doença de Chagas (DC) ou tripanossomíase americana é uma infecção parasitária, não erradicada, causada pelo Trypanosoma cruzi, cuja transmissão se dá principalmente através dos vetores triatomíneos, insetos vulgarmente chamados barbeiros, bicudo, chupan

Doença de Chagas , Trypanosoma cruzi, Triatomíneos, Barbeiros, bicudo, chupança, furão

A doença de Chagas (DC) ou tripanossomíase americana é uma infecção parasitária causada pelo Trypanosoma cruzi, cuja transmissão se dá principalmente através dos vetores triatomíneos. Estes insetos, vulgarmente chamados barbeiros ou outras denominações como bicudo, chupança, furão, dependendo da região geográfica [1], são hematófagos obrigatórios e a transmissão vetorial do parasito ocorre durante ou imediatamente após o repasto sanguíneo, através das fezes contaminadas com o T. cruzi. A DC constitui uma das mais importantes endemias do Brasil e da América Latina, sendo considerada um grave problema de saúde pública devido à morbimortalidade da infecção, principalmente entre as populações com alta vulnerabilidade socioeconômica e de origem rural [2,3]. As ações de enfrentamento à DC sempre estiveram voltadas no sentido de interromper o contato do homem com os triatomíneos, uma vez que não há disponibilidade de vacina e o tratamento também não é totalmente eficaz. Atualmente o controle vetorial encontra-se na fase de vigilância, onde a participação comunitária é imprescindível para manter os níveis de controle alcançados, sendo este um dos principais desafios. [2]. Nesse projeto propomos a realização de ações educativas, via ferramentas digitais como o google classroom, para disseminar e recolher informações sobre a DC e seus vetores na região da Serra Geral, no Norte de Minas Gerais. Nessa perspectiva, o trabalho conta com a parceria do renomado Instituto René Rachou, Fiocruz Minas, referência no estudo da DC em Minas Gerais, localizado na cidade de Belo Horizonte. O projeto contará também com o apoio da Vigilância em Saúde da cidade de Janaúba. A disseminação de informação é prevista ocorrer a distância, por meio de oficinas, minicursos na modalidade remota/online, com a parceria de pesquisadores da Fiocruz Minas e de outras instituições. Nesse primeiro ano, Deseja-se atuar inicialmente realizar uma pesquisa sobre os conhecimentos da população sobre a doença de Chagas e seu vetor. Com essas informações, pretende-se nesse projeto modelar um curso voltado a sanar as principais dúvidas dos entrevistados. Há três públicos focais: alunos do 9° de escolas públicas; agentes comunitários de saúde e agentes de combate de endemias; e a população rural. Nesse primeiro ano, devido a pandemia, focaremos nos agentes comunitários de saúde e nos agentes de combate a endemias das cidades de Janaúba, nova Porteirinha e Pai Pedro. Toda atividade educativas ocorrerá na modalidade remota/online. De maneira geral, o objetivo é mapear o conhecimento da população sobre a doença e levar para a sociedade informações sobre a DC: os principais vetores encontrados na região; as formas de transmissão; como identificar o barbeiro; o que fazer se encontrar o barbeiro na residência - a quem procurar?; quais os cuidados ao coletar o barbeiro; entre outras perguntas. Nesse primeiro ano de projeto (devido a pandemia) o recolhimento de informação é planejado acontecer por meio de questionário estruturado aplicado aos agentes comunitários de saúde e aos agentes de combate a endemias, para averiguar o conhecimento dessas categorias sobre o assunto. Assim, ao mesmo tempo que dissemina e gera conhecimento, esse projeto promove também divulgação científica e divulgação da própria UFVJM na região a qual ela está inserida.

A DC tem um alto impacto social e econômico em toda a área endêmica [4,5], sendo considerada um problema de saúde pública nos 21 países da América Latina onde a doença é endêmica. Aproximadamente 6-8 milhões de pessoas encontram-se infectadas pelo parasito. Outras 100 milhões vivem expostas ao risco de infecção pela doença [6,7]. Estima-se que 14.000 pessoas no mundo vão a óbito anualmente em decorrência da DC [6]. No Brasil, calcula-se que há 2 a 3 milhões de pessoas infectadas [4,8], e desses, aproximadamente 600.000 pessoas desenvolvem complicações cardíacas ou digestivas, levando à morte de 5.000 indivíduos a cada ano [9]. Apesar dos números expressivos, faltam informações atuais sobre a epidemiologia da doença no Brasil, incluindo um inquérito sorológico recente e mais incentivo à população para a manutenção da vigilância entomológica, que consiste no principal mecanismo de evitar novas infecções [9-12]. Segundo Vilela et al. [13], ironicamente a vigilância epidemiológica/entomológica reduz assim que a incidência da doença diminui, reduzindo também, por parte das autoridades, os investimentos na prevenção. Com isso, aumenta-se a probabilidade de a doença voltar a existir em áreas onde foi erradicada, ou se espalhar para novas regiões [14]. Obrigatoriamente, ações de controle sustentáveis para a prevenção e controle da DC passam pela informação e participação da população [13]. Contudo, no Brasil e no mundo, os municípios não possuem equipes bem estruturadas e atuantes no ramo educativo; também não há ações educativas formais estruturadas que priorizem a informação da população sobre a DC [13,15]. De modo geral, é evidente a necessidade de atividades educativas no treinamento de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), para que eles possam transmitir à população informações necessárias para a percepção da importância da vigilância passiva, o trabalho de captura dos triatomíneos e a comunicação às autoridades de saúde [13]. Na realidade, é importante incentivar, principalmente nos municípios de regiões endêmicas, ações educativas de promoção à saúde para a população, disseminando informações sobre a DC [13]. Logo, além dos ACS, um público promissor para receber ações educativas são os domicílios rurais, estudantes do 6° ao 9° ano do ensino fundamental e os alunos do ensino médio. A escolha da comunidade escolar justifica-se pelo fato dos estudantes serem agentes naturais de transmissão de informações para seus familiares, fazendo com que as informações cheguem a um público maior, além da escola ser um importante espaço de construção de conhecimento [16]; a escolha dos domicílios rurais é pautada pelo fato de a DC ter maior incidência nessas comunidades de maior vulnerabilidade socioeconômica [2,3]. Vale destacar que, para o desenvolvimento de ações educativas, é de fundamental importância a avaliação de conhecimentos sobre a DC e práticas de reconhecimento dos triatomíneos por parte da população. Ao mesmo tempo, tais avaliações podem servir na construção e/ou utilização em políticas públicas no combate à DC. Além disso, segundo Vasconcelos [17], estas avaliações são importantes para conhecer as crenças da população a respeito da DC, e com isso é possível produzir material educativo compreensível e atraente, aumentando a chance da participação da população na vigilância passiva. Nesse contexto, entendendo que a Universidade deve ser um agente ativo e transformador nas necessidades da população, este projeto de extensão visa transmitir conhecimentos relativos à DC e seus principais vetores na região da Serra Geral, no Norte de Minas Gerais. Dentre os principais resultados esperados no desenvolvimento da proposta estão: i) sensibilização da população quanto aos riscos eminentes da Doença de Chagas, ii) uso da informação pela população para apoio na identificação e o controle do barbeiro nas comunidades, iii) instruir sobre os cuidados para prevenção da doença. Salienta-se que a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Janaúba, está localizada na porção nordeste do estado de Minas Gerais, sendo esta região uma das mais pobres no Brasil, que no século XX foi uma das áreas com maior incidência da DC, com presença regular de triatomíneos nos domicílios [18,19]. Diante do exposto, além das ações educativas, um levantamento epidemiológico na região da Serra Geral, onde a UFVJM, Campus Janaúba, está inserida, pode trazer grandes contribuições para os gestores da região definirem estratégias de saúde e políticas públicas voltadas para o enfrentamento da DC. Outra justificativa para o projeto são as oficinas e materiais didáticos que serão dados aos moradores da zona rural a fim de trazer conhecimento sobre a DC para que a partir do conhecimento as pessoas possam prevenir, diminuindo assim o impacto da doença na saúde pública. Destaca-se a importância do desenvolvimento do projeto na região da Serra Geral, Minas gerais, considerando a vulnerabilidade social da população dessa região, que se apresenta com condições sociodemográficas, econômicas e de vida desfavoráveis. Além disso, é comum que pessoas da região vivam em localidades remotas com pouco acesso a serviços de saúde especializados.

Objetivo Geral: Ampliar o conhecimento da população sobre a DC e seus principais vetores na região da Serra Geral, no Norte de Minas Gerais. Objetivos específicos: 1 – Realizar uma pesquisa para avaliar o grau de conhecimento dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias, sobre a DC e seus vetores. 2 - Avaliar o conhecimento sobre a DC de alunos do 9°, da comunidade rural e comunidade interna da UFVJM 3 – Produzir material didático educativo sobre a DC e seus vetores. 4 – Realizar minicursos educativos na modalidade remoto/online sobre a DC para agentes comunitário de Saúde da Serra Geral, no Norte de Minas Gerais. 5 - Promover campanhas informativas na internet sobre a DC. 6– Incentivar a vigilância passiva na região da Serra Geral, em conjunto com a vigilância em saúde dos municípios, por meio da disseminação de informação através dos agentes comunitários de saúde. 7 – Realizar divulgação científica. 8 – Promover a interação entre UFVJM, a secretaria municipal de saúde e a comunidade externa. 9 – Divulgar a UFVJM na região na qual ela está inserida.

Nesse primeiro ano de projeto, pretende-se aplicar um formulário sobre a doença de chagas e disponibilizar as atividades educativas na modalidade remota/online para a comunidade interna da UFVJM e para os agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias das cidades de Janaúba, nova Porteirinha e Pai Pedro (acima de 1000 pessoas atendidas). Indiretamente, inclui-se nessa estimativa os próprios membros do projeto que ao executarem a proposta também serão impactados por seu conteúdo. Além disso, acreditamos que ao incluir os agentes comunitários de saúde no projeto, a disseminação de informação por eles também é um impacto indireto, já que estes agentes é que possuem um maior contato com a população. Ademais, as oficinas e cursos projetados para serem realizados à distância ficarão disponíveis no canal do Youtube do grupo de pesquisa proponente. Vale ressaltar que campanhas nas redes sociais tem um potencial de alcance considerável, de modo que podem ser um consideradas como um impacto indireto do projeto. Com a disseminação de informação da DC, esse projeto tem como meta divulgar a UFVJM, Campus Janaúba, no Norte de Minas Gerais. O projeto busca obter dados sobre a doença na região para, futuramente, propor um estudo epidemiológico em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde.

Com o intuito de alcançar os objetivos propostos, para esse primeiro ano de projeto, este projeto é dividido em duas etapas que serão realizadas gradualmente. Primeiro, será avaliado o grau de conhecimento da comunidade interna da UFVJM e dos agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias, nas cidades de Janaúba, Nova Porteirinha e Pai Pedro a respeito do barbeiro e da DC, será elaborado um questionário estruturado com questões relacionadas ao tema. Por se tratar de pesquisa com seres humanos, este projeto só terá início após aprovação do comitê de ética da UFVJM. O questionário em questão será desenvolvido na plataforma google forms e será aplicado apenas por via digital. A vantagem de utilizar o google forms é a possibilidade de criar perguntas de múltipla escolha onde automaticamente se obtém gráficos acerca da taxa de resposta em cada item. Em princípio, o público alvo desse questionário será os Agentes Comunitários de Saúde e agentes de endemias. O link do formulário será encaminhado por e-mail à chefia imediata dos agentes. Com base nas respostas contidas no formulário será iniciada a preparação do material didático do projeto. Nessa etapa, sob a supervisão dos professores e dos membros externos parceiros nesse projeto, os discentes da UFVJM (monitores) desenvolverão panfletos explicativos, folders, flyer, cartazes, manuais, apostilas, entre outros, sobre a DC e os barbeiros. A Fiocruz Minas, parceira no projeto, irá disponibilizar ciclos completos com barbeiros alfinetados e lâminas com o protozoário Trypanosoma cruzi para fins de ensino. O material didático produzido pelos discentes será utilizado na montagem de um minicursos na plataforma google classroom, disponibilizado na modalidade remota online aos agentes comunitários de saúde e demais profissionais da saúde, interessados em ampliar os conhecimentos sobre a DC e seus vetores. Vale destacar que os cursos a distância facilitarão o acesso a municípios longínquos, considerando Janaúba como ponto de partida. As atividades a distância serão constituídas basicamente por vídeos aulas, fóruns para dúvidas, e material didático em pdf. Considerando a evolução tecnológica atual, além das oficinas, poderão ser realizadas, ao longo do período de vigência do projeto, campanhas informativas via instagram, whatsapp, youtube e twitter. Para campanhas nas redes sociais poderão ser produzidos cartazes digitais pelos monitores. Avaliação do projeto pelo público alvo ocorrerá por meio de questionários ao final do curso. Serão formular questões objetivas acerca do curso, e será solicitado ao participante uma nota de 0(zero) a (10) sobre o curso, mas haverá no questionário espaços em branco para comentários/sugestão acerca dos pontos positivos e negativos do projeto. Será feito também uma auto avaliação pelos membros da equipe, também através de formulário do google forms.

[1] ARGOLO, A.M. et al. Doença de Chagas e seus principais vetores no Brasil. Rio de Janeiro. Editora Fiocruz. Rio de Janeiro, 2008. [2] Souza, J. M. B., Vigilância da Doença de Chagas: manual técnico das atividades de controle dos triatomíneos, Instituto René Rachou, Belo Horizonte, MG, 2019. [3] Jurberg J, Galvão C, Noireau F, Carcavalho RU, Rocha DS, Lent H. Uma Iconografia dos Triatomíneos (Hemíptera: Reduviidae). Entomol Vect; 11(3): 454-94, 2004. [4] Word Health Organization (2002) Control of Chagas 'disease (Technical Report Series 905). Genebra: Organização Mundial de Saúde. [5] Silveira AC, Dias JCP (2011) O controle da transmissão vetorial. Rev Soc Bras Med Trop 44: 52–63. [6] Schmunis GA, Yadon ZE (2010) Doença de Chagas: um problema de saúde latino-americano tornando-se um problema de saúde mundial. Acta Trop 115: 14–21. [7] World Health Organization (2010), folheto informativo sobre a doença de Chagas (tripanossomíase americana) (revisado em junho de 2010). Wkly Epidemiol Rec 34: 334-336. [8] Dias JCP, Prata A, Correia D (2008) Problemas e perspectivas para o controle da doença de Chagas: em busca de uma análise realista. Rev Soc Bras Med Trop 41: 193–196. [9] Coura JR, Dias JCP (2009) Epidemiologia, controle e vigilância da doença de Chagas: 100 anos após sua descoberta. Mem Inst Oswaldo Cruz 104: 31–40. [10] Martins-Melo FR, Alencar CH, Ramos AN Jr, Heukelbach J (2012) Epidemiology of Mortality Related to Chagas' Disease in Brazil, 1999–2007. PLOS Neglected Tropical Diseases 6(2): e1508. [11] D. Akhavan (2000) Análise de custo-efetividade do Projeto de Controle da Doença de Chagas no Brasil - Relatório Final. Organização Pan-Americana da Saúde , Brasília. [12] FR Martins-Melo , AN Ramos Jr. , CH Alencar , J. Heukelbach (2012) Mortalidade por doença de Chagas no Brasil de 1979 a 2009: tendências e diferenças regionais. J. Infect. Dev. Ctries. , 6 ( 2012 ) , pp. 817 - 824 [13] Marcos Marreiro Villela, Denise Nacif Pimenta, Paulo Acácio Lamounie, João Carlos Pinto Dias, Avaliação de conhecimentos e práticas que adultos e crianças têm acerca da doença de Chagas e seus vetores em região endêmica de Minas Gerais, Brasil, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(8):1701-1710, ago, 2009 [14] Dias JCP. Participação, descentralização e controle de endemias no Brasil. In: Barata RB, Briceño-León R, organizadores. Doenças endêmicas: abordagens sociais, culturais e comportamentais. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz; 2000. p. 269-97. [15] Dias JCP. Southern Cone Initiative for the elimination of domestic populations of Triatoma infestans and the interruption of transfusional Chagas disease. Historical aspects, present situation, and perspectives. Mem Inst Oswaldo Cruz 2007; 102:11-8. [16] Ministério da Saúde, Saúde na escola, Série B. Textos Básicos de Saúde Cadernos de Atenção Básica, n. 24, Brasilia, DF, 2009. [17] Vasconcelos EM. Educação popular como instrumento de reorientação das estratégias de controle das doenças infecciosas e parasitárias. Cad Saúde Pública 1998; 14 Suppl 2:39-57. [18] Dias JCP, CCP Loyola, Brener S. Doença de Chagas em Minas Gerais: situação atual e perspectivas. Rev Bras Malariol Doenças Trop 1985; 37:7-28. [19] Machado de Assis GF, Azeredo BVM, Gorla D, Diotaiuti L, Lana M. Entomological surveillance of Chagas disease in Berilo municipality, Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 2009; 42(6):615-621.

Na UFVJM, Campus Janaúba, há o curso Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, onde os estudantes têm acesso a diferentes áreas do conhecimento. Nesse projeto os conhecimentos dos estudantes em Biologia e Matemática serão de grande valia para a execução do projeto. A área de Biologia é claramente detectável, uma vez que parte do trabalho envolve a disseminação de informações sobre a DC e sobre os triatomíneos. A matemática (análises estatísticas) está agregada à etapa de avaliação das informações coletadas nos formulários aplicados aos agentes comunitários de saúde e aos agentes de combate a endemias para avaliar o seu grau de conhecimento. Na realidade, o envolvimento de outras áreas do conhecimento também são de grande importância, por exemplo, a química e a física quando a discussão envolver os exames de detecção da doença ou os aparelhos utilizados nessas atividades, etc. Nessa perspectiva, esse projeto traz contribuição para a formação do discente, além do fato de o projeto possibilitar diretamente que o discente se envolva em atividades de ensino (durante as atividades educativas) e de pesquisa (recolhendo informação e tratando os dados). Os estudantes estarão em contato direto com os professores, e sua capacitação ocorrerá durante o processo de preparação do material didático, cujas dúvidas serão levadas aos professores e membros parceiros. Prevê-se reuniões mensais para planejamento das atividades e reuniões semanais para a montagem do material didático. Os estudantes ficarão responsáveis por: 1 – Fazer levantamento bibliográfico dos conteúdos a serem abordados. 2 – Preparar material didático. 3 – Contribuir na elaboração das aulas para as oficinas. 4 – Auxiliar os professores a ministrar as aulas nas oficinas. 5 – Preparar as avaliações da oficina. 6 – Participar das reuniões em grupo. 7 - Iniciar o tratamento estatístico dos dados coletados. Os alunos integrantes do projeto serão avaliados observando sua desenvoltura em cada uma das atividades atribuídas a eles, principalmente durante as reuniões e durante as oficinas que tiverem ministrando. Logo, esse projeto também tem como propósito complementar a formação dos discentes de graduação do BC&T e dos cursos terminais da UFVJM campus Janaúba. Além disso, busca-se promover a participação dos discentes no processo educacional regional, bem como ampliar sua participação nas atividades relativas ao ensino, pesquisa e extensão da UFVJM. Espera-se que a participação do discente contribua de maneira sólida para sua formação acadêmica-profissional.

Destaca-se a importância do desenvolvimento do projeto na região da Serra Geral, Minas gerais, considerando a vulnerabilidade social da população dessa região, que se apresenta com condições sociodemográficas, econômicas e de vida desfavoráveis. Além disso, poderá favorecer, nos discentes e docentes, pela implementação do projeto, o fortalecimento das suas práticas humanas e profissionais, engajando-os, de modo consciente, na realidade social regional. É importante destacar que o projeto integra ensino, pesquisa e extensão por se colocar como um meio estratégico para promover práticas integradas entre várias áreas do conhecimento. A multidisciplinaridade envolvida no projeto, ou seja, a possibilidade de troca de experiências com vários indivíduos, possibilita um trabalho capaz de valorizar o diálogo, a autonomia, a troca de experiências, com valorização do saber e do ser humano, inserindo a UFVJM na sociedade local.