Detalhes da proposta

Ginasticando na maturidade

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    priscila regina lopes

    Número de inscrição:

    2023101202335124

    Unidade de lotação:

    departamento de educação física

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências da saúde

    Área temática principal:

    saúde

    Área temática secundária:

    cultura

    Linha de extensão:

    esporte e lazer

    Abrangência:

    municipal

    Gera propriedade intelectual:

    Sim

Membros

claudia mara niquini Vice-coordenador(a)

sandra regina garijo de oliveira Voluntário(a)

giovana vitoria otoni batista Bolsista

andressa caroline de moura martins Voluntário(a)

Resumo

O projeto de extensão “Ginasticando na maturidade” apresenta como proposta desenvolver a prática da Ginástica para Todos (GPT) para pessoas em processo de envelhecimento. O objetivo principal é contribuir para o envelhecimento ativo da comunidade diamantinense a partir dos 50 anos de idade, homens e mulheres, por meio da prática gímnica, promovendo atividades corporais (ginástica, dança, lutas, jogos, etc.) que estimulem a autonomia e independência dos sujeitos. Pretendemos atender 30 idosos nas dependências do laboratório de Ginástica da UFVJM.


Palavras-chave

Ginástica para Todos, Terceira idade, Envelhecimento ativo.


Introdução

O Brasil vivencia um crescimento do envelhecimento populacional em larga escala, 13% dos indivíduos se enquadravam como idosos em 2018, percentual que tende a dobrar nas próximas décadas (PERISSÉ; MARLÍ, 2019). Idosos são pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 2013a), mas é preciso refletir sobre o processo de envelhecimento a partir da faixa etária dos 40 anos, quando surgem os primeiros indícios de declínio das funções orgânicas com possíveis consequências para uma ou mais dimensões da vida – relacionais, comunicacionais, emocionais, de mobilidade, econômicas, culturais, fisiológicas – (MARTINS, 2016). É necessário um olhar atento para que a experiência de envelhecer seja positiva (OMS, 2005). Em substituição do conceito de envelhecimento saudável que indicava o estar bem fisicamente como a única necessidade do idoso (FORNER; ALVES, 2019), a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta o envelhecimento ativo – “processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas” (OMS, 2005, p. 13). Ações direcionadas para o público idoso devem considerar determinantes multifatoriais do envelhecimento ativo: sistemas de saúde e serviço social (promoção da saúde, prevenção de doenças, serviços curativos, assistência em longo prazo, serviços de saúde mental); comportamentais (tabagismo, atividade física, alimentação saudável, saúde oral, uso de álcool, de medicamentos); aspectos pessoais (biologia, genética, aspectos psicológicos); ambiente físico (moradia, quedas, qualidade da água, do ar e dos alimentos); ambiente social (apoio social, violência, maus tratos, educação, alfabetização); econômicos (renda, proteção social, trabalho) (OMS, 2005). Dentre as possibilidades que atendam tais diretrizes, Lopes et al. (2020) sugerem projetos que associem práticas corporais e aspectos socializadores. A prática regular de atividade física pode retardar declínios funcionais e diminuir o surgimento de doenças crônicas, enquanto a promoção de redes de contato sociais pode minimizar a solidão e o isolamento social, fatores comuns que influenciam a diminuição da saúde do idoso (OMS, 2005; 2015). Práticas que olhem para além das patologias do organismo humano, considerando o idoso como um ser social e emocional envolvido em um contexto próprio, pode ser uma estratégia enriquecedora (MORENO; WINIAWER; TSUKAMOTO, 2020). Sendo assim, propomos o projeto “Ginasticando na maturidade”, o qual pretende desenvolver a prática da Ginástica para Todos (GPT) para a comunidade diamantinense em processo de envelhecimento. A GPT é uma ginástica que possibilita aos praticantes trabalharem com a simplicidade de movimentos, favorecendo a inclusão e a participação irrestrita (AYOUB, 2003). Não se preocupa com a qualidade técnica, colocando o prazer pela prática, o sentimento de pertencimento a um grupo, a vivência de valores humanos, a socialização, o contato com outras culturas e povos como elementos centrais nessa prática (FIORIN-FUGLSANG; PAOLIELLO, 2008). Envolve a elaboração de coreografias criadas pelos próprios praticantes, incentivando a participação ativa de todos, de forma que cada sujeito criador compartilhe seus saberes e desejos por meio de uma relação horizontal (todos possuem vozes e todos precisam ouvir). As apresentações acontecem em aula ou eventos externos, o que possibilita comunicar os saberes corporais construídos pelo coletivo a toda comunidade a qual pertencem (AYOUB, 2003; LOPES, 2020).


Justificativa

A Federação Internacional de Ginástica (FIG), órgão que regulamenta a modalidade em nível mundial, compreende a GPT na esfera do lazer. Sugere-se que sejam considerados quatro princípios para o seu desenvolvimento: os movimentos básicos que são comuns a todas as práticas gímnicas, o condicionamento físico, a diversão e a interação entre os praticantes potencializando o relacionamento social (FIG, 2019). Sua base é o movimento gímnico: todos os movimentos com ou sem a utilização de aparelhos/equipamentos, característicos dos diferentes tipos de ginásticas. No entanto, elementos de outras manifestações podem ser incorporados na prática, tais como os da cultura corporal (jogos, esportes, lutas, etc.), artística (dança, teatro, artes plásticas, etc.) e popular (contos, festas, costumes, etc.). O diálogo entre a ginástica e as demais manifestações presentes nas relações humanas é proporcionado a partir das características e desejos do grupo social que pratica a GPT, ressaltando a identidade do coletivo e dando um novo significado aos elementos culturais utilizados (TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016), além de possibilitar a interdisciplinaridade no decorrer do desenvolvimento da prática. As características da GPT ampliam os sentidos e significados atribuídos às atividades de lazer, aproximando-as de uma perspectiva crítica e criativa com potencial de alcançar outras esferas da vida para além do entretenimento (SILVA, 2015). A partir de uma escolha consciente (e não imposta), a participação numa prática gímnica criativa (e não somente reprodutiva) que envolve elementos de diferentes práticas corporais, pode promover o conhecimento do próprio corpo e o incentivo à autonomia (OLIVEIRA, 2007). Tal perspectiva vai ao encontro das orientações sobre a implementação de ações de promoção da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) que sugerem que práticas corporais sejam inseridas como ações prioritárias na saúde coletiva no intuito de melhorar a qualidade de vida da população, o que inclui o público em processo de envelhecimento. Indicam ainda que tais atividades devem ser desenvolvidas de forma coletiva, a partir da criação de grupos de pessoas, e abordar a diversidade de manifestações da cultura corporal (jogos, danças, esportes, lutas, ginásticas, etc.). (BONFIM et al., 2020). O estudo de Silva (2020) aponta o desenvolvimento de projetos de GPT para o público em processo de envelhecimento em instituições renomadas no Brasil, tais como a Centro Educacional Unificado Alvarenga – São Paulo/SP, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Prefeitura Municipal de Araraquara – São Paulo/SP, Serviço Social do Comércio – SESC/SP (diversas unidades), Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual de Goiás e a UFVJM. Tais experiências foram analisadas em pesquisas, as quais apontam aspectos que fomentam, sobremaneira, uma melhor experiência na velhice como, por exemplo, o aumento da socialização, a constituições de novas amizades, a melhora no relacionamento familiar, a sensação de pertencimento a um grupo, o estímulo à diversão, ao bom humor, ao autocuidado, à autonomia, etc. (BONFIM et al., 2020; LIMA; NASCIMENTO; LEMOS, 2018; LOPES et al., 2020; LOPES; SANTOS, 2021; MORENO; TSUKAMOTO, 2018; SILVA, 2020; SIMÕES; CARBINATTO, 2016). Destacamos as publicações sobre o projeto de extensão “Ginasticando na melhor idade” da UFVJM, desenvolvido durante o ano de 2019, as quais analisaram os aspectos inter-relacionais mais evidenciados pelos participantes, sendo a colaboração, o compartilhamento de conhecimentos, a ludicidade, a possibilidade de fazer novas amizades, a comunicação, o carinho, a desinibição e o cuidado citados pelos extensionistas como elementos socializadores importantes presentes na relação entre os colegas e monitores do projeto (LOPES et al., 2020). Em outra publicação que almejou descrever a sistematização do projeto a partir dos documentos produzidos durante a ação (relatórios de planejamento e avaliação; plano de trabalho; planos de aula; acervo de imagens; etc.), as autoras consideraram que a prática de GPT foi adaptada ao público atendido, uma vez que respeitaram a idade biológica, a história de vida e os desejos dos praticantes, possibilitando, para além do desenvolvimento promissor das capacidades físico-motoras, vivências significativas para todos os envolvidos no projeto – participantes, coordenadores e monitores (LOPES; SANTOS, 2021). Em 2022, as atividades foram retomadas vinculadas como subprojeto do projeto “Melhor Idade” (202103000211) e estão em andamento no momento da submissão para esse edital.


Objetivos

O projeto de extensão “Ginasticando na maturidade” tem como objetivo principal contribuir para o envelhecimento ativo da comunidade diamantinense acima dos 50 anos de idade por meio da prática da GPT, promovendo atividades que estimulem a autonomia e independência dos sujeitos. Como objetivos específicos, pretendemos: -Desenvolver aulas-encontro semanais para a prática de GPT; -Mediar a produção de composições coreográficas originais a partir dos saberes que os extensionistas trazem para a prática da GPT; -Apresentar as coreografias em diferentes eventos científicos e culturais, locais e em outras regiões do país, a partir das oportunidades no decorrer da vigência do projeto; -Divulgar a GPT como uma possibilidade de prática corporal para pessoas em processo de envelhecimento; -Contribuir para a formação continuada de docentes e discentes da UFVJM para atuarem em atividades com pessoas em processo de envelhecimento; -Divulgar pesquisas produzidas pela equipe executora nos campos de conhecimento envolvidos no projeto.


Metas

-Atender 30 extensionistas a partir dos 50 anos de idade; -Desenvolver 80 aulas-encontro (com periodicidade semanal ao longo do ano) para a prática de GPT;
 -Produzir duas composições coreográficas originais; -Apresentar composições coreográficas na Semana de Educação Física da UFVJM, na SINTEGRA da UFVJM, no Congresso Nacional de GPT e em diferentes eventos científicos e culturais, a partir das demandas no decorrer da vigência do projeto; -Promover a participação em oficinas, vivências e visitas técnicas em locais que desenvolvem atividades no campo da cultura corporal, artística e popular;

 -Aprimorar o conhecimento pedagógico e filosófico da equipe executora do projeto em relação ao desenvolvimento da GPT para o público em processo de envelhecimento; -Produzir pelo menos duas pesquisas relacionadas ao projeto; -Participar de eventos científicos e culturais para apresentar as pesquisas produzidas durante o projeto.; -Realizar parcerias com outros projetos de extensão da UFVJM e de outras universidades brasileiras;
 -Realizar parcerias com instituições e profissionais que desenvolvem atividades no campo da cultura corporal, artística e popular na região de abrangência da UFVJM; -Promover ações de extensão relacionadas ao projeto para a comunidade em geral (cursos de curta duração, oficinas, palestras, apresentação de coreografia, etc.).


Metodologia

O projeto “Ginasticando na maturidade” compreenderá o desenvolvimento de aulas-encontros semanais. O planejamento das aulas-encontros ocorrerá em reuniões semanais, na qual discentes bolsistas e voluntários realizarão estudos sobre temáticas relacionadas ao projeto em conjunto com a docente coordenadora e colaboradores do projeto. Também será realizada avaliação processual com o intuído de verificar se os objetivos estabelecidos para cada aula-encontro estarão sendo atingidos no decorrer do projeto. Antes de iniciar o projeto, a equipe de planejamento (coordenadora e monitores) passará por uma oficina de formação sobre a GPT para pessoas em processo de envelhecimento, na qual serão abordados temas essenciais para o desenvolvimento das ações com a participação de estudantes e professores que atuaram nos projetos realizados na UFVJM em 2019 e 2021. Os conteúdos abordados nas aulas-encontro serão determinados de acordo com os interesses e desejos dos extensionistas, respeitando as potencialidades e limitações individuais de cada um. No início do projeto, aplicaremos um questionário com o objetivo de diagnosticar as condições de saúde dos participantes por meio do Questionário de Prontidão para Atividade Física – PAR-Q (FRANÇA et al., 2020), e outro instrumento, especialmente elaborado pela equipe de planejamento, com o intuito de verificar quais são os conhecimentos prévios dos sujeitos sobre as práticas corporais, identificando seus gostos e predileções. Os extensionistas poderão indicar profissionais de diferentes áreas do conhecimento para ministrarem atividades no projeto, possibilitando a interdisciplinaridade na ação, ou ainda, se disponibilizarem para exercer esta função em algum momento, caso haja interesse, possibilitando o compartilhamento entre os saberes científicos e populares (FORPROEX, 2012). Para organização da estrutura das aulas-encontro, partiremos dos quatro princípios básicos da GPT indicados pela FIG (FIG, 2019) e os 11 fundamentos da GPT propostos por Toledo, Tsukamoto e Carbinatto (2016). As aulas-encontro ocorrerão, essencialmente, no Laboratório de Ginástica da UFVJM e serão dividas em cinco momentos. No 1o momento, logo na chegada dos extensionistas, os monitores iniciarão procedimentos preventivos, tais como a realização de perguntas sobre o bem-estar das pessoas, aferição de pressão e orientações sobre cuidados no espaço das atividades. Esse primeiro contato também será destinado a troca de carinhos entre todos os envolvidos, momento tanto para cumprimentos com abraços quanto para diálogos sobre o cotidiano, alguma recordação, dentre outros inúmeros aspectos que auxiliam na introdução de um ambiente afetivo propício para o desenvolvimento das ações de acordo com os fundamentos da GPT. Após os primeiros cuidados, nos reuniremos no tablado disposto no centro do Laboratório para uma roda de conversa com o propósito principal de informar sobre as atividades que foram planejadas para a aula-encontro. Ao compreenderam o conteúdo que será trabalhado, os participantes terão a oportunidade de se expressarem relatando se já sabem algo sobre o tema, se gostariam de acrescentar alguma sugestão, tirar alguma dúvida ou emitir qualquer opinião. Também serão pontuados os cuidados que deverão ser tomados para garantir a segurança dos participantes em relação aos equipamentos dispostos no espaço. No 2o momento, faremos as atividades voltadas para a preparação corporal com o intuito de melhorar a aptidão física dos participantes, tais como exercícios de aquecimento, alongamento, equilíbrio, coordenação, etc. Essa etapa é de suma importância na prática gímnica, pois um físico bem preparado contribui para que os movimentos sejam aprendidos de forma mais segura e eficiente, dando condições para evoluir mais facilmente na execução de elementos simples para os mais complexos (FIG, 2019). As atividades serão planejadas de forma que os participantes possam se divertir, criar e interagir uns com os outros ao mesmo tempo realizam a preparação corporal (FIG, 2019; TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). O conteúdo principal será desenvolvido no 3o momento, o qual compreenderá o ensino-aprendizagem de um ou mais movimentos gímnicos (saltos, rotações, manejo de materiais, etc.), experimentações corporais nos equipamentos disponíveis no espaço (trave de equilíbrio, barra, trampolins, etc.), vivência de diferentes práticas corporais, artísticas e culturais (dança, lutas, capoeira, circo, etc.), inclusive aquelas ministradas por convidados externos e participantes do projeto. O planejamento das atividades buscará incorporar, primeiramente, a exploração dos conteúdos de forma livre, estimulando os participantes à descobrirem sozinhos as diversas possibilidades de se movimentar, e, posteriormente, de forma dirigida, a partir de dicas e orientações específicas de acordo com as necessidades do grupo. Tais estratégias têm como intenção estimular a autonomia e a criatividade dos praticantes de GPT, potencializando a formação integral dos sujeitos (AYOUB, 2003; TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). Em todas as aulas-encontro será reservado um momento para a criação de pequenas composições coreográficas no 4o momento. Os participantes serão separados em pequenos grupos e deverão criar uma sequência de movimentos a partir dos conteúdos aprendidos até o momento, com acompanhamento musical e alguns requisitos, tais como a utilização de algum material ou a representação de alguma temática, por exemplo. O intuito será exercitar a criatividade, a cooperação e a disponibilidade para o debate de forma harmoniosa e respeitosa, a socialização, dentre outros aspectos que podem contribuir para desenvolver uma das metas propostas para o final do projeto: construir uma composição coreográfica original a partir dos princípios da GPT (AYOUB, 2003; LOPES, 2020; TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). Por fim, no 5o momento, serão realizadas atividades de relaxamento, tais como exercícios de alongamento, respiratórios, automassagem, etc., com o objetivo de estabelecer a volta à calma. Em seguida, faremos uma roda para conversar sobre o que foi desenvolvido na aula-encontro, fazendo uma avaliação daquilo que foi positivo, negativo, as dificuldades encontradas, sugestões para as próximas atividades, etc. A estrutura da aula poderá ser modificada de acordo com as condições físicas dos participantes, respeitando as características do grupo e individualidades de cada um. Utilizaremos todos os materiais disponíveis no Laboratório de Ginástica da UFVJM para a realização das atividades programadas para cada encontro. Vale ressaltar que a GPT incentiva a confecção de materiais pelos próprios praticantes para que sejam utilizados durante as atividades, estimulando a autonomia e criatividade dos sujeitos, além de valorizar a reutilização de materiais recicláveis propiciando o desenvolvimento atitudes conscientes sobre o mundo.


Referências Bibliográficas

AYOUB, E. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas, SP: UNICAMP, 2003. BONFIM, M. R. et al. A ginástica para todos como uma possibilidade de prática corporal no Sistema Único de Saúde. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, n. 1, 2020. BRASIL, Ministério da Saúde. Glossário temático: promoção da saúde. 2013b. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_tematico_promocao_saude.pdf> Acesso em: setembro 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso. 3. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. FIG – FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE GINÁSTICA. Gymnastics for All Regulations Manual: 2019 Edition. Disponível em: <https://www.gymnastics.sport/site/rules/#6>. Acesso em: Setembro de 2021. FIORIN-FUGLSANG, C. M.; PAOLIELLO, E.. Possíveis relações entre Ginástica Geral e o lazer. In: PAOLIELLO, E. (org.). Ginástica Geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte, p. 97-120, 2008. FLEURY, L. Estratégias para o envelhecimento ativo: promovendo saúde, prevenindo doenças. Revista Aptare, 2019. FORNER, F. C.; ALVES, C. F. Uma revisão de literatura sobre os fatores que contribuem para o envelhecimento ativo na atualidade. Revista Universo Psi, v. 1, n. 1, 2019. FORPROEX – Fórum de Pró-reitores das Universidades Públicas Brasileiras. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus, 2012. FRANÇA, E. F. et al. Triagem de saúde para participação nos programas de exercício físico pós-pandemia de COVID-19: uma ação necessária e emergente ao profissional de educação física. InterAmerican Journal Medicine and Health, v. 3, n. especial, 2020. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Projeção da População. 2018. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9109-projecao-da-%20populacao.html?=&t=resultados >. Acesso em: setembro 2020. LIMA, G. J. C.; NASCIMENTO, M. M.; LEMOS, N. B. A. G. Ginástica para todos na terceira idade: o uso de materiais alternativos como forma de intervenção. Revista de extensão da UNIVASF, v. 6, n. 1, 2018. LOPES, P. “A gente abre a mente de uma forma extraordinária”: potencialidades da pedagogia freiriana no desenvolvimento da Ginástica Para Todos. 2020. 286f. Tese (Doutorado em Educação Física). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. LOPES, P. et al. Aspectos socializadores evidenciados por praticantes de Ginástica Para Todos em processo de envelhecimento. Corpoconsciência, Cuiabá, v.24, n.3, 2020. LOPES, P.; SANTOS, L. M. G. “Ginasticando na melhor idade”: experiências da ginástica para todos em um projeto de extensão universitária. Licere, Belo Horizonte, v.24, n.1, mar/2021. MARTINS, J. R. Processo de envelhecimento da fase adulta-idosa: políticas públicas, redes de apoio e demandas de cuidados. 2016. 162f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, 2016. MORENO, N. L; WINIAWER, P. R. P.; TSUKAMOTO, M. H. C. A prática do kendō como uma possibilidade de promoção do envelhecimento ativo. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, n. 3, 2020. MORENO, N. L.; TSUKAMOTO, M. H. C. Influências da prática da ginástica para todos para a saúde na velhice: percepções dos praticantes. Conexões, v. 16, n. 4, 2018. OLIVEIRA, N. R. C. Ginástica Para Todos: perspectiva no contexto do lazer. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, v.6, n.1, 2007. OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. Genebra, Suiça: OMS, 2015. PERISSÉ, C.; MARLÍ, M. Caminhos para uma melhor idade. Retratos: a revista do IBGE, n. 16, 2019. SBORQUIA, S. Construção coreográfica: o processo criativo e o saber estético. In: PAOLIELLO, E. (org.). Ginástica Geral: experiências e reflexões. São Paulo: Phorte, 2008. SILVA, D. A. M. Quando o lazer encontra a Ginástica Geral: provocando espaços dialógicos de formação e participação cultural. Conexões, Campinas, v.13, 2015. SILVA, F. S. Contribuições da ginástica para todos para o desenvolvimento das relações sociais em idosos. 2020, 76f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2020. SIMÕES, R.; CARBINATTO, M. V. Ginástica para todos: inclusive para o idoso. In: MIRANDA, R. C. F.; EHRENBERG, M. C.; BRATIFISCHE, S. A. (Orgs.). Temas emergentes em ginástica para todos. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2016. TOLEDO, E.; TSUKAMOTO, M. H. C.; CARBINATTO, M. V. Fundamentos da Ginástica Para Todos. In: NUNOMURA, M. (Org.) Fundamentos das ginásticas. 2. ed. Várzea Paulista: Fontoura, p. 21-48, 2016.


Inserção do estudante

O monitor bolsista selecionado para participar do projeto deverá ser aluno dos cursos de Educação Física da UFVJM (licenciatura ou bacharelado) que já́ tenha concluído pelo menos a unidade curricular “Fundamentos da Ginástica”, pois acreditamos que há uma série de conhecimentos mínimos necessários para desempenhar tal função. Também selecionaremos um ou mais monitores voluntários que poderão ser, preferivelmente, alunos de diferentes cursos da universidade (inclusive da pós-graduação) com o intuito de dialogar com as diferentes áreas de conhecimento. Para capacitar os estudantes para atuarem como monitores, realizaremos encontros com a coordenação antes do início do projeto para orientar estudos de referências bibliográficas específicas que embasam a estrutura do projeto. Também será́ solicitado que os monitores participem dos encontros do Grupo de Estudos e Práticas das Ginásticas (GEPG – UFVJM/CNPq), o qual desenvolve pesquisas no campo da Ginástica, em especial, sobre as ações extensionistas realizadas na UFVJM. Pretendemos, com isso, estimular a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo com a formação ampliada do estudante. Serão funções dos monitores: – Participar das reuniões de planejamento; – Participar auxiliando e/ou conduzindo as aulas-encontros semanais; – Promover estudos e pesquisas no campo da GPT por meio da participação no GEPG; – Participar de eventos científicos apresentando os resultados dos estudos acerca do projeto; – Participar em todas as etapas das produções coreográficas, assim como das apresentações agendadas; – Participar das atividades extras (oficinas, visitas técnicas, etc.); – Divulgar o projeto na comunidade acadêmica e local. 



Observações

Diante do exposto até o momento, acreditamos que o desenvolvimento do projeto de extensão “Ginasticando na maturidade” é de suma relevância, uma vez que a literatura comprova que a prática da GPT para o público em processo de envelhecimento auxilia no estímulo da autonomia dos sujeitos a partir de atividades de lazer prazerosas e criativas, contribuindo para o envelhecimento ativo dos participantes. Trata-se de uma proposta que dará continuidade às ações de extensão com a ginástica já desenvolvidas pelo GEPG na UFVJM, as quais obtiveram resultados positivos tanto na comunidade diamantinense (para diferentes faixas etárias) quanto na formação de discentes e divulgação científica. Vale ressaltar que a UFVJM tem se destacado em âmbito nacional no que tange práticas e pesquisas no campo da GPT, sendo reconhecida em instituições renomadas a partir de convites para apresentar a proposta de trabalho do GEPG em diferentes eventos. Defendemos a ideia de consolidar os projetos de extensão já desenvolvidos na UFVJM para que a universidade possa cumprir seu papel na comunidade onde está inserida no sentido de promover a interação transformadora entre a instituição e outros setores da sociedade (FORPROEX, 2012).


Público-alvo

Descrição

Homens e mulheres, a partir dos 50 anos de idade, residentes na cidade de Diamantina, MG.

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

Esta parceria tem como intenção contribuir com discussões e práticas no campo das atividades gímnicas, especificamente, a Acroyoga, a Ginástica Acrobática e os Fundamentos das manifestações gímnicas em geral, no sentido de auxiliar com a promoção de oficinas para pessoas em processo de envelhecimento inscritas no projeto.

Participação da Instituição Parceira

Esta parceria tem como intenção contribuir com o desenvolvimento de propostas que abordem a Ginástica no sentido de avançar em pesquisas e práticas neste campo de conhecimento a partir do respaldo de um coletivo de pessoas e instituições que promovem esta manifestação da cultura corporal para o público em processo de envelhecimento.

Participação da Instituição Parceira

Esta parceria tem como intenção contribuir com a disponibilidade do espaço da academia em atividades pontuais previamente planejadas, no sentido de auxiliar com a promoção de oficinas para pessoas em processo de envelhecimento inscritas no projeto.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

Estudo sobre a proposta do projeto; Preparação da divulgação do projeto; Divulgação do período de inscrição no projeto; Organização dos materiais necessários para inscrição no projeto; Estruturação do plano de trabalho (quantidade de encontros no primeiro semestre; possibilidades de atividades que serão abordadas; etc.); Planejamento das primeiras aulas-encontro; Obs.: Esta atividade ocorrerá semestralmente nos meses de Janeiro e Agosto de 2023, pois a entrada de novos participantes no projeto acontece no início de cada semestre.


Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

Realização de 2 semanas de aulas-encontro para que os inscritos conheçam a proposta do projeto experimentando a prática corporal e efetivem a inscrição caso haja interesse; Preenchimento das fichas de inscrição e TCLE; Obs.: Esta atividade ocorrerá semestralmente nos meses de Fevereiro e Agosto de 2023, pois a entrada de novos participantes no projeto acontece no início de cada semestre.


Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Realização de reuniões de planejamento e avaliação semanais com a participação da coordenadora e monitores (bolsista e voluntários) do projeto; Discussão sobre os conteúdos que serão abordados nas aulas-encontro de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto; Convite aos parceiros do projeto para ministrarem aulas-encontro especiais; Avaliação periódica sobre o andamento das atividades do projeto; Dissertação de relatórios oficiais da PROEXC.


Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Desenvolvimento de aulas-encontro no Laboratório de Ginástica da UFVJM para prática da GPT; Desenvolvimento de processo de construção coreográfica.


Periodicidade Quinzenalmente
Descrição da Atividade

Participação da equipe de planejamento (coordenadora e monitores) e de demais interessados (participantes do projeto) em reuniões do GEPG para o desenvolvimento de estudos e aprofundamento sobre as temáticas que envolvem o projeto; Produção de pesquisas científicas sobre o projeto; Planejamento sobre a publicação das pesquisas em periódicos científicos e participação em eventos científicos.


Periodicidade Mensalmente
Descrição da Atividade

Promover a participação dos inscritos em oficinas, visitas técnicas, eventos científicos, artísticos e culturais de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto; Apresentações coreográficas em diferentes locais de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto, em especial no SINTEGRA, no Encontro de Educação Física da UFVJM e no Congresso Nacional de GPT; Oferecer de cursos, oficinas, vivências, palestras, etc., para diferentes locais e públicos, de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto.

Periodicidade Anualmente
Descrição da Atividade

Participação da equipe de planejamento (coordenadora e monitores) em reuniões para avaliação final do projeto; Revisão de todas as atividades realizadas, cumprimento de objetivos e metas; Discussão sobre pontos positivos e negativos ocorridos no projeto; Dissertação de relatórios oficiais da PROEXC; Reestruturação da proposta para dar continuidade ao projeto no ano seguinte.