Este projeto consiste em promover o ensino de técnicas de canto e teatro aos participantes deste coral, bem como compor repertório, a partir de compositores locais/regionais/nacionais, e realizar apresentações em escolas e demais eventos para os quais o coral for convidado, em Teófilo Otoni e adjacências. Tal projeto está sendo proposto considerando-se o papel transformador que a arte pode desempenhar na vida dos sujeitos, que vem sendo abordado por diversos autores na atualidade. Serão beneficiados diretamente 40 estudantes da UFVJM que terão a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos relacionados à técnica vocal e ao teatro, à arte e à cultura de forma geral, e 500 estudantes e/ou outras pessoas que participarão das apresentações do coral, o que promove uma aproximação destes com a arte. De forma indireta, serão beneficiados os familiares dos estudantes participantes, que poderão ser “contagiados” pelos conhecimentos/reflexões trazidos pelos filhos a partir das músicas e textos estudados/apresentados nos espetáculos. O projeto vem sendo desenvolvido desde 2016 e o coral já recebeu vários convites para apresentações curtas dentro de eventos promovidos pelo Instituto Cultural In-Cena e também pela UFVJM, eventos nos quais houve ampla participação da comunidade externa à UFVJM.

Coral, Teatro, Música

Este projeto consiste em promover o ensino de técnicas de canto e teatro aos participantes deste coral, bem como compor repertório, a partir de compositores locais/regionais/nacionais, e realizar apresentações em escolas e demais eventos para os quais o coral for convidado, em Teófilo Otoni e adjacências. Tal projeto está sendo proposto considerando-se o papel transformador que a arte pode desempenhar nas vidas dos sujeitos, o que vem sendo abordado por diversos autores na atualidade. Serão beneficiados diretamente 40 estudantes da UFVJM que terão a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos relacionados a técnicas vocais e ao teatro, à arte e à cultura de forma geral, e 500 estudantes e/ou outras pessoas que participarão das apresentações do coral, o que promove uma aproximação destes com a arte. De forma indireta, serão beneficiados os familiares dos estudantes participantes, que poderão ser “contagiados” pelos conhecimentos/reflexões trazidos pelos filhos a partir das músicas e textos estudados/apresentados nos espetáculos. Neste projeto, quanto à musicalização, serão utilizados dois métodos: Dalcroze e Kodály. Nas oficinas de teatro, serão utilizados os jogos teatrais desenvolvidos pelo Teatrólogo Augusto Boal, descritos no livro Jogos Para Atores e Não Atores, para a preparação dos estudantes para as construções e apresentações dos espetáculos do coral. O projeto vem sendo desenvolvido desde 2016 e o coral já recebeu vários convites para apresentações curtas, de aproximadamente vinte minutos, dentro de eventos promovidos pelo Instituto Cultural In-Cena e também pela UFVJM, eventos nos quais houve ampla participação da comunidade externa à UFVJM. Dentre os principais resultados deste projeto podem ser destacados os seguintes: a) Realização de doze apresentações do coral, conforme destacado a seguir: 01. Semana de Qualidade de Vida do Estudante (08/08/2017); 02. Semana de Qualidade de Vida do Estudante (11/08/2017); 03. Cine Pojichá – 1º Festival de Cinema dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha (24/11/2017); 04. Evento do NEPE – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Envelhecimento (01/03/2018); 05. Festival Nacional de Teatro de Teófilo Otoni – FESTTO 2018 (02/06/2018); 06. Semana Acadêmica de Matemática (26/07/2018); 07. Semana Acadêmica do Serviço Social (22/10/2018); 08. 3ª Semana Acadêmica de Medicina (III SAM) (24/11/2018); 09. Festival Nacional de Teatro de Teófilo Otoni – FESTTO 2019 (22/06/2019); 10. II Congresso Acadêmico de Medicina de Teófilo Otoni (CAME) (12/09/2019); 11. Simpósio Integrado de Administração Pública (SINTAP) (03/10/2019); 12. Simpósio de Educação em Direitos Humanos da UFVJM (07/11/2019). Dentre as músicas que estão sendo apresentadas pelo coral se destacam: O som da pessoa (Gilberto Gil), Maracangalha (Dorival Caymmi), O cio da Terra (Milton Nascimento), Azulão (Inezita Barroso), Cajuína (Caetano Veloso), Cálice (Chico Buarque), João e Maria (Chico Buarque), Maria Maria (Milton Nascimento) e Sapato Velho (Roupa Nova). As apresentações realizadas durante o FESTTO foram mais longas. No FESTTO 2018, foi apresentado o Espetáculo Cantares de Luta, em parceria com o Grupo de Teatro Universitário Arte (com)Ciência, com o Laboratório Experimental de Educação, Cultura e Arte (EDUCARTE) e com o Instituto In-Cena, tendo a participação de estudantes vinculados aos três parceiros. Algumas das músicas destacadas acima foram mescladas com poemas. No FESTTO 2019, a apresentação do coral compôs a Mostra UFVJM de Extensão Universitária, também realizada em parceria com o Arte (com)Ciência, com o EDUCARTE e com o Instituto In-Cena, tendo a participação de estudantes vinculados aos três parceiros. As músicas O cio da terra (Milton Nascimento), Maracangalha (Dorival Caymmi), Cajuína (Caetano Veloso), Sapato velho (Roupa Nova), Cálice (Chico Buarque), João e Maria (Chico Buarque) e Maria Maria (Milton Nascimento) foram mescladas com poemas escritos por mulheres, com os objetivos de discutir questões da atualidade e de visibilizar a poesia produzida por elas; b) Apresentação de um trabalho, de forma oral, na VII Semana da Integração Ensino, Pesquisa e Extensão, com publicação de resumo nos anais desse evento; c) Publicação de um capítulo em livro sobre o andamento desse projeto. Por fim, entende-se que esse projeto deve ser continuado para que mais ações como as realizadas até o momento possam ser promovidas, principalmente porque esse campus universitário se encontra em região com pouca diversidade de atividades culturais e poucos equipamentos culturais disponíveis e considerando também o impacto positivo que o projeto tem causado nos participantes.

Segundo Ferreira (2010), de acordo com as concepções de Lukács e Vigotski, “a arte pode transformar o arranjo da consciência dos homens, conferindo-lhes novas formas de apreensão do real e substância crítica capaz de confrontar a sociedade capitalista em sua totalidade.” Dentre as muitas manifestações artísticas que se tem conhecimento, pode-se destacar a música. Schwartz e Amato (2011) reforçam a importância da música no contexto social, “quando se fala em cantar, não se pode considerar que este ato seja apenas um exercício artístico, mas a possibilidade e os meios de um indivíduo se reconhecer a si mesmo e transformar esse reconhecimento em vida consciente. Cantar é, no entanto, o campo primordial da aplicação da música, o dom concedido a todos, por natureza, a fim de expressarem-se, independentemente do resultado estético dessa expressão” (SCHWARTZ E AMATO, 2011). O canto coral representa uma possibilidade de cantar de forma coletiva. De acordo com Junker (1999), “no ambiente social, o canto coral tem acontecido como uma manifestação cultural onde pessoas de vários seguimentos da sociedade se reúnem com um fim comum, em busca de realização cultural pessoal que será manifesta através de experiência ou vivência da sensibilidade estética. Felizmente, não é discriminatória e se dá nos variados níveis sociais, dependendo apenas da iniciativa de algum agente societário, seja uma instituição, ou até mesmo indivíduos idealistas iniciadores da própria atividade coral. Neste contexto, o canto é realizado de forma amadorística” (JUNKER, 1999). Existem diversos gêneros de canto coral, dentre eles os cênicos, que podem ser definidos como “grupos que tem como características executarem tanto concertos como shows onde utilizam também da coreografia para suas apresentações” (JUNKER, 1999). Este projeto está sendo proposto considerando-se o papel transformador que a arte pode desempenhar nas vidas dos sujeitos, abordado por alguns dos autores destacados anteriormente e considerando-se que ele está em consonância com a Política Cultural da UFVJM. Tal projeto visa contribuir para que sejam alcançadas três metas do Plano Nacional de Cultura. A primeira delas é a META 19, que consiste no “aumento em 100% no total de pessoas beneficiadas anualmente por ações de fomento à pesquisa, formação, produção e difusão do conhecimento”. Ainda segundo este documento, “o apoio à pesquisa acadêmica ou de linguagem torna possível desenvolver o conhecimento no campo da cultura, das linguagens artísticas e do patrimônio cultural. Entre as ações que podem incentivar a pesquisa estão o apoio para participação em congressos e outros encontros científicos, distribuição de bolsas e instituição de prêmios para pesquisa, residências artísticas e formação” (BRASIL, 2013). O Plano Nacional de Cultura tem também, como uma de suas metas, o “aumento em 60% no número de pessoas que frequentam museu, centro cultural, cinema, espetáculos de teatro, circo, dança e música” (META 28). De acordo com este documento, “no Brasil, a cultura ainda não é um direito usufruído pela maioria da população. Sendo assim, o aumento da frequência às práticas artísticas e culturais deve ser o reflexo de políticas que estimulem a fruição, a formação de público e que ampliem a oferta de bens culturais” (BRASIL, 2013). Neste sentido, este projeto pretende colaborar com tal meta, já que objetiva, dentre outras coisas, fazer circular, em escolas públicas de Teófilo Otoni e região, apresentações que já foram produzidas em momentos anteriores e também as que serão produzidas durante a execução deste projeto. Por meio da realização deste projeto, também se pretende colaborar com a META 24 do Plano Nacional de Cultura, que visa “ter, em cada região do Brasil, mais cidades que produzem ou recebem espetáculos e atividades artísticas financiados com recursos públicos federais”. (BRASIL, 2013). Este projeto teve início em julho de 2016 e permanece ativo, tendo atualmente o seguinte número de registro na PROEXC: 2022102202212057. Até o momento, como destacado na introdução, doze apresentações artísticas, uma apresentação de um trabalho, de forma oral, na VII Semana da Integração Ensino, Pesquisa e Extensão, com publicação de resumo nos anais desse evento; e a publicação de um capítulo em livro sobre o andamento desse projeto. Considerando-se o envolvimento dos coristas e o grande número de convites que o coral vem recebendo, entende-se que tal projeto deve ter continuidade. Em 2019, os participantes do Coral Cênico do Campus do Mucuri foram submetidos a um questionário, sob a forma de formulário online, e constatou-se a influência do projeto nos mais variados âmbitos de suas vidas, inclusive no acadêmico. As perguntas do questionário exigiam que os estudantes avaliassem com uma nota de 0 (zero) a 5 (cinco) a contribuição do coral em cada quesito proposto. Vinte e três participantes responderam e a nota 5 (cinco) foi a mais aplicada, correspondendo a 78,3% no quesito “conhecimento técnico da musicalidade e teatro”; 60,9% em “intimidade com o próprio corpo e adequação postural”; 69,6% em “desinibição, dicção e entonação” e 82,6 % em “capacidade de trabalho em equipe”. Segue depoimento de uma estudante participante deste coral contendo suas impressões sobre este projeto: “acho que finalmente entendi qual a importância da arte. Claro que sabia que era importante pra formação mais não era uma coisa que me importava tanto. No coral, com essa experiência, aprendi muito mais a ver arte com outros olhos. Por mais sutil que parece, você desenvolve muito mais que uma voz afinada, desenvolve conceitos morais”. Ou seja, por meio da arte, tudo pode ser repensado e isso é maravilhoso porque, como nos diz Boff (2012), para um mundo novo, mais justo, mais equilibrado, precisamos de novos corações e novas mentes. Diante do exposto, entende-se que este projeto deve ter continuidade para que mais pessoas possam ser “contagiadas” pelo poder que a arte tem de nos transformar. Ademais, como mencionado anteriormente, a fruição artística e cultural compõe o campo dos direitos e garantias fundamentais constitucionais e é um importante instrumento de transformação social e consolidação da cidadania. No Brasil, essa fruição é restringida pela ausência ou pela quantidade insuficiente de equipamentos e serviços culturais. O Vale do Mucuri, situado no nordeste de Minas Gerais e composto por 27 municípios, é um exemplo de território em que essa restrição pode ser constatada. De acordo com o Índice Mineiro de Responsabilidade Social – IMRS, em 2007, 11 municípios apresentavam média Diversidade de Atividades Culturais (DAC); 03 municípios, baixa DAC; 03 municípios, alta DAC e, para os demais 10 municípios não foram levantados dados. Importante ressaltar que média DAC, categoria em que se encontra a maioria dos municípios onde foi possível levantar informações sobre esse indicador, significa que duas ou três atividades culturais foram realizadas em 2007, dentro das modalidades consideradas na pesquisa (cursos, festivais, feiras e exposições), o que representa um quantitativo muito pequeno de ações. Em 2018, constatou-se, em todo o vale, a existência de apenas: 07 centros culturais; 06 museus; 08 teatros e 01 cinema (IMRS, 2020). Nesse sentido, a continuidade desse projeto visa continuar a contribuir para o aumento de diversidade de atividades culturais no Vale do Mucuri.

GERAL: Promover o ensino de técnicas de canto e teatro aos participantes deste coral, bem como compor repertório, a partir de compositores locais/regionais/nacionais e realizar apresentações em escolas e demais eventos, em Teófilo Otoni e adjacências, para os quais o coral for convidado. ESPECÍFICOS: 01. Promover o ensino de técnicas de canto e teatro aos participantes; 02. Possibilitar aos participantes um maior conhecimento sobre a música e a cultura popular brasileira; 03. Pesquisar o trabalho realizado por compositores do Vale do Mucuri e identificar canções que poderão compor o repertório do Coral Cênico do Campus do Mucuri; 04. Pesquisar poemas e textos de compositores do Vale do Mucuri e produzir arranjos para que estes textos possam fazer parte do repertório do Coral Cênico do Campus do Mucuri; 05. Identificar as vocações artísticas da comunidade acadêmica participante do projeto, com vistas a valorizá-las e a potencializá-las; 06. Realizar apresentações do Coral Cênico do Campus do Mucuri em escolas da rede pública estadual e municipal e em demais eventos para os quais o coral for convidado, com vistas a valorizar a cultura e a música brasileira e também a cultura e a música do Vale do Mucuri; 07. Participar de intercâmbios com outros corais e de festivais; 08. Preparar e postar mensalmente textos, no perfil do Arte e Ciência no FaceBook, relacionados a temas vinculados ao canto coral, em especial à modalidade coral cênico, e à arte e cultura do Vale do Mucuri; 09. Buscar estratégias para ampliar o acesso de jovens ao perfil do Arte e Ciência no FaceBook, enquanto esse perfil estiver em uso para a realização de ações do projeto; 10. Elaborar relatórios parcial e final do bolsista e relatório final do coordenador contendo todas as informações levantadas e a análise da metodologia implementada no projeto; 11. Elaborar outros materiais para a divulgação do projeto (banner, relato e documentário); 12. Elaborar trabalho científico a respeito do projeto e apresentá-lo em eventos acadêmicos institucional e externo. Entende-se que este projeto atende os objetivos I,II, III e IV do Procarte destacados a seguir: 2.1.I Contribuir com a formação dos discentes a partir da interação com as manifestações culturais e artísticas das regiões de abrangência da UFVJM; 2.1.II Estimular, por meio do fazer cultural-artístico, a formação de público e a valorização dos espaços dedicados à cultura e às artes; 2.1.IÍI Proporcionar e incentivar o respeito às diversas manifestações culturais e artísticas em suas múltiplas funções, identificando-as, relacionando-as e compreendendo-as em seu contexto histórico e 2.1.IV Estreitar relações com agentes culturais e artistas das regiões de abrangência da UFVJM, e instituições públicas ou privadas com reconhecida experiência em artes.

PREVISÃO DE IMPACTO DIRETO: De forma direta, pretende-se atingir, com a realização das ações nos municípios alvo do projeto, um público de 540 pessoas. PREVISÃO DE IMPACTO INDIRETO: Os participantes das ações deste projeto poderão agir como promotores de reflexão nos espaços em que atuam, em especial na família e na escola. Sendo assim, de forma indireta, poderão ser beneficiados também outros sujeitos que convivem com o público direto do projeto. INDICADORES NUMÉRICOS: a) Realização de 50 oficinas com os participantes do coral para desenvolvimento das atividades previstas no projeto; b) Realização de 05 apresentações do coral em escolas e outros eventos para os quais o coral for convidado; c) Elaboração de 01 texto mensal para postagem no FaceBook e Instagram; d) Elaboração de 01 Relatório Parcial do Bolsista do projeto; e) Elaboração de 01 Relatório Final do Bolsista do projeto; f) Elaboração de 01 Relatório Final do Coordenador do projeto; g) Elaboração de 01 trabalho científico para apresentação em eventos institucional e externo; h) Elaboração de 01 banner, 01 relato e 01 documentário para divulgação do projeto.

O coral se reunirá duas vezes por semana, tendo uma hora de duração cada encontro, sendo um para o ensino de música e o outro para o ensino de técnicas teatrais, construção de coreografia e montagem de cenário e figurino para as apresentações. Os ensinamentos referentes à música ficarão sob responsabilidade de uma cantora e instrumentista vinculada ao Instituto In-Cena. Por outro lado, os ensinamentos relacionados ao teatro, bem como a produção das apresentações, ficarão sob responsabilidade de um ator também vinculado a este instituto e da coordenação deste projeto. Outros parceiros também vinculados ao Instituto In-Cena contribuirão, em momentos mais específicos, de acordo com as necessidades identificadas durante a condução do projeto. Quanto à musicalização, serão utilizados dois métodos: Dalcroze e Kodály. O suíço Émile Jacques Dalcroze (1865 - 1950) atuou como professor no Conservatório de Genebra. “Seu grande mérito foi propor um trabalho de educação musical baseado no movimento corporal e na habilidade de escuta. Em seu trabalho, Dalcroze constatou a precariedade do preparo auditivo de seus alunos. Estes não conseguiam ouvir a música que viam na partitura impressa. Dalcroze percebeu então que o erro estava em não deixar que os alunos experimentassem sonoramente o que deviam escrever. Então ele passou a incentivar a escuta e o toque ao piano antes do aluno começar a realizar a atividade. Dalcroze concluiu também que seus alunos tinham dificuldades para cantar obedecendo a organização rítmica das melodias, apesar de compreendê-la bem. Essas dificuldades estavam relacionadas ao controle sobre os movimentos do aparelho vocal. Foi então que ele elaborou uma proposta de educação musical baseada na interação entre música, escuta e movimento corporal. A esse sistema de educação musical, Dalcroze chamou “Rythmique” (Rítmica). Ele se relaciona diretamente à educação geral, pois fornece instrumentos para o desenvolvimento integral do ser humano através da música e do movimento, além de atuar como atividade educativa, desenvolvendo a escuta, o movimento corporal, a voz cantada e o uso do espaço em que a pessoa está inserida. Dessa forma, Dalcroze percebeu que o primeiro instrumento musical a ser treinado seria o corpo” (OLIVEIRA, 2012). O segundo método a ser utilizado neste projeto é o método desenvolvido pelo húngaro Zoltán Kodály (1882 - 1967). Este método “inclui leitura, escrita da música, treinamento auditivo, rítmica, canto e percepção musical. A consciência e o sentido rítmico são trabalhados com as crianças por meio de jogos que auxiliam na compreensão e no reconhecimento dos modelos rítmicos tanto oral como visualmente. O ritmo não é ensinado separadamente da melodia. Para Kodály, é importante desenvolver o hábito da entonação desde cedo, pois talvez depois não seja possível aperfeiçoar essa capacidade. Os componentes do método Kodály não são novos, mas adaptações de propostas existentes em outros países. Ele juntou-os num planejamento gradativo e coerente: sistema de símbolos de duração rítmica; sistema de alturas relativas – dó móvel (Tonic Solfa) e manossolfa – conjunto de sinais manuais que auxiliam o desenvolvimento de relações tonais” (OLIVEIRA, 2012). Nas oficinas de teatro, serão utilizados os jogos teatrais desenvolvidos pelo Teatrólogo Augusto Boal, descritos no livro Jogos Para Atores e Não Atores (215), para a preparação dos estudantes para as construções e apresentações dos espetáculos do coral. Também durante as reuniões, serão realizadas discussões de forma a possibilitar aos participantes um maior conhecimento sobre a música e a cultura popular brasileira. Além disso, serão feitas pesquisas sobre o trabalho realizado por compositores do Vale do Mucuri e identificadas canções que poderão compor o repertório deste coral. Serão pesquisados também poemas e textos de compositores do Vale do Mucuri e produzidos arranjos para que estes textos possam fazer parte do repertório do coral. Durante a execução do projeto, serão identificadas as vocações artísticas da comunidade acadêmica participante do projeto, com vistas a valorizá-las e a potencializá-las. Serão promovidas apresentações do coral em escolas da rede pública estadual e municipal e em demais eventos para os quais o coral for convidado, com vistas a valorizar a cultura e a música brasileira e também a cultura e a música do Vale do Mucuri. A equipe do projeto participará de intercâmbios com outros corais e de festivais. Ao longo do projeto, serão também elaborados materiais para a divulgação do mesmo (banner, relato e documentário). Além disso, serão redigidos os relatórios parcial e final do bolsista e final do coordenador contendo todas as informações levantadas e a análise da metodologia implementada no projeto. Ademais, a partir dos resultados obtidos e discutidos pela equipe, será redigido trabalho científico para apresentação em eventos institucional e externo. Serão realizadas a preparação e realização de postagens mensais de textos, no perfil do Arte e Ciência no FaceBook e no Instagram, relacionados a temas vinculados ao canto coral, em especial à modalidade coral cênico, e à arte e cultura do Vale do Mucuri. Para ampliar o acesso de jovens a esses textos, serão estabelecidas parcerias com professores da rede pública de ensino de Teófilo Otoni e adjacências que possam contribuir na disseminação do perfil Arte e Ciência no FaceBook e Instagram. Para a avaliação das atividades pelo público, será criado formulário simples e objetivo, em que os participantes poderão emitir parecer sobre a importância da ação, o acréscimo de conhecimento promovido por ela, o desempenho do mediador e a dinâmica da atividade. Também haverá espaço para outras sugestões e críticas. A equipe também avaliará as ações, na primeira reunião subsequente à realização das mesmas. Nesta reunião da equipe, também serão analisadas as avaliações feitas pelos participantes das ações. Desta forma, se forem identificadas mudanças necessárias a partir da análise da equipe e dos formulários de avaliação preenchidos pelos participantes, as mesmas serão empreendidas antes da ação seguinte. Serão parceiros deste projeto o Instituto In-Cena (na categoria Parcerias com grupos artístico-culturais existentes) e o Grupo Cultural Tambores do Mucuri (na categoria Outras Parcerias). O Instituto In-Cena participará e compartilhará a condução das oficinas semanais do projeto. Também contribuirá na montagem do espetáculo músico-cênico do projeto é disponibilizará materiais para as atividades artísticas de campo. O Grupo Cultural Tambores do Mucuri, vinculado a projeto de extensão da UFVM, ficará responsável por colaborar na construção musical instrumental do espetáculo vinculado ao projeto é contribuir no levantamento de demandas das escolas que poderiam ser atendidas pelo projeto em etapas futuras de sua realização. Mediante o exposto, vale ressaltar que há viabilidade da proposta com a infraestrutura existente na UFVJM.

BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. 1. ed. São Paulo: Cosac & Naify, 2015. BOFF, L. Sustentabilidade: O que é - O que não é. 1. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2012. BRASIL. As Metas do Plano Nacional de Cultura, outubro de 2013, 3 ed. FERREIRA, N. B. P. A arte e a formação humana: implicações para o ensino de literatura. In MARTINS, L. M., DUARTE, N., orgs. Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.191 p.). JUNKER, D. O Movimento do Canto Coral no Brasil: breve perspectiva administrativa e histórica. In: Anais do XII Encontro Anual da Associação Nacional de Pesquisa e PósGraduação em Música (ANPPOM): Salvador, 1999. OLIVEIRA, C. B. N. A prática do canto coral infantil como processo de musicalização. 2012. 89 p (Mestrado em Música) – Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012. SCHWARTZ, G. M., AMATO, D. C. O movimento no canto coral: estética ou necessidade? Acta Científica, v. 20, n. 3, p. 93-103, set/dez 2011.

Os estudantes deverão participar das reuniões do coral realizadas semanalmente. Eles deverão dedicar um tempo fora dos horários dos encontros para a realização de exercícios e atividades, bem como leituras de textos indicados pela equipe deste projeto. Além disso, eles devem participar das etapas de construção do repertório do coral. Os estudantes deverão participar das apresentações do coral em escolas e demais eventos para os quais o coral for convidado. Caso este projeto seja contemplado no Edital Proexc 02/2023 Procarte, o estudante bolsista deverá elaborar formulário para a avaliação das ações pelos participantes e sistematizar os resultados obtidos nestas avaliações, escrever os relatórios parciais e final exigidos pela Proexc, sob a orientação da coordenação do projeto, e apresentar trabalho com resultados do projeto em eventos institucional e externo. Caso seja necessário realizar esse projeto, ou parte dele, de forma online, o bolsista se responsabilizará pela preparação e realização de postagens semanais de textos, no perfil do Arte e Ciência no FaceBook e Instagram, relacionados a temas vinculados ao canto coral, em especial à modalidade coral cênico, e à arte e cultura do Vale do Mucuri. Além disso, todos os estudantes envolvidos devem contribuir na elaboração de materiais para a divulgação do projeto (banner, relato e documentário). Os resultados do projeto serão discutidos pelos estudantes e demais membros da equipe e organizados para apresentação em congresso. Na realização deste projeto, os estudantes da UFVJM terão a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos relacionados à técnica vocal, à música, ao teatro, à arte e à cultura, de uma forma geral. Os estudantes serão avaliados pela participação efetiva nas reuniões semanais, pelo interesse demonstrado no preparo das atividades, pelo esforço feito no cumprimento do cronograma de trabalho e pela autonomia na realização das tarefas.

Esse projeto está vinculado ao Programa de Extensão “CienCEArte – Ciência, Cultura, Educação e Arte: diálogos transdisciplinares entre universidade e sociedade”, registrado na PROEXC sob o número TO 001.1.001-2018, cujo formulário de registro se encontra depositado fisicamente no Campus do Mucuri, na sede da Proexc. Esse projeto possui os dois tipos de parceria previstos no Roteiro para elaboração de projetos e critérios de avaliação referentes ao Programa de Bolsas de Apoio à Cultura e à Arte (Procarte). O Instituto In-Cena é um parceiro que se encaixa na parceria definida no Item 11 do documento citado anteriormente (Parcerias com grupos artístico-culturais existentes) e o Grupo Cultural Tambores do Mucuri é uma parceira que se encaixa no Item 12 (Outras Parcerias). Caso esse projeto seja aprovado, os recursos financeiros serão utilizados da seguinte forma: despesas com transporte (R$2996,00), o que possibilitará o deslocamento da equipe até os municípios em que as atividades serão realizadas; e despesas com serviços da gráfica UFVJM (R$3,20), para a impressão de cartaz colorido em tamanho A3 com informações sobre o projeto, com vistas a ser utilizado durante a realização das atividades, conforme determina o edital. Ao longo do ano de 2023, caso seja aberto pregão para impressão de banners, esse cartaz será substituído por banner, o que implicará no uso de um valor menor do que o previsto no item “despesas com transporte”, para que não seja o extrapolado o valor máximo permitido pelo edital (R$3000,00).