A proposta visa executar aulas práticas com vistas a enxergar os micro-organismos, de forma virtual e presencial (utilizando todos os protocolos de segurança necessários), em escolas da rede pública de Diamantina, da região e parceiras do projeto. A proposta visa executar aulas práticas com vistas a enxergar os micro-organismos (Experimentando em casa) de forma virtual e quando possível presencial, bem como, demonstrar a possibilidade de realizar experiências simples e com materiais alternativos de baixo custo. Ademais, serão divulgados conteúdos científicos, relacionados aos cuidados e a prevenção do coronavírus (COVID-19), no instagram Florarte (Programa de Extensão e Cultura), bem como curiosidades e pesquisas sobre o mundo microbiano. Oficinas práticas serão realizadas em parceria com duas Escolas Municipais de forma presencial e quando necessário de forma virtual. Ressalta-se que a abordagem principal do projeto será a realização destas práticas virtuais via Google Meet e presenciais, mesmo na ausência de um laboratório disponível no ambiente escolar. O papel que cabe a UFVJM como extensionista, é ensinar que um laboratório poderá localizar-se na rua, no campo ou até mesmo em uma simples sala de aula. Neste contexto, visamos aproximar os discentes da UFVJM do campus de Diamantina/ MG, do mundo real das escolas públicas, buscando motivar os jovens estudantes a aprender e a pensar como jovens cientistas, realizando práticas simples e de baixo custo em microbiologia. Com isto, o tema microbiologia deixará de ser restrito às salas de aula do ensino superior ou a laboratórios de pesquisa e passará a ser um tema relacionado às questões básicas da cidadania. O Projeto será organizado em duas etapas: Ações Virtuais no Instagram e Oficinas virtuais e presenciais de Ensino nas escolas que consistirá na oferta de palestras e experiências feitas diretamente de casa, para os alunos de outro estado. As palestras e atividades práticas presenciais, terão 30-40 minutos expositivos. Serão realizados cinco encontros para cada turma, sendo que nestes encontros serão realizadas atividades práticas /virtuais. O projeto é continuação do projeto PIBEX anteriormente aprovado. Devido a pandemia nos anos de 2020 e 2021 foi executado totalmente de forma remota. Em 2023, esperamos retornar as ações parcialmente de forma presencial em duas escolas municipais no município de Curvelo e uma escola municipal quilombola de Diamantina.

Cientista; biotecnologia; ISTs; micro-organismos

A grande maioria dos alunos tem uma visão negativa sobre os micro-organismos ou não compreendem sua utilidade. Além disto, por ser um conteúdo ministrado dentro da biologia, a microbiologia é vista por parte dos alunos, como uma grande dificuldade de associar os conteúdos ministrados às vivências e aplicabilidade no seu dia a dia. Diariamente, percebe-se a deficiência dos nossos educandos do ensino fundamental e médio, em entender a importância e os benefícios dos micro-organismos no nosso dia a dia. Logo, demonstrar a presença destes seres invisíveis aos nossos olhos, a significância de estarem presentes em tudo o que fazemos e não somente quando ficamos doentes ou passamos mal, torna-se um grande desafio. Para tal, far-se-á necessário desmistificar essa concepção negativa, relacionada micro-organismos, que é frequente e persistente entre os alunos e a população em geral (Tortora, 2012). Muitas escolas públicas, não realizam aulas práticas, por não possuírem ambiente propício para a execução das mesmas e a grande maioria destes alunos, acreditam que a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) é uma realidade distante para eles. A Faculdade de Ciências Agrárias campus de Diamantina/ MG, possui três cursos e por isto, acreditamos que ao aproximarmos nosso grupo de discentes dos alunos das escolas públicas, será desencadeado um processo educativo de troca de vivências e de qualidade para as mesmas. Ademais, o projeto propiciará aos graduandos envolvidos, uma prática mais rica da realidade das nossas escolas, o que será fundamental para a sua formação enquanto profissional e pesquisador. Na educação básica, a Microbiologia faz parte do conteúdo de Ciências Biológicas em todos os níveis de ensino, estando desde a pré-escola até ao ensino médio. Atualmente, há destaque para abordagem do tema nos eixos temáticos “Vida e Ambiente”, “Ser Humano e Saúde” e “Tecnologia e Sociedade” (Brasil, 1998c). Porém, diversos conceitos em Microbiologia são abstratos e por isso são considerados de difícil aprendizagem na disciplina de Biologia. Desta maneira, as atividades experimentais, em sala de aula ou em laboratórios, têm sido consideradas como essenciais para a aprendizagem científica. Os micro-organismos são de grande importância no campo ambiental, saúde e engenharia genética, usadas na produção de adubos, limpeza de grandes desastres ecológicos, alimentos, medicamentos e como ferramenta de grande utilidade na produção de organismos geneticamente modificados. Como a falta de conexão entre a microbiologia e o cotidiano dificulta o aprendizado, buscar estratégias e tecnologias, que estimulem os estudantes para o conhecimento dos micro-organismos e sua relação com a sua vida cotidiana poderá despertar no aluno a conscientização da aplicabilidade no dia a dia (Kimura, 2013). Neste sentido, não resta dúvidas de que as aulas práticas são ferramentas importantes, na construção de conceitos científicos, já que possibilitam fixar a teoria e transpor preconceitos que os alunos carregam em sua trajetória acadêmica. Assim, fica evidente que não existe prática sem teoria e nem teoria sem prática. O ideal é uma atuação pedagógica bem contrabalançada, unindo teoria e prática na medida certa (Hensel, 2016; Zimmermann, 2005). Com o propósito de auxiliar o entendimento dos conteúdos relacionados à microbiologia, a proposta visa executar aulas práticas virtuais e presenciais (utilizando todas as normas de segurança), através de materiais simples, de fácil acesso e de forma mais aplicada no cotidiano do estudante. Ressalta- se que a abordagem principal do projeto será a realização das práticas mesmo na ausência de um laboratório disponível no ambiente escolar. Justamente neste ponto, que a Universidade deverá cumprir o seu papel e se encaixar. O dever e o papel que lhe cabe como extensionista, é ensinar que um laboratório poderá localizar-se na rua, no campo ou até mesmo em uma simples sala de aula. Pois, qualquer um dos locais citados anteriormente, permitem observações suficientes para coletar dados em uma experimentação científica, mesmo sendo de forma virtual ou diretamente da casa do educando!

A universidade pertence à comunidade e precisa ser acolhida como tal. No entanto, a educação superior no Brasil na maioria das vezes, prioriza o ensino e a pesquisa, sendo desvalorizada as atividades de extensão para a formação do profissional (Cazelli, 1999). A tendência tradicional no ensino nas universidades ainda se reflete em aulas expositivas, aplicadas nos espaços formais com intensa memorização de conteúdo, como destacam Cazelli et al (1999). A maioria das escolas públicas não dispõe de material e laboratórios para realização das aulas práticas de biologia. O volume de conteúdo e a carga horária das disciplinas, muitas vezes forçam o professor a ser um mero repetidor do conteúdo, deixando de lado a aplicação de práticas e o desenvolvimento de atividades lúdicas que auxiliam o aluno a pensar de forma científica. Porém, a compreensão da ciência como é apresentada nos dias de hoje, exige que os indivíduos detenham conhecimentos interdisciplinares, que não poderão ser construídos apenas sob a influência do ensino formal praticado nas salas de aula. As aulas, devem ser organizadas de modo a permitir que os alunos reflitam sobre suas ideias, tentem aplicá-las em situações específicas e avaliem os resultados de suas tentativas, o que é incompatível com a adoção exclusiva da aula expositiva (Barreiro et al, 2004). A Microbiologia é uma área da Biologia de grande importância, devido ao seu objeto de estudo: “os micro-organismos”. O ensino de Microbiologia nas escolas torna-se um grande desafio, pois buscar uma ferramenta eficaz, de baixo custo e que auxilie o professor em suas aulas, poderá estimular o docente a buscar aulas alternativas, aquelas expositivas utilizadas frequentemente no ensino público. Nas aulas experimentais, os alunos têm uma participação mais ativa e vivenciam o que é ministrado na teoria, compreendendo o funcionamento da ciência. Por outro lado, uma grande dificuldade que nós profissionais da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, pertencente ao campus de Diamantina enfrentamos, é divulgar para a população do Vale do Jequitinhonha, especialmente o jovem de baixa renda, a existência de uma Universidade federal pública e totalmente gratuita, dentro da sua cidade e região. Muitos desconhecem a existência desta IFES, outros acreditam que o sonho de entrar em uma universidade e realizar um curso superior, ainda é um sonho distante. Logo, o projeto de extensão “Microciência Itinerante e os Cientistas do futuro: oficinas para consolidação do conhecimento científico", vem de encontro levar à comunidade escolar Diamantinense e da região, um pouco do conhecimento adquirido dentro da Universidade, bem como, transmitir este conhecimento e divulgar a Universidade no meio estudantil. A MicroCiência quer inspirar profissionais da educação, a realizar experiências diretamente da sua casa se for necessário ou diretamente da sala de aula, pois é no quintal e na cozinha que dispomos dos mais variados reagentes. Logo, desafiamos educandos a realizar práticas incríveis na sua escola, gastando quase nada. Neste contexto, propomos uma metodologia de ensino de ciências simples, exequível, segura, virtual, cada um da sua casa (em uma primeira etapa), no qual, serão experiências de baixo custo e que leve em conta a participação dos alunos no processo de aprendizado. Esse projeto de extensão universitária, atenderá as diretrizes Forproex no que tange a: • Interação dialógica, incentivando a troca de saberes entre a universidade e uma escola municipal de Diamantina e uma estadual, mais especificamente entre professores, estudantes da UFVJM e estudantes e professores de do ensino fundamental e médio, visando atingir outros membros da sociedade. •Interdisciplinaridade, que será atingida com a preparação das aulas expositivas via Google Meet com experiências de baixo custo e relacionadas com o nosso cotidiano, bem como o interprofissionalismo, unindo profissionais como Biólogos, médicos, agrônomos, engenheiros florestais, graduados em ciências naturais e educadores. • Impacto na formação do estudante, será atingido através da ampliação do conhecimento dos estudantes da UFVJM através do contato com questões contemporâneas e relativas a Microbiologia, de forma a permitir a aquisição de saberes. O estudante ainda adquirirá experiência no ensino, através das oficinas virtuais para estudantes do ensino médio. • Impacto e transformação e interação social, o projeto é mais um mecanismo por meio no qual se estabelece a inter-relação da universidade e sociedade (escolas), a escola passando conhecimento a estudantes do ensino fundamental e médio e estes a outros membros da sociedade. Os estudantes terão a oportunidade de conhecer mais sobre o tema micro-organismos, seja do ponto de vista das ciências da saúde, ambiental ou agropecuária, bem como o político. No ano de 2020 e 2021, o projeto foi executado de forma remota e teve como público-alvo 180 estudantes do ensino médio (primeiro ano), de uma escola estadual do município de Sumaré - SP). Estes estudantes foram os multiplicadores para os demais colegas. Os encontros realizados através de reuniões via google meet e chamou a atenção de toda a escola que demostraram muita curiosidade pelas atividades. Os estudantes que realizaram diretamente as oficinas, demonstraram um alto interesse sobre os temas. O interesse pelo projeto foi demonstrado, quando parte dos estudantes da escola levaram o tema (na forma de desenhos gerados durante os encontros) e que foram publicados no instagram criado para divulgar ações relacionadas a este projeto e outros projetos pertencentes ao Programa Florarte. Em 2020 e 2021, devido a pandemia do Covid-19, outras ações deste projeto (SIGProj N°: 341070.1908.300778.01102019) (Inscrição Siexc: 2021010120210424067), aconteceram de forma virtual, através da divulgação de vídeos e posts em um Instagram FlorArte, criado para divulgar curiosidades a respeito do mundo dos micro-organismos. Atualmente a página Instagram FlorArte conta com mais de 11,3 mil seguidores. Os estudantes de graduação envolvidos no projeto demonstraram-se interessados e proativos na busca de informação sobre o tema ou no planejamento das atividades, bem como na confecção do material para as atividades propostas. Uma comparação entre o desenvolvimento do projeto e aquisição do conhecimento sobre o tema, em escolas públicas, municipais e particulares no município é bastante importante, e ainda se faz necessária, visto que o conhecimento deve ser igual para todas os estudantes da mesma faixa etária, independente da escola em que frequentam.

•Objetivo geral Desenvolver aulas práticas de microbiologia e oficinas virtuais (via Google Meet) em escolas da rede pública de Diamantina/ MG e do entorno e demonstrar a possibilidade de realizar práticas microbiológicas, através de experiências com materiais alternativos. Estimular abordagens investigativas, através de encontros virtuais (Google Meet) e presenciais com as escolas, a respeito das temáticas: "Produção, consumo, higienização e conservação de alimentos, Doenças infecciosas e o Meio ambiente". Objetivos Específicos 1. Realizar campanha de conscientização e prevenção do coronavírus (COVID-19), no instagram do Florarte, através de folder educativo; 2. Apresentar experiências simples e constituídas de materiais de baixo custo, de fácil operação e relacionadas a fenômenos do cotidiano dos alunos, bem como, a produção de alimentos utilizando micro-organismos, despertando nestes o interesse em estudar microbiologia (via Google Meet e forma presencial); 3. Impulsionar os estudantes a ingressarem em uma universidade pública, através da divulgação da UFVJM durante as oficinas virtuais na escola pública envolvida no projeto; 4. Despertar no jovem o interesse pela ciência e pesquisa, para que no futuro próximo ao ingressarem na Universidade, não apresentarem tanta repulsa a esta ciência, tão importante e presente na vida de todos; 5. Despertar nos jovens estudantes e técnicos da UFVJM, o gosto pela pesquisa científica e trabalhos de extensão universitária; 6. Despertar nos estudantes e técnicos da UFVJM, o gosto pelo ensino e pela transmissão de conhecimento adquirido na universidade; 7. Produzir quinzenalmente no instagram Florarte posts científicos contendo informações educativas acerca da Microbiologia, bem como relatos do projeto.

Com a efetiva execução do projeto de extensão universitária, que será desenvolvido por um grupo de acadêmicos da Faculdade de Ciências Agrárias e da Saúde / UFVJM no âmbito de escolas municipais e estaduais de Educação Básica da cidade de Diamantina/ MG (de forma virtual e possível presencial), buscar-se-á alcançar como impactos diretos, cada uma das seguintes metas como previsão de impacto direto: 1. Fixar da linha de pesquisa na FCA/UFVJM referente ao tema Micro-organismos e o seu benefício para a humanidade: Esse será o quarto ano de aplicação do projeto. No ano anterior foram formados grupos de estudos com professores, estudantes e técnicos. Para fixação da linha de pesquisa pretende-se criar uma rede de colaboradores relacionada ao tema no município de Diamantina; 2. Aproximar e estabelecer parcerias entre as escolas do Município de Diamantina e os professores, pesquisadores e estudantes das Universidades, em especial da UFVJM; 3. Envolver novos estudantes da graduação dos cursos de Ciências Agrárias, Saúde ou de Engenharia Florestal de forma a despertar o interesse da comunidade universitária da UFVJM para o tema Micro-organismos, bem como o da população de Diamantina; 4. Divulgar os estudos da FCA- UFVJM: intencionamos mostrar para a população de Diamantina que a UFVJM desenvolve trabalhos e é capaz de interagir com as escolas, trazendo benefícios ao município de Diamantina; Metas Técnicas e socioambientais • Ensinar experiências simples e constituídas de materiais de baixo custo, de fácil operação, reaproveitáveis relacionadas a fenômenos do cotidiano dos alunos, bem como, a produção de alimentos utilizando micro-organismos (ações remotas e virtuais); • Despertar nestes o interesse em estudar microbiologia e como utilizá-la em benefício dos seres humanos; • Elaborar uma apostila informativa e com sugestões de atividades experimentais, como material de apoio, que será enviada para o email dos alunos participantes; • Despertar nos alunos o espírito empreendedor pela utilização de micro-organismos na produção de alimentos; • Debater e incentivar caminhos para a prática de estudos fora do ambiente de aula presencial, utilizando ferramentas do ensino a distância, buscando assim promover a utilização dos recursos virtuais como ferramenta complementar ao estudo (jogos educativos digitais online, chat, Instagram, Canal do youtube etc); • Estimular os estudantes a ingressarem em uma universidade pública, através da divulgação da UFVJM, e que, futuramente possam ingressar como discentes na UFVJM; • Atingir aproximadamente trezentos alunos em cada escola participante do projeto. Como impacto indireto, pretende-se realizar atividades gerais no Instagram FlorArte que disponibilizarão para a comunidade as atividades desenvolvidas, através de exposições científicas virtuais, feiras de ciência nas escolas e através de exposições científicas em eventos abertos ao público.

A extensão será desenvolvida com estudantes matriculados no ensino fundamental, pertencente à Escola Municipal do Algodoeiro em Diamantina – MG, e uma segunda escola ou terceira poderão participar através de inscrições que serão abertas e divulgadas no instagram @florarteufvjm. Nestas duas últimas escolas as ações serão realizadas totalmente de forma virtual. Diante da emergente situação de saúde pública imposta pela pandemia do novo SARS-COV-2 e, devido às medidas de restrição e distanciamento social tomadas pela instituição visando reduzir a sua propagação, tornou-se necessária a adaptação das atividades presenciais do projeto para a modalidade remota/online e manteremos desta forma, pois teve um amplo acesso. A nova proposta tem como objetivo ofertar conteúdos teóricos e práticos referentes à microbiologia e temáticas associadas. O conteúdo será disponibilizado na forma de vídeos curtos e roteiros práticos, elaborados pelo discente bolsista, e serão ofertados aos professores e alunos da escola parceira do projeto. Na escola em Diamantina, as atividades serão desenvolvidas de forma presencial, com todas as medidas de segurança. A seguir, seguem de forma sucinta, algumas das práticas que serão desenvolvidas durante a execução da proposta na escola estadual e municipal. • Oficina “Dedo sujo x Dedo limpo”: Essa oficina tem como objetivo testar a eficácia de desinfetantes e outros produtos que prometem eliminar os micro-organismos (álcool e detergente, por exemplo). Para a realização dessa oficina, será gravado um vídeo em laboratório contendo: 1- passo a passo para a execução da atividade; 2- explicação teórica sobre os resultados observados no experimento; 3-dicas de materiais de baixo custo para que os estudantes possam replicar o experimento em casa. Metodologia: Gravação de vídeo e confecção de roteiro de atividade prática. • Oficina “Estragando o Mingau” - Demonstração da presença de micro-organismos no ambiente: Essa oficina possui como objetivo demonstrar que os micro-organismos são seres ubíquos e, embora uma grande parcela seja inócua e até benéfica para o ser humano, alguns podem causar danos ao contaminar alimentos e bebidas, por exemplo. Dentro desse contexto, a oficina também possui o objetivo de ensinar que o acondicionamento adequado dos alimentos é necessário para evitar sua contaminação por micro-organismos patogênicos. Para a execução dessa prática, o discente bolsista gravará um vídeo demonstrando os passos para a execução do experimento, além de disponibilizar um roteiro para que os alunos possam fazer a prática em casa. Metodologia: Gravação de vídeo e divulgação de roteiro de atividade prática. • Oficina Pasta de dente de elefante com levedura, nesta atividade, os alunos receberão um balão de borracha (bexiga de aniversário) e um frasco (garrafa pet de 200 ml) com reagentes (fermento biológico e água oxigenada). Ao misturar esses dois reagentes no interior da garrafinha, haverá uma reação que liberará oxigênio, enchendo o balão. O objetivo deste experimento é demonstrar a presença da catalase, uma enzima presente na maioria dos micro-organismos e que é responsável por fazer a degradação de peróxido de hidrogênio em H2O e O2. Para a sua execução, será gravado um vídeo contendo a explicação teórica sobre o assunto, os passos para realização do experimento e a indicação de materiais de baixo custo para que os estudantes possam replicar o experimento em casa. Também será disponibilizado um roteiro de atividade prática. Metodologia: Gravação de vídeo e divulgação de roteiro de atividade prática. •Oficina Solo Vivo: nesta oficina os alunos receberão diferentes amostras de solo, uma oriunda de solo degradado e outra oriunda de solo agricultável, rico e observarão a microfauna e microbiota edáficas. A partir desta observação, os grupos discutirão a importância de cada um desses grupos de organismos na cadeia alimentar e a importância da vegetação para manutenção da qualidade dos solos e manutenção da vida nas florestas, bem como serão incentivados sobre a importância da compostagem caseira. • Oficina "IST's (Infecções Sexualmente Transmissíveis) elas estão de volta!”: Era para ser uma página virada na história da saúde pública mundial, mas um novo capítulo está sendo escrito com dados alarmantes. A explosão de casos de gonorreia, sífilis, clamídia e diversas outras ISTs reforça a necessidade de intensificar as campanhas que orientam sobre aprevenção de ISTs. Nesse contexto, será elaborado um vídeo educativo sobre as principais ISTs, evidenciando seu agente etiológico, formas de transmissão, sintomatologia, tratamentos e, sobretudo, as formas de prevenção. Para a melhor compreensão dos temas, serão disponibilizados mapas mentais sobre as principais ISTs abordadas no vídeo. Por fim, será realizado um questionário em uma plataforma online visando testar e fixar o conhecimento dos alunos sobre o tema. Metodologia: Gravação de vídeo, confecção de material teórico (mapas mentais) e elaboração de questionário. • Ao longo de todo o ano letivo serão divulgados, quinzenalmente, no instagram FlorArte (rede social de divulgação do projeto) temas relacionados à microbiologia, tais como: curiosidades, inovações científicas na área, instrumentos utilizados no laboratório de microbiologia, orientações sobre COVID-19, dentre outros temas associados. • A cada 30 dias serão realizadas reuniões entre o discente bolsista e a coordenadora do projeto. A extensão será desenvolvida com estudantes matriculados no ensino fundamental pertencente à Escola Municipal do Algodoeiro em Diamantina – MG (de forma presencial) e em outras duas escolas localizadas no município de Curvelo: Escola Municipal Getúlio Diniz do Vale e Escola Municipal Filomena de oliveira leite. Inicialmente serão agendadas e realizadas reuniões com os (as) professores (as) da disciplina de ciências e biologia. É importante destacar, que estas conversas fazem parte da questão ética, envolvendo a relação do professor do ensino médio juntamente com o projeto a ser executado. A entrevista será estruturada e realizada, a partir de conversas informais com professores, diretores e alunos. As conversas preliminares, terão a função situar o docente sobre a importância da realização das aulas práticas e do convívio com os graduandos da UFVJM, juntamente com os discentes da escola. Durante as ações via Google Meet e / ou presenciais, a serem desenvolvidas, buscar-se-á obter um impacto relevante, direto e indireto, envolvendo as comunidades internas (discentes e docentes) e externas, de modo interdisciplinar. Avaliação Pelo Público: A participação da comunidade externa/população atendida na etapa de desenvolvimento, realizará a avaliação através de observação e da discussão dos resultados parciais e totais obtidos durante os últimos encontros virtuais. Pela Equipe: A avaliação da intervenção na escola será realizada continuamente por meio dos desenhos/textos elaborados ao longo dos encontros, bem como através da participação e desempenho dos estudantes nas atividades práticas assíncronas. Com relação à produção dos desenhos, sabe-se que a elaboração destes auxilia a criança na expressão de sua visão de mundo e suas opiniões. E, por ser um tipo de linguagem, que, principalmente nas crianças, envolve percepção, dedicação e concentração, mais que nos adultos, atribui significação ao seu pensamento.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais: ensino de quinta a oitava séries. Brasília, 1998c. BARREIRO, I. M. F.; GEBRAN, R.A. Prática de ensino e estágio supervisionado na formação de professores. São Paulo: Avercamp, 2006. BONZANINI, T.K.;BASTOS, F. Avanços científicos recentes como temas para o ensino de Biologia na Escola Média. In: NARDI, R.; BASTOS, F.; DINIZ, F. (Orgs.). Pesquisas em e ensino de Ciências: contribuições para a formação de Professores: Educação para Ciências, 5a edição; p. 79-93. São Paulo : Escrituras Editora, 2004. CASSANTI, A. C.; ARAÚJO, E. E.; URSI, S. Microbiologia democrática: estratégias ensino-aprendizagem e formação de professores. Colégio Dante Alighieri. São Paulo: 2007. CAZELLI, S. Aprendizagem compartilhada em museus interativos de ciência. Cadernos de Memória: Museu em transformação. Rio de Janeiro, n.4, ano 6, p.128-132, 1998. GENTILE, P. Como ensinar microbiologia, com ou sem laboratório. Nova escola, 2005. Visualizado em: https://novaescola.org.br/conteudo/385/como-ensinar-microbiologia. HENSEL, C. F. MICRORGANISMOS EM NOSSA VIDA: UMA ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ensino de Ciências – Mestrado Profissional da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 158p, 2016. TORTORA, G. J. ; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 10 ed., Porto Alegre: Artmed, 2012. ZIMMERMANN, L. A importância dos laboratórios de ciências para alunos da terceira série do ensino fundamental. – Porto Alegre: PUCRS. Dissertação (mestrado), 141p, 2004

É na extensão que os universitários das mais diferentes áreas, ampliarão o entendimento e fundamentarão os conceitos e teorias aprendidos nas atividades de ensino, consolidando e complementando o aprendizado com a aplicação prática. Daí, um dos grandes méritos da extensão: permitir a efetivação do aprendizado pela aplicação, efetivando consolidando a relação teoria prática, além de proporcionar a oportunidade de interação com profissionais e/ou estudantes de outras áreas do conhecimento, estimulando a prática do diálogo interdisciplinar. A proposta apresentada visa a absorção temporária de um(a) jovem estudante da UFVJM, do campus de Diamantina-MG, para atuar em um projeto de extensão Pibex, no qual, busca aproximar a Universidade da escola pública, bem como, associar a resolução de um problema de magnitude prática, vivenciado por todas as escolas sejam elas públicas ou privadas: “o desinteresse dos alunos pelo conteúdo teórico das Ciências Naturais”. O estudante selecionado será capacitado e acompanhado pela docente responsável pelo projeto, através de reuniões quinzenais virtuais e por profissionais das respectivas áreas do conhecimento quando for necessário. O discente bolsista,terá a oportunidade de entrar em contato com outros grupos de pesquisa que desenvolvem trabalhos com Microbiologia e seus respectivos projetos, fazendo assim uma rede de contato para futuros estudos ou pesquisas. O projeto ainda proporcionará, uma grande oportunidade de trabalhar e melhor conhecer as escolas da cidade de Diamantina e de outros locais e mesmo de forma virtual será uma grande experiência. O (a) discente bolsista do Pibex, juntamente com a docente responsável, elaborará o material didático a ser disponibilizado para os alunos do ensino médio. Além disto, será responsável pela orientação do desenvolvimento das aulas práticas virtuais. A docente responsável, estará com o estudante em todos os encontros remotos e presenciais, e a avaliação será por meio da participação dos alunos e do interesse dos mesmos, durante a execução das práticas virtuais e presenciais. A experiência tem demonstrado que o verdadeiro aprendizado acontece de fato com o relacionamento da teoria com a prática, ou seja, além de estudar, ver e fazer. O aluno extensionista participará de todas as reuniões de grupo de estudos, colaborará na preparação das palestras e material didático e também participará ministrando oficinas nas escolas. Os membros da equipe serão avaliados mensalmente de acordo com conhecimento adquirido ao longo do projeto, bem como frequência nas reuniões virtuais, proatividade, criatividade, entre outros aspectos relevantes. A execução deste projeto de extensão dará ao acadêmico, a oportunidade de identificar e elaborar solução dos principais problemas presentes na falta de estímulos nas aulas. Para tal, os esforços serão concentrados visando o êxito nas seguintes áreas de atuação: auxiliar os docentes de Ciências e de Biologia a dinamizar as suas aulas e permitindo aos acadêmicos interagir com outros profissionais e adquirir conhecimentos extramuros. A interação dos acadêmicos com o ambiente das escolas públicas do município de Diamantina-MG e em outras localidades, trarão benefícios para ambos os lados, pois funcionará como uma via de mão dupla, na qual a universidade levará conhecimentos e assistência à comunidade estudantil, e em contrapartida receberá dela os influxos positivos como: suas reais necessidades e seus anseios. O projeto ainda viabilizará a mobilidade acadêmica e intercâmbio interinstitucional e promoverá a vivência nas áreas humanística, científica e tecnológica; e ainda estimulará continuamente a iniciativa individual, a capacidade de pensamento crítico, a autonomia intelectual, o espírito inventivo e inovador do aluno. Os estudantes envolvidos no projeto terão a oportunidade de trabalhar a interdisciplinaridade de diversas áreas do conhecimento e como palestrantes nas escolas revisarão permanentemente as práticas educativas, tendo em vista o caráter dinâmico e interdisciplinar da produção de conhecimentos.

O projeto é continuação do projeto PIBEX anteriormente aprovado e no ano de 2020 e 2021 ele foi executado de forma remota e teve como público-alvo 180 estudantes do ensino médio (primeiro ano e segundo ano), de uma escola estadual do município de Sumaré - SP. O projeto faz parte do Programa de extensão FlorArte. Este programa de extensão, atingiu direta e indiretamente, aproximadamente um público 11,3 mil pessoas, através do instagram utilizado para divulgar ações dos projetos pertencentes ao FlorArte.