Visitante
COLORINDO IDENTIDADES
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Procarte
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
ofélia ortega fraile
20231022023393221
faculdade interdisciplinar em humanidades
Caracterização da Ação
outros
cultura
educação
artes plásticas
nacional
encontro de saberes: construindo pontes e ações entre os saberes de matrizes indígenas, afrodescendentes e populares com a produção do conhecimento científico
Não
Membros
ricardo keferaus
Vice-coordenador(a)
renato aparecido teixeira
Voluntário(a)
solange pereira dos santos
Bolsista
lorena lopes lima
Bolsista
A proposta consiste na articulação com comunidades tradicionais, quilombolas e municípios do Vale do Jequitinhonha, Vale de Mucurí, Norte de Minas e com bairros periféricos da cidade de Diamantina para a construção coletiva de murais em muros de escolas, associações comunitárias e outras instituições interessadas. A partir de um processo de diálogo coletivo em formato de oficinas nas comunidades, pretende-se criar murais coletivos com elementos identitários e do patrimônio material e imaterial das comunidades rurais e urbanas. O projeto busca utilizar a linguagem artística para reforçar as identidades, memória ambiental, histórica e cultural das comunidades. Partindo da premissa que a arte é transformadora de espaços e sujeitos esperamos promover com o projeto uma interseção entre a cultura tradicional e a contemporânea numa construção coletiva pois os moradores das comunidades contribuirão com as memórias socioambientais e culturais do lugar, com narrativas sobre o patrimônio cultural imaterial, com as vivências do território e com personagens emblemáticas como, por exemplo, mestres e mestras da cultura tradicional. O projeto está em andamento desde janeiro de 2022 e vem construindo parcerias e murais coletivos com diferentes instituições entre as quais destacam o PIBID-UFVJM, a Superintendência Regional de Ensino de Diamantina, a Escola Estadual Professor Leopoldo Pereira (Diamantina), o CRAS Maria Natividade de Araçuaí e a Associação de Catadores de Recicláveis de Diamantina.
identidade cultural, muralismo, patrimônio imaterial
O projeto consiste na produção cultural de murais coletivos a partir da articulação com instituições públicas o privadas nas comunidades tradicionais, quilombolas e municípios do Vale do Jequitinhonha e em bairros periféricos da cidade de Diamantina. A construção coletiva de murais será realizada nas paredes de algumas casas e muros nos quais serão pintados elementos identitários das comunidades rurais e urbanas, contribuindo com as memórias socioambientais do lugar, com narrativas sobre o patrimônio cultural imaterial e com as personagens emblemáticas como, por exemplo mestres e mestras da cultura tradicional. A linguagem artísitca do muralismo permitirá um diálogo entre a cultura contemporânea da arte urbana e a cultura tradicional das comunidades.
O projeto pretende gerar uma interação entre saberes e linguagens trazendo os conhecimentos tradicionais e ancestrais dos moradores das comunidades em interação com a equipe do projeto. A interação entre o tradicional e o contemporâneo se dão com a linguagem dos murais. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E JUSTIFICATIVA PARA CONTINUIDADE O projeto foi aprovado no edital PROCARTE em 2021 com a meta de realizar 4 murais em articulação com outros projetos e instituições em comunidades do Vale do Jequitinhonha, meta que já foi comprida e superada com apenas 7 meses de execução do projeto com a realização dos seguintes murais: 1. Mural coletivo no muro externo na E.E. Professor Leopoldo Pereira em Milho Verde (Serro) em articulação com a escola e o PIBID-Educação do Campo-UFVJM com estudantes do ensino médio em tempo integral e a professora . 2. Pintura do pátio interno com jogos na E.E. Professor Leopoldo Pereira em Milho Verde (Serro) em articulação com a escola e o PIBID-Educação do Campo-UFVJM com a consulta da comunidade escolar. 3. Mural coletivo na Associação de Catadores de Material Reciclável de Diamantina em parceria com a Prefeitura de Diamantina. 4. Mural coletivo no muro externo no CRAS Maria Natividade em Araçuaí em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Araçuái com crianças e jóvens do CRAS. 5. Mural coletivo no muro externo da E.E. Athur Berganholi junto a antiga estação de trem em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Araçuái com crianças e jóvens do CRAS. 6. Mural coletivo no muro externo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Social de Araçuái com crianças e jóvens do CRAS. 7. Participação no Encontro Cultural de Milho Verde com elemento da cenografia em parceria com o Instituto Milho Verde. Em relação ao público direto e indireto atendido também estamos atingindo as metas, uma vez que os locais nos quais estão os muros são muito visitados por público local e externo. Na divulgação nas redes sociais as parcerias também tem sido fundamentais para que a divulgação tenha um impacto maior. O processo de criação dos murais coletivos tem envolvido discussões muito relevantes sobre elementos da cultura local, patrimônio imaterial e patrimônio material, profissões, modos de vida local e memória dos lugares. Alguns exemplos são a representação de patrimônio tombado com a Igreja do Rosário em Milho Verde e em Araçuaí, elementos da cultura popular como a folia de reis, os caboclinhos, a guarda do rosário; profissões como o bordadeiras, garimpeiros, canoeiros, tamborzeiros, lavadeiras e benzedeiras; modos de vida como o transporte de mercadoria com cavalos e apanha de lenha; e por último elementos da natureza como o Rio Jequitinhonha, as sempre-vivas, os mandacarus, siriemas, palmas e espadas de São Jorge. A riqueza e diversidade da região tem sido representada e a reação do público que contempla os murais é de pertencimento e reconhecimento da riqueza e diversidade cultural da área de abrangência da UFVJM. A partir da divulgação do projeto nas redes sociais, na página da UFVJM e em eventos acadêmicos tem surgido muito interesse e demanda de realizar murais em outras comunidades em parceria com instituições locais como escolas e associações culturais ou de interesse social. Algumas dessas demandas estão formalizadas em cartas de anuência deste edital e outras estão em construção e diálogo para efetivar a continuidade. Em relação com o impacto no estudantes bolsista podemos observar como a bolsista tem se aprimorado nas competências de comunicação e se apropriado das discussões sobre patrimônio imaterial e de arte urbana. Também foi muito proveitosa a articulação com o PIBID Educação do Campo que providenciou experiências no espaço escolar interdisciplinares para os estudantes da Licenciatura em Educação do Campo (LEC). Atualmente muitos estudantes da LEC tem demonstrado interesse em participar de forma voluntária no projeto. A repercussão do público infantil e juvenil que participa dor murais coletivos tem sido muito positiva favorecendo interações sociais, interesse em conhecer a UFVJM, a melhora da autoestima e que inclusive tem motivado, no caso de um jovem de Araçuaí, o reingresso na escola. Todos esses impactos justificam a pertinência da submissão do projeto para dar continuidade com o projeto possibilitando diálogos entre arte contemporânea e arte popular, valorizando o patrimônio imaterial do Vale do Jequitinhonha e a melhora das relações sociais e de autoestima de jovens da área de abrangência da UFVJM.
GERAL Realizar murais em comunidades tradicionais, quilombolas e urbanas representando elementos da identidade e do patrimônio imaterial. ESPECÍFICOS 1. Construir parcerias com organizações comunitárias e instituições de comunidades tradicionais, quilombolas e urbanas; 2. Conseguir apoios externos da universidade para arcar com gastos de material de pintura, hospedagem e alimentação; 3. Realizar oficinas com grupos das comunidades de diferentes faixas etárias; 4. Fazer um levantamento de questões identitárias, memórias do ambiente local, mestres e mestras da cultura tradicional, personagens emblemáticas das comunidades e festas e tradições que configurem patrimônio cultural imaterial; 5. Realizar 8 murais em comunidades tradicionais, quilombolas e urbanas principalmente no Vale do Jequitinhonha; 6. Divulgar as ações em redes sociais com fotografias, vídeos e depoimentos.
Impacto direto: O projeto visa realizar 8 oficinas-murais na cidade de Diamantina, em Araçuaí, em Lajinha e em 3 comunidades tradicionais e quilombolas do Vale do Jequitinhonha, de maneira que conseguiria impactar diretamente com o público alvo das oficinas-murais com um total de 160 pessoas (uma média de 20 participantes por oficina). Por outro lado o projeto impactaria com o público que interage com a arte pública, uma vez que está exposta para todos os que circulam pelas ruas, podendo atingir aproximadamente a mais de 86.000 pessoas, contando entre esses os moradores das cidades de Diamantina e Araçuaí que transitam pelas ruas, das comunidades rurais e dos turistas da região. Impacto indireto: A través de redes sócias como Instagram, Youtube, espaços digitais alternativos e apresentação de trabalhos em eventos académicos pretendemos chegar a um número elevado de público difícil de calcular. Nossa meta é atingir 1000 visualizações das ações em seu conjunto.
A metodologia do projeto é de caráter participativo desde a etapa de produção cultural até a divulgação dos resultados envolvendo diversos públicos. Durante a produção o envolvimento do público se faz com os parceiros que participam da definição da proposta, duração das oficinas, público alvo, escolha do muro e busca de recursos complementares para a realização dos murais. Posteriormente, durante a realização dos murais são realizadas oficinas com a participação dos educadores, professores ou responsáveis do público alvo que pinta os murais. Cada oficina é adaptada ao público alvo, à faixa etária e ao contexto sociocultural. O coletivo que pinta os murais participa do processo de concepção, pintura e proteção num diálogo contínuo que busca sempre trazer as identidades do coletivo e da comunidade. Os diálogos buscam trazer as referências do patrimônio imaterial, a arquitetura patrimonial, mestres e mestras da cultura popular e saberes e fazeres da região, e a diversidade de paisagens e personagens. Finalmente, o registro visual acontece também de forma participativa de maneira que a equipe local e a do projeto vão realizando diversos registros audiovisuais que depois são compartilhados e editados para a divulgação do projeto no site institucional da UFVJM e nas redes sociais dos membros da equipe. Está previsto abrir um canal do Youtube e no Instagram para poder divulgar as ações e resultados do projeto. As etapas da execução do projeto são organizadas em subprojetos pois cada conjunto de oficinas-mural exige um processo específico adaptado à realidade local. As etapas de produção podem ser simultâneas porém a execução da oficina-mural acontecem organizadas em uma agenda anual. PRODUÇÃO 1. PARCERIAS: Construir parcerias com organizações comunitárias e instituições de comunidades tradicionais, quilombolas e urbanas. Para realizar esta etapa entraremos em contato com estudantes da Licenciatura em Educação do Campo que moram em comunidades e realizaram essa articulação fazendo parte do projeto de forma voluntária. 2. ARTICULAÇÃO: O estudante bolsista ou voluntário estabelece uma rotina de reuniões com as instituições parceiras para a definição do muro (local, medidas, estado), do grupo alvo para as oficinas, elaboração do orçamento de material para a pintura, orçamento ou opções solidárias de hospedagem e alimentação e outros recursos para apoiar a ação e a definição do cronograma de ações. 3. OFICINAS-MURAIS: Elas são iminentemente práticas e se organizam em três momentos: a) apresentação do projeto, da equipe do projeto e dos participantes; b) introdução ao muralismo e a arte urbana no contexto local, regional, nacional e global; c) levantamento de questões identitárias, memórias do ambiente local, mestres e mestras da cultura tradicional, personagens emblemáticas das comunidades e festas e tradições que configurem patrimônio cultural imaterial; d) composição do lay-out do muro e organização do material de pintura; e) realização do mural; f) proteção final do mural. Dependendo do contexto e do público alvo as oficinas são adaptadas à faixa etária, espaço, características comportamentais, etc., de maneira que algumas das etapas das oficinas podem acontecer de forma simultânea, especialmente o diálogo que envolve a escolha dos temas e criação artística é realizado de forma fluida. De forma continua, desde o começo ao fim, é realizado o registro fotográfico e audiovisual com a participação dos responsáveis das instituições e do público alvo e durante a ação são publicadas nas redes sociais (instagram) da equipe do projeto e dos parceiros fotografias do processo e alguns vídeos. 4. DIVULGAÇÃO: São recolhidos os registros fotográficos e áudio-visuais, editados e divulgados nas redes sociais e no site oficial da UFVJM, sempre com o consentimento e autorização dos envolvidos. O estudante bolsista e a equipe do projeto criam conteúdos para redes sociais e textos para a divulgação do projeto na UFVJM, no curso da LEC e nas comunidades locais. Também é elaborado um portfólio do projeto com esses registros. A partir desses materiais de registro e com leituras de aprofundamento teórico se elaboram trabalhos acadêmicos como relato de experiência e artigo acadêmico. 5. AVALIAÇÃO: O acompanhamento e avaliação do projeto se realizam a partir dos resultados que são registrados em imagens, listas de presença e com os depoimentos dos responsáveis das instituições parceiras. A viabilidade do projeto parte da construção de parcerias universidade-comunidade nas quais a UFVJM apoia as ações com a experiência e capacitação da equipe interna do projeto (coordenadora, bolsista e voluntários), com o transporte para as comunidades, com material impresso e com a certificação e reconhecimento social institucional. A parceria e participação de um membro externo da comunidade, artista plástico muralista que coordena as oficinas e o trabalho artístico, é fundamental para o desenvolvimento do projeto. As parcerias com as instituições são fundamentais para a realização dos murais por serem murais coletivos e participativos, proporcionando o contato com o público alvo, por outro lado também são fundamentais para a complementação dos recursos e para a divulgação do projeto. Por tudo isso, o projeto é viável nessa perspectiva extensionista do diálogo e construção coletiva.
DIÓGENES, G; CAMPOS, R; ECKERT, C. (2026). As cidades e as artes de rua: olhares, linhas, texturas, cores e formas. Revista de Cie?ncias Sociais, Fortaleza, v. 47, n. 1, jan/jun, p. 11-24. DIO?GENES, Glo?ria. (2015)Artes e intervenc?o?es urbanas entre esferas materiais e digitais: tenso?es legal-ilegal. Ana?lise Social, v. 17, p. 682-707. Fracasse Stefaniu, L; Ferreira Dias, L.
O estudante bolsista participará do processo como um todo e especialmente na interação com as comunidades e na produção dos materiais de divulgação e interação nas redes sociais. Será selecionado um bolsista que tenha interesse nas culturas tradicionais, nos murais e com interesse em aplicar e desenvolver competências de comunicação. A capacitação se dará com o acompanhamento da equipe de artistas, com leituras sobre os temas abordados e com pesquisas audiovisuais de manifestações culturais regionais, arte urbana e muralismo, proporcionando formação cultural e artística. A experiência contribuirá com a formação do estudante que terá contato com elementos identitários, ambientais e da cultura imaterial da região possibilitando a valorização das mesmas e possibilitando interseções e releituras contemporâneas. Atividades a serem realizadas são: articipação de reuniões, elaboração de sínteses das reuniaões, leitura e fichamento de textos, pesquisas e relatórios audiovisuais, organização de questões envolvidas com a produção do mural, produção de materiais de divulgação e de comunicação (fotos, vídeos, textos, caderno/catálogo) e relatórios das atividades realizadas no projeto. O acompanhamento e avaliação será realizado contabilizando a frequência na participação das reuniões e a entrega das sínteses, fichamentos e materiais de divulgação além dos relatórios mensais, parciais e finais.
O projeto tem gerado muita demanda de instituições públicas e privadas que se interessam em fazer parcerias,
Público-alvo
População de Diamantina que circule pela frente das escolas ou instituições parceiras nas quais tem murais realizados pelo projeto.
Crianças, jovens e adultos envolvidos nas oficinas em escolas, CRAS, associações etc. A participação média é de 20 pessoas por oficina-mural
População do município de Araçuái que circule pelas ruas nas quais sejam realizados murais.
Municípios Atendidos
Diamantina
Araçuaí
Itamarandiba
Veredinha
Serro
Conceição Do Mato Dentro
Lajinha
Parcerias
A Escola Família Agrícola é uma escola comunitária situada no Médio Vale do Jequitinhonha que trabalha com pedagogia contextualizada para o ensino médio técnico fazendo uma interlocução teórica e prática entre conhecimentos tradicionais e científicos. A escola trabalha com elementos da identidade cultural material e imaterial na região de Veredinha. A Escola tem interesse na parceria com o projeto para fazer uma intervenção artística no espaço escolar com a participação dos estudantes trazendo elementos identitários abordados nas diferentes disciplinas que cursam.
A GMA é um grupo artístico que trabalha a educação artísticas com jovens com a linguagem cinematográfica no município de Laginha (MG). Esta parceria é importante porque possibilitará a realização de um mural em Lajinha e a produção auviovisual de um produto que mostre o processo e a transformação do lugar.
A Escola Estadual Padre João Afonso (Itamarandiba), está localizada na comunidade rural com o mesmo nome. Há anos que a escola desenvolve trabalhos com a cultura imaterial e as identidades locais de forma articulada com a comunidade. A parceria com esta escola é muito importante para o projeto pois a construção do mural daria uma continuidade e visibilidade ao trabalho de resgate do patrimônio imaterial e às memórias socioambientais que vem sendo realizadas.
A associação TINGUI tem uma longa trajetória de trabalho no Vale do Jequitinhonha, desde 1999 trabalha com a valorização da cultura local e dos saberes buscando transformação social. O projeto Mulheres do Jequitinhonha vem trabalhando com artesãs como as Bordadeiras do Curtume, tecelãs, jogadoras de versos (versinhos do bem querer) e grupos de batuque. A associação tem feito ao longo destes anos um trabalho fundamental para a valorização do patrimônio cultural imaterial do Vale do Jequitinhonha gerando possibilidades de geração de renda local. A parceria com a Tingui permitirá fazer um intercâmbio de conhecimentos e experiências sobre as identidades e práticas culturais da região e elaborar um mural junto com as artesãs e familiares em um muro externo da associação fortalecendo os laços.
O museu de Araçuaí conta com um rico acervo que reconhece e valoriza o patrimônio imaterial, a arte e a cultura popular do Vale do Jequitinhonha, entre muitas obras se encontram no acervo artes de mestres e mestras da cultura local, como a reconhecida mestra Dona Lira e registros fotográficos de caráter etnográfico do fotógrafo Lori Figueiró. Além de ser um espaço de referência pelo seu acervo também é uma referencia pela relação com a comunidade de Araçuaí. A parceria com o museu permitirá ao projeto aprofundar e aprimorar os conhecimentos sobre a cultura material e imaterial da região e o projeto poderá contribuir com a representação de elementos identitários com a pintura de um mural que sintetize narrativas sobre as identidades do vale.
A SMDS de Araçuaí vem construindo parcerias com o projeto desde o começo do projeto identificando o potencial da arte para a transformação social junto com as crianças e jovens de Araçuaí. Os três murais realizados até o momento em parceria tem demonstrado um engajamento e um processo de formação com esses jovens motivando a dar continuidade à parceria para buscar capacitar ao grupo de jovens na arte do muralismo. A contribuição e engajamento da SMDS tem permitido a realização de oficinas-murais que tem provocado reações muito positivas no município que favorecem outras relações do público com a arte urbana e que visam favorecer processos de emancipação social e promover pontos turísticos relacionados com a arte urbana.
A COQUIVALE é uma instituição que permitirá que o projeto chegue a comunidades quilombolas do Vale do Jequitinhonha interessadas no projeto que contribuirão com o aprofundamento e visibilização de elementos da identidade quilombola e do patrimônio imaterial destas comunidades.
Cronograma de Atividades
Reuniões de coordenação entre a equipe do projeto com estudante bolsista e voluntários para a organização e acompanhamento das atividades.
O estudante bolsista ou voluntário estabelece uma rotina de reuniões com as instituições parceiras para a definição do muro (local, medidas, estado), do grupo alvo para as oficinas, elaboração do orçamento de material para a pintura, orçamento ou opções solidárias de hospedagem e alimentação e outros recursos para apoiar a ação e a definição do cronograma de ações.
São atividades iminentemente práticas e se organizam em momentos diferenciados: a) apresentação do projeto, da equipe do projeto e dos participantes; b) introdução ao muralismo e a arte urbana no contexto local, regional, nacional e global; c) levantamento de questões identitárias, memórias do ambiente local, mestres e mestras da cultura tradicional, personagens emblemáticas das comunidades e festas e tradições que configurem patrimônio cultural imaterial; d) composição do lay-out do muro e organização do material de pintura; e) realização do mural; f) proteção final do mural. Dependendo do contexto e do público alvo as oficinas são adaptadas à faixa etária, espaço, características comportamentais, etc., de maneira que algumas das etapas das oficinas podem acontecer de forma simultânea, especialmente o diálogo que envolve a escolha dos temas e criação artística é realizado de forma fluida. De forma continua, desde o começo ao fim, é realizado o registro fotográfico e audiovisual com a participação dos responsáveis das instituições e do público alvo e durante a ação são publicadas nas redes sociais (instagram) da equipe do projeto e dos parceiros fotografias do processo e alguns vídeos.
São recolhidos os registros fotográficos e áudio-visuais, editados e divulgados nas redes sociais e no site oficial da UFVJM, sempre com o consentimento e autorização dos envolvidos. O estudante bolsista e a equipe do projeto criam conteúdos para redes sociais e textos para a divulgação do projeto na UFVJM, no curso da LEC e nas comunidades locais. Também é elaborado um portfólio do projeto com esses registros. A partir desses materiais de registro e com leituras de aprofundamento teórico se elaboram trabalhos acadêmicos como relato de experiência e artigo acadêmico.
O acompanhamento e avaliação do projeto se realizam a partir dos resultados que são registrados em imagens, listas de presença e com os depoimentos dos responsáveis das instituições parceiras. Também tem um seguimento da participação do bolsista e dos voluntários em reuniões. Existe um acompanhamento mensal das atividades e uma avaliação mais aprimorada na metade do projeto e no final que auxiliam no desenvolvimento dos relatórios de avaliação do bolsista.
Durante a segunda parte do projeto, depois de um acúmulo de experiências e leituras o estudante bolsista elaborará trabalhos acadêmicos: relato de experiência e artigo para apresentação em eventos e com a possibilidade de publicação.
Visualização de arte urbana em redes sociais, documentários, etc. e leitura e discussão de textos acadêmicos relacionados com o muralismo.