das paisagens, ricos em biodiversidade de importância global, desenvolvidos a partir da coadaptação de uma comunidade com o seu ambiente de acordo com suas necessidades e aspirações para alcançar o desenvolvimento sustentável. Diferentemente de um patrimônio convencional ou área protegida, os SIPAM’s são sistemas vivos, resilientes, em que as comunidades humanas relacionam com seu território, paisagem cultural ou agrícola ou ambiente social biofísico, com suas atividades de subsistência continuamente adaptadas para as potencialidades e limitações do meio (FAO 2002). Os apanhadores de flores sempre-vivas representam povos tradicionais, reconhecidos pelo Conselho Estadual e Nacional e de Povos e Comunidades Tradicionais (CEPCT e CNPCT, respectivamente) de comunidades rurais de mais de 30 municípios de Minas Gerais (UFVJM 2009). Atualmente eles estão organizados na Comissão em Defesa das Comunidades Extrativistas, a Codecex, com sede em Diamantina, MG. A tradicionalidade desse povo se dá pelo modo de vida caracterizado pela transumância entre as partes baixas e altas da serra, com a coleta ou a “apanha” de flores sempre-vivas e o manejo do gado rústico nos campos nativos nas partes altas, e a lida com a agricultura de bases agroecológicas nas partes baixas. Numa rápida abordagem pode-se citar a criação de animais de pequeno porte e a criação de gado rústico, o agroextrativismo (com destaque às medicinais e frutos nativos) e a coleta de flores sempre-vivas, que, a depender da região, representa a principal renda monetária das famílias (MONTEIRO et al 2019). O termo “flores sempre-vivas” aqui representa não somente as sempre-vivas propriamente (das quais se comercializa as inflorescências, de mais de 90 espécies manejadas), mas também outros produtos não madeireiros de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, como folhas, frutos secos, sementes, raízes, caules, musgos e liquens (com mais de 200 espécies manejadas), que na totalidade de produtos coletados somam mais de 300 itens ou "mercadorias" comercializados. Esse singular modo de vida caracterizado pela pluralidade de atividades traz embutido também um peculiar aspecto do manejo da paisagem, dos recursos naturais e das relações sociais contribuindo, portanto, com a segurança alimentar, a agrobiodiversidade, conhecimento transgeracional, aspectos do manejo da paisagem, culturas e valores pautadas pelas organizações sociais, contemplando todos os critérios elencados pela Organização Mundial para Agricultura e Alimentação (FAO) para o reconhecimento como um Sistema Agrícola Tradicional de Importância Global. Essa identidade territorial, cultural e social dos apanhadores de flores sempre-vivas foi materializada, reconhecida e oficializada em março de 2020, com um selo concedido pela FAO como um Sistema Agrícola Tradicional de Relevância Global (SAT-RG), chamado de Sistema Agrícola Tradicional dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas ou SAT sempre-vivas. O SAT sempre-vivas é o primeiro sistema agrícola tradicional brasileiro reconhecido pela FAO e o quarto da América Latina. Em espanhol, SIPAM - Sistema de Importância do Patrimônio Agrícola Mundial; em inglês, GIHAS - Global Importance Hereditage Agricultural System. Qual a vantagem de se obter da FAO um selo de patrimônio agrícola? Em palavras simples pode-se dizer que, ao ser um SAT, é necessário o desenvolvimento ou a implementação de políticas públicas que contribuam para conservar o meio ambiente sem desconsiderar as pessoas que nele vivem, ou seja, conserva o meio ambiente e o modo de vida das populações que nele habitam. O Plano de Conservação Dinâmica (PCD) no contexto do Sistema Agrícola Tradicional (SAT) dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas Para um sistema agrícola se candidatar a um Sistema Agrícola de Importância Global são necessários o DOSSIÊ, documento no qual o sistema é descrito e caracterizado, e o PCD (Plano de Conservação Dinâmica), um documento revisado a cada cinco anos, no qual consta um conjunto de ações, e suas responsabilidades de execução e implementação, necessárias para manter e salvaguardar o SAT. A conservação dinâmica visa conservar e gerir de forma adaptativa os SAT’s e seu desenvolvimento agrícola, social e econômico por meio de várias medidas disponíveis e implementadas pelos atores envolvidos (FAO 2002). No PCD do SAT dos apanhadores de flores sempre-vivas estão descritos os compromissos e responsabilidades de cada um dos atores envolvidos na sua elaboração, envolvendo comunidades extrativistas, a instituição que as representa (Codecex), ONG’s parceiras da Codecex, pesquisadores, representantes dos governos municipais das Cidades de Diamantina, Buenópolis, e Presidente Kubitschek e órgãos do Governo do Estado de Minas Gerais (CORDEIRO et al. 2018). Os compromisso constantes no PCD do SAT sempre-vivas foram distribuídos em seis (6) eixos estratégicos, cada um contendo as linhas de ação com as respectivas atividades vinculadas e as parcerias responsáveis pelo seu desenvolvimento, bem como a forma de implementação.


Justificativa

Dentre os eixos estratégicos e linhas de ação constantes no Plano de Conservação Dinâmica do Sistema Agrícola Tradicional dos Apanhadores de Flores Sempre-vivas, as pesquisas desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos em Ecofisiologia Vegetal da UFVJM dialogam diretamente com os seguintes eixos e ações: Eixo 1: “Integridade da paisagem manejada, cultura e biodiversidade”, na ação “construção de protocolos comunitários bioculturais e de consulta para a garantia do direito de acesso e uso da biodiversidade”; Eixo 2: “Pesquisa e Inovação”, na ação “pesquisas sobre dinâmica populacional de espécies de flores sempre-vivas, incluindo o manejo do fogo”; Eixo 3: “Produção Agroecológica de Agroextrativismo sustentável”, ação “Aperfeiçoamento das práticas de manejo das espécies de flores sempre-vivas”. A presente proposta dialoga diretamente com o eixo estratégico 3, na ação “Aperfeiçoamento das práticas de manejo das espécies de flores sempre-vivas”, na atividade “Produzir publicação sobre protocolo de manejo de flores sempre-vivas”. Partindo da premissa de que a produção de protocolos/proposições de manejo deve envolver principalmente as comunidades, pretende-se que os materiais produzidos na presente proposta constituam subsídios para o manejo sustentável das sempre-vivas. Numa proposta apresentada em edital Pibex anterior foi proposta a produção de cartilhas referentes a cinco espécies de sempre-vivas (as mais comercializadas) ocorrentes na região de Diamantina. Na presente proposta, mais duas espécies, comercializadas e ocorrentes na região da Serra do Ambrósio, serão contempladas.


Objetivos

-Produzir cartilhas sobre duas espécies de sempre-vivas, em linguagem adequada à divulgação dos resultados de pesquisas e ao entendimento por comunitários, como uma contribuição ao Plano de Conservação Dinâmica do Sistema Agrícola Tradicional dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas. Objetivos específicos -Produzir cartilhas sobre duas espécies de sempre-vivas comercializadas e ocorrentes na Serra do Ambrósio (Comanthera magnifica e C. suberosa); -Contribuir com as ações constantes no Plano de Conservação Dinâmica (PDC) do Sistema Agrícola Tradicional das comunidades apanhadoras de sempre-vivas, de responsabilidade dos pesquisadores; --Socializar os materiais produzidos em Associações de comunidades extrativistas propostas pela Codecex (Comissão em defesa de comunidades extrativistas); -Contribuir com as instituições ambientais como IEF e ICMBio com a produção dos materiais informativos sobre espécies do extrativismo regional; - Promover a integração e valorizar a troca de saberes entre conhecimento tradicional e conhecimento científico; -Sistematizar e apresentar informações de resultados de pesquisas que podem contribuir no aperfeiçoamento das práticas tradicionais de manejo adotadas pelas comunidades tradicionais apanhadoras de flores sempre-vivas; -Incentivar práticas de manejo sustentável das sempre-vivas.


Metas

No período de vigência do projeto, produzir duas cartilhas sobre as espécies sempre-viva gigante (Comanthera magnifica) e margarida gigante (C. suberosa), e socializar em comunidades extrativistas representadas pela Codecex, de modo a contribuir com as ações constantes no Plano de Conservação Dinâmica (PDC) do Sistema Agrícola Tradicional das comunidades apanhadoras de sempre-vivas, incumbidas aos pesquisadores.


Metodologia

Inserção do estudante bolsista: A seleção do bolsista dar-se-á por meio da publicação de edital de seleção no portal da UFVJM. No edital constará o perfil do candidato e das habilidades necessárias para a execução das atividades. Serão elaboradas cartilhas das espécies de sempre-vivas (C. magnifica) e da margarida gigante (C. suberosa), totalizando duas cartilhas. Algumas informações faltantes serão obtidas durante o desenvolvimento da proposta, em área experimental do cultivo de sempre-vivas no campus JK. Pretende-se que no primeiro semestre a primeira cartilha tenha sido elaborada, e no segundo semestre, a segunda cartilha. Pretende-se utilizar dos resultados de pesquisas desenvolvidas pelo NESFV, em parceria com as comunidades, e que constituem trabalhos de Conclusão de Curso de discentes da UFVJM, referentes às respectivas espécies para a elaboração do conteúdo das cartilhas. A cartilha seguirá o padrão das elaboradas em proposta submetida no edital Proexc-01-2021, cujo conteúdo aborda importância econômica e época de coleta, aspectos da morfologia da planta, de produção, da propagação e do cultivo. Na medida do possível às informações serão contextualizadas com o manejo, de forma que possam contribuir para o manejo sustentável da espécie em questão. Como produto final, serão duas cartilhas em formato digital, tamanho A4, com aproximadamente 20 páginas. Inserção do público-alvo - Socialização do material produzido Pretende-se a socialização no final de 2022, quando, supostamente, os encontros/fóruns poderão ser realizados presencialmente. O material produzido (cartilhas) será socializado em Associações Comunitárias propostas pela Codecex, a instituição parceira da proposta. A princípio, serão propostas as associações das comunidades dos três municípios que fazem parte do Sistema Agrícola Tradicional das comunidades apanhadoras de sempre-vivas (Diamantina, P. Kubtichek e Buenópolis). Uma comunidade de cada município. Para isso serão realizadas três oficinas nas sedes das Associações Comunitárias das comunidades. Normalmente participam desses fóruns apanhadores de flores sempre-vivas e representantes de órgãos ambientais como IEF, ICMBio. Convite, via Codecex, será encaminhado a outras associações, de modo que representantes de outros apanhadores de comunidades representadas pela Codecex possam participar. Também à comunidade acadêmica, principalmente aos estudantes vinculados ao NESFV. O convite para a socialização do material produzido, bem como as cartilhas em formato digital serão encaminhadas a todas as instituições e público atores da economia das sempre-vivas. Indicadores de avaliação: -O principal indicador de avaliação seria a inserção do material produzido enquanto ação desenvolvida/implementada, constante no Plano de Conservação Dinâmica (PCD) do Sistema Agrícola Tradicional das comunidades apanhadoras de sempre-vivas, que é avaliado a cada cinco anos, por representantes da FAO no Brasil; -Interesse demonstrado pela Codecex na divulgação do material; -Número de comunidades escolhidas para a socialização do material produzido; -O número de apanhadores participantes dos encontros para a socialização; -O número de representantes de outras instituições e o número de associações participantes nos encontros de socialização.


Referências Bibliográficas

CORDEIRO, A.; MOREIRA, G.D.L.B.; DAYRELL, C.A.; MONTEIRO, F.T.; FÁVERO, C. 2018. Plano de salvaguarda do Sistema Agrícola Tradicional dos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas – transumância, biodiversidade e cultura nas paisagens manejadas da Serra do Espinhaço Meridional em Minas Gerais. EIDT, J.S.; UDRY, C. 2019. Sistemas Agrícolas Tradicionais no Brasil - Coleção Povos e Comunidades Tradicionais, volume 3, Brasília DF, Embrapa, 351 p. MONTEIRO, F.T.; FÁVERO, C.; FILHO, A.C.; SOLDATI, G.T.; OLIVEIRA, M.N.S. 2019. Sistema agrícola tradicional da serra do espinhaço meridional (MG/Brasil): transumância, biodiversidade e cultura nas paisagens manejadas pelos/as apanhadores/as de flores sempre-vivas. In: EIDT, J.S.; UDRY, C. 2019. Sistemas Agrícolas Tradicionais no Brasil - Coleção Povos e Comunidades Tradicionais, volume 3, Brasília DF, Embrapa, 351 p. UFVJM, 2009. Encontro de atores da cadeia do Extrativismo Vegetal da Serra do Espinhaço. Diamantina. (Relatório).


Inserção do estudante

A inserção de discentes envolvidos na presente proposta não se restringirá apenas ao estudantes bolsista vinculado a este projeto, mas aos demais projetos e atividades de pesquisa-extensão que integram o Núcleo de Estudos em Ecofisiologia Vegetal da UFVJM - NESFV. Também os estudantes bolsistas ou vinculados a ações de projetos Procarte.


Observações

A maior relevância das ações propostas está no fato de representarem ações propostas no Plano de Conservação Dinâmica (PCD) do Sistema Agrícola Tradicional dos apanhadores de flores sempre-vivas (SAT Sempre-vivas), revisado a cada cinco anos por representantes da FAO no Brasil (o primeiro interstício contado a partir de março de 2020, quando a candidatura foi anunciada oficialmente). A presente proposta dialoga diretamente com a ação “Aperfeiçoamento das práticas de manejo das espécies de flores sempre-vivas”, na atividade “Produzir publicação sobre protocolo de manejo de flores sempre-vivas”, descritas no eixo estratégico 3 do PCD. A execução das ações descritas na presente proposta contribuirá para manter e salvaguardar o SAT Sempre-vivas. OBS 1: O Programa CAMPOS SABERES E CONEXÕES fora selecionado par efeito de preenchimento do campo. Isso porque o programa de vínculo da presente proposta não está listados entre as opções de seleção. "Serra Viva – Estudos, assessoria e apoio às comunidades extrativistas do Espinhaço/Alto Jequitinhonha". O nome do referido programa constava no sistema SIEXC quando da submissão de proposta em edital anterior - Pibex - Edital PROEXC-01-2021.


Público-alvo

Descrição

Diretamente - apanhadores de flores sempre-vivas de comunidades representadas pela Codecex. Indiretamente: Demais atores da cadeia das sempre-vivas, seja apanhadores de outras comunidades, sejam demais atores como atacadistas, etc.

Descrição

As informações que representam o conteúdo dos materiais produzidos contribuem para a elaboração de normativas, protocolos de manejo das espécies de sempre-vivas comercializadas.

Descrição

As informações que representam o conteúdo dos materiais produzidos contribuirão para a elaboração dos Protocolos Comunitários de manejo da flora nativa.

Descrição

Os discentes, principalmente os que fazem parte de ações do NESFV podem interagir com a comunidade externa à UFVJM nas ações de extensão associadas aos projetos desenvolvidos no NESFV, nas comunidades ou com a participação de comunitários.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Município

Buenópolis

Município

Presidente Kubtischek

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

A participação da Codecex enquanto instituição parceira e na mediação da equipe com comunitários em situações de divulgação/socialização de materiais e participação em eventos de interesses mútuos, tanto os promovidos pela UFVJM como pela Codecex. As comunidades estão cientes das ações propostas, uma vez que se trata de continuidade de parcerias anteriores em outras ações do NESFV/UFVJM.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

A seleção do bolsista dar-se-á por meio da publicação de edital de seleção no portal da UFVJM. No edital constará o perfil do candidato e das habilidades necessárias para a execução das atividades. Se estivermos em período de atividades remotas decorrentes da pandemia, dar-se-á preferência por estudantes que estejam em Diamantina. OBS: No campo PERIODICIDADE DA AIVIDADE, por não existir a opção para atividades realizadas uma vez, para atividades com essa periodicidade foi/será selecionada a periodicidade ANUALMENTE.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Pretende-se: - utilizar dos resultados de pesquisas desenvolvidas pelo NESFV referente à respectiva espécie para a elaboração do conteúdo da cartilha. - que uma cartilha seja produzida no primeiro semestre do ano. - a obtenção de 10 cópias impressas para distribuição entre parceiros e equipe.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Pretende-se utilizar dos resultados de pesquisas desenvolvidas pelo NESFV referente à respectiva espécie para a elaboração do conteúdo da cartilha. Pretende-se que a segunda cartilha seja produzida no segundo semestre do ano.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Atividade desenvolvida pelo bolsista, com a colaboração do professor coornador. Será encaminhado aos membros de equipe e parceiros.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Atividade sem data certa para acontecer. Dependerá da época de ocorrência do Sintegra após término projeto ou na fase final de seu desenvolvimento.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Atividade ocorrerá durante todo o período de desenvolvimento do projeto. Poderá envolver alguma coleta de dados em trabalho de laboratório ou de campo.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Da mesma forma do relatório semestral será elaborado num formato/perfil para ser disponibilizado à equipe e aos parceiros.

Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Serão realizados encontros mensais com o bolsista. Frequência poderá ser maior no período de coletada de dados(caso necessário).