Visitante
Grupo Cultural Tambores do Mucuri
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Procarte
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
vanessa juliana da silva
2022102202212172
departamento de ciências humanas e sociais
Caracterização da Ação
linguística, letras e artes
cultura
direitos humanos e justiça
artes integradas
regional
Não
Membros
valéria cristina da costa
Vice-coordenador(a)
andré luiz nascimento dias
Voluntário(a)
josé carlos ferreira da silva (em artes, carlinhos ferreira)
Voluntário(a)
anna carolina de souza santos
Bolsista
O Grupo Cultural Tambores do Mucuri - GCTM é um grupo percussivo laico, artístico, composto de membros da comunidade acadêmica e da comunidade externa à UFVJM. Ancorado na Educação Popular Freireana e em consonância com as estratégias elencadas na Política Cultural da UFVJM; Fundado em 2021, o GCTM, valendo-se da percussão e do canto popular como instrumentos privilegiados de mediação universidade/sociedade, objetiva promover processos formativos voltados para a educação política, étnico-racial, conhecimento, preservação, valorização e projeção cultural e artística regional. O GCTM encontra-se estruturado sobre três eixos: I – Formação cultural, política e educação étnico-racial e fortalecimento da identidade regional; II – Formação técnica e prática de canto, dança, percussão e composição de repertório; III – Circulação, fruição e divulgação da UFVJM. serão beneficiados diretamente 10 estudantes, que participarão das oficinas de musicalização e percussão, canto, dança, tradição oral, saberes e ancestralidade. São parceiros do GCTM o Instituto Cultural In-Cena, o Laboratório Percuciência e o Coral Cênico do Campus do Mucuri. As ações previstas nesse projeto serão desenvolvidas ao longo de 12 meses. No último terço do período de realização do projeto serão feitas apresentações públicas na universidade e comunidades adjacentes, além de um Encontro de Grupos Percussivos Regionais.
Cultura Popular, Tambores, Educação Étnico-racial
A expansão e interiorização da Universidade Pública no Brasil, ocorrida na primeira década e meia do século XXI, contribuiu para a ampliação do acesso de estudantes oriundos das camadas populares ao ensino superior. Com isso, o ingresso de novos sujeitos de classe, raça e gênero no ensino superior público (SILVA, 2013). O movimento de irradiação das Instituições Públicas de Ensino Superior para além das fronteiras geográficas das capitais e regiões metropolitanas alcançou outros territórios de culturas e saberes, urbanos e rurais, de povos e comunidades tradicionais (SILVA, 2019). A chegada da Universidade pública a estes outros Territórios e Saberes abre à exploração um mundo desconhecido, ao mesmo tempo que desafia a Universidade à consolidação do seu “compromisso com o desenvolvimento científico, cultural, social, econômico e político do país – de um modo geral – e, mais especificamente, das comunidades locais” (SILVA, 2019, p. 304). Neste novo cenário ampliou-se a necessidade da reflexão e debate sobre o papel da Universidade em suas relações com outros segmentos da sociedade. Nessa direção, reitera-se a natureza autônoma da universidade enquanto locus, por excelência, de produção de conhecimentos científicos. Todavia, destaca-se o desafio que pressupõe a um só tempo o rompimento das relações unilaterais de produção e de hierarquização dos conhecimentos e o reconhecimento dos saberes populares e tradicionais e suas contribuições ao processo de construção de conhecimentos crítico-reflexivos e da própria Universidade no e com o Território (SILVA, 2019). Para a mesma autora, “As experiências nesse novo mundo poderão variar em função do conjunto de forças materiais disponíveis, práticas e significados a ele atribuídos e das possibilidades de construção de relações mais ou menos horizontalizadas entre os saberes acadêmicos, populares e tradicionais” (SILVA, 2019, p.304). O Grupo Cultural Tambores do Mucuri – GCTM é uma iniciativa que nasce de experiências consolidadas de extensão e cultura na região do Vale do Mucuri, por meio do Laboratório Experimental de Educação, Cultura e Arte – Educarte, vinculado ao Programa de Extensão “CienCEArte – Ciência, Cultura, Educação e Arte: diálogos transdisciplinares entre universidade e sociedade”, registrado na PROEXC sob o número TO001.1.001-2018, cujo formulário de registro se encontra depositado fisicamente no Campus do Mucuri, na sede da Proexc. Por meio do GCTM evidencia-se a indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão e sua vinculação com a educação cultural, política, étnico-racial, a preservação, valorização e projeção da história regional e das manifestações culturais populares, o que lhe confere concretude.
A fruição e produção de diferentes linguagens artísticas e expressões culturais afirmam-se, cada vez mais, como direitos de cidadania e vetor de desenvolvimento (SILVA, 2012). Com raras exceções, as condições de acesso a esses direitos (relação entre demanda, oferta, qualidade, formação) encontram-se ausentes da agenda pública de regiões periféricas. Este problema configura-se, em certa medida, como um fenômeno histórico de negação do acesso a direitos básicos a uma parcela significativa da população brasileira. Isso se deve não somente à localização geográfica/periférica, mas, sobretudo pela concentração de poder econômico e político, que produz “variadas dinâmicas de subordinação e exclusão cultural” (BRASIL, 2008, p.30). Para Oliveira e Horta (2016, p.03) “a questão das desigualdades regionais, sociais e econômicas afeta a cultura de maneira semelhante ao conjunto das políticas públicas”. Decorrente disso, o acesso desigual aos aparelhos de cultura e lazer provocam a emergência de um outro padrão de desigualdade: a desigualdade cultural. Brenner, Dayrel e Carrano (2005, p.212) afirmam que a precariedade da democratização da cultura no Brasil afeta sobremaneira o segmento juvenil. De acordo com esses autores, “a desigualdade social gera desníveis culturais que reproduzem o círculo vicioso que vem empobrecendo o capital instrutivo de jovens ao não construir as condições materiais e socioculturais da possibilidade que os jovens realizem escolhas culturais alternativas”. O que se reflete também nas escolhas, alternativas e condições de acesso e permanência de jovens oriundos das regiões periféricas – locais ou regionais - na universidade. O combate a essas desigualdades passa pela politização. Nessa direção, a Educação Popular nos apresenta como uma das alternativas possíveis a este enfrentamento a ação cultural para a liberdade. Pautada na Pedagogia da Libertação de Paulo Freire, esta se caracteriza pelo diálogo, pelo conhecimento, pela problematização, possibilitando às classes dominadas a compreensão crítica da verdade de sua realidade, bem como, incidindo sobre a estrutura social no sentido de transformá-la (FREIRE, 1981), propósito do Grupo Cultural Tambores do Mucuri. Para Freire, os processos de colonização latinoamericanos implicaram uma cultura de dominação e silenciamento que, uma vez internalizada, condicionava o comportamento submisso. No que diz respeito às especificidades regionais do Vale do Mucuri, SANTOS (2020) elenca 04 fatores que se entrecruzaram e implicaram uma sociedade fortemente marcada pelo conservadorismo e como consequência, o apagamento dos movimentos populares: a violência como relação de poder; o isolamento político; o agrego e a cultura predatória. Nas palavras desse historiador, “quer seja no meio rural, quer seja no meio urbano (pois a cidade foi uma extensão dos interesses agrários até os anos de 1970), prevaleceu de modo acentuado práticas autoritárias que sufocaram toda forma de manifestação cultural local, especialmente populares. Muito mais acentuado que em outras regiões. Citando duas situações: 1) os indígenas: o massacre sem qualquer limite do Estado fez desaparecer toda a comunidade indígena nas primeiras décadas do século XX; 2) os afro-descendentes: as manifestações de culturas africanas, como as religiões, foram sufocadas com o mito de uma sociedade germanizada”. Para Almeida (2017, p.43) “Em uma sociedade racializada e fortemente marcada pela tradição colonial, o racismo opera, dentre outras formas, para destituir sua vítima da condição humana”. A este respeito Elpídio (2020, p.522) denuncia que a “condição do ser negro se construiu historicamente e precisa ser reiterada todos os dias como não existente – ou não lugar na sociedade moderna liberal. Traduzindo, o negro precisa afirmar-se negando suas origens, sua cultura, sua linguagem, sua resistência em prol de um projeto branqueado, europeu, que serviu ao colonialismo na fase das expansões capitalistas e hoje serve como subterfúgio do imperialismo [...]”, acrescente-se a isso o processo violento de aculturação dos povos indígenas. Em contraposição a essa cultura do silenciamento, o processo de conscientização mediante a práxis da ação cultural é capaz de contribuir para o desenvolvimento de um entendimento cada vez mais crítico sobre a realidade, com isso, de “esclarecer o papel do homem no mundo e com o mundo enquanto ser transformador e não simplesmente adaptativo”. (FREIRE, 1981). A ação cultural libertadora, portanto, “implica os atos de denúncia e anúncio” de uma nova sociedade. Nessa perspectiva, promover formação e acesso à fruição e produção cultural é uma maneira de garantir não só o conhecimento, preservação, valorização e projeção cultural e artística regional, mas também anunciar novas formas de pensar e agir, a partir da troca de saberes populares e acadêmicos. Em vista disso, o Grupo Cultural Tambores do Mucuri se propõe a ser mais um instrumento de quebra do silêncio e da violência que silencia. Os tambores do Mucuri ecoarão forte, “Ora, na batida do surdo de pesar pelo extermínio e silenciamento do povo negro [e indígena] ao longo da sua história. Ora, como repique de exortação e resistência nas encruzilhadas das quebradas, becos, vielas, favelas e quilombos onde se espalham mais de 50% da população que (re)existe neste país. (ELPÍDIO, 2020, p. 520). “Qualquer seja o teu povo, procedência, credo, cor, se lutas por liberdade: Dahun Ipe Ilu (Iorubá), Kwiva o kwyxana kua tambor (Kimbundo), atenda o chamado do tambor” (SILVA, 2020). O GCTM encontra-se registrado na PROEXC sob o número 2021102202125072. Atividades desenvolvidas e justificativas para continuidade: O GCTM foi aprovado, no âmbito da UFVJM, no Edital 02/2020. Em função da Pandemia de COVID-19, e da normatização institucional sobre as atividades de natureza presencial, o projeto foi adaptado para a realização de algumas das atividades previstas na modalidade virtual. Em 09 meses de vigência do Projeto foram realizadas 03 oficinas de formação (História e Cultura africana e afro-brasileira; História e Cultura Indígena e História regional do Vale do Mucuri), com duração de 06 horas cada; formação quinzenal da equipe do GCTM, com leituras e estudos de textos sobre a música brasileira negra e indígena; oficina virtual (em parceria com a Irmandade Nossa Senhora do Rosário e São Benedito) de construção de instrumentos percussivos; criação e manutenção das redes sociais do GCTM; elaboração e publicação de cards, vídeos e outros materiais informativos sobre relações étnico-raciais, cultura do tambor, direitos humanos, políticas sociais; participação da equipe em outros coletivos e grupos de estudos cujas temáticas se relacionam ao objeto da ação do GCTM. Outras metas do projeto estão relacionadas a ações que ainda acontecerão após o prazo de submissão dessa proposta. A metodologia do Projeto Originário do GCTM privilegia a presença, o encontro, a ida às comunidades. O contexto pandêmico inviabilizou sua realização conforme proposta original. Sendo assim, a continuidade do projeto é essencial para o seu fortalecimento e o alcance dos objetivos na sua plenitude, sobretudo, dos processos formativos para a educação política, étnico-racial, conhecimento, preservação, valorização e projeção cultural e artística regional.
Objetivo Geral: Promover processos formativos voltados para a educação política, étnico-racial, conhecimento, preservação, valorização e projeção cultural e artística regional. Objetivos Específicos: 1. Desenvolver ações de formação e desenvolvimento da identidade regional; 2. Promover formação técnica e prática de canto, dança, percussão e composição de repertório; 3. Realizar apresentações públicas do Grupo Cultural Tambores do Mucuri; 4. Promover ações informativas e rodas de conversa sobre o acesso à universidade, cotas e programas de permanência; 5. Gravar um álbum com o repertório do GCTM, para disponibilização em plataformas digitais; 6. Escrever e publicar artigo com relato de experiência do projeto.
Promoção de 04 minicursos (01 por trimestre), sobre temáticas relativas à formação cultural, política e educação étnico-racial e fortalecimento da identidade regional (referente ao Objetivo Específico 1); Promoção de 01 oficina permanente de musicalização e percussão (com um encontro semanal de 3h); 01 oficina de canto, dança, tradição oral, saberes e ancestralidade (com duração de 12h); 01 oficina de tradição oral e contação de histórias (com duração de 08h). (referente ao Objetivo Específico 2); Realização de 05 apresentações públicas do GCTM em praças públicas do município de Teófilo Otoni; 01 apresentação no Festival de Teatro de Teófilo Otoni - FESTTO; (referente ao Objetivo Específico 3); Outras apresentações poderão ser realizadas conforme demanda e capacidade de atendimento. Promoção de um Encontro de Grupos Percussivos Regionais (referente aos Objetivos Específicos 1, 2 e 3); Gravação de um álbum com o repertório do GCTM, para disponibilização em plataformas digitais; Elaboração e publicação de artigo com relato de experiência.
O GCTM é um grupo percussivo laico, artístico, composto por discentes regularmente matriculados nos cursos ofertados no Campus do Mucuri, comunidade externa e equipe (coordenação e parceiros). São parceiros do GCTM o Instituto Cultural In-Cena, o Laboratório Percuciência e o Coral Cênico do Campus do Mucuri. As ações previstas nesse projeto serão desenvolvidas ao longo de 12 meses. Em consonância com as estratégias elencadas na Política Cultural da UFVJM (disponível em: http://www.ufvjm.edu.br/proexc/politicacultural.html), o projeto encontra-se organizado em três eixos: I – Formação cultural, política e educação étnico-racial e fortalecimento da identidade regional; II – Formação técnica e prática de canto, dança, percussão e composição de repertório; III – Circulação, fruição e divulgação da UFVJM. Serão beneficiados diretamente 30 estudantes (10 do GCTM e 20 do Coral Cênico), que participarão das oficinas de musicalização e percussão, canto, dança, tradição oral, saberes e ancestralidade e jogos teatrais. As atividades do GCTM envolvem ações voltadas à comunidade interna e externa à UFVJM. O Grupo reunir-se-á semanalmente para estudos, planejamento e avaliação das atividades abarcadas pelos Eixos I, II e III. Todas as atividades do GCTM serão coordenadas pela Coordenação e equipe interna do Projeto (bolsista PROCARTE e bolsistas da Bolsa Integração). As atividades que comporão o Eixo I (minicursos, seminários, encontros, rodas de conversa) serão ofertadas por estudiosos, pesquisadores e mestres de saberes, conforme a temática. Os minicursos (04) serão realizados com periodicidade trimestral e seu planejamento deverá ser executado com pelo menos um mês de antecedência. Os minicursos terão início no terceiro mês de vigência do projeto, poderão ser realizados à distância (por meio de plataformas digitais) e/ou presencialmente e estarão abertos à participação do público em geral. Outras atividades como seminários, encontros, rodas de conversa poderão ser definidas e organizadas pelo GCTM, conforme demanda. Além dessas atividades, propõe-se a realização de vivência para trocas de saberes com grupos culturais (folia, congado, corais) de Minas Gerais. As atividades referentes ao Eixo II serão ofertadas pela coordenadora do projeto em parceria com o Percussionista Carlinhos Ferreira (Laboratório Percuciência), a atriz, cantora, mestra de canto Eda Costa Renzulli e o Instituto Cultural In-Cena. Para a composição das atividades referentes a este eixo estão previamente definidas as seguintes oficinas: musicalização e percussão; canto, dança, tradição oral, saberes e ancestralidade; jogos teatrais. As atividades que compõem esse eixo serão desenvolvidas preferencialmente na modalidade presencial e serão voltadas exclusivamente para a formação do GCTM. Eventualmente, em função da Pandemia COVID-19, poderão ser realizadas atividades na modalidade virtual, enquanto permanecerem as medidas de restrição sanitária. Para a composição do repertório do GCTM serão realizadas pesquisas sobre as manifestações culturais populares regionais. O grupo reunir-se-á semanalmente para ensaios. Poderão ocorrer ensaios abertos no campus e em praças públicas do município de Teófilo Otoni. Será gravado um álbum musical com participação do Coral Cênico do Campus do Mucuri, contendo o repertório trabalhado no decorrer do projeto, que será disponibilizado ao público pelas plataformas digitais. O Laboratório Percuciência será responsável pela produção do álbum musical do GCTM. As atividades referentes ao Eixo III serão planejadas considerando-se a disponibilidade do grupo, a disponibilidade de espaço e a demanda de apresentação. Serão realizadas apresentações na UFVJM e em comunidades adjacentes. As apresentações a serem realizadas nas praças/espaços públicos deverão ser previamente planejadas junto à secretaria municipal responsável por ações culturais. O planejamento das atividades referentes a esse eixo deverá ocorrer a partir do 6º mês de vigência do projeto, com antecedência mínima de 02 meses para a data da apresentação. A divulgação das atividades será realizada por meio das redes sociais e, sempre que possível, em parceria com escolas locais e associações de moradores. Para a composição do Eixo III estão previamente definidas as seguintes atividades: apresentação musical com duração de aproximadamente 40 minutos; roda de conversa sobre o acesso à universidade, cotas e programas de permanência. Eventualmente poderá ocorrer contação de histórias durante as atividades referentes a esse Eixo, conforme planejamento. O Instituto Cultural In-Cena será o parceiro responsável pela oficina de jogos teatrais e direção de arte das apresentações e pela cessão de equipamentos de som e iluminação. No mês de novembro será realizado um Encontro de Grupos Percussivos Regionais. O planejamento do Encontro será realizado com a equipe de coordenação e execução, nos segundo e terceiro meses de execução do Projeto GCTM. Todas as atividades a serem desenvolvidas no projeto deverão apresentar um plano operacional contendo: ementa; objetivos; materiais e métodos; avaliação. O registro do plano operacional fará parte do relatório final do projeto. O acompanhamento e a avaliação das atividades deverão possibilitar verificar: se foram executadas todas as atividades/ações previstas no projeto e o grau de desenvolvimento em que se encontram; a construção de saberes por meio da experiência; o envolvimento da equipe executora; o envolvimento do público-alvo do projeto; o alcance das metas nas etapas a serem implementadas/atingidas. A sistemática de acompanhamento e avaliação contempla: realização de reuniões quinzenais com a equipe de execução do projeto e subsequente à realização das atividades; elaboração e análise dos relatórios parcial e final do projeto. Para fins de registro e cumprimento do edital PROEXC 02/2022 será produzido um documentário em vídeo sobre o projeto, contendo registros da execução e depoimentos da equipe e público, com duração máxima de 5 minutos. Ao final do projeto será produzido um artigo contendo relato de experiência, para publicação em evento e/ou periódico especializado.
ALMEIDA, M. Diversidade humana e racismo: notas para um debate radical no serviço social. Argum., Vitória, v. 9, n. 1, p. 32-45, jan./abr. 2017. BRENNER, A. K.; DAYRELL, J.; CARRANO, P. Culturas do lazer e do tempo livre dos jovens brasileiros. In: ABRAMO, H. W.; BRANCO, P. P. M. (Org.). Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. São Paulo: Fundação Perseu Abramo/Instituto Cidadania, 2005. ELPÍDIO, M.H. Diretrizes curriculares e questão racial: uma batida pulsante na formação profissional. R. Katál., Florianópolis, v. 23, n. 3, p. 519-527, set./dez. 2020 FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Amazonas, 2012. Disponível em: https://www.ufmg.br/proex/renex/images/documentos/2012-07-13-Politica-Nacional-de-Extensao.pdf FREIRE, P. FREIRE, P. Ação Cultural para a Liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. OLIVEIRA; A.M; HORTA, C.J. G. Diagnóstico sobre a cultura nos municípios de Minas Gerais em 2014. Disponível em: https://diamantina.cedeplar.ufmg.br/portal/download/diamantina-2016/291-500-1- RV_2016_10_09_00_56_14_423.pdf SANTOS, M. A. Resumos. (mimeo) SILVA, V. J. O chamado do tambor. Poema, 2020 (mimeo). SILVA, V.J. da. A Educação Popular na construção de relações horizontalizadas entre Universidade e outros Territórios e Saberes. In: BERGER, W. No Olho do Furacão: Populações indígenas, lutas sociais e serviço social em tempos de barbárie. Mil Fontes: Serra, 2019. SILVA, V. J. da. O presente vivido e o futuro pensado: condição juvenil e estudantil de jovens universitários dos/nos Vales do Mucuri e Jequitinhonha. Tese (Doutorado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013. SILVA, V.J. da. Laboratório Experimental de Educação, Cultura e Arte. 2012, mimeo.
A presença de uma Universidade Pública nos Vales do Mucuri e Jequitinhonha traz em seu bojo responsabilidades e possibilidades reais de transformação social, haja vista seu compromisso com a promoção do desenvolvimento científico, econômico e sociocultural do Brasil e, mais especificamente, local e regional, por meio do tripé ensino-pesquisa-extensão (SILVA, 2012). Essa “interação transformadora entre universidade e outros setores da sociedade” é viabilizada por “um processo interdisciplinar educativo, cultural, científico e político” (FORPROEX, 2012) possível por meio da Extensão Universitária, em relação indissociável com o ensino e a pesquisa. As atividades de Extensão Universitária constituem aportes decisivos à formação do estudante, seja pela ampliação do universo de referência que ensejam, seja pelo contato direto com as grandes questões contemporâneas que possibilitam. Esses resultados permitem o enriquecimento da experiência discente em termos teóricos e metodológicos, ao mesmo tempo em que abrem espaços para reafirmação e materialização dos compromissos éticos e solidários da Universidade Pública brasileira. Nesta direção, a possibilidade de inserir-se criticamente, por meio de um projeto cultural, em regiões periféricas, e, nelas, e com os sujeitos, construir saberes que se contrapõem às dicotomias saberes acadêmicos versus saberes populares; trabalho intelectual versus trabalho manual; ciência versus arte; centro versus periferia; urbano versus rural; cultura popular versus cultura de elite; arte popular versus arte erudita; educação bancária versus educação libertadora, dentre outras, mediada pela compreensão da cultura como campo de conhecimento, mostra-se como ferramenta potencializadora da formação profissional que se estabelece para além dos aspectos técnicos, como formação humana, cidadã. Os estudantes serão inseridos no projeto em três modalidades: I – bolsista PROCARTE; II – bolsista da Bolsa Integração; III – voluntários. O bolsista PROCARTE, com dedicação de 12h semanais, participará de todas as atividades do projeto – Eixos I a III, desde o planejamento até a finalização, compondo a equipe de coordenação. O bolsista PROCARTE poderá optar por desempenhar apenas as atividades de formação, de coordenação e produção do Projeto, sendo facultativa a sua participação no grupo de percussão. Neste processo, deverá observar e cumprir os compromissos do bolsista, conforme item 7.2 do Edital PROEXC 02/2021. Os demais estudantes, contemplados nas modalidades II e III, serão inseridos como membros participantes do GCTM e deverão participar das atividades previstas no Projeto e do planejamento e execução do Encontro de Grupos Percussivos Regionais. Além desses, o GCTM também contará com a participação de estudantes inseridos no projeto Coral Cênico do Campus do Mucuri. Os estudantes terão acompanhamento direto da coordenadora do Projeto e a avaliação se dará conforme previsto nos procedimentos metodológicos.
O Grupo Cultural Tambores do Mucuri, pela sua natureza e objetivos, dialoga com uma educação voltada para a autonomia e emancipação, antirracista, que valoriza os diferentes saberes e reconhece a arte e a cultura como vetores de transformação social. Nisso reside a relevância da proposta, sobretudo porque suas ações articuladas e articuladoras das relações universidade - sociedade são capazes de contribuir para o desenvolvimento crítico de novas formas de pensar e agir. Obs 1.: Esse projeto está vinculado ao Programa de Extensão “CienCEArte – Ciência, Cultura, Educação e Arte: diálogos transdisciplinares entre universidade e sociedade”, registrado na PROEXC sob o número TO 001.1.001-2018, cujo formulário de registro se encontra depositado fisicamente no Campus do Mucuri, na sede da Proexc. Obs.2: Não foi previsto orçamento para confecção do banner posto que o projeto já dispõe de banner em conformidade com o exigido.
Público-alvo
10 membros da comunidade acadêmica do Campus do Mucuri e 10 da comunidade externa.
Público em geral, alcançado pelas atividades ofertadas nos Eixos I - Formação e fortalecimento da identidade regional e III - Circulação, fruição e divulgação da UFVJM serão abertas ao público interessado.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Parcerias
O Coral Cênico do Campus do Mucuri é um projeto cultural em desenvolvimento, de canto coral. Os termos da parceria estão descritos na carta de anuência.
O Instituto Cultural In-Cena é um espaço de fruição e formação artístico-cultural com sede em Teófilo Otoni. Os termos da parceria estão descritos na carta de anuência.
Idealizado pelo músico Carlinhos Ferreira, o Laboratório Percuciência tem por finalidade o estudo de Percussão e Cultura Popular, oficinas e shows. Os termos da parceria estão descritos em carta de anuência.
Cronograma de Atividades
Minicurso com duração de 6h. Temática referente à Formação cultural, política e educação étnico-racial e fortalecimento da identidade regional; Data a ser negociada com o/a convidado/a. Ementa: a ser definida pelo/a convidado/a.
Minicurso com duração de 6h. Temática referente ao Eixo I - Formação cultural, política e educação étnico-racial e fortalecimento da identidade regional Data a ser negociada com o/a convidado/a. Ementa: a ser definida pelo/a convidado/a.
Minicurso com duração de 6h. Temática referente ao Eixo I - Formação cultural, política e educação étnico-racial e fortalecimento da identidade regional Data a ser negociada com o/a convidado/a. Ementa: a ser definida pelo/a convidado/a.
Minicurso com duração de 6h. Temática referente ao Eixo I - Formação cultural, política e educação étnico-racial e fortalecimento da identidade regional Data a ser negociada com o/a convidado/a. Ementa: a ser definida pelo/a convidado/a.
Duração da oficina por encontro: 3h. Estudos e práticas de musicalização e percussão.
Oficina com duração de 12h. Datas a serem negociadas com o/a convidado/a. Ementa a ser definida pelo/a convidado/a.
Apresentação pública do Grupo Tambores do Mucuri.
Composição de repertório, ensaios, registro, gravação e edição do Álbum Musical do Grupo Tambores do Mucuri.
Vivência para troca de saberes com grupos culturais do estado de Minas Gerais. A data será definida em parceria com o grupo selecionado.
O Encontro de Grupos Percussivos Regionais terá duração de 2 dias, com realização de atividades de formação e fruição cultural. A data será definida em comum acordo com os grupos participantes.