Visitante
Sensoriamento remoto em prol dos agricultores familiares
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
fernando coelho eugenio
202310120231931126
departamento de agronomia
Caracterização da Ação
ciências agrárias
tecnologia e produção
educação
desenvolvimento regional
estadual
Não
Membros
daniel de menezes felix
Bolsista
julia moreira de sousa
Bolsista
O presente projeto de extensão visa interagir com produtores rurais da agricultura familiar e colaborar com desenvolvimento social no aprimoramento produtivo da cultura local e do aprimoramento da agricultura familiar a partir da utilização de técnicas modernas e busca promover a conscientização sobre a importância da utilização do sensoriamento remoto para a agricultura familiar e a interação entre este grupo e a Universidade.
Tecnologia; Agricultura Familiar; Troca de Saberes.
O setor agrícola é um dos mais importantes para a economia nacional. Nas últimas cinco décadas, o Brasil estruturou um conjunto de políticas agrícolas e consolidou uma agricultura moderna. A agricultura familiar representa 37% do PIB da agropecuária, R$117 bilhões. (BIANCHINI, 2015). Minas Gerais é o segundo maior estado do Brasil em concentração de núcleos de agricultura familiar (IBGE, 2017), sendo que, a mesorregião do Vale do Jequitinhonha representa 9% da produção do estado, contando com cerca de 78 mil agricultores (UFMG, 2018). Entretanto, os agricultores familiares brasileiros, em sua maior parte, carecem de assistência técnica que os auxiliem na melhoria do processo produtivo por meio do aumento e da qualidade da produção agrícola (AUGUSTO; SACHUK, 2008). Outros fatores também são empecilhos para essa melhoria, como a pouca área de terra, menos que quatro módulos fiscais, baixo investimento financeiro, acesso ao mercado, dentre outros fatores que atuam como limitadores para o maior desenvolvimento das propriedades (SOUZA et al., 2011; PAULA et al., 2014). Com os avanços tecnológicos na agricultura, os equipamentos como os drones, têm auxiliado os produtores a detectar possíveis problemas no seu plantio que ao longo do ciclo da cultura, podendo reduzir consideravelmente sua produtividade e/ou produção, como por exemplo, detecção de pragas e doenças, ervas daninhas, dentre outros. Mas, os agricultores familiares não têm o conhecimento sobre essa ferramenta ou acredita-se que o custo de implementação desse tipo de tecnologia em sua propriedade é elevado. Consoante com tais fatos, compreende-se que as ferramentas gerenciais aplicadas na agricultura de precisão, tal como o sensoriamento remoto, figuram-se entre uma das mais importantes para o desenvolvimento da agricultura na região, sendo crucial para o monitoramento de terrenos mais férteis e viáveis para a agricultura. As tomadas de decisões por meio do sensoriamento remoto, especialmente por meio da utilização dos drones, ampliam as expectativas de mercado para a agricultura familiar, uma vez que o levantamento dos dados garante respostas mais eficazes para o fortalecimento da produção agrícola e garantir a sustentabilidade da propriedade, auxiliando o produtor familiar a gerenciar seus insumos e manejo da lavoura.
A primeira justificativa para este projeto está fundamentada na expressividade da agricultura familiar no Brasil e o entendimento que a mesma pode ser beneficiada a partir da interação com a universidade, do mesmo modo que esta interação pode ter significativa importância para o processo formativo dos graduandos. A agricultura familiar representa a grande maioria de produtores rurais no Brasil, o que representa aproximadamente quatro milhões e meio de estabelecimentos. Do mesmo modo, agricultura familiar tem grande influência e importância para a economia do estado do Minas Gerais, uma vez que 72,7 % dos estabelecimentos rurais do estados são de agricultores familiares, ocupando 26,2% da área total explorada pela atividade agropecuária (IBGE, 2017). Em relação ao Vale do Jequitinhonha, 75,44% dos estabelecimentos agropecuários são de agricultores familiares com uma área aproximada de 32,7% de toda mesorregião, portanto, a expressividade da atividade da agricultura familiar é inconteste a importância de projetos de extensão que estejam direcionados para este tema. Consoante com tais fatos, compreende-se que o sensoriamento remoto é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da agricultura familiar na região, sendo crucial para o monitoramento de terrenos mais férteis e viáveis para a agricultura. As tomadas de decisões por meio do sensoriamento remoto, especialmente por meio da utilização de drones, ampliam as expectativas de mercado para a agricultura familiar, uma vez que levantamento dos dados garante respostas mais eficazes para o fortalecimento da produção agrícola e garantir a sustentabilidade da propriedade. Portanto, este projeto parte da premissa de que a o tripé universitário ensino-pesquisa-extensão é a essência de uma universidade pública, crítica e comprometida com o desenvolvimento da região em que está inserida, bem como de toda a nação. Desse modo, entende-se que a universidade, através da extensão, reafirma o compromisso social da universidade como forma de inserção nas ações de promoção e garantia dos valores democráticos, de igualdade e desenvolvimento social, a extensão se coloca como prática acadêmica que objetiva interligar a universidade, em suas atividades de ensino e pesquisa, com as demandas da sociedade. Sendo assim, esse projeto de extensão visa interagir com produtores rurais da agricultura familiar e colaborar com desenvolvimento social no aprimoramento produtivo da cultura local e do aprimoramento da agricultura familiar a partir da utilização de técnicas modernas e busca promover a conscientização sobre a importância da utilização do sensoriamento remoto para a agricultura e a interação entre este grupo e a Universidade. Diante do exposto, as atividades deste projeto de extensão visam contribuir para o desenvolvimento da agricultura familiar local, a partir do compartilhamento dos resultados científicos oriundos dos projetos de pesquisa, a troca de saberes acadêmicos e populares, tendo como consequência a democratização do conhecimento, a participação efetiva da comunidade na atuação da universidade e uma produção resultante do confronto com a realidade.
Objetivo Geral: Beneficiar os agricultores familiares, a partir do compartilhamento dos resultados obtidos nos projetos de pesquisa, buscando promover a conscientização sobre a importância da utilização do sensoriamento remoto para a agricultura e a interação entre este grupo e a Universidade. Objetivo específicos: - Promover o diálogo com agricultores familiares (cinco propriedades), buscando compreender os impactos da utilização das técnicas de sensoriamento remoto em suas propriedades, bem como o tratamento direcionado a mesma. - Mostrar a importância das ferramentas de sensoriamento remoto no cultivo de determinados produtos agrícolas e desenvolver atividades, juntos aos produtores e alunos da graduação envolvidos projeto que mostrem a utilização destas ferramentas na melhoria da produção agrícola. - Apresentar os resultados da pesquisa aos agricultores e a toda a comunidade local a partir de reuniões, dias de campo e material explicativo.
Meta 1: Planejamento. Indicadores: Reunião de planejamento, apresentação dos resultados do projeto de pesquisa e formação do projeto junto aos professores e alunos da graduação; Reunião de apresentação do projeto aos produtores rurais. Meta 2: Execução do projeto. Indicadores: Ciclos de Formação; Elaboração de materiais técnicos e didáticos aos produtores rurais e alunos da graduação; Acompanhamento dos produtores. Meta 3: Etapa final. Indicadores: Avaliação do Projeto; Elaboração do relatório final.
O presente projeto de pesquisa está dividido em seis etapas, sendo: Etapa 1 - serão realizadas reuniões de planejamento entre os membros da equipe (professores e alunos de graduação) para discussão dos principais resultados obtidos em projetos de pesquisa articulados a este projeto de extensão. Etapa 2 - capacitação dos integrantes que irão trabalhar no projeto. Etapa 3 - serão organizados Ciclos de Formação sobre o “Sensoriamento remoto para a agricultura familiar” direcionados aos universitários e aos produtores rurais da região. Nestes ciclos serão desenvolvidos: 1) diagnóstico da realidade local; 2) identificação dos principais problemas levantados pelos produtores; 3) instrumentalização; 4) feedback dos produtores e universitários; 5) avaliação visando a formação continuada. Etapa 4 - será realizada a elaboração de materiais técnicos de divulgação para os produtores rurais, bem como matérias didáticos e científicos. Etapa 5 - será realizado um período de acompanhamento dos cinco produtores. Etapa 6 - será realizada a avaliação do projeto pelos participantes (produtores, alunos e coordenadores). Todas as etapas serão avaliadas de forma qualitativa e processual, buscando ouvir os participantes (universitários e produtores) ao longo dos ciclos de formação e acompanhamento dos cultivos. Ao final, todos os participantes deverão responder a um questionário elaborado pelo coordenador, buscando dimensionar os impactos formativos deste projeto.
AUGUSTO, C. A.; SACHUK, M. I. Competitividade da agricultura orgânica no estado do Paraná. Caderno de Administração, v. 15, n. 2, p. 9-18, 2008. BIANCHINI, V. Vinte anos do PRONAF, 1995-2015: avanços e desafios. Brasília: SAF/MDA, 2015. 113p. IBGE- INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Agropecuário2017 - resultados definitivos, Rio de Janeiro: IBGE, 2019. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov. br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2017> PAULA, M. M.; KAMIMURA, Q. P.; SILVA, J. L. G. Mercados institucionais na agricultura familiar: dificuldades e desafios. Revista de Política Agrícola, n. 1, p. 33-43, 2014. SOUZA, P. M.; FORNAZIER, A. PONCIANO, N. J.; NEY, M. G. Agricultura familiar versus agricultura não-familiar: uma análise das diferenças nos financiamentos concedidos no período de 1999 a 2009. Documentos Técnico-Científicos, v. 42, n. 1, 2011. UFMG. Agricultura Familiar: a base econômica do Vale do Jequitinhonha. Polo Jequitinhonha, 2018. Disponível em: https://www.ufmg.br/polojequitinhonha/2018/09/11/agricultura-familiar-a-base-economica-do-vale/
Compreende-se que a extensão influencia e também é influenciada pela comunidade, ou seja, há uma troca de valores entre a universidade e a comunidade. Portanto, é por meio da extensão que o educando se aproxima do seu futuro profissional, incorpora contextos e reflete sua prática enquanto sujeito de transformação da sociedade. Como parte deste mesmo processo, a comunidade, de modo geral, pode ser beneficiada pelo conhecimento científico e cultural desenvolvido no âmbito acadêmico. Sendo assim, considerando instrumentalização desse processo dialético de teoria/prática, a extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada do social. O estudante acompanhará todas as etapas do projeto e sua avaliação será realizada por meio de relatórios trimestrais.
- Este projeto foi escolhido como melhor trabalho de extensão universitária, na área de ciências agrárias, participante da Jornada Acadêmica Integrada da Universidade Federal de Santa Maria no ano de 2021.
Público-alvo
A base do projeto são os agricultores familiares.
Grupo de pesquisa que atuará no projeto.
Municípios Atendidos
Diamantina
Couto De Magalhães De Minas
Gouveia
Datas
Parcerias
A Ocupação Vitória, presente em Diamantina, atuará como parceira na integração e identificação de agricultores familiares da região de Diamantina.
Cronograma de Atividades
Reunião de planejamento, apresentação dos resultados do projeto de pesquisa e formação do projeto junto aos professores e alunos da graduação e Reunião de apresentação do projeto aos produtores rurais.
Elaboração de materiais técnicos e didáticos aos produtores rurais e alunos da graduação, Acompanhamento dos produtores e Ciclos de Formação.
Avaliação do Projeto e Elaboração do relatório final