Visitante
Longeviver
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
priscila regina lopes
2023101202318424
departamento de educação física
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
cultura
saúde humana
local
Sim
Membros
sandra regina garijo de oliveira
Vice-coordenador(a)
claudia mara niquini
Voluntário(a)
giovana vitoria otoni batista
Voluntário(a)
gustavo alves de macedo
Bolsista
O projeto de extensão “Longeviver” tem como proposta desenvolver a prática da Ginástica para Todos (GPT) para residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). O principal objetivo é contribuir para que o cotidiano dos sujeitos que lá habitam seja mais ativo por meio da prática gímnica, promovendo atividades corporais que estimulem a melhora das condições físicas, o divertimento, emoções positivas, o aumento da autoestima e boas interações sociais. Pretendemos atender cerca 80 idosos com atividades que serão desenvolvidas nos espaços das ILPIs Frederico Ozanam e Pão de Santo Antônio.
Ginástica para Todos, Idosos, Instituições de Longa Permanência para Idosos.
O Estatuto do Idoso do Ministério da Saúde brasileiro considera idoso as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (BRASIL, 2013). A população nessa faixa etária vem crescendo significativamente no mundo inteiro. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a projeção da população em 2018, na qual 13% dos indivíduos se enquadravam como idosos (28 milhões), percentual que tende a dobrar nas próximas décadas (PERISSÉ; MARLÍ, 2019). O processo de envelhecimento decorre no declínio das funções orgânicas com possíveis consequências para uma ou mais dimensões da vida – relacionais, comunicacionais, emocionais, de mobilidade, econômicas, culturais, fisiológicas – (MARTINS, 2016). Trata-se de um caminho contínuo acompanhado de alterações naturais, um processo orgânico da vida humana (OMS, 2005). Nesse sentido, deve-se considerar natural que alguns idosos percam a dependência para realizar atividades básicas do cotidiano e autocuidado, fato que acarreta a no aumento da carga de cuidados por parte da família (PARISI; LIMA; HERINGER, 2019). Muitas famílias, por diferentes motivos, não dão conta de arcar com todos os cuidados e atenção que idosos com níveis avançados de fragilidade e vulnerabilidade necessitam devido a alterações patológicas, nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais. Logo, em tais contextos, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) são uma alternativa para o acolhimento de idosos com diferentes tipos de comprometimentos (PARISI; LIMA; HERINGER, 2019; SILVA et al., 2021). As ILPIs são instituições governamentais ou não, popularmente conhecidas como asilos, destinadas ao domicílio coletivo de idosos que são mais dependentes, para fornecer cuidados com ou sem suporte familiar (ANVISA, 2021; SILVA et al., 2021). A falta de interação com o mundo externo em idosos institucionalizados limita as relações com amigos e familiares, fato que pode fazer com que os sujeitos percam sua identidade social. Assim, faz-se necessário um suporte multiprofissional que ofereça não só diagnósticos e tratamentos adequados para esses idosos, mas também, e, em especial, atividades que estimulem aspectos cognitivos, motores e emocionais que promovam a autonomia, a relação interpessoal e a qualidade de vida (PARISI; LIMA; HERINGER, 2019). Estudos apontam que diferentes tipos de atividades que promovam a movimentação corporal articulada com a interação interpessoal e que possibilitem a participação ativa dessas pessoas podem auxiliam na melhoria geral nos aspectos de saúde e sociais (COSTA; SOUZA; AMPARO, 2018; GONÇALVES; SOUSA; FERREIRA, 2019; OLIVEIRA et al, 2010; SILVA et al., 2021). Sendo assim, propomos o projeto “Longeviver”, o qual pretende desenvolver a prática da Ginástica para Todos (GPT) para a idosos residentes nas ILPIs da cidade de Diamantina, MG. A GPT é uma ginástica que possibilita aos praticantes trabalharem com a simplicidade de movimentos, favorecendo a ludicidade, a inclusão, a participação irrestrita e o prazer pela prática (AYOUB, 2003). E por isso, se apresenta como uma prática corporal que se adapta às especificidades dos diferentes públicos aos quais é desenvolvida.
A GPT tem como característica a diversidade de conteúdos. Sua base é o movimento gímnico: todos os movimentos com ou sem a utilização de aparelhos/equipamentos, característicos dos diferentes tipos de ginásticas. No entanto, elementos de outras manifestações são incorporados na prática, tais como os da cultura corporal (jogos, esportes, lutas, etc.), artística (dança, teatro, artes plásticas, etc.) e popular (contos, festas, costumes, etc.). O diálogo entre a ginástica e as demais manifestações presentes nas relações humanas é proporcionado a partir das características e desejos do grupo social que pratica a GPT, ressaltando a identidade do coletivo e dando um novo significado aos elementos culturais utilizados (TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). Os movimentos trabalhados são diversos e podem ser transformados em gestos adaptados a partir das características dos praticantes. Não há regras pré-estabelecidas para desenvolver a GPT, tais como tipos de movimentos, de materiais (que podem ser equipamentos oficiais ou materiais alternativos construídos), estilos musicais, quantidade de participantes, níveis de habilidade, etc. Todo seu conteúdo pode ser planejado para se adequar às demandas do grupo social que a pratica (TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). A coletividade é essencial, não há prática sem interação interpessoal, colaboração, comunicação e compartilhamento de saberes (MENEGALDO; BORTOLETO, 2020; LOPES et al. 2020). Tais aspectos contribuem para que os praticantes se tornem protagonistas de sua própria prática (AYOUB, 2003). Inúmeras experiências com a GPT para idosos são desenvolvidas em diferentes partes do Brasil: Centro Educacional Unificado Alvarenga – São Paulo/SP, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Prefeitura Municipal de Araraquara – São Paulo/SP, Serviço Social do Comércio – SESC/SP (diversas unidades), Universidade de São Paulo, Universidade Estadual de Campinas, Universidade Estadual de Goiás e na própria UFVJM (SILVA, 2020). Tais experiências, analisadas em pesquisas, apontam aspectos que fomentam, sobremaneira, uma melhor experiência na velhice como, por exemplo, o aumento da socialização, a constituições de novas amizades, a melhora no relacionamento familiar, a sensação de pertencimento a um grupo, o estímulo à diversão, ao bom humor, ao autocuidado, à autonomia, etc. (BONFIM et al., 2020; LIMA; NASCIMENTO; LEMOS, 2018; LOPES et al., 2020; LOPES; SANTOS, 2021; MORENO; TSUKAMOTO, 2018; SILVA, 2020; SIMÕES; CARBINATTO, 2016). No entanto, não há publicações que dissertam sobre a GPT no contexto de ILPIs, o que torna a UFVJM pioneira nesse campo de conhecimento. No início de 2022, o projeto “Ginasticando na maturidade” vinculado como subprojeto do projeto “Melhor Idade” (202103000211) vem desenvolvendo a prática da GPT nas ILPIs de Diamanitna Pão de Santo Antônio e Frederico Ozanam. No momento da submissão desse projeto, ainda não há publicações dos resultados dessa experiência, mas a equipe executora apresenta percepções positivas sobre as potencialidades da modalidade para os idosos institucionalizados. Com pouco tempo de desenvolvimento das ações pudemos perceber que, no primeiro momento, muitos idosos resistiram à participação nas atividades propostas pela necessidade de sair da cama e/ou se levantar da cadeira. Nos pareceu que a ideia de “ser incapaz”, “não ter idade” ou “não dar conta desse tipo de prática” era o motivo da recusa. Isso fez com que a equipe fosse adequando as atividades às necessidades e limitações de cada idoso a partir da observação e dos relatos deles sobre o que conseguiam ou não fazer, os tipos de movimentos e músicas que mais gostavam, materiais que tinham interesse, etc. Nos atentamos para inclusão daqueles que se comunicam de forma limitada, não andam ou não movimentam certos membros e priorizamos atividades lúdicas que provocavam o riso e a interação pessoal. Atentamos para atitudes carinhosas, como o olhar nos olhos, conversar sobre diversos assuntos, entre outras formas de promover a relação afetiva tão importante para idosos que residem em ILPIs. Diante do exposto, consideramos que a GPT é uma prática amplamente possível de ser desenvolvida com idosos residentes em ILPIs, os quais são muito diferentes daqueles que participam do projeto nas instalações da UFVJM. Para além dos aprendizados acadêmicos sobre o trabalho com os saberes gímnicos, estamos ampliando nossa visão sobre o envelhecimento, quebrando preconceitos e nos tornando pessoas mais sensíveis em relação à importância do cuidado e carinho com os idosos, pois, afinal, envelhecer é um processo natural e espera-se que todos nós passemos por isso.
O projeto de extensão “Longeviver” tem como objetivo principal contribuir para melhoria da qualidade de vida de idosos residentes em ILPIs de Diamantina por meio da prática da GPT, promovendo atividades que estimulem a autonomia e independência dos sujeitos. Como objetivos específicos, pretendemos: -Desenvolver aulas-encontro semanais para a prática de GPT; -Divulgar a GPT como uma possibilidade de prática corporal para pessoas em processo de envelhecimento; -Contribuir para a formação continuada de docentes e discentes da UFVJM para atuarem em atividades com pessoas em processo de envelhecimento; -Divulgar pesquisas produzidas pela equipe executora nos campos de conhecimento envolvidos no projeto.
Metas -Atender cerca de 80 extensionistas residentes nas ILPIs; -Desenvolver 80 aulas-encontro (com periodicidade semanal ao longo do ano) para a prática de GPT; -Aprimorar o conhecimento pedagógico e filosófico da equipe executora do projeto em relação ao desenvolvimento da GPT para o público residente em ILPIs; -Produzir pelo menos duas pesquisas relacionadas ao projeto; -Participar de eventos científicos para apresentar as pesquisas produzidas durante o projeto.; -Realizar parcerias com outros projetos de extensão da UFVJM e de outras universidades brasileiras; -Realizar parcerias com instituições e profissionais que desenvolvem atividades no campo da cultura corporal, artística e popular na região de abrangência da UFVJM; -Promover ações de extensão relacionadas ao projeto para a comunidade em geral (cursos de curta duração, oficinas, palestras, apresentação de coreografia, etc.).
O projeto “Longeviver” compreenderá o desenvolvimento de aulas-encontros semanais, uma vez por semana em cada uma das ILPIs – Pão de Santo Antônio e Frederico Ozanam. O planejamento das aulas-encontros ocorrerá em reuniões semanais, na qual discentes bolsistas e voluntários realizarão estudos sobre temáticas relacionadas ao projeto em conjunto com a docente coordenadora e colaboradores do projeto. Também será realizada avaliação processual com o intuído de verificar se os objetivos estabelecidos para cada aula-encontro estarão sendo atingidos no decorrer do projeto. Antes de iniciar o projeto, a equipe de planejamento (coordenadora e monitores) passará por uma oficina de formação sobre a GPT em ILPIs com a participação de estudantes e professores que atuaram no projeto realizado na UFVJM em 2022, na qual serão abordados temas essenciais para o desenvolvimento das ações. Os conteúdos abordados nas aulas-encontro serão determinados de acordo com os interesses e desejos dos extensionistas, respeitando as potencialidades e limitações individuais de cada um. No início do projeto, faremos uma visita às ILPIs para conhecer os idosos institucionalizados e os funcionários que lá trabalham no intuito de entender a realidade dos espaços, diagnosticar as condições de saúde dos participantes e quais são os conhecimentos prévios dos sujeitos sobre as práticas corporais, identificando seus gostos e predileções. Para organização da estrutura das aulas-encontro, partiremos dos quatro princípios básicos da GPT indicados pela Federação Internacional de Ginástica (FIG): os movimentos básicos que são comuns a todas as práticas gímnicas, o condicionamento físico, a diversão e a interação entre os praticantes potencializando o relacionamento social (FIG, 2019). As aulas-encontro ocorrerão, essencialmente, nas dependências das ILPIs e serão dividas em cinco momentos. No 1o momento, logo na chegada nas ILPIs, os monitores convidarão os idosos para participarem da atividade do dia, passando em todos os quartos e salas da instituição informando o local onde iremos nos reunir. Esse primeiro contato também será destinado a troca de carinhos entre todos os envolvidos, momento tanto para cumprimentos com abraços quanto para diálogos sobre o cotidiano, alguma recordação, dentre outros inúmeros aspectos que auxiliam na introdução de um ambiente afetivo propício para o desenvolvimento das ações de acordo com os fundamentos da GPT. Após reunir todos os interessados em ambiente previamente definido, faremos uma roda de conversa com o propósito principal de informar sobre as atividades que foram planejadas para a aula-encontro. Ao compreenderam o conteúdo que será trabalhado, os participantes terão a oportunidade de se expressarem relatando se já sabem algo sobre o tema, se gostariam de acrescentar alguma sugestão, tirar alguma dúvida ou emitir qualquer opinião. Também serão pontuados os cuidados que deverão ser tomados para garantir a segurança dos participantes em relação às atividades propostas. No 2o momento, faremos as atividades voltadas para a preparação corporal com o intuito de melhorar a aptidão física dos participantes, tais como exercícios de aquecimento, alongamento, equilíbrio, coordenação, etc. Essa etapa é de suma importância na prática gímnica, pois um físico bem preparado contribui para que os movimentos sejam aprendidos de forma mais segura e eficiente (FIG, 2019). As atividades serão planejadas de forma que os participantes possam se divertir, criar e interagir uns com os outros ao mesmo tempo realizam a preparação corporal (FIG, 2019; TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). O conteúdo principal será desenvolvido no 3o momento, o qual compreenderá o ensino-aprendizagem de um ou mais movimentos gímnicos (deslocamentos, rotações, manejo de materiais, etc.), vivência de diferentes práticas corporais, artísticas e culturais (danças, atividades circenses, jogos, teatro, etc.), adaptadas às potencialidade e limitações dos idosos. O planejamento das atividades buscará incorporar, primeiramente, a exploração dos conteúdos de forma livre, estimulando os participantes à descobrirem sozinhos as diversas possibilidades de se movimentar, e, posteriormente, de forma dirigida, a partir de dicas e orientações específicas de acordo com as necessidades do grupo. Tais estratégias têm como intenção estimular a autonomia e a criatividade dos praticantes de GPT, potencializando a formação integral dos sujeitos (AYOUB, 2003; TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). Em algumas aulas-encontro, será reservado um momento para estimular a criação de pequenas composições coreográficas, no 4o momento. Os participantes serão incentivados a criarem uma sequência de movimentos a partir dos conteúdos aprendidos até o momento, com acompanhamento musical. O intuito será exercitar a criatividade, a cooperação e a disponibilidade para o debate de forma harmoniosa e respeitosa, a socialização, dentre outros aspectos socializadores (AYOUB, 2003; LOPES, 2020; TOLEDO; TSUKAMOTO; CARBINATTO, 2016). Por fim, no 5o momento, serão realizadas atividades de relaxamento, tais como exercícios de alongamento, respiratórios, automassagem, etc., com o objetivo de estabelecer a volta à calma. Em seguida, faremos uma roda para conversar sobre o que foi desenvolvido na aula-encontro, fazendo uma avaliação daquilo que foi positivo, negativo, as dificuldades encontradas, sugestões para as próximas atividades, etc. A estrutura da aula poderá ser modificada de acordo com as condições físicas dos participantes, respeitando as características do grupo e individualidades de cada um. Utilizaremos materiais de pequeno porte disponíveis no Laboratório de Ginástica da UFVJM que podem ser transportados para as ILPIs para a realização das atividades programadas para cada encontro. Vale ressaltar que a GPT incentiva a confecção de materiais pelos próprios praticantes para que sejam utilizados durante as atividades, estimulando a autonomia e criatividade dos sujeitos, além de valorizar a reutilização de materiais recicláveis propiciando o desenvolvimento atitudes conscientes sobre o mundo.
ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). In: Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs). [S. l.], 29 jul. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/instituicoes-de-longa-permanencia-para-idosos. Acesso em: 1 fev. 2022. AYOUB, E. Ginástica geral e educação física escolar. Campinas, SP: UNICAMP, 2003. BONFIM, M. R. et al. A ginástica para todos como uma possibilidade de prática corporal no Sistema Único de Saúde. Corpoconsciência, Cuiabá, v. 24, n. 1, 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso. 3. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. COSTA, C. R.; SOUZA, A. P. L.; AMPARO, M. A. M. Análise dos benefícios da dança para a qualidade de vida de idosos moradores de uma instituição de longa permanência. Colloquium Vitae, v. 10, n. E5, 2018, p.125-134. FIG – FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE GINÁSTICA. Gymnastics for All Regulations Manual: 2019 Edition. Disponível em: <https://www.gymnastics.sport/site/rules/#6>. Acesso em: Setembro de 2021. GONÇALVES. E. S.; SOUSA, S. M.; FERREIRA, A. H. Oficinas interativas para idosos em instituição de longa permanência. Perspectivas em Psicologia, Uberlândia, vol. 23, n. 2, pp. 86 - 102, Jul/Dez, 2019. LIMA, G. J. C.; NASCIMENTO, M. M.; LEMOS, N. B. A. G. Ginástica para todos na terceira idade: o uso de materiais alternativos como forma de intervenção. Revista de extensão da UNIVASF, v. 6, n. 1, 2018. LOPES, P. “A gente abre a mente de uma forma extraordinária”: potencialidades da pedagogia freiriana no desenvolvimento da Ginástica Para Todos. 2020. 286f. Tese (Doutorado em Educação Física). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. LOPES, P. et al. Aspectos socializadores evidenciados por praticantes de Ginástica Para Todos em processo de envelhecimento. Corpoconsciência, Cuiabá, v.24, n.3, 2020. LOPES, P.; SANTOS, L. M. G. “Ginasticando na melhor idade”: experiências da ginástica para todos em um projeto de extensão universitária. Licere, Belo Horizonte, v.24, n.1, mar/2021. MARTINS, J. R. Processo de envelhecimento da fase adulta-idosa: políticas públicas, redes de apoio e demandas de cuidados. 2016. 162f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, 2016. MENEGALDO, F. R.; BORTOLETO, M. A. C. Ginástica para todos e coletividade: nos meandros da literatura científica. Motrivivência, v. 32, n. 61, 2020. MORENO, N. L.; TSUKAMOTO, M. H. C. Influências da prática da ginástica para todos para a saúde na velhice: percepções dos praticantes. Conexões, v. 16, n. 4, 2018. OLIVEIRA, R. G. et al. Características pessoais e participação em bailes numa instituição de longa permanência para idosos. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 12, n. 4, 2010, p.295-301. OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. Brasília, DF: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. PARISI, D. P.; LIMA, M. C.; HERINGER, M. P. Perfil sociodemográfico, clínico, de avaliação cognitiva e funcional de idosas institucionalizadas em ILPI's. Rev. Longeviver, Ano I, n. 4, 2019. PERISSÉ, C.; MARLÍ, M. Caminhos para uma melhor idade. Retratos: a revista do IBGE, n. 16, 2019. SILVA, F. S. Contribuições da ginástica para todos para o desenvolvimento das relações sociais em idosos. 2020, 76f. Dissertação (Mestrado em Educação Física). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2020. SILVA, M. A. G. et al. Idosos institucionalizados: fatores relacionados às atividades de lazer. Revista Kairós-Gerontologia, n. 24, 2021. SIMÕES, R.; CARBINATTO, M. V. Ginástica para todos: inclusive para o idoso. In: MIRANDA, R. C. F.; EHRENBERG, M. C.; BRATIFISCHE, S. A. (Orgs.). Temas emergentes em ginástica para todos. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2016. TOLEDO, E.; TSUKAMOTO, M. H. C.; CARBINATTO, M. V. Fundamentos da Ginástica Para Todos. In: NUNOMURA, M. (Org.) Fundamentos das ginásticas. 2. ed. Várzea Paulista: Fontoura, p. 21-48, 2016.
O monitor bolsista selecionado para participar do projeto deverá ser aluno dos cursos de Educação Física da UFVJM (licenciatura ou bacharelado) que já́ tenha concluído pelo menos a unidade curricular “Fundamentos da Ginástica”, pois acreditamos que há uma série de conhecimentos mínimos necessários para desempenhar tal função. Também selecionaremos um ou mais monitores voluntários que poderão ser, preferivelmente, alunos de diferentes cursos da universidade (inclusive da pós-graduação) com o intuito de dialogar com as diferentes áreas de conhecimento. Para capacitar os estudantes para atuarem como monitores, realizaremos encontros com a coordenação antes do início do projeto para orientar estudos de referências bibliográficas específicas que embasam a estrutura do projeto. Também será́ solicitado que os monitores participem dos encontros do Grupo de Estudos e Práticas das Ginásticas (GEPG – UFVJM/CNPq), o qual desenvolve pesquisas no campo da Ginástica, em especial, sobre as ações extensionistas realizadas na UFVJM. Pretendemos, com isso, estimular a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribuindo com a formação ampliada do estudante. Serão funções dos monitores: – Participar das reuniões de planejamento; – Participar auxiliando e/ou conduzindo as aulas-encontros semanais; – Promover estudos e pesquisas no campo da GPT por meio da participação no GEPG; – Participar de eventos científicos apresentando os resultados dos estudos acerca do projeto; – Participar das atividades extras (oficinas, visitas técnicas, etc.), caso forem planejadas; – Divulgar o projeto na comunidade acadêmica e local.
Diante do exposto até o momento, acreditamos que o desenvolvimento do projeto de extensão “Longeviver” é de suma relevância, uma vez que a literatura comprova que a prática da GPT para o público idoso auxilia no estímulo da autonomia dos sujeitos a partir de atividades prazerosas e criativas, contribuindo para o envelhecimento ativo dos participantes. Trata-se de uma proposta que dará continuidade às ações de extensão com a ginástica já desenvolvidas pelo GEPG na UFVJM, as quais obtiveram resultados positivos tanto na comunidade diamantinense (para diferentes faixas etárias) quanto na formação de discentes e divulgação científica. Vale ressaltar que a UFVJM tem se destacado em âmbito nacional no que tange práticas e pesquisas no campo da GPT, sendo reconhecida em instituições renomadas a partir de convites para apresentar a proposta de trabalho do GEPG em diferentes eventos. Defendemos a ideia de consolidar os projetos de extensão já desenvolvidos na UFVJM para que a universidade possa cumprir seu papel na comunidade onde está inserida no sentido de promover a interação transformadora entre a instituição e outros setores da sociedade (FORPROEX, 2012).
Público-alvo
Idosos residentes das ILPIs Pão de Santo Antônio e Frederico Ozanam.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
Participação no projeto cedendo o local para a prática da GPT.
Participação no projeto cedendo o local para a prática da GPT.
Cronograma de Atividades
Estudo sobre a proposta do projeto; Preparação da divulgação do projeto; Divulgação do período de inscrição no projeto; Organização dos materiais necessários para inscrição no projeto; Estruturação do plano de trabalho (quantidade de encontros no primeiro semestre; possibilidades de atividades que serão abordadas; etc.); Planejamento das primeiras aulas-encontro; Obs.: Esta atividade ocorrerá semestralmente nos meses de Janeiro e Agosto de 2023, pois a entrada de novos participantes no projeto acontece no início de cada semestre.
Realização de reuniões de planejamento e avaliação semanais com a participação da coordenadora e monitores (bolsista e voluntários) do projeto; Discussão sobre os conteúdos que serão abordados nas aulas-encontro de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto; Convite a professores externos para ministrarem aulas-encontro especiais; Avaliação periódica sobre o andamento das atividades do projeto; Dissertação de relatórios oficiais da PROEXC.
Desenvolvimento de aulas-encontro Nas ILPIs para prática da GPT
Participação da equipe de planejamento (coordenadora e monitores) e de demais interessados (participantes do projeto) em reuniões do GEPG para o desenvolvimento de estudos e aprofundamento sobre as temáticas que envolvem o projeto; Produção de pesquisas científicas sobre o projeto; Planejamento sobre a publicação das pesquisas em periódicos científicos e participação em eventos científicos.
Promover oficinas de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto; Apresentações de trabalhos sobre o projeto no SINTEGRA, no Encontro de Educação Física da UFVJM e no Congresso Nacional de GPT; Oferecer de cursos, oficinas, vivências, palestras, etc., para diferentes locais e públicos, de acordo com as demandas apresentadas no decorrer do projeto.
Participação da equipe de planejamento (coordenadora e monitores) em reuniões para avaliação final do projeto; Revisão de todas as atividades realizadas, cumprimento de objetivos e metas; Discussão sobre pontos positivos e negativos ocorridos no projeto; Dissertação de relatórios oficiais da PROEXC; Reestruturação da proposta para dar continuidade ao projeto no ano seguinte.