Este projeto é uma proposta de intervenção social por intermédio das expressões artísticas e culturais que tem como foco trabalhar a temática da valorização da vida, direitos humanos e prevenção ao suicídio na cidade de Teófilo Otoni. Pretende-se criar espaços presenciais e virtuais de discussão, vivências e expressões culturais, através da realização de Saraus online e presenciais compostos pelas diversas representações e possibilidades artísticas, desde a música, teatro, dança, pintura, literatura, fotografia, cinema entre outras expressões artísticas

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Este projeto é uma proposta de intervenção social por intermédio das expressões artísticas e culturais que tem como foco trabalhar a temática da valorização da vida, direitos humanos e prevenção ao suicídio na cidade de Teófilo Otoni e região. Pretende-se criar espaços presenciais e virtuais de discussão, vivências e expressões culturais, através da realização de Saraus online (proposta adaptada em vista do contexto pandêmico) e presenciais compostos pelas diversas representações e possibilidades artísticas, desde a música, teatro, dança, pintura, literatura, fotografia, cinema entre outras. “O Sarau amarelo' é organizado juntamente com a comunidade, em parceria com o Projeto Viver Número de inscrição: 2022101202249107. Intenciona-se com essas ações tanto a estimulação das expressões através da arte, como também a fruição dos produtos gerados com o trabalho, o qual se volta também para geração de espaços (virtuais e presenciais) de discussão, aprendizagem e dialógos sobre as temáticas que envolvem a prevenção ao suicídio e a valorização da vida. O Projeto Viver: Prevenção de Suicídio no Município de Teófilo Otoni, que tem como objetivo promover ações de capacitação e prevenção na temática da Suicidologia e valorização da vida com uso metodologias participativas no município de Teófilo Otoni e região, já se encontra em fase de execução. O projeto envolve uma multiplicidade de atores, desde funcionários e alunos de escolas públicas do município, profissionais da área de saúde, até grupos comunitários e em situação de vulnerabilidade. Os membros deste projeto realizam no mês de setembro (considerado o mês amarelo, direcionado à conscientização e prevenção do suicídio) diversas ações voltadas para a prevenção do suicídio e valorização da vida. Uma das atividades foi relativa ao “Sarau amarelo”, na praça da cidade, no qual foram convidados cantores, poetas, criadores de esculturas e artesanato, ou seja, artistas locais para participar do evento. Além disso nesse “sarau amarelo” houve também a participação ativa de comunidade de modo geral, a qual as demais pessoas presentes na praça socializaram por meio de outras artes, desenhos, mensagens, poemas, todos voltados à valorização da vida. Os trabalhos ficaram expostos durante o evento, e a dinâmica das artes ocorriam concomitantemente (GOMES, 2019). Diante do sucesso e das repercussões relacionadas à participação da população local é que surgiu a ideia da elaboração do presente projeto de extensão, a fim de dá continuidade a outros saraus como incentivo a expressão de atividades artísticas, tendo como tema principal a valorização da vida e defesa de direitos e afirmação da cidadania.

Cultura pode ser definida como sendo um agrupamento de elementos que guiam toda e qualquer atividade física e mental dos indivíduos compartilhada com os distintos membros de um grupo social, ou seja, aspectos que não são determinados biologicamente. São elementos em que os sujeitos incorporam significados para suas ações e suas relações sociais. Sendo assim, a cultura está relacionada à símbolos, normas, valores e práticas sociais. É a partir do processo cultural que as particularidades de cada indivíduo vão se constituindo (LANGDON E WIIK, 2010). A diversidade cultural pode ser expressa de várias maneiras e em diferentes ocasiões. O Sarau é um exemplo de um evento cultural no qual os indivíduos se reúnem para expressarem suas habilidades artísticas, sejam elas relacionadas à música, teatro, poesia, dança, pintura, atividades de culinária e etc. Na atualidade, escolas e universidades têm organizados inúmeros eventos de saraus a fim de despertar o desenvolvimento cultural dos alunos e demais grupos da sociedade (WIKIPEDIA, 2019). Nesse sentido que o projeto em questão utiliz a-se de eventos de Saraus como estratégia de valorização da vida e expressão da arte. De acordo com Fontes et al (2015), o sarau tem sua herança advinda desde o século XIX, com seu caráter festivo, no qual são recitadas poesias e músicas, e que vem sendo redescoberto na atualidade diante da maneira descontraída de expressar a arte. Os supracitados autores, relataram em sua pesquisa a experiência do desenvolvimento de um projeto de Sarau de Poesia, em uma escola do campo na Bahia. As atividades do sarau tinham como objetivo incentivar o aprendizado dos alunos de maneira prazerosa e criativa por meio da arte. O projeto resultou no despertar de um maior senso crítico dos alunos, bem como no incentivo dos mesmos na formação em bons leitores e futuros escritores capacitados. O sarau contribuiu também para o resgate e valorização da identidade cultural dos jovens. Com proposta similar estudantes da Universidade de São Paulo executaram um projeto de extensão Ponto de Encontro e Cultura (PEC) com “moradores de rua” utilizando de trabalhos artísticos para dar apoio a grupos vulneráveis. Barros et al (2013), discorrem sobre a experiência da PEC realizado no município de Matuia/SP, entre os anos de 2007 e 2011. O trabalho foi desenvolvido por estudantes, artistas locais, “pessoas em situação de rua”, e membros de uma organização civil de ação social a fim de integrar a comunidade acadêmica com a sociedade. A metodologia do projeto se dava por meio de diversas atividades, dentre elas saraus culturais, ações culinárias e caminhadas. Essas atividades culturais proporcionaram aos envolvidos alianças que fortaleciam o sentimento de união entre os indivíduos, troca de experiência, e ampliação das redes sociais, incentivando a construção de novos projetos de vida. Os saraus despertavam nas pessoas sua criatividade estimulando a produção de músicas, poemas, textos para teatro, uma diversidade de artes. Isso possibilitava tanto trocas de conhecimento e/ou até mesmo trocas financeiras, podendo surgir, parcerias, ideias, ou até mesmo propostas de negócios. Além de redefinir a identidade cultural do sujeito. O exemplo vivenciado pelos estudantes da USP no projeto PEC, evidencia como as artes integradas podem oferecer aos indivíduos, ampliação das redes sociais, possíveis oportunidades de trabalho, empoderamento, ideias de projetos de vida e consequentemente valorização da vida, podendo contribuir para a prevenção ao suicídio. Essas formas de atividades realizadas coletivamente proporcionam aquilo que Freire (1987) sugere, que a partir do diálogo, de ouvir o outro, do conhecimento mútuo ocorre uma troca de saberes entre os indivíduos para que assim todos possam traçar novas trajetórias. A fim de relacionar o projeto de extensão como uma forma de fomento e valorização da vida e consequentemente prevenção ao suicídio, se faz necessário compreender que o suicídio é um grave problema de saúde pública inerente a todos os países, de tamanha dimensão que é considerado o segundo causador de morte entre a juventude (indivíduos entre 15 e 29 anos). A cada 40 segundos uma pessoa tira a sua própria vida, isso corresponde a cerca de 800 mil mortes por ano por suicídio (WHO, 2014). A problemática em questão não tem uma causa específica. O comportamento suicida pode ser explicado por uma diversidade de fatores, sejam eles psicológicos, sociais, ambientais e etc, por esse motivo é entendido como uma doença de multicausalidade de fatores (WHO, 2014). Corroborando com tais características do fenômeno é fundamental considerar a instauração do atual cenário de crise sanitária por conta da pandemia do covid-19 como um importante fator impactante na esfera da saúde mental. Com os estabelecimento de medidas como o fechamento do comércio, limitação da mobilidade urbana, cancelamento e proibição de eventos, fechamento de escolas e universidades e intensa recomendação de que as pessoas ficassem em casa, foram introduzidas grandes alterações na rotina dos brasileiros que momentaneamente não puderam estudar, participar de festas e eventos ou socializar no trabalho, posto que algumas empresas e órgãos públicos implementaram o teletrabalho. Além disso, torna-se notório nesse cenário crítico a preocupação com o adoecimento e também as angústias advindas dos entraves financeiros impostos. Logo, acredita-se que a alteração da rotina somada à incerteza sobre a manutenção das condições financeiras e do próprio trabalho provocam grandes impactos psicológicos na população (MENDONÇA, 2020). Neste sentido, WHO ( 2017) coloca que apesar de haver um elevado número de mortes causadas por comportamentos suicidas é possível diminuir essas taxas à partir de estratégias de prevenção, porém para isso é necessário o envolvimento dos atores de todos os âmbitos da comunidade, visto que é um tema bastante complexo. Nesse contexto, com base em dados da Organização Mundial de Saúde, observou que foram desenvolvidas uma diversidade de estratégias com o objetivo de prevenir atos suicidas, assim denominadas como SUPRE (“Suicide Prevention”), incluído projetos sobre a temática, manuais e guias a fim de direcionar os multiprofissionais a como lidar com o suicídio (WHO, 2014). Durante o período de pandemia no ano de 2020 o projeto teve que se reinventar e traçar novas estratégias para continuar promovendo a valorização da vida por meio da arte. A realização das ações ocorreu na modalidade online por meio do Instagram, rede social que é bastante acessada atualmente devido ao seu fácil acesso. Foram realizadas duas lives na rede social que tiveram um bom alcance, cerca de 604 visualizações. A utilização de ferramentas digitais fizeram com que o público alvo das ações do projeto de extensão aumentasse, fazendo com que pessoas que não poderiam assistir às ações realizadas presencialmente, as assistissem de maneira virtual. Muitas atividades antes exercidas de forma presencial pelos indivíduos em função do distanciamento social indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medida preventiva ao Covid-19 tiveram que ser remanejadas para serem feitas de formas remotas, ou seja de maneira digital. Segundo Joye et al (2020), alunos da educação básica, universitários e pós graduandos se readaptaram a um novo estilo de mundo que envolvia as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), trabalhando naquilo que foi denominado como homeoffice. O trabalho de Costa (2020) exemplifica muito bem essas mudanças na área educacional ao expor as ações que foram feitas por professores e alunos do curso de ciências biológicas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Belo Horizonte para dar continuidade a um projeto de extensão voltado para o enriquecimento da aprendizagem para o desenvolvimento de habilidades que atendia crianças de 7 a 13 anos. A autora menciona que as mudanças nas atividades dos projetos perpassaram por reuniões quinzenais via web, eles passaram a explorar mais a divulgação do projeto por meio de redes sociais, e as atividades antes oferecidas às crianças que participavam do projeto passaram a ser enviadas via WhatsApp dos pais, além disso, as reuniões passaram a serem feitas via Skype. A autora aponta ainda para um importante aspecto positivo que ocorreu após a mudança para a modalidade do ensino remoto, como a ampliação do projeto para um maior número de pessoas, inclusive para crianças que não pertenciam ao município de Belo Horizonte, expandindo para outros estados e até mesmo outros países. Já no ano de 2022, foram realizadas ações presenciais, visto que as limitações decorrentes da pandemia foram amenizadas. Foram estabelecidas parcerias com o Instituto Incena e com o Instituto Federal do Nordeste de Minas. Diante da gravidade dos atos suicidas como um problema de saúde pública, e o associado à arte como ferramenta de valorização a vida, os projetos de extensão relacionados à temática se configuram como de extrema importância. Nesse sentido, os projetos de extensão são entendidos legalmente como sendo [...] processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade (FÓRUM..., 2001, p. 5). A política cultural da Universidade Federal dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha (UFVJM), busca utilizar das manifestações artísticas como forma de favorecer a evolução do processo educativo. Além disso, de acordo com as diretrizes da resolução da política cultural da UFVJM, a universidade também visa garantir aos cidadãos o direito ao acesso à cultura. Assim sendo o objetivo da diretoria de Cultura do Proexc é “Promover a arte e a cultura na UFVJM e nas regiões de sua abrangência através da interação entre saberes e linguagens, passado e presente, ciência e arte” (RESOLUÇÃO NO.26 – CONSEPE, 2012, p.2). E para isso o conselho dispõe de diversas estratégias, dentre elas algumas vão de encontro com a proposta de projeto em questão tais como: [...] “ Incentivar e apoiar projetos voltados à realização de seminários culturais, feiras de livros, uso da mídia eletrônica e da internet para a produção e a difusão da crítica artística e cultural, privilegiando as iniciativas que contribuam para a regionalização e a promoção da diversidade; Propor eventos culturais no âmbito da UFVJM que tenham por objetivo apresentar, divulgar e valorizar os trabalhos dos artistas docentes, discentes e técnicos administrativos, além de incentivar a formação de público; Incentivar o desenvolvimento de projetos e programas culturais que tenham como público-alvo a comunidade acadêmica da UFVJM (RESOLUÇÃO NO.26 – CONSEPE, 2012, p.3). Diante da situação de emergência em saúde pública mundial decorrente da pandemia do covid-19 foram impostas pelos autoridades sanitárias e pelo governo federal uma série de medidas de prevenção do contágio a partir do mês de março de 2020 até a presente data. Dessa forma, medidas como o distanciamento social (e consequentemente a suspensão das atividades curriculares da UFVJM) impactaram diretamente na metodologia de realização das atividades do projeto “Sarau Amarelo: uma estratégia de Valorização da Vida através da arte”, de modo que passaram a ser executadas remotamente. Serviços de comunicação por vídeo como Skype, Google Meet e Zoom foram acionados, possibilitando a realização de reuniões de equipe, grupo de formação e eventos, contudo após o ano de 2022 as ações passaram a ser preferencialmente presenciais. Além disso, a rede social de compartilhamento de fotos e vídeos Instagram foi utilizada como plataforma para divulgação de conteúdos produzidos, tais como lives e produções artísticas dos convidados do projeto. Diante da evidente contribuição que o incentivo às atividades artísticas podem proporcionar para a vida dos indivíduos, o presente projeto de extensão se justifica por objetivar a promoção de atividades artísticas-culturais como estratégia de fomento e valorização da vida através da expressão da arte.

Objetivo Geral: proporcionar através da expressão das artes integradas, a realização de saraus, lives e midias digitais como estratégia de intervenção social na prevenção ao suicídio e na valorização da vida. Tendo como aspectos relevantes o estimulo a expressão cultural e artística ao mesmo tempo que se trabalha temas ainda cheios de conservas culturais e tabus como o suicídio, preconceito social, saúde mental e outros temas relacionados com a valorização da vida e direitos humanos. Objetivos específicos: 1- realizar em parceria com o projeto viver de prevenção ao suicídio, ações ( virtuais e/ou presenciais) de capacitação e fomento as artes integradas em instituições educacionais e sociais, estimulando a expressão através da arte, das questões socio-afetivas relacionadas a saúde mental e da valorização da vida; 2- Realizar ações de incentivo a cultura e a expressão artístico cultural através de saraus, lives e mídias digitais, 3 - trabalhar através da arte temas transversais, relacionados à valorização da vida, juventude, relações étnicos-raciais, violência de Gênero, direitos da Criança e do adolescente, direitos humanos entre outros; 4 - Realizar ações que dêem visibilidade ao “Dia Mundial de Prevenção do Suicídio”, bem como ao mês de setembro, nomeado como “setembro amarelo”. 5- Realizar ações de formação, com uso de metodologias participativas, para estudantes da UFVJM, servidores, colaboradores mesmo do público em geral em: teatro, psicodrama, musicalização, escrita literária, fotografia, cinema entre outras possibilidades da expressão artística; 6- Incentivar a expressão artística de temas socialmente difíceis, polêmicos, mas que podem através da arte traduzir sua representação simbólica; 7- Fomentar a discussão sobre o suicídio, direitos humanos e valorização da vida em espaços públicos como escolas, grupos comunitários, instituições de saúde entre outros;

1. Realizar ao total 2(duas) oficinas com duração de 4 (quatro) horas cada, voltada para formação dos atores sociais interessados na temática da valorização da vida e dos direitos humanos. 2. Realizar oficinas de formação em artes:psicodrama, cinema, teatro e escrita literária, ao longo dos meses de maio de 2023 a novembro de 2023; 3. Criar mecanismo de propagação e divulgação das ações do projeto em mídias sociais, internet, plataformas de podcast, rádio e outras formas de divulgação; 4. Realizar atividades diversas, como cine discussões, seminários, programas de rádio e TV entre outras como forma de efetivação da campanha do 'Setembro Amarelo'; 5- Levantar junto às instituições interessada Banco de talentos; 6- Fomentar e estimular através de ações interdisciplinares junto às instituições parceiras a produção de novos talentos; 7. Elaborar relatório parcial e final referente ao projeto; 9. Participação em eventos científicos 10. Elaborar artigo científico com relato de experiência sobre as ações do projeto;

Aspectos Metodológicos Tendo em vista que a temática requer um cuidado importante com as estratégias tanto de formação e preparação da equipe, quanto com os sujeitos envolvidos nas discussões de seu entorno, optou-se neste projeto em abordar a temática através de metodologias participativas,dialógicas e interativas. De acordo com Queiroz e Couto (2015) o uso de métodos e técnicas que facilitem aos integrantes de suas ações a vivência de sentimentos e percepções sobre determinados fatos ou informações, que os leve a reflexão sobre eles e a ressignificação de seus conhecimentos e valores, percebendo, assim, as possibilidades de mudanças frente a suas realidades. Desta forma, concebe-se que tal estratégia trabalho contribuirá significativamente para o modelo de formação e trocas de conhecimentos pelos quais intenciona se com este projeto. Apesar dos desafios que o uso de ferramentas digitais como recursos metodológicos para a execução de ações de extensão neste novo cenário de distanciamento social devido à pandemia do covid-19, observa-se a grande contribuição que a internet traz como forma de ampliação do acesso e divulgação do conhecimento. No entanto tal desafio trouxe oportunidades da geração de formas alternativas de aproximação entre os indivíduos e mesmo de expansão da criatividade e das possibilidades por intermédio das mídias digitais e redes sociais. Tratando-se do projeto em questão, serão de grande importância tais ferramentas como incentivadores da arte e cultura uma vez que as grande parte das ações serão realizadas em ambiente virtual e de ferramentas on-line. Isto posto, serão descritas abaixo as etapas, procedimentos e ações a serem desenvolvidas: Reuniões de equipe: As reuniões de equipe acontecerão ao menos duas vezes ao mês no primeiro trimestre tendo em vista o início das atividades como levantamento e revisão bibliográfica, elaboração do material de divulgação, bem como a definição de papéis e atribuições da equipe. Nos meses subsequentes as reuniões terão periodicidade mínima mensal para avaliação, planejamento e condução das atividades. A coordenação e o bolsista deste projeto realizarão encontros semanais para avaliação e definição das atividades do bolsista, que, se necessário ocorrerá com a participação da equipe. Formação da equipe em mídias sociais: Oficinas de Formação em Artes integradas serão realizadas inicialmente oficinas de formação em teatro, cinema e fotografia em parceria com o Instituto cultural in-cena, bem como sobre o uso de técnicas de expressão artísticas para o trabalho de temas transversais junto a equipe de trabalho e representantes de escolas públicas, grupos comunitários e movimentos sociais do município. Essas ações tem por objetivo trazer aos colaboradores uma linguagem mais próxima em relação às artes e compreensão da importância delas como ferramentas de intervenção social. Em parceria com o projeto Viver, serão realizadas reuniões, rodas de discussão, palestras com a temática da prevenção ao suicidio e valorização da vida. Concomitantemente será levantado junto aquele público específico, os talentos das diversas áreas artísticas: poesias, músicas, pinturas, danças, teatros entre outras, para comporem as atividades do Sarau. Serão estimulados a produção de peças de arte que se relacionam com a temática do Sarau. Serão realizados 3 saraus, um no campus da UFVJM-Mucurí, Instituto Federal do Nordeste de Minas e na Escola Estadual Irmã Maria Amália, que serão organizados ao longo do ano de 2023. Poderão ser realizados tanto nas plataformas das redes sociais oficiais do projeto quanto em plataformas educacionais ou institucionais fechadas, como é o caso de instituições educacionais, grupos de trabalho e outras organizações que em demanda e agendamento prévio se interessem pelas ações do projeto. Processo de Diálogo com a comunidade sobre expressão artística e valorização da vida: Dentro da perspectiva dialógica, serão promovidas com os participantes e envolvidos com as ações, diálogos e discussões relacionadas à produção artística, com vistas a ampliar os conhecimentos do público sobre arte, saúde, cidadania e direitos humanos. Para isso, serão propostos questionamentos e os participantes serão fortemente estimulados a se manifestarem. Neste sentido todas as ações do projeto serão registradas por meio de fotografias, filmagens, relatórios, entrevistas e outros possíveis instrumentos de registro sobre a ação, seus impactos e perspectivas. Além disso, serão redigidos os relatórios parcial e final contendo todas as informações levantadas e a análise da metodologia implementada no projeto. Intenciona-se também a divulgação científica dos processos de construção do projeto, suas ações e resultados Avaliação e Monitoramento Pelo Público Serão realizadas Enquetes para que os participantes do sarau possam avaliar as ações do projeto, bem como formulários de avaliação das ações Pela Equipe As atividades serão avaliadas nas reuniões de equipe, apontando os pontos forte e fracos das atividades, com avaliação periódica e gradativa de acordo com a execução das ações.

BARROS, D. D. et al. Cultura, economia, política e saber como espaços de significação na Terapia Ocupacional Social: Reflexões sobre a experiência do Ponto de Encontro e Cultura. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 21, n. 3, p. 583-594, 2013. FONTES et al. O SARAU DE POESIAS NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Educere. P. 25050- 25060, 2015. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS E SESU/ MEC. Plano Nacional de Extensão Universitária. ed. atual. Natal: MEC, 2000/2001. Disponível em: . Acesso em: 07/09/2021 GOMES, A. A. Projeto Viver: Prevenção de Suicídio no Município de Teófilo Otoni. Disponível em:< file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/Projeto%20Viver.pdf> Acesso em: 07/09/2021 LANGDON, E. J; WIIK, F. B. Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao conceito de cultura aplicado às ciências da saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem. P..174-181, 2010. RESOLUÇÃO NO.26 – CONSEPE, DE 19 DE OUTUBRO DE 2012. Disponível em:<file:///C:/Users/USUARIO/Downloads/Resolucao_26_Aprova_a_Politica_Cultural_da_UFVJM_2.pdf> Acesso: 07/09/2021 WIKIPEDIA. Sarau, 2021. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarau> Acesso em:07/09/2021 WHO. (2014). Prevenjng suicide: A global Perspecjve. WHO. (2017). World Health Stajsjcs 2017: Monitoring health for the SDGs.

O Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina do Mucuri – FAMMUC (2018), atualizada em 2019. afirma que o estudante deve desenvolver capacidade crítica e reflexiva, sendo agente transformador e de produção de conhecimentos, avaliando também suas necessidades de conhecimento para, através da educação permanente, manter-se atualizado e transformar continuamente sua prática com base em novos conhecimentos, contribuindo para o mesmo processo dos seus pares e demais profissionais de saúde; para, através de observação diferenciada e metodologia científica, pesquisar a sua realidade e produzir conhecimento e também para a incorporação em sua prática dos conhecimentos novos baseados em evidências científicas. Diante disso, justifica-se a participação de estudantes do curso de Medicina neste projeto, atuando pautados no senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, com vistas a promover a saúde integral do ser humano. Os estudantes da FAMMUC irão desenvolver atividades que articulem o ensino, a pesquisa e a extensão, fundamentais para uma formação integral, generalista e humanizada. Reafirmando a necessidade de consolidação do Tripé Ensino-Pesquisa-Extensão no ensino Superior na UFVJM. Eles estarão envolvidos em todas as etapas do trabalho realizado, desde o levantamento bibliográfico, passando pela organização das atividades (oficinas de formação, grupo de estudos entre outros), a organização dos materiais didático-pedagógicos, elaboração de cenários, organização das atividades dos Sarau, o registro de todas as atividades realizadas, bem como a elaboração de relatórios parciais e relatório final do projeto. A equipe de Coordenação do projeto realizará reuniões periódicas com o bolsista e os demais estudantes participantes do projeto para Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFVJM) planejamento, discussão e avaliação das atividades propostas e realizadas. O bolsista será avaliado por sua assiduidade e compromisso na realização das tarefas, sendo observado o cumprimento da carga horária semanal prevista de 12 horas. Além disso, será cobrada uma postura ética com o público-alvo do projeto e domínio de assuntos fundamentais para análise da realidade à qual o projeto se destina, uso da arte como ferramenta de transformação social, saúde mental, prevenção ao suicídio, fatores de risco e proteção envolvidos nas tentativas de suicídio. Bem como, com o projeto será desenvolvido nos participantes e principalmente no bolsista, uma maior percepção sobre formas alternativas de intervenção social, aguçando assim o interesse pelas artes e pela cultura, para além do propósito apenas de lazer, mas de expressão da cidadania e de mudança social.

Este projeto demonstra sua relevância no sentido de ser um instrumento de transformação social através da arte, incentivo a produção de novos talentos além de oportunizar e favorecer a expressão de conteúdos relacionados à valorização da vida. Trata-se de uma proposta interdisciplinar, tendo em vista a transversalidade da Arte como temas de saúde e educação. Pontua-se também a característica de fomento e incentivo de integração às novas tecnologias e a possibilidade de acesso a diferentes públicos, incluindo os mais vulneráveis. Como observação, o projeto acompanhará as exigências sanitárias realizando suas atividades no molde híbrido.