Visitante
Onde está seu juízo? Uma abordagem sobre os dentes do siso em alunos de escola pública de Diamantina
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
saulo gabriel moreira falci
202310120232211109
departamento de odontologia
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
saúde humana
municipal
Não
Membros
júlia damásio fernandes
Bolsista
glaciele maria de souza
Voluntário(a)
marco túllio becheleni ávila guimarães
Voluntário(a)
Os terceiros molares são os dentes que frequentemente encontram-se retidos, com dificuldade de erupção, principalmente os inferiores. Em algumas situações, os dentes inclusos podem produzir complicações de natureza mecânica, inflamatória, infecciosa, periodontal, cística e neoplásica. Baseando-se na evidencia clínica da avaliação do potencial de complicações decorridas da permanência destes dentes e da atual praticidade do ato cirúrgico, pode-se concluir que a melhor conduta ainda é a remoção destes dentes, quando indicada, em idade jovem. O município de Diamantina, segundo último censo do IBGE, conta com expressiva população jovem com idade escolar, entre 15 a 19 anos. A população total do município, ainda em relação ao censo, é de 47.924 habitantes sendo 9.322 entre 10 e 19 anos de idade. Desta forma, o projeto de extensão intitulado “Onde está seu juízo? Uma abordagem sobre os dentes do siso em alunos de escola pública de Diamantina” tem como objetivo difundir o conhecimento sobre terceiros molares em escolares do ensino médio, esclarecendo sobre a fase de erupção e suas possíveis complicações durante esse processo, bem como ensinar autocuidado com o dente em erupção, além da necessidade ou não da exodontia do elemento dentário. O projeto doará os dentes extraídos para o banco de dentes humanos da universidade e terá grande relevância para posteriores pesquisas que avaliem a existência de terceiros molares, suas características e possíveis complicações.
Odontologia, Cirurgia, Terceiros Molares, Escolas Públicas, Adolescentes, Saúde Pública
Na vida clínica de um cirurgião-dentista, é comum o atendimento de pessoas cuja queixa é dor ou processos infecciosos relacionados aos terceiros molares. Esta é uma situação rotineira, uma vez que muitas pessoas, principalmente jovens, não possuem conhecimento sobre a existência dos terceiros molares, ou “sisos”, de acordo com o dito popular, e as complicações relacionadas. Desta forma, é importante a avaliação precoce do cirurgião-dentista para o diagnóstico, acompanhamento e tratamento desses dentes. O projeto de extensão denominado “Onde está seu juízo? Uma abordagem sobre os dentes do siso em alunos de escola pública de Diamantina”, será realizado pelos alunos do curso de Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Seu objetivo é orientar estudantes de 15 a 19 anos de idade de escolas públicas da cidade de Diamantina sobre a existência dos terceiros molares, suas complicações e transtornos. Docentes e discentes se deslocarão até as escolas públicas participantes e por meios de capacitações pedagógicas com palestras dinâmicas, os estudantes receberão informações quanto a existência e as possíveis complicações que podem ocorrer durante o processo de formação e erupção dos terceiros molares. A partir dessa palestra, os alunos serão convidados a participar de uma triagem com exame clínico básico e caso necessário, receberão encaminhamento para comparecer a faculdade para realização de um exame clínico mais detalhado e exame radiográfico complementar. Os estudantes que participarem das palestras, exames clínicos e radiográficos, que possuírem diagnóstico e indicação para a exodontia dos terceiros molares, serão convidados para realizar o procedimento cirúrgico. Os alunos que concordarem com o procedimento, receberação autorização a ser assinada e serão submetidos ao tratamento, sempre sob auxílio dos professores da disciplina de Cirurgia do Departamento de Odontologia da UFVJM. Os procedimentos cirúrgicos serão realizados pelos graduandos em Odontologia membros da Liga Acadêmica de Cirurgia Oral e Maxilofacial participantes do projeto, sempre sob supervisão dos professores. Decorrido uma semana após a realização dos procedimentos cirúrgicos, os alunos atendidos pelo projeto retornarão para remoção da sutura e avaliação da recuperação pós-operatória. Caso apresentem bom estado de recuperação será concedida alta. Em situações adversas, sujo paciente apresente alguma complicação decorrente do procedimento, o acompanhamento seguirá até a recuperação e alta.
1 - Caracterização do objeto da ação extensionista Os terceiros molares são os dentes que mais frequentemente encontram-se inclusos e impactados, principalmente os inferiores. A falta de espaço no arco dental é o principal fator etiológico, porém, hereditariedade, tendência evolutiva, alterações patológicas, traumatismos e alterações sistêmicas podem estar associados (Armond ACV et al., 2017a; Armond ACV et al., 2017b; Falci et al., 2012). A possibilidade de desenvolvimento associado a alterações patológicas importantes é a maior dificuldade cirúrgica após a formação completa do dente e é o motivo que leva o cirurgião a optar pela remoção cirúrgica do elemento dentário. Dentre algumas razões para a remoção de terceiros molares estão: risco de impactação, cáries, pericoronarite, problemas periodontais na face distal dos segundos molares, cistos odontogênicos e apinhamento (Normando, 2015). Muitas vezes a impactação dentária causa problemas sem sintomatologia clínica evidente, fazendo com que os adolescentes que estão na fase de erupção e desenvolvimento negligenciem a visita ao cirurgião-dentista. Assim, uma atuação voltada para os escolares nessa faixa etária pode evitar o aparecimento de doenças associadas à esses dentes. Tal abordagem seria caracterizada como uma ação de saúde pública com perfil extensionista, uma vez que os beneficiados serão abordados em ambiente escolar. Além disso, os acadêmicos do curso de Odontologia da UFVJM, terão a oportunidade de conduzir atendimento extramuros, experimentando contato com os estudantes fora do ambiente da universidade, o que contempla e caracteriza uma ação extensionista. O atendimento secundário (anamnese, exame clínico e procedimento cirúrgico) será realizado no ambiente da Universidade, por prover estrutura física adequada aos princípios de biossegurança. 2 - Fundamentação teórica Algumas vezes, os dentes inclusos podem produzir complicações de natureza mecânica, inflamatória, infecciosa, periodontal, cística e neoplásica (Armond ACV et al., 2017a; Armond ACV et al., 2017b; Falci et al., 2012; Li et al., 2017; Shin et al., 2016). Portanto, podem ser relacionados a falhas na erupção de outros dentes, transtornos oclusais, cáries e reabsorções em dentes vizinhos, pericoronarite, trismo, celulites e abscessos, bem como cistos e tumores de origem odontogênica (Ribeiro et al., 2015). Episódios recorrentes de pericoronarite são fatores predisponentes à transformação maligna do tecido pericoronal. Embora esta possibilidade seja considerada remota, o processo inflamatório crônico na região pode predispor à malignização do capuz gengival. Com a biologia molecular, vieram os vários estudos que envolviam a relação do tumor com o estroma peri-tumoral, ficando evidente a contribuição deste com o crescimento tumoral, invasão e metástase (Manganaro, 1998). Em estudo realizado por Britto (2004), em Aracaju, utilizando 200 radiografias panorâmicas de pacientes entre 15 e 25 anos de idade, verificou que pacientes com terceiros molares inclusos, indicados para extração, devem ser operados, preferencialmente, na faixa etária de 16 a 18 anos, por se tratar de um período em que estes dentes apresentam de um a dois terços das raízes formadas e os pacientes apresentarem melhor tolerância ao processo cirúrgico e possuir recuperação pós-operatória mais rápida. Outro estudo visando avaliar qual faixa etária (14-24 anos, 25-35 anos e >35 anos) possui menor risco de desenvolver morbidades pós-cirúrgica após extração de terceiros molares, verificou que pacientes entre 14-24 apresentavam menores taxas de dor excessiva pós-operatória, trismo, equimose e hematoma, alveolite e parestesia do nervo alveolar inferior e lingual (Lyons; Bruce; Frederickson; Small, 1980). Além disso, no referido grupo, foi relatado menor tempo trans-operatório, menor necessidade de visitas pós-operatória ao cirurgião dentista e menor tempo de recuperação (Lyons; Bruce; Frederickson; Small, 1980). Em todo mundo, milhões são gastos anualmente para custear as cirurgias de exérese de dentes retidos. Estudo realizado em 2014 mostra que são gastos entre 150 e 400 milhões de dólares nos Estados Unidos e 50 milhões de libras na Inglaterra para custear estas cirurgias (Poeschl, Eckel, Poeschl, 2004). Tais gastos são consideráveis tanto para o serviço público, para os planos de saúde e, principalmente, para os pacientes, o que faz com que o tema seja fruto de debate na literatura (Mcgrath et al., 2003). Portanto, baseando-se na evidencia clínica científica da avaliação do potencial de complicações decorridas da permanência destes dentes e da atual praticidade do ato cirúrgico, conclui-se que a melhor conduta continua sendo a remoção destes dentes, quando indicada, em idade jovem. 3 - Vinculação da ação dentro da Área Temática e da(s) Linha(s) de Extensão descritas no Regulamento de Ações de Extensão da UFVJM; O referido projeto permitirá que os estudantes do curso de Odontologia da UFVJM tenham a oportunidade de sair do ambiente acadêmico, muitas vezes mecanizado, podendo levar o conhecimento adquirido na universidade para jovens de toda a cidade que por sua vez, possuem diversas realidades sociais. O graduando poderá atuar esclarecendo dúvidas, aplicando o conhecimento adquirido dentro de sala e no ambiente clínico, de forma a despertar o interesse dos jovens em relação à saúde bucal. É uma oportunidade única visto que o projeto proporciona contato direto com a população, e desta forma, forma um profissional mais humanizado. 4 - Atendimento às diretrizes pactuadas pelo Forproex (item 2.4 do edital); Interação dialógica: é um projeto que parte de uma interação entre a universidade e as escolas publicas, promovendo a troca de saberes entre os envolvidos. Indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão: a produção de conhecimento e o desenvolvimento e formação profissional serão amplamente exercitadas no desenvolvimento do projeto. O projeto contempla os três pilares da universidade ensinopesquisa-extensão. O ensino é contemplado uma vez que os estudantes do curso Odontologia envolvidos terão oportunidade de aprimorar seus conhecimentos sobre o tema, com supervisão do professor, na organização das palestras e na execução de procedimentos cirúrgicos, extra-curriculares. A extensão é caracterizada pela ação extramuros da universidade em que tanto os alunos das escolas, quanto os acadêmicos do curso serão beneficiados com o projeto. Além disso, os casos clínicos, levantamentos epidemiológicos e os procedimentos realizados, poderão gerar dados atuais e futuras pesquisas a serem desenvolvidas na área. Impacto na formação do estudante: a oportunidade dos estudantes terem contato direto com a população, de realizar os procedimentos necessários contribuirá para a formação do estudante com relação ao tema, tendo mais oportunidades do que aqueles oferecidas durante a grade curricular, potencializando a formação profissional do aluno. Durante o último período de execução deste projeto, de 2019-2020, os alunos extensionistas tiveram a oportunidade de levar conhecimento a centenas de jovens, alunos das escolas participantes, por meio de palestras, que também contaram com momento para esclarecimentos das dúvidas dos escolares. A oportunidade de interação com a comunidade, como forma de promover saúde, foi e é o principal foco do presente projeto. Além disso, os alunos da UFVJM puderam oferecer gratuitamente anamneses, exames clínicos, exames radiográficos e tratamento cirúrgico para os escolares com indicação para exodontia. Em seus últimos seis meses de execução, no ano de 2020, este projeto teve a participação de cerca de 300 jovens nas palestras e cerca de 20 procedimentos cirúrgicos realizados.
Objetivos Gerais Difundir o conhecimento sobre terceiros molares em escolares do ensino médio do município de Diamantina, esclarecendo sobre a fase de erupção e suas possíveis complicações durante esse processo, ensinar sobre o autocuidado com o dente em erupção e a necessidade ou não da exodontia do elemento dentário. Objetivos Específicos ● Levar o conhecimento aos escolares de 15 a 19 anos das escolas públicas de Diamantina sobre os terceiros molares ou “dentes do siso”; ● Avaliação clínica da região dos terceiros molares dos escolares; ● Avaliação radiográfica da região dos terceiros molares dos escolares (quando necessário); ● Diagnóstico precoce de patologias da cavidade bucal nos escolares; ● Realizar a exodontia dos terceiros molares (dentes do siso) que houverem indicações cirúrgicas; ● Doar os elementos dentários extraídos para o Banco de Dentes da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. ● Avaliar a prevalência de indicações de exodontia de terceiros molares em escolares do ensino médio no município de Diamantina.
1 - Previsão de impacto direto; a) Dar palestras educativas para os alunos de escolas públicas do ensino médio de Diamantina; b) Esclarecer dúvidas frequentes desses estudantes sobre os terceiros molares; c) Fazer exame clínico em todos os alunos que estiverem presentes nas palestras; d) Ensinar o autocuidado com o dente em questão; e) Convidar os escolares com indicação de exodontia a comparecerem a universidade para exame clínico e complementar mais aprofundados; f) Realizar exodontias dos terceiros molares nos escolares, quando indicadas e com anuência dos mesmos. 2 - Previsão de impacto indireto; a) Detectar previamente patologias da cavidade bucal nos escolares; b) Analisar a prevalência de patologias associadas; c) Prevenir a incidências de patologias associadas; d) Divulgação na comunidade escolar das ações de extensão da UFVJM; e) Divulgação na comunidade externa e entre os familiares dos adolescentes, das ações de extensão da UFVJM; Com esse projeto, espera-se que cerca de 1000 estudantes participem das palestras sobre os terceiros molares ou “dentes do siso”. Espera-se que aproximadamente 200 alunos tenham indicação para o exame clínico e radiográfico e que cerca de 80 alunos sejam submetidos à exodontias dos terceiros molares. É valido ressaltar que esses números são uma estimativa e que todos os alunos que obtiverem diagnóstico e indicação para o procedimento cirúrgico receberão o tratamento necessário.
1 - Preparação prévia da equipe A equipe de palestrantes que irão as escolas é composta pelo professor de cirurgia bucal do Departamento de Odontologia da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, pelo aluno bolsista do projeto, e pelos integrantes da Liga Acadêmica de Cirurgia Oral e Maxilofacial de Diamantina (LACOMFD). Essa equipe será preparada e calibrada pelo professor para apresentar a palestra e em seguida realizar exame clinico, com espátula de madeira, na própria escola, em luz ambiente. As visitas serão agendadas de acordo com a disponibilidade das escolas parceiras. 2 - Visita às escolas De acordo com a disponibilidade das escolas parceiras, as visitas ocorrerão e as palestras serão ministradas para as turmas de 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio públicas da cidade de Diamantina. A equipe palestrante visa esclarecer as dúvidas sobre a presença ou não dos terceiros molares, frequente nessa faixa etária, sobretudo apresentar aos alunos as possíveis complicações que esses dentes podem acarretar se não acompanhados pelo cirurgião-dentista. Para isso serão utilizados recursos didáticos como a apresentação em slides com uso de Datashow e material didático impresso. Logo em seguida os alunos serão convidados a esclarecer suas dúvidas e realizar um exame clínico com espátula de madeira na própria escola para verificar a possibilidade da indicação de extração ou não do dente em questão. O aluno que tiver indicação de extração receberá um termo de consentimento livre e esclarecido para assinar ou, caso seja menor de idade, esse termo será assinado pelos pais ou responsáveis e entregue ao bolsista do projeto na própria universidade quando for realizar os exames radiográficos. 3 - Recepção dos alunos e exame radiográfico Os alunos que possuírem indicação para exodontia, na triagem inicial, serão convidados a comparecer na clinica de cirurgia para o preenchimento de uma ficha de anamnese, exame clínico minucioso e exame radiográfico para fechamento de diagnóstico preciso, sob supervisão dos professores. Após o exame clínico e complementar, caso a exodontia esteja indicada, o escolar será convidado a ser submetido ao procedimento cirúrgico para extração do terceiro molar. Assim, caso o escolar concorde com o procedimento, será marcada uma data, de acordo com sua disponibilidade, para a execução da cirurgia para exodontia do dente, que por sua vez será realizada na clinica de cirurgia da UFVJM. 4 - Cirurgia Propriamente dita No dia da cirurgia, os escolares serão recebidos pela equipe executora para realização do procedimento. O aluno deverá apresentar o termo de consentimento livre e esclarecido assinado por eles ou pelos responsáveis, caso seja menor de 18 anos, o que contempla as questões éticas necessárias para a realização do procedimento. Caso o paciente apresente mais de um dente a ser extraído, será avaliado a possibilidade de ocorrer em sessão única ou não. Após a cirurgia, será agendado retorno, decorrido uma semana, para a remoção da sutura e avaliação da recuperação do paciente. É importante ressaltar que cada paciente será orientado a seguir corretamente a prescrição medicamentosa feita individualmente de acordo com a necessidade; receberá uma ficha de recomendações pós operatórias e será orientado a retornar a universidade caso ocorra imprevistos.
Armond ACV, Martins CC, Glória JCR, Galvão EL, dos Santos CRR, Falci SG. Influence of third molars in mandibular fractures. Part 1: mandibular angle – a metaanalysis. Int J Oral Maxillofac Surg. 2017 Jun;46(6):716-729 a. Armond ACV, Martins CC, Glória JCR, Galvão EL, dos Santos CRR, Falci SG. Influence of third molars in mandibular fractures. Part 2: mandibular condyle – a meta-analysis. Int J Oral Maxillofac Surg. 2017 Jun;46(6):730-739 b. Britto TO. Avaliação da Necessidade de Extração de Terceiros Molares Inclusos por Meio de Radiografias Panorâmicas [monografia]. Aracaju (SE): Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Odontologia; 2004. Falci SG, de Castro CR, Santos, RC, de Souza Lima LD, Ramos-Jorge ML, Botelho AM, dos Santos CR. Association betweenthepresence of apartially eruptec mandibular third molarandtheexistence of cariesinthe distalofthesecondmolars. Int J Oral Maxillofac Surg. 2012 Oct;41(10):1270-4. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em:< https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/diamantina Acesso: 12/07/2022 IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Disponível em:<http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codig o=312160&corhomem=3d4590&cormulher=9cdbfc>Acesso: 12/07/2022. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse Estatística da Educação Básica 2021. Brasília: Inep, 2022. Disponível em <https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticase-indicadores/censo-escolar/resultados>. Acesso em: 14/07/2022. Li ZB, Qu HL, Zhou LN, Tian BM, Chen FM. Influence of Non-Impacted Third Molars on Pathologies of Adjacent Second Molars: a retrospective study. J Periodontol 2017 May;88(5):450-456. LYONS, Chalmers J.; BRUCE, Robert A.; FREDERICKSON, George C.; SMALL, Gilbert S.. Age of Patients and Morbidity Associated With Mandibular Third Molar Surgery. The Journal Of The American Dental Association, [S.L.], v. 101, n. 2, p. 240-245, ago. 1980. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.14219/jada.archive.1980.0183. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/6931159/. Acesso em: 15 jul. 2022. Manganaro AM. The Likelihood of Finding Occult Histopathology in Routine Third Molar Extractions.GenDent. 1998; 46: 200-2. MCGRATH, C.; COMFORT, M. B.; LO, E. C. M.;LUO, Y., Can Third Molar Surgery Improve Quality of Life? A 6-Month Cohort Study, J Oral MaxillofacSurg, v. 61, p. 759 – 763 , 2003. NORMANDO, David. Terceiros molares: extrair ou nãoextrair? 2015.2f-Curso de Odontologia, Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará(UFPA, Pará,2015. POESCHL, P. W, ECKEL, D.; POESCHL, E., Postoperative prophylatic antibiotic treatment in third molar surgery – A necessity? J Oral MaxillofacSurg, v. 62, p. 3 – 8, 2004. RIBEIRO, Eliza Toscano et al. Dentesinclusos associados a cistos etumores odontogênicos: condutas terapêuticas. Rev. Bras. Pesq. Saúde,, Vitória, p.78-88, abr./jun. 2015. Shin SM, Choi EJ, Moon SY. Prevalence of pathologies related to impacted mandibular third molars. Springerplus. 2016 Jun 29;5(1):915.
A carga horária das disciplinas de cirurgia oral do Curso de Odontologia possui aulas teóricas, seminários e aulas práticas relacionadas ao tema. Desta forma, a formação do aluno favorece a sua participação no projeto. É válido ressaltar que o projeto funcionará como uma via de mão-dupla, onde o aluno terá maior possibilidade de contato com as atividades relacionadas ao projeto, complementando sua formação acadêmica. Para a realização do projeto, haverá aula teóricas com os professores da disciplina de cirurgia oral para revisão e aprofundamento no assunto. Os estudantes participarão de forma ativa na elaboração do material didático a ser apresentado nas escolas, ocorrendo de forma simultânea a capacitação para a realização da fase de apresentação nas escolas. Em relação aos procedimentos cirúrgicos, os estudantes já possuem vivência clínica suficiente para a realização da operação, sob supervisão do professor, não sendo necessária capacitação prévia. É valido ressaltar que procedimentos de alta complexidade poderão ser realizados pelo professor, sob auxílio dos alunos. O projeto proporcionará aos acadêmicos participantes um envolvimento efetivo com a comunidade-alvo, no que se refere à orientação e esclarecimento de possíveis dúvidas, não somente dos alunos, mas também de seus familiares, em relação ao tema. Além disso, essa proposta possibilitará ao graduando em odontologia um conhecimento acerca das concepções e opiniões existentes na comunidade relacionadas a existência do “siso”. Ademais, permitirá um desenvolvimento técnico-científico maior, do próprio acadêmico, em relação ao diagnóstico, indicação para a cirurgia e ao procedimento cirúrgico propriamente dito para exodontia dos terceiros molares. Por meio de atividades de palestras, ensino e encaminhamento, as quais serão desempenhadas pelos acadêmicos e ocorrerão nas instituições escolares parceiras desse projeto, a comunidade - alvo obterá como benefício melhor entendimento acerca do conceito, riscos, cuidados e a importância da necessidade de remoção dos terceiros molares. Os graduandos participantes proporcionarão à comunidade-alvo, de acordo os níveis de complexidade cirúrgicos, a exodontia dos terceiros molares que, após a realização de um exame clínico criterioso e avaliação das condições sistêmicas dos pacientes, estejam indicados para a extração. Secundariamente, os pacientes selecionados para esse projeto que possuam outras necessidades em saúde bucal serão encaminhados para as áreas competentes tendo em vista a resolução e melhora na saúde bucal e geral. Para a efetivação dos propósitos descritos acima, todo o corpo discente participante será acompanhado pelos docentes. Tais docentes, além de avaliarem cada indicação para exodontia de terceiros molares proposta pelos graduandos, ponderarem riscos, benefícios e analisarem complexidade cirúrgica, também promoverão uma capacitação dos acadêmicos, por meio de aulas teóricas, demonstração prática e constante auxilio durante a realização das cirurgias de extração dos terceiros molares nos pacientes previamente selecionados. Além do acompanhamento em toda execução do projeto pelo docente, os discentes, realizarão dois relatórios das atividades desenvolvidas durante o projeto, um após seis meses da execução deste, e outro ao término das atividades do projeto para a avaliação.
Durante o último período de execução deste projeto, de 2019-2020, os alunos extensionistas tiveram a oportunidade de levar conhecimento a centenas de jovens, alunos das escolas participantes, por meio de palestras, que também contaram com momento para esclarecimentos das dúvidas dos escolares. A oportunidade de interação com a comunidade, como forma de promover saúde, foi e é o principal foco do presente projeto. Além disso, os alunos da UFVJM puderam oferecer gratuitamente anamneses, exames clínicos, exames radiográficos e tratamento cirúrgico para os escolares com indicação para exodontia. Em seus últimos seis meses de execução, no ano de 2020, este projeto teve a participação de cerca de 300 jovens nas palestras e cerca de 20 procedimentos cirúrgicos realizados.
Público-alvo
1 - Características da população De acordo com o último senso realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a população de Diamantina conta expressiva população jovem (15 a 19 anos) em idade escolar. Este dado, apesar de ser oficial, atualmente encontra-se desatualizado. Dito isso, fez-se necessário um estudo mais detalhado sobre as características da população, principalmente aquelas que estão relacionadas aos estudantes das escolas do município. A população estimada no ano de 2021, como consta no site do IBGE, é de 47.924 habitantes, dentre estes, 4.691 são homens e 4.631 são mulheres, de 10 a 19 anos de idade. Ademais, foi constatado que 8.015 pessoas, com 10 anos ou mais, estavam matriculadas em instituições de ensino fundamental e médio. Desta forma, é evidente que considerável parcela da população está enquadrada no conjunto de escolares na mesma faixa etária. Esses indivíduos serão a parte economicamente ativa nos próximos anos, tendo reflexos em toda sociedade (Figura 1, Tabela 1 e 2). A situação econômica da população requer atenção especial, uma vez que apresenta um índice de pobreza de 43,66%, carência essa que está concentrada em áreas específicas da cidade. Essas áreas necessitam de um maior auxílio das instituições de serviço público, principalmente dos serviços de saúde, afim de que as diferenças possam ser atenuadas, atentando-se ao princípio de equidade do Sistema Único de Saúde (Tabela 3 e 4). A tabela seguinte apresenta uma visão geral das instituições de ensino público e privado da cidade de Diamantina. É perceptível que existem mais escolas, bem como matrículas, nas instituições públicas. Logo, afetarão de forma mais eficiente as ações que sejam direcionadas a essas redes de ensino, podendo alcançar níveis de promoção de saúde e bem-estar da população mais satisfatórios (Tabela 5). PARA ACESSO ÀS TABELAS, CONSULTAR PDF ANEXADO
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
Esse projeto conta com a participação da Escola Estadual Leopoldo Miranda, onde se encontra o público-alvo da ação extensionista. Conforme descrito no projeto, serão realizadas palestras para orientação, quanto diagnóstico e necessidade de tratamento dos dentes sisos nos estudantes dessa escola. A carta de anuência da instituição parceira, encontra-se anexada.
Esse projeto conta com a participação da Escola Estadual Gabriel Mandacarú, onde se encontra o público-alvo da ação extensionista. Conforme descrito no projeto, serão realizadas palestras para orientação, quanto diagnóstico e necessidade de tratamento dos dentes sisos nos estudantes dessa escola. A carta de anuência da instituição parceira, encontra-se anexada.
Esse projeto conta com a participação da Escola Estadual Gabriela Neves, onde se encontra o público-alvo da ação extensionista. Conforme descrito no projeto, serão realizadas palestras para orientação, quanto diagnóstico e necessidade de tratamento dos dentes sisos nos estudantes dessa escola. A carta de anuência da instituição parceira, encontra-se anexada.
Esse projeto conta com a participação da Escola Estadual Isabel Motta, onde se encontra o público-alvo da ação extensionista. Conforme descrito no projeto, serão realizadas palestras para orientação, quanto diagnóstico e necessidade de tratamento dos dentes sisos nos estudantes dessa escola. A carta de anuência da instituição parceira, encontra-se anexada.
Cronograma de Atividades
Seleção do aluno bolsista
Capacitação da equipe de trabalho
29/07/2022
29/07/2022
Capacitação da equipe de trabalho
Divulgação do projeto e início das atividades
Programação das palestras e confecção dos materiais de apoio
Realização dos atendimentos
Elaboração de Relatórios parcial
Elaboração de Relatório final
publicação dos resultados