Visitante
Segurança do paciente no centro cirúrgico: prevenindo lesões intraoperatórias
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
renata patrícia fonseca gonçalves
20231012023370170
departamento de enfermagem
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
saúde
saúde humana
municipal
Sim
Membros
paulo henrique da cruz ferreira
Voluntário(a)
alvia maria tereza alves
Voluntário(a)
christiane heloisa alves de almeida
Voluntário(a)
liziane xavier santos
Bolsista
maristela oliveira lara
Vice-coordenador(a)
emanuelle victoria lessa henriques
Voluntário(a)
fernanda fonseca araujo
Voluntário(a)
henoque santos oliveira
Voluntário(a)
thais campos miranda
Voluntário(a)
kethlim giovana de lima souza
Voluntário(a)
ana paula goulart reis
Voluntário(a)
sabrina saleme marques
Voluntário(a)
wemerson de morais queiroz
Voluntário(a)
ana clara cardoso rocha
Voluntário(a)
O projeto prevê a continuidade da cooperação entre UFVJM, equipe assistencial multiprofissional e Núcleo de Segurança do Paciente da Santa Casa de Caridade de Diamantina- MG. Objetiva a implementação de uma metodologia para avaliação de risco de lesão intraoperatória por meio da aplicação da escala risco denominada ELPO para determinar a real incidência dessas Lesões de Pele (LP), Evento Adverso (EA) comum no ambiente hospitalar. Além da avaliação de risco e o levantamento do indicador de LP, as ações extensionistas envolvem a implementação de protocolos e tecnologias para mitigação das lesões e educação em saúde de toda equipe multiprofissional assistencial. O estudo e prevenção dos Eventos Adversos cirúrgicos tem especial relevância acadêmica-social por sua frequência, porque não raro são atribuíveis a deficiências na atenção à saúde da população que necessita de cuidados cirúrgicos, pelo impacto considerável sobre os pacientes (tempo afastado do trabalho, do ambiente familiar, impactos intangíveis emocionais), pela repercussão econômica e por constituir um instrumento de avaliação da qualidade da assistência. Os EAs de maior interesse à saúde pública são os evitáveis, suscetíveis a intervenções dirigidas à sua prevenção, como proposto neste projeto de extensão. Ressalta-se também que o tema segurança do paciente cirúrgico é uma meta da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde. É importante ressaltar, que este projeto aproxima o estudante da vivência profissional, articula o ensino à prática, estimula a investigação científica, desenvolve habilidades de educação em saúde com diversos profissionais da saúde e correlatos, além do impacto das ações executadas nos serviços. Espera-se com esse projeto de extensão promover a segurança do paciente no âmbito hospitalar e auxiliar a Santa Casa na implementação de novas tecnologias na área da saúde.
Lesão por pressão, Equipe multidisciplinar, Prevenção, Centro cirúrgico, Segurança do paciente
O Centro Cirúrgico (CC) é uma das áreas mais complexas do hospital, tendo em vista as próprias características do cuidar, a grande circulação de pessoas da equipe multiprofissional e a grande variedade de diagnósticos e procedimentos cirúrgicos. Nesse sentido, sabe-se que a função destes procedimentos é salvar vidas, embora falhas na segurança do paciente na assistência cirúrgica e período perioperatório, como os Eventos Adversos (EAs), possam acontecer e causar danos ao paciente (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Os EAs são danos ou lesões não intencionais decorrentes do cuidado que podem resultar em incapacidade ou disfunção, temporários ou permanentes, prolongamento do tempo de internação e até mesmo o óbito. Ou seja, não são complicações naturais da doença base (MENDES et al., 2005). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que de cada 10 pessoas que necessitam de cuidado a saúde, pelo menos uma sofrerá agravos decorrentes dos EAs (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007). Em relação às complicações cirúrgicas, estima-se que, a cada ano, 234 milhões de cirurgias são realizadas, sendo que deste número, ocorrem dois milhões de óbitos e sete milhões de pessoas apresentam EAs, dos quais 50% são evitáveis (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Os eventos adversos relacionados aos procedimentos cirúrgicos merecem atenção, pois são considerados graves, podendo não somente causar danos para a saúde física, mental ou moral do paciente, como até mesmo a sua morte (ARAUJO; CARVALHO, 2018). Entre os EAs que ocorrem no período perioperatório estão as complicações decorrentes do posicionamento cirúrgico como, por exemplo, as Lesões de Pele (LP). Desta forma, o adequado posicionamento cirúrgico do paciente é um procedimento importante na assistência ao paciente no período perioperatório, que visa garantir a melhor exposição ao sítio cirúrgico e, ao mesmo tempo, a segurança, a dignidade e a integridade física e emocional de cada paciente, para prevenir as complicações decorrentes do posicionamento cirúrgico (CAETANO, 2018). Para isso, é fundamental o trabalho em equipe a fim de identificar as alterações fisiológicas e anatômicas de cada paciente, associadas ao tempo de cirurgia, tipo de anestesia e equipamentos de posicionamento necessários. Logo, a escolha do posicionamento adequado do paciente facilita as atividades durante o ato anestésico-cirúrgico e previne complicações pós-operatórias (BEZERRA et al., 2019). É importante destacar que cada posição cirúrgica apresenta um grau de risco, visto que o paciente por estar anestesiado, encontra-se inconsciente e sem resposta fisiológica do organismo que o protegeria de lesões (LOPES, 2013). As LP que ocorrem no período perioperatório podem variar desde um eritema, comprometendo a integridade da pele, a lesões extensas, como queimaduras causadas pelo bisturi elétrico ou acessórios, ou ainda Lesões Por Pressão (LPP) em decorrência da exposição cirúrgica do posicionamento sem os devidos cuidados de prevenção (BEZERRA et al., 2019). Existem fatores de risco relacionados ao desenvolvimento das LPP decorrentes do posicionamento cirúrgico, que são agrupados em fatores extrínsecos e intrínsecos. Entre os extrínsecos se destacam: pressão, forças de fricção e cisalhamento, umidade e calor. Entre os intrínsecos estão: idade, peso corporal, níveis baixos de hemoglobina, risco cirúrgico e doenças crônicas como diabetes mellitus, neuropatias, vasculopatias e hipertensão. Além disso, existem os fatores específicos do intraoperatório: tipo de cirurgia, tempo de cirurgia, tipo de anestesia, posição cirúrgica e tipo de colchão da mesa cirúrgica (PEIXOTO et al., 2019). Nesse contexto, o risco para lesão relacionada ao posicionamento cirúrgico é um diagnóstico de enfermagem frequente e dependendo do tipo de cirurgia pode acometer até 100% dos pacientes (LOPES, 2013). Por isso, é necessária a avaliação préoperatória das necessidades individuais de cada paciente em cada procedimento, antes de transferir o paciente para a mesa operatória, a fim de determinar sua tolerância ao tipo de posição planejada. Esta avaliação inclui informações particulares do paciente como peso e altura, condições da pele, doenças pré-existentes e estado nutricional, bem como informações dos fatores intraoperatórios, que incluem o tipo de cirurgia, tempo de cirurgia e o tipo de posição cirúrgica (ASSOCIATION OF PERIOPERATIVE REGISTERED NURSES, 2016). Durante o posicionamento cirúrgico do paciente, o trabalho em equipe dos profissionais envolvidos na assistência, e sua participação, tanto na decisão do cuidado como na responsabilidade, estabilidade e manutenção deste, garantem a segurança e podem auxiliar na prevenção de complicações, pois cada membro dessa equipe contribui com o seu conhecimento de anatomia e fisiologia, de dispositivos e acessórios para auxiliar na fixação e segurança do paciente (LOPES, 2013; TREVILATO et al, 2018). A implementação da escala de ELPO também contribui para o levantamento fidedigno do indicador de Lesão por pressão, pois prioriza a avaliação diária dos pacientes pós cirúrgicos e, consequentemente, da implementação de estratégias de prevenção por meio da criação de protocolos institucionais, educação permanente em saúde da equipe profissional e o desenvolvimento de tecnologias de prevenção. Desta forma, procurando somar esforços no desenvolvimento de tecnologias que contribuam para a melhoria da segurança do paciente propomos a realização deste projeto de extensão, com a finalidade de direcionar a prática clínica da equipe multidisciplinar, por meio da implantação de uma escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico (ELPO), facilitando assim a tomada de decisão sobre o melhor cuidado a ser realizado para a prevenção de complicações.
A prevenção dos EAs cirúrgicos tem especial relevância acadêmica-social por sua frequência, porque não raro são atribuíveis a deficiências na atenção à saúde da população que necessita de cuidados cirúrgicos, pelo impacto negativo considerável sobre os pacientes (tempo afastado do trabalho, do ambiente familiar, impactos emocionais intangíveis ), pela repercussão econômica e por constituir um instrumento de avaliação da qualidade da assistência. Os EAs de maior interesse à saúde pública são os evitáveis, suscetíveis a intervenções dirigidas à sua prevenção, como proposto neste projeto de extensão. Ressalta-se que a segurança do paciente cirúrgico é uma meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS), que propõe a criação de programas que minimizem os danos ao paciente, indo ao encontro do que este projeto objetiva. Na Santa Casa de Caridade de Diamantina, alguns monitoramentes e indicadores ainda são deficientes, necessitando de maior logística e análise. O Núcleo de Segurança do Paciente possui equipe muito reduzida e não consegue atuar na integralidade das ações preconizadas pela OMS e MS. A integração com ensino, pesquisa e extensão é um elemento agregador para os serviços de saúde. Com as atividades de extensão tem se a perspectiva de oferecer uma melhor segurança na assistência, melhorando, consequentemente, os indicadores assistenciais; com a possibilidade de sensibilizar os gestores e os profissionais de saúde. O discente terá a oportunidade de aliar conhecimento acadêmico com a experiência do ambiente de trabalho, além de contribuir com a instituição que é campo de prática clínica, permitindo o que é previsto pela Política de Extensão da UFVJM . A política prevê intervenções educativas e científicas que articulam o Ensino e a Extensão de forma indissociável, viabilizando uma relação transformadora entre a Universidade e a setores da sociedade. Ensino e extensão visam construir o aprendizado através da experiência, tendo como atores os discentes e os trabalhadores na saúde numa parceria que resulta em benefícios invisíveis para a sociedade como um todo (UFVJM, 2009). Em 2020 este projeto foi parcialmente executado, com bolsista e insumos, no entanto devido à pandemia e seus riscos inerentes necessitou ser suspenso com apenas 3 messes. Em 2021 o projeto foi executado sem bolsista e gerou informações sobre a incidência da lesões (12%), revisão de protocolos e uma produção científica em revista da área da saúde (projeto de pesquisa paralelo sendo realizado). Pretende-se em 2023 implementar e validar produtos e equipamentos para prevenir as lesões e diminuir sua taxa de incidência, bem como tempo de internação e custo. As avaliações realizadas com a instituição apontam uma satisfação e contribuição importante dos discentes com o serviço e crescimento e oportunidade aos estudantes, demonstrando a necessidade de retomada da parceria. Diante do exposto, justifica-se a implementação desse projeto de extensão visto que o mesmo baseia-se na necessidade de superação/resolução de um problema real e prevalente na comunidade hospitalar. Além disso, permitira o intercâmbio de conhecimento entre os acadêmicos de enfermagem e equipe profissional, estando pautado nos princípios de ensino-pesquisa-extensão.
Objetivos Gerais - Implementar a escala de ELPO no centro cirúrgico da Santa Casa de Caridade de Diamantina. - Implementar protocolos e tecnologias de saúde para mitigação do risco e prevenção da lesão decorrente do posicionamento cirúrgico. - Implementar educação continuada em saúde da equipe multiprofissional relacionada à prevenção de LP e melhoria da assistência. Objetivos Específicos - - Determinar a incidência de lesão de pele decorrente de procedimentos cirúrgicos na instituição. - Associar a presença da lesão com fatores relacionados ao paciente, ao procedimento cirúrgico e ao ambiente. - Inserir a escala ELPO à sistematização da assistência de enfermagem.
Pretende-se com a execução do projeto fomentar a segurança do paciente na instituição, aumentando a qualidade da assistência (impacto indireto), satisfação do cliente (impacto indireto) e diminuindo, consequentemente, a incidência de lesão por pressão (impacto direto), tempo de permanência (impacto direto) e custos com a internação (impacto direto). De acordo com a literatura, a incidência de lesão por pressão no período intraoperatório varia entre 4,4% a 66% e aumenta em torno de 16 dias de internação (SCARLATTI et al, 2016. Ainda, segundo Lima et al (2016) o custo de cada curativo/dia varia entre US$3,76 a US$ 19,18. Levando em considerações aos autores supracitados, com ações propostas por este projeto, a instituição poderá economizar em média US$ 60,16 a US$ 306,88 por paciente, o que equivale na moeda brasileira a R$ 250,26 a R$ 1276,62. Tomando como base esse cálculo para o número de pacientes operados em um ano (período do projeto) o valor da economia poderá chegar a R$ 2.604.304,80. O acompanhamento da impacto das atividades do projeto na instituição será através do indicador 'Incidência de Lesão por Pressão (LP) após Procedimento Cirúrgico' (nº de casos novos de paciente com LP após cirurgia/Número de pessoas expostas ao risco de adquirir LP). Além disso, espera-se colaborar para a educação permanente em saúde dos profissionais de saúde da Santa Casa de Caridade de Diamantina, ampliando o conhecimento e envolvimento multidisciplinar na segurança do paciente. E inserir o acadêmico no serviço de saúde, no acompanhamento e execução das atividades previstas, favorecendo uma formação crítica sobre o problema.
O projeto apresenta a característica de ser gerencial e educativo. Gerencial, pois atua na gestão dos riscos de ocorrência de eventos adversos relacionados a assistência á saúde em um ambiente hospitalar de alta complexidade; educativo, porque tem o objetivo de planejar e executar ações educativas com os profissionais de saúde, além de caracterizar extensão universitária, por proporcionar a inserção do acadêmico de enfermagem em cenário de prática específico de sua área de formação. O projeto se desenvolverá em várias etapas, descritas abaixo: - Sensibilização e capacitação da equipe multiprofissional sobre a escala de ELPO; - Inserção da escala ELPO na assistência ao paciente cirúrgico; - Levantamento de dados para determinar a real incidência das LPs; - Construção-revisão de protocolos para prevenção de lesão; - Educação continuada aos profissionais de saúde; - Implementação de tecnologias de saúde para prevenção de lesões; - Mensalmente o indicador Incidência de Lesão por Pressão (LP) será discutido com a equipe de profissionais da santa casa e acadêmicos para verificar o impacto positivo das ações. A proposta consta com um equipe de docentes, estudantes e colaboradores do hospital em questão. Serão selecionados estudantes voluntários para atuar junto com o estudante bolsista. Todos terão uma escala semanal de atuação e cumprimento das atividades pactuadas para viabilizar a participação de todos e também atender a compatibilidade com os demais compromissos acadêmicos. O bolsista terá que cumprir mínimo de 12h semanais. Serão realizadas visitas semanais dos docentes para acompanhamento dos acadêmicos e da proposta, além de reuniões periódicas com o serviço de saúde para avaliação e ajustes necessários das atividades. O estudante irá planejar e executar ações do projeto com profissionais de saúde da instituição, bem como com os pacientes e acompanhantes. Todas as ações serão registradas em um livro ata, que ficará no setor Núcleo de Segurança do Paciente para preenchimento dos estudantes e avaliação dos docentes e colaboradores.
ARAUJO, I. S.; CARVALHO, R. Eventos adversos graves em pacientes cirúrgicos: ocorrência e desfecho. Rev. SOBECC, São Paulo, v. 23, n. 2, p. 77-83. abr./jun., 2018. BEZERRA, M. B. G et al. Fatores associados a lesões de pele decorrentes do período intraoperatório. Rev. SOBECC, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 76-84. abr./jun., 2019. CAETANO, E. P. S. Risco para lesões do posicionamento cirúrgico decorrentes da posição supina. 2018. 122f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2018 LIMA, Antônio Fernandes Costa et al . Custo direto dos curativos de úlceras por pressão em pacientes hospitalizados. Rev. Bras. Enferm., Brasília , v. 69, n. 2, p. 290-297, Apr. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71672016000200290&lng=en&nrm=iso>. LOPES, C. M. M. Escala de avaliação de risco para o desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico: construção e validação. 2013. 128f. Tese (Doutorado) – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013. MENDES, W. et al. Revisão dos estudos de avaliação da ocorrência de eventos adversos em hospitais. Rev Bras Epidemiol. 2005; 8:393-406. ASSOCIANTION NATIONAL PRESSURE ULCER ADVISORY PANEL. Pressure Ulcer Stages Revised. Washington, 2016; Disponível em: http://www.npuap.org/about-us/. PEIXOTO, C. A. et al. Classificação de risco de desenvolvimento de lesões decorrentes do posicionamento cirúrgico. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 27, 2019. SCARLATTI, K. C. et al. Pressure ulcers in surgery patients: incidence and associated factors. Rev Esc Enferm USP. [Internet], v. 45, n.6, p. 1369-75, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342011000600014. TREVILATO, D. D. et al. Posicionamento Cirúrgico: prevalência de risco de lesões em pacientes cirúrgicos. Rev. SOBECC, São Paulo, v. 23, n. 3, p. 124-129. jul./set., 2018. WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Alliance for Patient Safety. Guideline Safe Surgery. 1st Edition. Geneva: WHO, 2009. Disponível em: <http://www.who.int./ patientysafety/safe>. WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Alliance for Patient Safety program 2006-2007. Disponível em: http://www.who.int//patientsafery/en.2007.
Os estudantes participarão como auxiliares no planejamento, realização e avaliação de todas as ações do projeto, tendo o compromisso de cumprimento da escala de atividades acordada junto com o serviço e coordenadora do projeto. Atividades: - Avaliar diariamente todos os pacientes com cirurgia eletiva agendada; - Determinar o risco de LP por meio da aplicação da escala de ELPO; - Executar vigilância do eventos adverso LP relacionados a assistência cirúrgica; - Promover educação continuada com os profissionais da instituição sobre prevenção de LP; - Orientar os pacientes e acompanhantes sobre prevenção da LP; - Estimular estratégias para melhoria da comunicação entre os profissionais de saúde para notificação da LP; - Implementar tecnologias de saúde para prevenção de LP; - Calcular o indicador de LP. A escala de rodízio dos alunos (1 aluno/por dia de segunda a sexta-feira) será observada pela equipe, sendo o bolsista responsável por 12 horas semanais. A captação e acompanhamento dos estudantes será supervisionada de maneira direta pela coordenadora e docentes envolvidos, sendo a análise do planejamento e execução das ações feita pela equipe quinzenalmente em reunião e diretamente no local da ação prestado durante visita ao mesmo ou por solicitação de avaliação pela Equipe do Centro Cirúrgico (CC) e Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). A direção do NSP e CC irá indicar os fatores positivos e negativos da atividade oferecida, o que será de extrema relevância para avaliação, aceitação e direcionamento dos alunos. Os professores serão responsáveis pelo direcionamento dos encontros com os serviços de saúde. Além da avaliação dos profissionais de saúde e a equipe responsável pelo projeto se reunirá para estudar os casos, avaliar as ações e planejar novas intervenções. Possíveis indicadores de avaliação: 1- Número de cirurgias eletivas acompanhadas e implementadas a avaliação de risco por meio da escala ELPO; 2- Protocolos elaborados/revisados; 3- Atividades educativas realizadas pelos alunos; 4-Avaliação do indicador de LP e os impactos das ações extensionistas; 5- Relatório parcial e final. Possíveis produtos a serem gerados: Trabalho no Sintegra e outros eventos, relato de experiência, capítulo de livros, artigos científicos. Situações passíveis de investigação científica serão submetidas ao Comitê de Ética e Pesquisa, com anuência da Santa Casa de Caridade, para uso dos dados.
O Projeto conta com a participação de discentes do Curso de Enfermagem da UFVJM, os quais além do aprendizado relacionado ao aspecto técnico, vivenciarão o trabalho cotidiano no âmbito hospitalar. Os discentes terão a oportunidade de discutir saberes e conhecimentos com os profissionais, fato que contribuirá para a sua formação no que diz respeito à segurança quanto aos cuidados oferecidos ao cliente. Vale ressaltar que o bolsista fará correlação com os conteúdos das disciplinas Segurança do paciente, Bases Técnicas e Científicas da Assistência de Enfermagem. Enfermagem Médica, Enfermagem Cirúrgica e Administração dos Serviços de Saúde na Área hospitalar. Não obstante, as ações extensionistas aqui prevista refletirão em impacto importante para a instituição parceira e consequentemente à saúde pública de Diamantina. É previsto ainda, apresentação do projeto de extensão em eventos da área na UFVJM ou fora, bem como à administração da instituição de saúde envolvida.
Público-alvo
No presente projeto serão beneficiados diretamente o Núcleo de Segurança do Paciente e o Centro Cirúrgico da Santa Casa de Caridade de Diamantina pelo apoio, logística e execução de várias atividades próprias da assistência. Indiretamente, todos os profissionais da assistência direta ou indireta ao paciente, pois há um grande benefício da melhoria do processo de trabalho e consequentemente da qualidade e segurança da assistência à saúde, impactando no cliente/paciente que será cuidado por um estabelecimento de saúde com prevenção de eventos adversos e inconformidades. O impacto nos profissionais será alcançado por meio das estratégias de estímulo a práticas seguras e capacitações oferecidas.
De acordo com a estatística hospitalar são realizadas, aproximadamente, 2000 cirurgias eletivas anuais na Santa Casa de Caridade de Diamantina. Todos esses paciente serão avaliados para risco de LP e implementados medidas de prevenção. Além disso receberão orientações sobre a prevenção de LP.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
O Projeto será desenvolvido na Santa Casa de Caridade de Diamantina. O serviço em questão apontou a demanda de atividades que incorporam os objetivos do projeto de extensão e em conjunto com a Universidade elaborou o mesmo. A participação da Santa Casa de Caridade de Diamantina constituirá no levantamento das atividades a serem executadas, delegação e orientação dos estudantes na implementação e acompanhamento.
Cronograma de Atividades
Treinamento dos acadêmicos para aplicação da escala de ELPO, avaliação e estadiamento da Lesão por Pressão
Sensibilização e Treinamento dos profissionais de saúde sobre a escala de risco ELPO, bem como sua implementação na rotina assistencial.
Avaliação diária dos pacientes que serão submetidos a cirurgias eletivas por meio da escala ELPO e nos seu pós operatório para verificar a presença ou não de LP e estadiamento do local e grau.
Realizar o calculo do indicador de lesão por pressão intraoperatória, com os dados da avaliação diária dos pacientes e também com as notificações dos profissionais de saúde.
Após analise mensal do indicador, com identificação dos fatores de riscos intrínsecos e extrínsecos, realizar treinamento com toda equipe multiprofissional para prevenção da LP.
A partir as avaliações dos pacientes e análise critica do indicador, serão realizadas as revisões e/ou elaboração de protocolos institucional voltados para as atividades inerentes ao projeto
A partir dos indicadores de saúde de saúde e avaliação da efetividade das ações, será proposto a implementação de novas tecnologias para prevenção das lesões. Essas tecnologias envolve novos curativos industrializados e colchões específicos para prevenção de lesão em cirurgias