Detalhes da proposta

Da educação infantil ao ensino médio: a importância da educação ambiental

Sobre a Proposta

Tipo de Edital: Pibex

Situação: Aprovado


Dados do Coordenador

    Nome do Coordenador

    elizzandra marta martins gandini

    Número de inscrição:

    2023101202347864

    Unidade de lotação:

    departamento de zootecnia

Caracterização da Ação

    Área do Conhecimento:

    ciências biológicas

    Área temática principal:

    meio ambiente

    Área temática secundária:

    educação

    Linha de extensão:

    0

    Abrangência:

    municipal

    Gera propriedade intelectual:

    Não

Membros

jaqueline fernandes de sousa Bolsista

andrezza mara martins gandini Vice-coordenador(a)

Resumo

A educação ambiental visa o aumento de práticas sustentáveis bem como a redução de danos ambientais. Sendo assim, ela promove a mudança de comportamentos tidos como nocivos tanto para o ambiente, como para a sociedade. No ambiente escolar ela possui grande importância visto que desde cedo as crianças aprendem a lidar com o desenvolvimento sustentável. Com o crescimento e aprofundamento dos temas relacionados com a educação ambienta na atualidade, o rápido desenvolvimento tecnológico e a facilidade e quantidade com que os produtos vieram a ser consumidos, trazem à tona mais uma vez as discussões sobre consumo sustentável, ecologia e resíduos. O foco central deste projeto é a promoção da educação ambiental no ambiente escolar. O objetivo deste projeto de extensão é conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da educação ambiental e promover a reflexão sobre as relações entre as pessoas, o consumo e o meio ambiente. Em virtude da pandemia do Covid-19 o ser humano está repesando a sua relação com o meio ambiente. O minicurso visa abordar o tema da educação ambiental de forma simples e prática para que possa ser compreendido por diferentes publicos.


Palavras-chave

Ensino, aprendizagem, meio ambiente


Introdução

Ao lado de seus princípios e objetivos, a grande importância da educação ambiental reside na atuação consciente dos cidadãos. Ela visa, portanto, o aumento de práticas sustentáveis bem como a redução de danos ambientais. Sendo assim, ela promove a mudança de comportamentos tidos como nocivos tanto para o ambiente, como para a sociedade. No ambiente escolar ela possui grande importância visto que desde cedo as crianças aprendem a lidar com o desenvolvimento sustentável. Com o crescimento e aprofundamento dos temas relacionados com a educação ambienta na atualidade, o rápido desenvolvimento tecnológico e a facilidade e quantidade com que os produtos vieram a ser consumidos, trazem à tona mais uma vez as discussões sobre consumo sustentável, ecologia e resíduos. Embrenhada neste contexto, as escolas devem tomar partido para se adequar as leis sobre tratamento de resíduos sólidos. O foco central deste projeto é a promoção da educação ambiental no ambiente escolar. Uma das formas de promover a educação ambiental é através do aproveitamento dos resíduos orgânicos, como adubo, o que requer alguns conhecimentos que possibilitem a adequada forma de prepará-los e que garantam um produto estabilizado e de boa qualidade, que forneça nutrientes e condicione o solo de forma adequada. A compostagem é um processo de decomposição aeróbica, em que há desprendimento de gás carbônico, água – na forma de vapor – e energia por causa da ação dos micro-organismos. Parte da energia é usada pelos micro-organismos para crescimento e movimento, e a restante é liberada como calor, que se procura conservar na pilha de compostagem. Como resultado, a pilha atinge uma temperatura elevada, resfria e atinge o estágio de maturação (Kiehl, 1985). O composto, produto da compostagem, é um material homogêneo e relativamente estável (Peixoto et al., 1989). O processo de compostagem visa reproduzir algumas condições ideais (de umidade, oxigênio e de nutrientes, especialmente carbono e nitrogênio) para favorecer e acelerar a degradação dos resíduos de forma segura (evitando a atração de vetores de doenças e eliminando patógenos). A criação de tais condições ideais favorece que uma diversidade grande de macro e micro-organismos (bactérias, fungos) atuem sucessiva ou simultaneamente para a degradação acelerada dos resíduos, tendo como resultado final um material de cor e textura homogêneas, com características de solo e húmus, chamada composto orgânico. A compostagem é um método simples, seguro, que garante um produto uniforme, pronto para ser utilizado nos cultivos de plantas e que pode ser realizado tanto em pequena escala (doméstica) quanto em média (comunitária, institucional) ou grande escala (municipal, industrial). No entanto, é um método que necessita ser bem compreendido e bem operado para evitar problemas como a geração de odores e a proliferação de vetores de doenças. Reciclar os resíduos sólidos orgânicos e restabelecer seu papel natural de fertilizar os solos é um dos principais desafios ambientais que enfrentamos atualmente e somente com envolvimento coletivo alcançaremos sucesso em uma das muitas frentes para a efetiva implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Em tempos de pandemia do Covid-19 temos que repensar a nossa relação com o meio ambiente, por isto medidas como está que visam diminuir a geração de resíduos são tão importantes.


Justificativa

A sanção da Lei no 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, trouxe diversas diretrizes, objetivos e responsabilidades para toda a sociedade brasileira. No que tange aos resíduos orgânicos, implantar sistemas de compostagem e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido são claramente estabelecidas como obrigações das instituições publicas e privadas. Os resíduos orgânicos, que representam cerca de 50 % dos resíduos urbanos gerados no Brasil, tem a particularidade de poderem ser reciclados por meio de processos como a compostagem, em qualquer escala, desde a doméstica até a industrial. Além dessa abrangência de escalas, a reciclagem de resíduos orgânicos não necessita de grandes exigências tecnológicas ou de equipamentos para que o processo possa ser realizado com segurança, de forma que a compostagem tem tido grande êxito em ações de educação ambiental associadas com jardinagem e agricultura urbana, como forma de empoderar pessoas na reprodução do ciclo da matéria orgânica e mudança de sua visão e relação com resíduos de modo geral. A Lei no 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabeleceu que somente os rejeitos devem ser enviados para disposição final, sendo os aterros sanitários a forma de disposição final considerada pela lei como ambientalmente adequada. Os resíduos orgânicos, de maneira geral, são recicláveis e, portanto, sua disposição em aterros sanitários deve ser evitada. Apesar de apresentarem potencial econômico, a maior parte dos resíduos orgânicos no Brasil é enviada para aterros sanitários ou outros locais ambientalmente inadequados. A popularização da compostagem tem um papel importantíssimo para mudar esta realidade. Por outro lado, do ponto de vista tecnológico, a necessidade de valorização dos resíduos por meio de sua reutilização e reciclagem é cada vez mais uma imposição da preservação ambiental, incorporada amplamente na Política Nacional de Resíduos Sólidos. O homem gera grande quantidade de resíduos domésticos, contaminando assim a atmosfera, devastando florestas, jogando lixos em rios, solos, mares, contribuindo para a ocorrência de enchentes, deslizamentos, erosão entre outros problemas ambientais. No atual contexto de desenvolvimento global, marcado pelo grande avanço tecnológico, aumento na produção e consumo, ocorrendo de forma desigual e a qualquer custo, frequentemente se assiste à degradação ambiental. Essa degradação se reflete na perda da qualidade de vida, destruição de habitats e consequente redução da biodiversidade. (Dias, 2004) Essas sociedades industriais citadas acima legitimam o modo de vida capitalista, o qual todos nós estamos inseridos, nesse modo o consumo e lucro são constantemente incentivados e consequentemente aumentam a quantidade de resíduos produzidos. Dentre as soluções para o lixo estão a sua redução e o desenvolvimento de ações sustentáveis como o aproveitamento do lixo produzido. O aproveitamento do lixo pode ser feito através da reciclagem, que segundo Valle (1995), a reciclagem do lixo refaz o ciclo, permite trazer de volta, à origem, sob a forma de matéria-prima aqueles materiais que não se degradam facilmente e que podem ser reprocessados, mantendo as suas características básicas. Um tipo de resíduo que pode ser reciclado é o orgânico e pode ser feito através da compostagem, a compostagem é um processo que pode ser utilizado para transformar diferentes tipos de resíduos orgânicos em adubo que, quando adicionado ao solo, melhora as suas características físicas, físico-químicas e biológicas. (Ministério da Cultura, Pecuária e Abastecimento, BA 2005) O composto orgânico é o resultado da degradação biológica da matéria orgânica em presença de oxigênio do ar. O composto orgânico constitui um material humidificado, com odor de terra, facilmente manuseado e estocado, que contribui, significativamente, para a fertilidade e a estrutura do solo (Kiehl, 1985; Altieri, 2002). Percebe-se, que a transformação dos resíduos neste composto contribui de maneira significativa para o equilíbrio ecológico entre o homem e o meio ambiente, pois o composto é uma fonte rica em nutrientes que são fundamentais para obtenção de um solo fértil, gerando assim a diminuição de problemas ambientais, protegendo e preservando dessa forma a natureza para, as presentes e futuras gerações. O composto orgânico possui diversos atributos para a recuperação da vida no solo, por disponibilizar nutrientes a longo prazo e elevar a qualidade nutricional das plantas que, por receber o composto tornam-se, frequentemente, uma alternativa muito mais saudável se comparadas a opções industrializadas disponíveis no mercado (Inácio, 2009). O emprego do composto orgânico para melhoria da fertilidade no solo é o coroamento do processo da compostagem. Graças aos ideais de sustentabilidade que inspiram aqueles que praticam a compostagem, evita-se que nutrientes importantes sejam concentrados em lixões e aterros sanitários, desperdiçando inestimáveis possibilidades de contribuir com a produção de alimentos saudáveis e melhorar significativamente a qualidade de vida das comunidades no planeta. A intenção deste projeto é de contribuir para desmistificar e popularizar a compostagem , inspirando a comunidade escolar para a autogestão e para o aproveitamento do enorme potencial de vida presente nos resíduos orgânicos. Em virtude da pandemia do Covid-19 o ser humano está repesando a sua relação com o meio ambiente. O minicurso visa abordar o tema da educação ambiental de forma simples e prática para que possa ser compreendido por diferentes publicos.


Objetivos

Objetivos gerais: - Conscientizar a comunidade escolar sobre a importância da educação ambiental e promover a reflexão sobre as relações entre as pessoas, o consumo e o meio ambiente. Objetivos específicos: - Promover a educação ambiental de forma lúdica, através de músicas, filmes e através da técnica de compostagem. - Contribuir para a sustentabilidade do planeta; - Capacitar a bolsista na elaboração e execução de projetos.


Metas

Como resultado, espera-se que os cursistas passem a transformar o resíduo sólido orgânico produzido em suas casas em um composto orgânico, além da conscientização da comunidade escolar e a comunidade de um modo geral sobre o correto destino deste tipo de resíduo.


Metodologia

Inicialmente, a estudante bolsista fará uma revisão sobre a reciclagem de resíduos orgânicos e o processo de compostagem, e com o auxílio da coordenadora do projeto será capacitada em relação ao temas contemplado neste projeto, posteriormente será ministrado um mini-curso online (moodle e/ou Google meet) de dez horas sobre Compostagem aberto a comunidade escolar e membros externos, a oficina será ministrado para duas turmas com 30 alunos cada, havendo demanda turmas extras poderão ser abertas. O conteúdo será abordado de forma online, utilizando apresentação em power point e também haverá a parte prática que será apresentada através de vídeo-aulas com a demonstração de como se fazer o processo de compostagem e todas as etapas que envolvem o processo, demonstração da aplicação do composto orgânico em diferentes culturas agrícolas e florestais. A bolsista auxiliará na produção do material teórico-prático a ser utilizado na execução do minicurso, na divulgação do minicurso, entre outras atividades. No desenvolvimento das atividades do projeto de extensão participarão discentes de graduação, sendo acompanhados pela coordenadora do projeto de extensão. A divulgação do minicurso “Educação ambiental” será feita através de divulgação na Internet através de redes sociais e através de divulgação remota pelas escolas parceiras. A coordenadora do projeto ministrará a oficina na forma online com o auxílio dos membros do projeto e da bolsista que auxiliará no preparo do conteúdo teórico e prático, no dia da oficina o bolsista e os demais discentes envolvidos no projeto atuaram como monitores. O minicurso terá duração de 20 horas, a princípio serão duas turmas com 30 cursistas cada, caso a demanda seja grande, poderão ser abertas turmas extras. O material do minicurso será disponibilizado na plataforma moodle. Na minicurso será abordado conceitos básicos sobre compostagem como descrito abaixo: - Aspectos relacionados a educação ambiental; - O que devemos saber antes de começar: características e funções dos resíduos Importância e como fazer a medição de temperatura e oxigênio; - Como fazer: Leiras estáticas com e sem aeração forçada Controle dos fatores que influenciam a compostagem; - Aspectos Ambientais: controle de moscas e o chorume; - Qualidade do composto orgânico para uso em hortas e jardins. No final do minicurso, será feita um levantamento da opinião dos participantes através de questionários estruturados. Com a obtenção de tais dados, análises qualitativas e quantitativas serão realizadas com o objetivo de estabelecer novas estratégias e melhorias nas atividades de extensão do projeto.


Referências Bibliográficas

ALTIERI, Miguel A. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura sustentável. Guaíba: Agropecuária, 2002. 592p. DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Gaia, 2004. INÁCIO, C. T. & MILLER, P. R. M. Compostagem: ciência e prática para a gestão de resíduos orgânicos. Rio de Janeiro/RJ. Embrapa Solos, 2009. 156p. KIEHL, E.J. Fertilizantes orgânicos. Piracicaba: Agronômica Ceres, 1985. 492p. Ministério da Cultura, Pecuária e Abastecimento, BA 2005. PEIXOTO, R.T. dos G.; ALMEIDA, D.L. de; FRANCO, A.A. Compostagem de lixo urbano enriquecido com fontes de fósforo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.24, p.599-606, 1989. VALLE, C. E. Qualidade ambiental: como ser competitivo protegendo o meio ambiente. São Paulo: Pioneira, 1995.


Inserção do estudante

A execução do projeto “Da educação infantil ao ensino médio: a importância da educação ambiental” permitirá que a bolsista coloque em prática os conhecimentos adquiridos na graduação, além de adquirir experiência em lidar com o público e na execução de projetos. A coordenadora do projeto capacitará a bolsista para que ele seja capaz de executar todas as atividades propostas no cronograma. A bolsista será responsável por fazer uma revisão bibliográfica sobre os temas a serem abordados no minicurso; elaborará, sob a supervisão da coordenadora, o material didático teórico e prático do minicurso; auxiliará no preparo dos materiais necessárias para o minicurso e atuará como monitora do minicurso.


Observações

Este projeto visa conscientizar as pessoas sobre a reciclagem dos resíduos sólidos orgânicos e provocar a reflexão sobre as relações entre as pessoas, o consumo e o meio ambiente, estamos no meio de uma pandemia, agora mais do que nunca temos que repensar nossa relação com o meio ambiente. Além de reciclar o resíduo sólido orgânico produzido no ambiente escolar.


Público-alvo

Descrição

O publico alvo, são estudantes de licenciatura e professores

Municípios Atendidos

Município

Diamantina

Parcerias

Participação da Instituição Parceira

A parceria se dará através da colaboração de docente do referido instituto, a docente auxiliará na execução do projeto.

Cronograma de Atividades

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Revisão bibliográfica

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Elaboração do conteúdo teórico-prático da oficina

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Revisão e correção do conteúdo teórico-prático

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Relatório Parcial do Bolsista Pibex

Periodicidade Diariamente
Descrição da Atividade

Divulgação da oficina

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Oficina: “Educação ambiental"

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Confecção dos certificados para os cursistas

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Tabulação dos dados dos questionários aplicados na oficina

Periodicidade Semanalmente
Descrição da Atividade

Relatório Final do Bolsista Pibex