Visitante
Combatendo as Hepatites Virais
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
lízia colares vilela
20221012022236609
faculdade de medicina do mucuri - fammuc
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
saúde
saúde humana
municipal
Sim
Membros
daniel santos gonçalves
Voluntário(a)
ellen cristina rodrigues neves
Bolsista
marcos junior oliveira de souza
Voluntário(a)
náthale rodrigues pinheiro
Voluntário(a)
ana alice pereira ribeiro
Voluntário(a)
deise dutra soares
Voluntário(a)
nilma moreira da cruz
Voluntário(a)
layla marques cabral
Voluntário(a)
luiza pirchiner dos reis
Voluntário(a)
roberta mello cachuba
Voluntário(a)
ítalo fadul ornellas
Voluntário(a)
laura versieux costa
Voluntário(a)
gabriel ferreira de almeida
Voluntário(a)
Esse projeto é uma proposta de intervenção social por intermédio de vivências e ações realizadas no contexto dos serviços de saúde pública do município de Teófilo Otoni, especificamente nos serviços voltados para as estratégias de prevenção e abordagem das hepatites virais. As ações serão executadas pelos estudantes integrantes da Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LADIP). Paralelamente será feita uma abordagem, no âmbito da atenção secundária, do manejo clínico dos pacientes vivendo com hepatites virais, bem como a realização, dentro do serviço de saúde, de ações de rastreio, acolhimento e seguimento das estratégias terapêuticas. No projeto, a população-alvo será beneficiado pelas ações de educação em saúde, possibilitando o reforço das estratégias de prevenção, através do acolhimento e orientações realizadas nas ações de seguimento clínico dos pacientes portadores, e também de forma indireta pelo conjunto de ações voltadas para capacitação das equipes de saúde e de sistematização dos fluxogramas dos serviços ; enquanto os estudantes serão beneficiados na aquisição de experiência, estreitamento da relação com a população e com os serviços de saúde e aprendizado extra curricular proposto pela liga. Além disso, os acadêmicos também realizarão um apanhado dos protocolos de condutas voltadas para as hepatites virais e fomentarão a sistematização e a implementação de um fluxograma padrão de abordagem desse grupo de doenças no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, que são os principais aparatos de execução da Atenção Primária, e que se delineiam como a primeira linha de enfrentamento e de prevenção de doenças infectocontagiosas como as hepatites virais. Dessa forma o projeto impactará positivamente no fortalecimento das ações realizadas pelas equipes das UBS’s. Além disso, intenciona-se a realização de ações, ainda no âmbito das unidades de saúde, de ações de educação em saúde, com os usuários do serviço, apoiadas pelo uso de um material didático e adaptado para os usuários, tenho como objetivo a prevenção da doença. Intenciona-se com essas ações a aquisição de experiências clínicas, o estudo de protocolos para as diversas doenças infecciosas, destacando-se as hepatites virais, a técnica de realizar testes rápidos e a abordagem do paciente em tais situações. Além disso, o projeto possibilitará aos estudantes que adquiram habilidades de comunicação com a população, como no diálogo em caso de teste positivo e na explicação sobre a importância de se realizar o tratamento adequado. Desse modo, o vínculo entre os estudantes de medicina da universidade e a população se fortalecerá. Sobretudo, com esse projeto será realizado grande rastreio das doenças infecciosas e parasitárias na população da cidade, haja vista que o rastreio é essencial para o paciente, pois com o tratamento e acompanhamento adequados, poderá diminuir os índices da doença no município.
HEPATITES VIRAIS, ACOLHIMENTO, CARTILHA, EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Esse projeto é uma proposta de intervenção social por intermédio de vivências e ações realizadas no contexto dos serviços de saúde pública do município de Teófilo Otoni, especificamente nos serviços voltados para as estratégias de prevenção e abordagem das hepatites virais. As ações serão executadas pelos estudantes integrantes da Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LADIP). Paralelamente será feita uma abordagem, no âmbito da atenção secundária, do manejo clínico dos pacientes vivendo com hepatites virais, bem como a realização, dentro do serviço de saúde, de ações de rastreio, acolhimento e seguimento das estratégias terapêuticas. No projeto, a população-alvo será beneficiado pelas ações de educação em saúde, possibilitando o reforço das estratégias de prevenção, através do acolhimento e orientações realizadas nas ações de seguimento clínico dos pacientes portadores, e também de forma indireta pelo conjunto de ações voltadas para capacitação das equipes de saúde e de sistematização dos fluxogramas dos serviços ; enquanto os estudantes serão beneficiados na aquisição de experiência, estreitamento da relação com a população e com os serviços de saúde e aprendizado extra curricular proposto pela liga. Além disso, os acadêmicos também realizarão um apanhado dos protocolos de condutas voltadas para as hepatites virais e fomentarão a sistematização e a implementação de um fluxograma padrão de abordagem desse grupo de doenças no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, que são os principais aparatos de execução da Atenção Primária, e que se delineiam como a primeira linha de enfrentamento e de prevenção de doenças infectocontagiosas como as hepatites virais. Dessa forma o projeto impactará positivamente no fortalecimento das ações realizadas pelas equipes das UBS’s. Além disso, intenciona-se a realização de ações, ainda no âmbito das unidades de saúde, de ações de educação em saúde, com os usuários do serviço, apoiadas pelo uso de um material didático e adaptado para os usuários, tenho como objetivo a prevenção da doença. Intenciona-se com essas ações a aquisição de experiências clínicas, o estudo de protocolos para as diversas doenças infecciosas, destacando-se as hepatites virais, a técnica de realizar testes rápidos e a abordagem do paciente em tais situações. Além disso, o projeto possibilitará aos estudantes que adquiram habilidades de comunicação com a população, como no diálogo em caso de teste positivo e na explicação sobre a importância de se realizar o tratamento adequado. Desse modo, o vínculo entre os estudantes de medicina da universidade e a população se fortalecerá. Sobretudo, com esse projeto será realizado grande rastreio das doenças infecciosas e parasitárias na população da cidade, haja vista que o rastreio é essencial para o paciente, pois com o tratamento e acompanhamento adequados, poderá diminuir os índices da doença no município.
O Global Hepatites Report da World Health Organization (2017) evidencia que o fomento da execução de ações de controle das hepatites virais globalmente perpassa pela implementação de medidas de grande impacto mundial, nas últimas décadas, por parte das autoridades de saúde, tais como a 1ª recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de inclusão da vacinação contra a hepatite B nos calendários de imunização infantil. Ao longo da primeira década do século XXI o desenvolvimento de alternativas de intervenção se restringe às medidas de prevenção e mudança de hábitos de vida, ao passo que, a partir da segunda década sucessivos avanços no desenvolvimento de novas drogas e tratamentos, aliados ao protagonismo da atuação dos serviços públicos de saúde, tem apontado para o controle e consequente eliminação das hepatites virais (subtipos HBV e HCV). Nesse sentido, a OMS adotou, a partir de 2016, a Estratégia Seccional de Saúde Global em Hepatites Virais que tem como diretivas a informação para realização de ações focadas, intervenções com impacto e garantia da equidade. Assim, o Brasil tem se destacado, nas últimas décadas, no desenvolvimento e aplicação de estratégias públicas eficientes no controle da epidemia (GLOBAL HEALTH SECTOR STRATEGY ON VIRAL HEPATITIS 2016-2021, 2016). Em consonância com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções do Ministério da Saúde (2018), o processo de acompanhamento clínico do usuário portador de hepatite viral, é complexo, tanto para a adesão desse paciente quanto para o consequente sucesso do processo terapêutico. Exige alto grau de compreensão do profissional de saúde envolvido e o estabelecimento de uma relação médico paciente sólida. Nesse sentido, é importante a correta execução e subsequente registro no prontuário, dos dados do exame físico e da entrevista clínica, integrados à rotina dos serviços de triagem e de referência. Paralelamente faz-se necessário nesse manejo, a perícia no preenchimento de documentação de notificação de agravos, dispensação de medicamentos, encaminhamentos para serviços especializados e solicitação de exames complementares. Nesse contexto, o Brasil apresenta uma prevalência de 0,7 % dentre a população de 15 a 69 anos para hepatite C, correspondendo a um contingente de 1.032.000 pessoas infectadas, das quais 657.000 são sintomáticos e dependem dos serviços de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). A distribuição das hepatites virais no Brasil é ampla e apresenta uma variação regional, considerando seus diferentes agentes etiológicos, além dos seus distintos fatores determinantes e condicionantes dos processos saúde-doenças nos quais se inserem (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). No contexto da macrorregião do Nordeste do estado de Minas Gerais, o sistema DATASUS (2018) registra um total de 59 casos confirmados de participantes portadores de hepatite viral. Já no contexto local, o município de Teófilo Otoni registra um total de 28 casos confirmados no ano de 2018. Nesse horizonte, o trabalho em questão se justifica, pois, as hepatites virais são moléstias de importante significado na saúde pública, tendo em vista o elevado percentual de indivíduos infectados com evolução crônica e com potencial para o desenvolvimento de outras comorbidades e consequente mobilização e sobrecarga dos componentes dos serviços de saúde pública. Logo, a possibilidade de uma vivência na prática do manejo desses pacientes por parte dos acadêmicos de medicina, surge como uma grande oportunidade de fortalecimento das habilidades desses estudantes no âmbito do cuidado longitudinal em ambulatório. Nesse sentido, o projeto oferece aos acadêmicos o escopo para o fomento de uma percepção de cuidado humanizado e integral, pautado nos princípios do SUS e que valoriza a multidisciplinariedade em saúde. Além disso, o projeto oferece a oportunidade de estreitar, ainda mais, os laços entre a comunidade acadêmica e os usuários do SUS, por meio da execução de ações de educação em saúde, promoção em saúde e prevenção. As hepatites virais são um grupo de moléstias que tem como característica marcante e comum o acometimento do tecido hepático e o desencadeamento de alterações biomoleculares bem definidas que refletem diretamente numa apresentação clínica e epidemiológica semelhante, contudo, com etiologias diferentes. (DEPARTAMENTO DE VIGIL NCIA EPIDEMIOLÓGICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). De acordo com dados do Ministério da Saúde (2018), as infecções dos vírus das hepatites podem apresentar uma evolução aguda ou crônica. Essas infecções têm um amplo espectro clínico, que varia desde formas assintomáticas, anictéricas e ictéricas típicas, até a insuficiência hepática aguda grave (fulminante). As hepatites virais apresentam como causa comum a infecção por agentes que possuem tropismo primário pelo tecido hepático. Contudo, suas etiologias são diferentes, de modo que os modelos de transmissão e de contaminação nos quais se inserem exibem organizações singulares (NUNES et al, 2017). Nesse sentido, esses processos estão intimamente atrelados a determinantes e condicionantes da saúde e da doença, tais como saneamento básico, renda, condições de higiene e moradia, educação e acesso aos serviços de saúde. Segundo informações do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (2005) a transmissão do tipo B da hepatite se dá, mais comumente, através da via sexual e do aleitamento materno. Nota-se, nessa infecção, um elevado grau de cronificação em crianças infectadas menores que cinco anos, apresentando um considerável percentual (20 a 25 %) de desenvolvimento de complicações graves. Nesse sentido, a hepatite D, é dependente da coexistência da infecção pela forma B, logo, possui os mesmos processos de transmissão. A evolução crônica da hepatite D é a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos em áreas endêmicas. Os indivíduos não portadores da forma B, mas, portadores crônicos da forma D, atuam como reservatórios da doença, e contribuem para a disseminação do vírus nas áreas endêmicas de hepatite B. Já a hepatite A é uma moléstia que atinge indivíduos mais jovens, em idade pré-escolar e, uma vez já infectada, essa população se torna mais suscetível a outras formas de hepatite. A cadeia de transmissão do tipo A possui estreita relação com os aspectos socioeconômicos da população, uma vez que a contaminação se dá através do consumo de água e alimentos contaminados. Também a hepatite E se associa a um processo de transmissão fortemente atrelado às mazelas socioeconômicas, já que a contaminação ocorre via fecal-oral. Ressalta-se ainda, a forma C da hepatite, cuja transmissão se dá através do contato com sangue e fluídos contaminados, da via sexual ou da transmissão vertical. Nesse contexto, sabe-se que a transmissão sexual é mais frequente quando o indivíduo já é portador de alguma outra infecção sexualmente transmissível (IST). Além disso, ressalta-se que 75% a 80% dos pacientes portadores do vírus C se inserem num processo de cronificação da doença que evolui em longo prazo para formas graves, gerando grande impacto na saúde e na qualidade de vida. (DEPARTAMENTO DE VIGIL NCIA EPIDEMIOLÓGICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). O enfrentamento das hepatites virais no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) perpassa, desde 2017, pela estratégia de prevenção combinada. Trata-se de intervenções comportamentais direcionadas para os riscos de exposição sob os quais os indivíduos se inserem, intervenções estruturais centradas no aspecto sociocultural econômico e político e intervenções biomédicas com foco no impedimento da transmissão e da exposição ao risco (DEP. DE VIGIL NCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS, 2018). Nesse sentido, Leavell e Clark, (1976) relacionam o conceito de prevenção a um conjunto de ações e comportamentos aplicáveis no presente com vistas a evitar a ocorrência de eventos indesejáveis. As ações preventivas têm como objetivo controlar a transmissão e reduzir o risco das doenças infecciosas, degenerativas e dos agravos específicos. Tais ações são respaldadas pela divulgação de informações científicas e pelas recomendações normativas de mudanças de hábitos de vida. Essa rede de serviços é escalonada em: básica, média e alta complexidade. No nível básico, que conta com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Saúde da Família (USF), têm-se como competências alvo a promoção de saúde, a prevenção, o processo de triagem sorológica e o acompanhamento dos usuários. Já nos serviços de média complexidade, que conta com o serviço de atendimento assistencial ambulatorial e hospitalar, é executado o manejo clínico e tratamento das hepatites virais, bem como a realização de exames complementares. Por fim, a assistência ambulatorial e hospitalar, no nível da alta complexidade, oferece o acompanhamento de pacientes em situações especiais, como no caso de complicações, e atua diretamente na formulação de protocolos de pesquisa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
Objetivo geral: Realizar atividades de prevenção e de acompanhamento clínico dos usuários das Unidades Básicas de Saúde do município de Teófilo Otoni e dos usuários inseridos no Programa de Controle das Hepatites Virais da Policlínica Municipal. Objetivos específicos: 1- Desenvolver uma ação de capacitação acerca do tema “Atuação do Sistema Único de Saúde nas hepatites virais no contexto da atenção secundária” através de um grupo tutorial com os integrantes do projeto e com a participação de docentes e técnicos-administrativos da universidade. 2- Elaborar cartilhas educativas para a população-alvo direcionadas para a prevenção das Hepatites Virais. 3- Executar atividades educativas de sala de espera a fim de proporcionar um momento-espaço de prevenção e promoção de saúde para os pacientes. 4- Realizar ação de prevenção e de rastreio das hepatites virais no mês de julho de 2022, dentro da campanha de combate às hepatites virais em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni. 5- Realizar Workshop’s de capacitação para os profissionais de saúde atuantes na Atenção Básica da cidade de Teófilo Otoni e nos distritos designados pela Secretaria de Saúde de Teófilo Otoni, abordando o tema: “Fluxos de atendimento e abordagem das hepatites virais na atenção básica”. 6- Realizar ações educativas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), explicando as cartilhas elaboradas, direcionadas para o público - alvo quanto à prevenção das Hepatites Virais.
Possibilitar às equipes de 32 (trinta e duas) Unidades Básicas de Saúde a apropriação do fluxograma “Abordagem das hepatites virais no âmbito da Atenção Primária” sendo ele apresentado em uma oficina com representantes de cada UBS. Realização de 10 Workshops voltados para as Hepatites Virais para a capacitação de 200 (duzentos) profissionais de saúde atuantes na Atenção Básica. Distribuir 1000 (mil) cartilhas educativas para pacientes da policlínica municipal e das unidades básicas de saúde, com ilustrações e explicações sobre a prevenção das Hepatites Virais, sendo tais panfletos disponibilizados na recepção de cada Unidade de Saúde. Realizar 8 (oito) reuniões de controle e feedback com todos os participantes do projeto e com a professora orientadora. Executar diversas atividades extras a fim de promover o melhor entendimento da população acerca das Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, como dinâmica de mito e verdade, dramatização, produção de podcasts, vídeos educativos e lives nas redes sociais. Realizar 2 (duas) ações de conscientização e prevenção das Hepatites Virais, em julho de 2022, mês de prevenção das Hepatites Virais, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Promover 3 (três) ações nas Unidades Básicas de Saúde para elucidação dos panfletos elaborados e dinâmica. Elaborar relatório parcial e relatório final do projeto “Combatendo as Hepatites Virais”. Elaborar relato de experiência sobre as ações realizadas no projeto. Participação e apresentação de 1 (um) acervo sobre o projeto em evento científico.
Para alcançar os objetivos propostos, o projeto em questão será executado através das seguintes etapas: Primeira Etapa: Realização de duas sessões de capacitação dos membros do projeto para o melhor entendimento acerca das Hepatites Virais Será realizado um primeiro encontro de capacitação tendo como temática central: “O fardo das hepatites virais na atualidade: da epidemiologia ao tratamento’’. A dinâmica se dará nos moldes da metodologia da técnica Grupo de Observação e Grupo de Verbalização (GV-GO). O grupo será dividido em dois subgrupos e se organizarão em dois círculos, um interno e outro externo. Num primeiro momento o grupo do círculo interno debaterá sobre o tema enquanto o grupo do círculo externo observa e toma nota, e uma vez encerrado esse debate, os papéis se invertem e é aberta uma segunda discussão, de caráter complementar à primeira. Ao fim será feita a união dos grupos para a apresentação de conclusões. Os debates serão conduzidos por um coordenador, função que será desempenhada por um dos docentes envolvidos no projeto. Em um segundo encontro será executada uma sessão de grupo tutorial sobre a temática: “Enfrentamento das hepatites virais no contexto do SUS”. Essa sessão será realizada através da técnica de aprendizado baseado em problemas, de modo que, será enviada previamente aos participantes uma situação problema contextualizada com a temática, com a finalidade de delinear o preparo dos participantes para a discussão. Durante o encontro, um docente envolvido no projeto, irá conduzir a sessão, e ao final será feito um registro dos tópicos mais importantes. Segunda Etapa: Ações educativas de prevenção e de fortalecimento das estratégias de abordagem na Atenção Primária na Atenção Secundária As ações voltadas para o serviço da Atenção Primária, serão direcionadas para dois focos: 1) fortalecimento e sistematização do fluxo de abordagem pelas equipes de profissionais de saúde das UBS e 2) ações oportunistas de educação em saúde com os usuários que frequentam as UBS. As ações de capacitação das equipes das UBS será realizada através de encontros agendados previamente via intermédio da Coordenação da Atenção Básica da SMS-TO. Para que isso ocorra os integrantes do projeto vão realizar uma ampla pesquisa, utilizando-se de relatórios, dados epidemiológicos e diagnósticos situacionais obtidos por meio de base dados e também por meio de dados obtidos através de um visita técnica, na qual os membros irão previamente até às UBS para realizar a pesquisa das fragilidades e entraves no combate às hepatites virais dentro do serviço. A partir de toda essa coleta, associando-se com as diretrizes e protocolos disponibilizados pelo SUS nos âmbitos municipal, estadual e federal, os alunos irão confeccionar um fluxograma sistematizado de abordagem das hepatites virais. Por abordagem entende-se o rastreamento dos indivíduos infectados, confirmação diagnóstica, referenciamento e seguimento desses pacientes, entre outras etapas. Ressalta-se que será entregue material impresso, em banner, do fluxograma para que a UBS possa dispor e consultar. O fortalecimento das ações de seguimento dos pacientes portadores no âmbito da Atenção Secundária, no contexto dos serviços do Programa de Controle de Hepatites Virais da Policlínica Municipal, se dará de modo que os alunos serão escalonados para a realização de práticas de acompanhamento do serviço, que num primeiro momento terão como escopo dois atributos: 1) observação da organização do serviço, tendo como norte os protocolos vigentes do Programa para se estabelecer o traçado de um diagnóstico situacional; 2) ações de acolhimento dos pacientes, incluindo verificação de dados vitais, antropometria e orientações gerais para prevenção dos contactantes. Num segundo momento, será proposta uma atualização do fluxograma de prestação de serviços dentro do programa em consonância com trabalho executado na Atenção Primária e com o diagnóstico situacional, de modo que a formulação e implementação se dará maneira conjunta entre a equipe a equipe do Programa de Controle de Hepatites Virais da Policlínica Municipal. No que se refere às ações de educação em saúde para os usuários das UBS, para que as ações ocorram, primeiramente será elaborado um grupo de trabalho conjunto entre membros do projeto e o setor de Comunicação e o de Atenção Básica da SMS-TO, que se empenharão na construção de uma cartilha focada em estratégia de prevenção das hepatites virais adaptada para os usuários de saúde das UBS selecionadas (a cartilha será desenhada a partir de uma pesquisa acerca dos princípios de comunicação efetiva em saúde, possibilitando a assimilação por parte do público-alvo). Através desta cartilha impressa, a equipe fará uma abordagem clara e objetiva com os usuários frequentantes da UBS, em data e intervalo de horário estratégicos (orquestrado previamente com a equipe de saúde). Terceira Etapa: Execução de ação de prevenção e rastreio das hepatites virais Nesta atividade serão realizados testes sorológicos (testes rápidos) no público alvo, em uma ação em ambiente aberto, em parceria com a Secretária Municipal de Saúde e com a Policlínica Municipal. Serão realizadas também práticas como aferição de pressão arterial, aferição de glicemia, antropometria do paciente, ações de educação em saúde e prevenção das hepatites virais através do diálogo com o público. Dessa forma, com essa triagem inicial, os alunos poderão orientar o paciente de acordo com os achados das aferições, bem como também a orientação final acerca da existência das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e a importância da prevenção para evitar essas infecções. Os materiais necessários para a realização da ação serão fornecidos pela Policlínica Municipal e a equipe necessária serão os funcionários da Policlínica e a coordenadora da liga e médica atuante no local. Quarta Etapa:Acompanhamento dos efeitos do projeto pelos envolvidos Ao final das ações, a professora responsável dará o seu feedback para os estudantes e esclarecer quais estão sendo os benefícios e os efeitos das ações para a Policlínica Municipal, bem como os pacientes atendidos preencherão um formulário para expressar sua opinião sobre o projeto e sobre as ações realizadas e dizer como foi útil para a comunidade. Além disso, os técnicos-administrativos colaboradores também poderão avaliar os alunos nas reuniões de controle. Por fim, os funcionários do serviço de saúde também avaliarão o projeto para colaborar com a sistemática de acompanhamento e os indicadores quanto às ações feitas. Dessa forma, tais funcionários também preencherão um formulário com uma breve descrição de percepção dos benefícios do projeto para a unidade de saúde em que ele atua, sempre levando em consideração o comportamento ético e humanista por parte dos alunos.
DATASUS. Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde (SAS): Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). DATASUS; 2018. Disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hepabr.def>. Acesso em: 21 maio.2020 DATASUS. Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde (SAS): Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). DATASUS; 2018. Disponível em:< http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hepabr.def>. Acesso em: 21 maio.2020. DE OLIVEIRA, José Ricardo et al. Qualidade de assistência em um centro de atenção secundária em saúde. Rev Soc Bras Clin Med, v. 12, n. 4, p. 278-81, 2014. LEAVELL, H. & CLARK, E. G. Medicina preventiva. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1976. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGILANCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA EPIDEMIOLÓGICA. Hepatites virais: o Brasil está atento. 2008. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGILANCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECCOES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS. Manual técnico para o diagnóstico das hepatites virais. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGILANCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECCOES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite C e coinfecções. 2018.
O Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina do Mucuri – FAMMUC (2017), bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Medicina, evidenciam que o estudante deve desenvolver capacidade crítica e reflexiva, sendo agente transformador e de produção de conhecimentos, avaliando também suas necessidades de conhecimento para, através da educação permanente, manter-se atualizado e transformar continuamente sua prática com base em novos conhecimentos, contribuindo para o mesmo processo dos seus pares e demais profissionais de saúde; para, através de observação diferenciada e metodologia científica, pesquisar a sua realidade e produzir conhecimento e também para a incorporação em sua prática dos conhecimentos novos baseados em evidências científicas, transmitindo informações úteis no processo de intervenção do processo saúde-doença (prevenção) de maneira acessível. Além disso, esse perfil de profissional deve se assegurar de que contribui de maneira contínua para a busca dos mais altos padrões de qualidade dos serviços em saúde ofertados, especialmente no contexto do SUS. Diante disso, justifica-se a participação de estudantes do curso de Medicina e da Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias neste projeto, pautados no senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, com vistas a promover a saúde integral do ser humano. Os estudantes irão desenvolver atividades que articulam o ensino, a pesquisa e a extensão, fundamentais para uma formação integral, generalista e humanizada, reafirmando a necessidade de consolidação do Tripé Ensino-Pesquisa-Extensão no ensino Superior na UFVJM. Eles estarão envolvidos em todas as etapas do trabalho realizado, desde o levantamento bibliográfico, integrando o estudo das diferentes disciplinas necessárias para o raciocínio clínico e capacitação, passando pela organização e execução das atividades, até futuras confecções de artigos científicos e pesquisas que visem demonstrar a importância da intervenção e rastreio dos serviços de saúde quanto à detecção de infecções na população. Além disso, as ações previstas serão pautadas pela postura ética e humanista com o público-alvo do projeto e será fomentada, nos alunos participantes, uma maior percepção sobre formas alternativas de intervenção social. Estes alunos inseridos no projeto estarão acompanhados pela professora orientadora e médica infectologista da Policlínica Municipal durante as avaliações clínicas e durante algumas ações, também estarão acompanhados por técnicos-administrativos colaboradores com o projeto. Dessa forma, após cada rodízio, haverá roda de discussão dos casos e um feedback sobre o envolvimento de cada discente, individualmente, durante a ação, feito pela professora. Além disso, nas reuniões de controle com todos os integrantes, a orientadora e médica dará sua avaliação a respeito dos impactos do projeto, dos pontos positivos e dos pontos a serem melhorados dos estudantes que estiveram presentes nas práticas. Por fim, os pacientes também terão a oportunidade de fornecer seu feedback para os estudantes e para o projeto de modo geral, após a realização das ações, por meio do preenchimento de um formulário impresso confeccionado pelos discentes, bem como os funcionários do serviço em questão também terão a oportunidade de expor os efeitos das ações realizadas em um formulário próprio.
No contexto da macrorregião do Nordeste do estado de Minas Gerais, o sistema DATASUS (2018) registra um total de 59 casos confirmados de participantes portadores de hepatites virais. Já no contexto local, o município de Teófilo Otoni registra um total de 28 casos confirmados no ano de 2018 (último ano com informações no sistema). Nesse horizonte, o trabalho em questão se justifica, pois, as hepatites virais são moléstias de importante significado na saúde pública, tendo em vista o elevado percentual de indivíduos infectados com evolução crônica e com potencial para o desenvolvimento de outras comorbidades e consequente mobilização e sobrecarga dos componentes dos serviços de saúde pública. Logo, a possibilidade de uma vivência na prática do manejo desses pacientes por parte dos acadêmicos de medicina, surge como uma grande oportunidade de fortalecimento das habilidades desses estudantes no âmbito do cuidado longitudinal em ambulatório. Nesse sentido, o projeto oferece aos acadêmicos o escopo para o fomento de uma percepção de cuidado humanizado e integral, pautado nos princípios do SUS e que valoriza a multidisciplinariedade em saúde. Além disso, o projeto oferece a oportunidade de estreitar, ainda mais, os laços entre a comunidade acadêmica e os usuários do SUS, por meio da execução de ações de educação em saúde, promoção em saúde e prevenção. A implementação deste projeto, além de fornecer uma possibilidade de aproximação entre os Acadêmicos de Medicina e a comunidade, irá possibilitar desdobramentos em projetos de pesquisa sobre o tema.
Público-alvo
Público-alvo atendidos de forma direta: Usuários dos serviços de saúde do Ambulatório do Programa de Controle de Hepatites Virais da Policlínica Municipal, na cidade de Teófilo Otoni. Profissionais de saúde da Atenção Básica da cidade e dos distritos de Teófilo Otoni Usuários da atenção básica, urbana e rural, do município de Teófilo Otoni. Público-alvo atendidos de forma indireta: Outros pacientes atendidos na Policlínica Municipal.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Desconhecido
Parcerias
Os espaços utilizados, Unidades de Saúde urbanas e rurais, para implementação das ações de extensão.
A Policlínica Municipal, gerida pela Secretaria de Saúde do município, será o local em que os alunos acompanharão os pacientes com diagnóstico para hepatites virais e onde demais pacientes são atendidos na rede de atenção secundária.
Os alunos participantes do Projeto, técnicos e docentes executores das ações são diretamente lotados na Faculdade de Medicina do Mucuri.
Cronograma de Atividades
Reunião de planejamento para início das atividades do projeto
Capacitação dos participantes do projeto.
Prática na policlínica municipal. (4 alunos)
Reunião de controle com todos os participantes do projeto para discussão dos casos e trocas de experiências e informações.
Visita técnica para diagnóstico situacional das UBS 1, 2, 3 e 4 (3 alunos)
Realização de Workshop “Fluxos de atendimento e abordagem das hepatites virais na atenção básica” para os profissionais de saúde atuantes nas Unidades Básicas da cidade de Teófilo Otoni.
Realização de ação em Unidade básica de saúde.
Visita técnica para diagnóstico situacional das UBS 5, 6, 7, 8, 9, 10 (12 alunos)
Realização de Workshop “Fluxos de atendimento e abordagem das hepatites virais na atenção básica” no distrito de Pedro Versiani.
Realização de ação em Unidade Básica de Saúde.
Realização de oficina com representantes das Unidades Básicas de Saúde para apresentação do fluxograma “Abordagem das hepatites virais no âmbito da Atenção Primária”.
Dia mundial de luta contra as hepatites virais. Realização da ação extensionista em parceria com a SMS-TO.
Realização de Workshop “Fluxos de atendimento e abordagem das hepatites virais na atenção básica” no distrito de Mucuri.
Realização de Workshop “Fluxos de atendimento e abordagem das hepatites virais na atenção básica” no distrito de Topázio.
Realização de ação em Unidade Básica de Saúde.
Ação Extensionista de Prevenção e Rastreio das Hepatites Virais para a Comunidade.
Reunião para encerramento do projeto.