Visitante
Combatendo as Hepatites Virais
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
lízia colares vilela
20231012023142609
faculdade de medicina do mucuri - fammuc
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
saúde humana
regional
Sim
Membros
ellen cristina rodrigues neves
Bolsista
layde dyana sierau
Vice-coordenador(a)
isabely soares horta
Voluntário(a)
danilo esteves simoes
Voluntário(a)
marta pereira de almeida
Voluntário(a)
cristiane moreira da cruz
Voluntário(a)
quésia cristina soares farias
Voluntário(a)
vitoria andrade lopes
Voluntário(a)
lara rhania canedo carvalho
Voluntário(a)
sarah pinto ferreira lima
Voluntário(a)
agnes lisbôa machado
Voluntário(a)
emanuelle chaves figueiredo
Voluntário(a)
Esse projeto é uma proposta de intervenção em educação em saúde por intermédio de vivências e ações realizadas no contexto dos serviços de saúde pública do município de Teófilo Otoni, especificamente nos serviços voltados para as estratégias de prevenção e abordagem das hepatites virais. As ações serão executadas pelos estudantes integrantes da Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LADIP) e por docentes vinculados ao Projeto. Paralelamente será feita uma abordagem, no âmbito da atenção secundária, do manejo clínico dos pacientes vivendo com hepatites virais, bem como a realização, dentro do serviço de saúde, de ações de rastreio, acolhimento e seguimento das estratégias terapêuticas. No projeto, a população-alvo será beneficiado pelas ações de educação em saúde, possibilitando o reforço das estratégias de prevenção, através do acolhimento e orientações realizadas nas ações de seguimento clínico dos pacientes portadores, e também de forma indireta pelo conjunto de ações voltadas para capacitação das equipes de saúde e de sistematização dos fluxogramas dos serviços ; enquanto os estudantes serão beneficiados na aquisição de experiência, estreitamento da relação com a população e com os serviços de saúde e aprendizado extra curricular proposto pela liga. Além disso, os acadêmicos também realizarão um apanhado dos protocolos de condutas voltadas para as hepatites virais e fomentarão a sistematização e a implementação de um fluxograma padrão de abordagem desse grupo de doenças no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, que são os principais aparatos de execução da Atenção Primária, e que se delineiam como a primeira linha de enfrentamento e de prevenção de doenças infectocontagiosas como as hepatites virais. Dessa forma o projeto impactará positivamente no fortalecimento das ações realizadas pelas equipes das UBS’s. Além disso, intenciona-se a realização de ações, ainda no âmbito das unidades de saúde, de ações de educação em saúde, com os usuários do serviço, apoiadas pelo uso de um material didático e adaptado para os usuários, tenho como objetivo a prevenção da doença. Intenciona-se com essas ações a aquisição de experiências clínicas, o estudo de protocolos para as diversas doenças infecciosas, destacando-se as hepatites virais, a técnica de realizar testes rápidos e a abordagem do paciente em tais situações. Além disso, o projeto possibilitará aos estudantes que adquiram habilidades de comunicação com a população, como no diálogo em caso de teste positivo e na explicação sobre a importância de se realizar o tratamento adequado. Desse modo, o vínculo entre os estudantes de medicina da universidade e a população se fortalecerá. Sobretudo, com esse projeto será realizado grande rastreio das doenças infecciosas e parasitárias na população da cidade, haja vista que o rastreio é essencial para o paciente, pois com o tratamento e acompanhamento adequados, poderá diminuir os índices da doença no município.
HEPATITES VIRAIS, ACOLHIMENTO, CARTILHA, EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Esse projeto é uma proposta de intervenção social por intermédio de vivências e ações realizadas no contexto dos serviços de saúde pública do município de Teófilo Otoni, especificamente nos serviços voltados para as estratégias de prevenção e abordagem das hepatites virais. As ações serão executadas pelos estudantes integrantes da Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LADIP). Paralelamente será feita uma abordagem, no âmbito da atenção secundária, do manejo clínico dos pacientes vivendo com hepatites virais, bem como a realização, dentro do serviço de saúde, de ações de rastreio, acolhimento e seguimento das estratégias terapêuticas. No projeto, a população-alvo será beneficiado pelas ações de educação em saúde, possibilitando o reforço das estratégias de prevenção, através do acolhimento e orientações realizadas nas ações de seguimento clínico dos pacientes portadores, e também de forma indireta pelo conjunto de ações voltadas para capacitação das equipes de saúde e de sistematização dos fluxogramas dos serviços ; enquanto os estudantes serão beneficiados na aquisição de experiência, estreitamento da relação com a população e com os serviços de saúde e aprendizado extra curricular proposto pela liga. Além disso, os acadêmicos também realizarão um apanhado dos protocolos de condutas voltadas para as hepatites virais e fomentarão a sistematização e a implementação de um fluxograma padrão de abordagem desse grupo de doenças no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, que são os principais aparatos de execução da Atenção Primária, e que se delineiam como a primeira linha de enfrentamento e de prevenção de doenças infectocontagiosas como as hepatites virais. Dessa forma o projeto impactará positivamente no fortalecimento das ações realizadas pelas equipes das UBS’s. Além disso, intenciona-se a realização de ações, ainda no âmbito das unidades de saúde, de ações de educação em saúde, com os usuários do serviço, apoiadas pelo uso de um material didático e adaptado para os usuários, tenho como objetivo a prevenção da doença. Intenciona-se com essas ações a aquisição de experiências clínicas, o estudo de protocolos para as diversas doenças infecciosas, destacando-se as hepatites virais, a técnica de realizar testes rápidos e a abordagem do paciente em tais situações. Além disso, o projeto possibilitará aos estudantes que adquiram habilidades de comunicação com a população, como no diálogo em caso de teste positivo e na explicação sobre a importância de se realizar o tratamento adequado. Desse modo, o vínculo entre os estudantes de medicina da universidade e a população se fortalecerá. Sobretudo, com esse projeto será realizado grande rastreio das doenças infecciosas e parasitárias na população da cidade, haja vista que o rastreio é essencial para o paciente, pois com o tratamento e acompanhamento adequados, poderá diminuir os índices da doença no município.
Em consonância com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções do Ministério da Saúde (2018), o processo de acompanhamento clínico do portador de hepatite viral, é complexo, tanto para a adesão desse paciente quanto para o consequente sucesso terapêutico. Nesse sentido, é importante a correta execução e subsequente registro no prontuário, dos dados do exame físico e da entrevista clínica, integrados à rotina dos serviços de triagem e de referência. Nesse contexto, o Brasil apresenta uma prevalência de 0,7 % dentre a população de 15 a 69 anos para hepatite C, correspondendo a um contingente de 1.032.000 pessoas infectadas, das quais 657.000 são sintomáticos e dependem dos serviços de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). A distribuição das hepatites virais no Brasil é ampla e apresenta uma variação regional, considerando seus diferentes agentes etiológicos, além dos seus distintos fatores determinantes e condicionantes dos processos saúde-doença nos quais se inserem (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). No contexto da macrorregião do Nordeste do estado de Minas Gerais, o sistema DATASUS (2018) registra um total de 59 casos confirmados de participantes portadores de hepatite viral. Já no contexto local, o município de Teófilo Otoni registra um total de 28 casos confirmados no ano de 2018. Nesse horizonte, o trabalho em questão se justifica, pois, as hepatites virais são moléstias de importante significado na saúde pública, tendo em vista o elevado percentual de indivíduos infectados com evolução crônica e com potencial para o desenvolvimento de outras comorbidades e consequente mobilização e sobrecarga dos componentes dos serviços de saúde pública. Logo, a possibilidade de uma vivência na prática do manejo desses pacientes por parte dos acadêmicos de medicina, surge como uma grande oportunidade de fortalecimento das habilidades desses estudantes no âmbito do cuidado longitudinal em ambulatório. Nesse sentido, o projeto oferece aos acadêmicos o escopo para o fomento de uma percepção de cuidado humanizado e integral, pautado nos princípios do SUS e que valoriza a multidisciplinariedade em saúde. Além disso, o projeto oferece a oportunidade de estreitar, ainda mais, os laços entre a comunidade acadêmica e os usuários do SUS, por meio da execução de ações de educação em saúde, promoção em saúde e prevenção. De acordo com dados do Ministério da Saúde (2018), as infecções dos vírus das hepatites podem apresentar uma evolução aguda ou crônica. As hepatites virais apresentam como causa comum a infecção por agentes que possuem tropismo primário pelo tecido hepático. Contudo, suas etiologias são diferentes, de modo que os modelos de transmissão e de contaminação nos quais se inserem exibem organizações singulares (NUNES et al, 2017). Nesse sentido, esses processos estão intimamente atrelados a determinantes e condicionantes da saúde e da doença, tais como saneamento básico, renda, condições de higiene e moradia, educação e acesso aos serviços de saúde. Segundo informações do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde (2005) a transmissão do tipo B da hepatite se dá, mais comumente, através da via sexual e do aleitamento materno. Nota-se, nessa infecção, um elevado grau de cronificação em crianças infectadas menores que cinco anos, apresentando um considerável percentual (20 a 25 %) de desenvolvimento de complicações graves. Nesse sentido, a hepatite D, é dependente da coexistência da infecção pela forma B, logo, possui os mesmos processos de transmissão. A evolução crônica da hepatite D é a principal causa de cirrose hepática em crianças e adultos em áreas endêmicas. Os indivíduos não portadores da forma B, mas, portadores crônicos da forma D, atuam como reservatórios da doença, e contribuem para a disseminação do vírus nas áreas endêmicas de hepatite B. Já a hepatite A é uma moléstia que atinge indivíduos mais jovens, em idade pré-escolar e, uma vez já infectada, essa população se torna mais suscetível a outras formas de hepatite. A cadeia de transmissão do tipo A possui estreita relação com os aspectos socioeconômicos da população. Também a hepatite E se associa a um processo de transmissão fortemente atrelado às mazelas socioeconômicas, já que a contaminação ocorre via fecal-oral. Ressalta-se ainda, a forma C da hepatite, cuja transmissão se dá através do contato com sangue e fluídos contaminados, da via sexual ou da transmissão vertical. Nesse contexto, sabe-se que a transmissão sexual é mais frequente quando o indivíduo já é portador de alguma outra infecção sexualmente transmissível (IST). Além disso, ressalta-se que 75% a 80% dos pacientes portadores do vírus C se inserem num processo de cronificação da doença que evolui em longo prazo para formas graves, gerando grande impacto na saúde e na qualidade de vida. (DEPARTAMENTO DE VIGIL NCIA EPIDEMIOLÓGICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). O enfrentamento das hepatites virais no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) perpassa, desde 2017, pela estratégia de prevenção combinada. Trata-se de intervenções comportamentais direcionadas para os riscos de exposição sob os quais os indivíduos se inserem, intervenções estruturais centradas no aspecto sociocultural econômico e político e intervenções biomédicas com foco no impedimento da transmissão e da exposição ao risco (DEP. DE VIGIL NCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS, 2018). Nesse sentido, Leavell e Clark, (1976) relacionam o conceito de prevenção a um conjunto de ações e comportamentos aplicáveis no presente com vistas a evitar a ocorrência de eventos indesejáveis. As ações preventivas têm como objetivo controlar a transmissão e reduzir o risco das doenças infecciosas, degenerativas e dos agravos específicos. Essa rede de serviços é escalonada em: básica, média e alta complexidade. No nível básico, que conta com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as Unidades de Saúde da Família (USF), têm-se como competências alvo a promoção de saúde, a prevenção, o processo de triagem sorológica e o acompanhamento dos usuários. Já nos serviços de média complexidade, que conta com o serviço de atendimento assistencial ambulatorial e hospitalar, é executado o manejo clínico e tratamento das hepatites virais, bem como a realização de exames complementares. Por fim, a assistência ambulatorial e hospitalar, no nível da alta complexidade, oferece o acompanhamento de pacientes em situações especiais, como no caso de complicações, e atua diretamente na formulação de protocolos de pesquisa (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). O projeto “Combatendo as Hepatites Virais” já está em execução desde Janeiro de 2022 e conta com a realização de várias ações: Produção de um podcast em parceria com o projeto ‘Hora da Saúde’ em que as hepatites foram abordadas de forma clara e objetiva para entendimento do público geral. O podcast foi disponibilizado no canal do Spotify do projeto Hora da Saúde e pode ser acessado por todos os usuários do spotify. Produção de uma cartilha educativa acerca das hepatites virais, com escrita de fácil entendimento para a comunidade, na qual foi explanada sobre tipos existentes de hepatites, formas de contágio, prevenção, vacinação e tratamento. As cartilhas são distribuídas em vários PSF da cidade de Teófilo Otoni para os pacientes da sala de espera. Execução de três ações, nas unidades PSF Mucuri, PSF Taquara e PSF Pedro Versiani, com a dinâmica “mito ou Verdade”. Os alunos confeccionaram uma apresentação de slides com várias perguntas básicas sobre hepatites virais, após cada pergunta os pacientes podem levantar a plaquinha com a resposta sendo ‘mito’ ou ‘verdade’. Além disso, após cada pergunta há uma breve explicação e antes de iniciar a dinâmica, os alunos abordam as hepatites virais de uma maneira geral, utilizando a cartilha confeccionada. Também nessas ações, os integrantes do projeto podem conferir o cartão de vacinação dos pacientes para constatar se o paciente obteve a vacina contra hepatite, além da realização de testes rápidos em pacientes naqueles PSFs que possuem o material. Realização de uma entrevista no Jornal Inter TV dos Vales, foi entrevistada a coordenadora, bolsista e um aluno do projeto, além da filmagem da dinâmica de “Mito ou Verdade”, enfatizando a importância do entendimento sobre hepatites e em homenagem ao mês ‘Julho Amarelo’. Foram entrevistados alguns pacientes que avaliaram a ação realizada como enriquecedora. A entrevista completa está disponível no site da Inter TV dos Vales e foi transmitida para grande quantidade de telespectadores que assistem ao jornal diariamente. Realização de palestra acerca do diagnóstico e tratamento das Hepatites Virais com a médica infectologista e voluntária do projeto, em parceria com a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Teófilo Otoni, em homenagem ao mês ‘Julho Amarelo’, que é o mês de prevenção das Hepatites Virais, com a presença de estudantes e profissionais da área da saúde. Planejamento junto com a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni de uma capacitação em hepatites para as agentes comunitárias de saúde, realizada pelos alunos do projeto com todas as ACS convidadas e em local cedido pela SMS-TO, de forma a melhorar o entendimento e habilidades dessas profissionais de saúde acerca das hepatites. Realização de estágios quinzenais na Policlínica Municipal de Teófilo Otoni, no ambulatório de Hepatites Virais, com a médica infectologista do serviço e membro voluntário do projeto. Nesse estágio os estudantes acompanham todas as consultas com os pacientes assistidos pelo serviço e infectados com hepatites virais, aprendendo sobre o manejo clínico e tratamento dessa patologia. Dessa forma é indubitável os benefícios que o projeto tem fornecido para a população, serviços de saúde de Teófilo Otoni, integrantes do projeto e para a Secretaria Municipal de Saúde. Nas ações realizadas, antes da dinâmica, foi possível perceber o pobre conhecimento acerca das hepatites por parte dos pacientes e até mesmo pelos funcionários dos serviços de saúde, após a dinâmica, percebe-se um melhor entendimento e conhecimento. O projeto vem cumprindo com seus objetivos e alcançando suas metas com sete meses de execução. Há ainda muitas ações a serem realizadas e novas perspectivas para a continuidade do projeto. Vemos uma ótima exequibilidade do tripé ensino, pesquisa e extensão, já que a parceria com a Secretaria de Saúde fornece uma grande disponibilidade de dados para pesquisa e as ações extensionistas exaltam várias possibilidades para realizar ações de ensino nesse quesito. Nos formulários de feedback 100% dos funcionários das unidades de saúde atendidas avaliam o projeto como “muito necessário” e sugerem mais ações desse tipo para os pacientes, que possuem pouco ou nenhum entendimento sobre hepatites. Portanto, a continuidade do projeto justifica-se nos benefícios mútuos entre alunos - comunidade – serviços de saúde – secretaria municipal de saúde.
Objetivo geral: Realizar atividades de prevenção e de acompanhamento clínico dos usuários das Unidades Básicas de Saúde do município de Teófilo Otoni e dos usuários inseridos no Programa de Controle das Hepatites Virais da Policlínica Municipal. Objetivos específicos: 1- Desenvolver uma ação de capacitação acerca do tema “Atuação do Sistema Único de Saúde nas hepatites virais no contexto da atenção secundária” através de um grupo tutorial com os integrantes do projeto e com a participação de docentes e técnicos-administrativos da universidade. 2- Elaborar uma cartilha educativa para a população-alvo direcionadas para a prevenção das Hepatites Virais. 3- Executar atividades educativas de sala de espera a fim de proporcionar um momento-espaço de prevenção e promoção de saúde para os pacientes em UBS’s da cidade. 4- Realizar ação de prevenção e de rastreio das hepatites virais no mês de julho de 2023, dentro da campanha de combate às hepatites virais em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Teófilo Otoni. 5- Realizar Workshop’s de capacitação para os profissionais de saúde atuantes na Atenção Básica da cidade de Teófilo Otoni e nos distritos designados pela Secretaria de Saúde de Teófilo Otoni, abordando o tema: “Fluxos de atendimento e abordagem das hepatites virais na atenção básica”. 6- Realizar ações educativas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), explicando as cartilhas elaboradas, direcionadas para o público - alvo quanto à prevenção das Hepatites Virais. 7- Realizar ação educativa por meio da dinâmica de “Mito ou Verdade?” com os pacientes em PSF's da cidade de Teófilo Otoni e distritos.
-Realização de 01 (um) Workshop voltado para as Hepatites Virais para a capacitação de profissionais de saúde atuantes na Atenção Básica, com a presença de Agentes Comunitária de Saúde de todas as UBSs de Teófilo Otoni, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. - Distribuir 1000 (mil) cartilhas educativas para pacientes da policlínica municipal e das unidades básicas de saúde, com ilustrações e explicações sobre a prevenção das Hepatites Virais, sendo tais panfletos disponibilizados na recepção de cada Unidade de Saúde. - Realizar 8 (oito) reuniões de controle e feedback e planejamento com todos os participantes do projeto e com a professora orientadora. -Executar 5(cinco) ações com a dinâmica de “Mito ou Verdade?” acerca da conscientização e prevenção das Hepatites Virais em salas de espera das UBS de Teófilo Otoni. -Realizar 1(uma) palestra sobre “Hepatites Virais para o médico generalista” em parceria com a médica infectologista Liliana Rocha no mês de Julho, para o público de médicos e estudantes de medicina da cidade. -Produzir 1(um) poadcast sobre “Os tipos existentes de Hepatites Virais e como prevenir” para o público geral. -Elaborar relatório parcial e relatório final do projeto “Combatendo as Hepatites Virais”. -Elaborar relato de experiência sobre as ações realizadas no projeto. Participação e apresentação de 1 (um) acervo sobre o projeto em evento científico.
Para alcançar os objetivos propostos, o projeto em questão será executado através das seguintes etapas: Primeira Etapa: Realização de capacitação dos membros do projeto para o melhor entendimento acerca das Hepatites Virais. Será realizado um encontro de capacitação tendo como temática central: “O fardo das hepatites virais na atualidade: da epidemiologia ao tratamento’’. A dinâmica se dará nos moldes da metodologia da técnica Grupo de Observação e Grupo de Verbalização (GV-GO). O grupo será dividido em dois subgrupos e se organizarão em dois círculos, um interno e outro externo. Num primeiro momento o grupo do círculo interno debaterá sobre o tema enquanto o grupo do círculo externo observa e toma nota, e uma vez encerrado esse debate, os papéis se invertem e é aberta uma segunda discussão, de caráter complementar à primeira. Ao fim será feita a união dos grupos para a apresentação de conclusões. Os debates serão conduzidos por um coordenador, função que será desempenhada por um dos docentes envolvidos no projeto. Em um segundo momento será executado um questionário com 15(quinze) perguntas acerca do tema estudado para os participantes. Essa sessão será realizada através de um formulário online e, em seguida, haverá discussão sobre as perguntas respondidas entre o grupo e docente presente. Durante o encontro, um docente envolvido no projeto, irá conduzir a sessão, e ao final será feito um registro dos tópicos mais importantes. Segunda Etapa: Ações educativas de prevenção e de fortalecimento das estratégias de abordagem na Atenção Primária e na Atenção Secundária. As ações voltadas para o serviço da Atenção Primária, serão direcionadas para dois focos: 1) fortalecimento e sistematização do fluxo de abordagem pelas equipes de profissionais de saúde das UBS e 2) ações oportunistas de educação em saúde com os usuários que frequentam as UBS. As ações de capacitação das equipes das UBS será realizada através de um encontro agendado previamente via intermédio da Coordenação da Atenção Básica da SMS-TO. Para que isso ocorra os integrantes do projeto realizarão um encontro com todas as ACS convidadas pela Secretaria Municipal de Saúde, onde haverá uma ampla explanação, discussão e debate sobre o tema Hepatites Virais na cidade de Teófilo Otoni. Os alunos e ACS presentes terão a oportunidade de discutir sobre o fluxo de atendimento dos pacientes infectados com hepatite viral em atendidos pelas UBS da cidade. Por essa discussão, entende-se o rastreamento dos indivíduos infectados, confirmação diagnóstica, referenciamento e seguimento desses pacientes, entre outras etapas. O fortalecimento das ações de seguimento dos pacientes portadores no âmbito da Atenção Secundária, no contexto dos serviços do Programa de Controle de Hepatites Virais da Policlínica Municipal, se dará de modo que os alunos serão escalonados para a realização de práticas de acompanhamento do serviço, que num primeiro momento terão como escopo dois atributos: 1) observação da organização do serviço, tendo como norte os protocolos vigentes do Programa para se estabelecer o traçado de um diagnóstico situacional; 2) ações de acolhimento dos pacientes, incluindo verificação de dados vitais, antropometria e orientações gerais para prevenção dos contactantes. Num segundo momento, será proposta a realização de um mapeamento de todos os pacientes atendidos pelo programa de acordo com o seu bairro de origem, de modo que a formulação e implementação se dará de maneira conjunta entre a equipe do Programa de Controle de Hepatites Virais da Policlínica Municipal e os alunos participantes do projeto. No que se refere às ações de educação em saúde para os usuários das UBS, para que as ações ocorram, primeiramente será elaborado um grupo de trabalho conjunto entre membros do projeto e o setor de Comunicação e o de Atenção Básica da SMS-TO, que se empenharão na construção de uma cartilha focada em estratégia de prevenção das hepatites virais adaptada para os usuários de saúde das UBS selecionadas (a cartilha será desenhada a partir de uma pesquisa acerca dos princípios de comunicação efetiva em saúde, possibilitando a assimilação por parte do público-alvo). Através desta cartilha impressa, a equipe fará uma abordagem clara e objetiva com os usuários frequentantes da UBS, em data e intervalo de horário estratégicos (orquestrado previamente com a equipe de saúde), por meio da dinâmica de mitos e verdades, que se mostrou muito eficaz no quesito de interação e entendimento dos pacientes no primeiro ano de execução do projeto. Terceira Etapa: Execução de ação de prevenção e rastreio das hepatites virais. Nesta atividade serão realizados testes sorológicos (testes rápidos) no público alvo, em uma ação em ambiente aberto, em parceria com a Secretária Municipal de Saúde e com a Policlínica Municipal. Serão realizadas também práticas como aferição de pressão arterial, aferição de glicemia, antropometria do paciente, ações de educação em saúde e prevenção das hepatites virais através do diálogo com o público. Dessa forma, com essa triagem inicial, os alunos poderão orientar o paciente de acordo com os achados das aferições, bem como também a orientação final acerca da existência das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e a importância da prevenção para evitar essas infecções. Os materiais necessários para a realização da ação serão fornecidos pela Policlínica Municipal e a equipe necessária serão os funcionários da Policlínica e a coordenadora da liga e médica atuante no local. Quarta Etapa: Acompanhamento dos efeitos do projeto pelos envolvidos. Ao final das ações, a professora responsável dará o seu feedback para os estudantes e esclarecer quais estão sendo os benefícios e os efeitos das ações para a Policlínica Municipal, bem como os pacientes atendidos preencherão um formulário para expressar sua opinião sobre o projeto e sobre as ações realizadas e dizer como foi útil para a comunidade. Além disso, os técnicos-administrativos colaboradores também poderão avaliar os alunos nas reuniões de controle. Por fim, os funcionários do serviço de saúde também avaliarão o projeto para colaborar com a sistemática de acompanhamento e os indicadores quanto às ações feitas. Dessa forma, tais funcionários também preencherão um formulário com uma breve descrição de percepção dos benefícios do projeto para a unidade de saúde em que ele atua, sempre levando em consideração o comportamento ético e humanista por parte dos alunos.
DATASUS. Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde (SAS): Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). DATASUS; 2018. Disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hepabr.def>. Acesso em: 21 maio.2020 DATASUS. Ministério da Saúde/ Secretaria de Vigilância em Saúde (SAS): Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net). DATASUS; 2018. Disponível em:< http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hepabr.def>. Acesso em: 21 maio.2020. DE OLIVEIRA, José Ricardo et al. Qualidade de assistência em um centro de atenção secundária em saúde. Rev Soc Bras Clin Med, v. 12, n. 4, p. 278-81, 2014. LEAVELL, H. & CLARK, E. G. Medicina preventiva. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 1976. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGIL NCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGIL NCIA EPIDEMIOLÓGICA. Hepatites virais: o Brasil está atento. 2008. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGIL NCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGIL NCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECCOES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS. Manual técnico para o diagnóstico das hepatites virais. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). SECRETARIA DE VIGIL NCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGIL NCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS INFECCOES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite C e coinfecções. 2018.
O Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina do Mucuri – FAMMUC (2017), bem como as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação de Medicina, evidenciam que o estudante deve desenvolver capacidade crítica e reflexiva, sendo agente transformador e de produção de conhecimentos, avaliando também suas necessidades de conhecimento para, através da educação permanente, manter-se atualizado e transformar continuamente sua prática com base em novos conhecimentos, contribuindo para o mesmo processo dos seus pares e demais profissionais de saúde; para, através de observação diferenciada e metodologia científica, pesquisar a sua realidade e produzir conhecimento e também para a incorporação em sua prática dos conhecimentos novos baseados em evidências científicas, transmitindo informações úteis no processo de intervenção do processo saúde-doença (prevenção) de maneira acessível. Além disso, esse perfil de profissional deve se assegurar de que contribui de maneira contínua para a busca dos mais altos padrões de qualidade dos serviços em saúde ofertados, especialmente no contexto do SUS. Diante disso, justifica-se a participação de estudantes do curso de Medicina e da Liga Acadêmica de Doenças Infecciosas e Parasitárias neste projeto, pautados no senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, com vistas a promover a saúde integral do ser humano. Os estudantes irão desenvolver atividades que articulam o ensino, a pesquisa e a extensão, fundamentais para uma formação integral, generalista e humanizada, reafirmando a necessidade de consolidação do Tripé Ensino-Pesquisa-Extensão no ensino Superior na UFVJM. Eles estarão envolvidos em todas as etapas do trabalho realizado, desde o levantamento bibliográfico, integrando o estudo das diferentes disciplinas necessárias para o raciocínio clínico e capacitação, passando pela organização e execução das atividades, até futuras confecções de artigos científicos e pesquisas que visem demonstrar a importância da intervenção e rastreio dos serviços de saúde quanto à detecção de infecções na população. Além disso, as ações previstas serão pautadas pela postura ética e humanista com o público-alvo do projeto e será fomentada, nos alunos participantes, uma maior percepção sobre formas alternativas de intervenção social. Estes alunos inseridos no projeto estarão acompanhados pela professora orientadora e médica infectologista da Policlínica Municipal durante as avaliações clínicas e durante algumas ações, também estarão acompanhados por técnicos-administrativos colaboradores com o projeto. Dessa forma, após cada rodízio, haverá roda de discussão dos casos e um feedback sobre o envolvimento de cada discente, individualmente, durante a ação, feito pela professora. Além disso, nas reuniões de controle com todos os integrantes, a orientadora e médica dará sua avaliação a respeito dos impactos do projeto, dos pontos positivos e dos pontos a serem melhorados dos estudantes que estiveram presentes nas práticas. Por fim, os pacientes também terão a oportunidade de fornecer seu feedback para os estudantes e para o projeto de modo geral, após a realização das ações, por meio do preenchimento de um formulário impresso confeccionado pelos discentes, bem como os funcionários do serviço em questão também terão a oportunidade de expor os efeitos das ações realizadas em um formulário próprio.
No contexto da macrorregião do Nordeste do estado de Minas Gerais, o sistema DATASUS (2018) registra um total de 59 casos confirmados de participantes portadores de hepatites virais. Já no contexto local, o município de Teófilo Otoni registra um total de 28 casos confirmados no ano de 2018 (último ano com informações no sistema). Nesse horizonte, o trabalho em questão se justifica, pois, as hepatites virais são moléstias de importante significado na saúde pública, tendo em vista o elevado percentual de indivíduos infectados com evolução crônica e com potencial para o desenvolvimento de outras comorbidades e consequente mobilização e sobrecarga dos componentes dos serviços de saúde pública. Logo, a possibilidade de uma vivência na prática do manejo desses pacientes por parte dos acadêmicos de medicina, surge como uma grande oportunidade de fortalecimento das habilidades desses estudantes no âmbito do cuidado longitudinal em ambulatório. Nesse sentido, o projeto oferece aos acadêmicos o escopo para o fomento de uma percepção de cuidado humanizado e integral, pautado nos princípios do SUS e que valoriza a multidisciplinariedade em saúde. Além disso, o projeto oferece a oportunidade de estreitar, ainda mais, os laços entre a comunidade acadêmica e os usuários do SUS, por meio da execução de ações de educação em saúde, promoção em saúde e prevenção. A implementação deste projeto, além de fornecer uma possibilidade de aproximação entre os Acadêmicos de Medicina e a comunidade, irá possibilitar desdobramentos em projetos de pesquisa sobre o tema. É importante ressaltar que a proposta se caracteriza como uma continuidade do Projeto que está sendo desenvolvido com apoio do PIBEX/2022/01.
Público-alvo
Detalhe: Público-alvo atendidos de forma direta: Usuários dos serviços de saúde do Ambulatório do Programa de Controle de Hepatites Virais da Policlínica Municipal, na cidade de Teófilo Otoni. Profissionais de saúde da Atenção Básica da cidade e dos distritos de Teófilo Otoni Usuários da atenção básica, urbana e rural, do município de Teófilo Otoni. Público-alvo atendidos de forma indireta: Outros pacientes atendidos na Policlínica Municipal.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Parcerias
Os espaços utilizados, Unidades de Saúde urbanas e rurais, para implementação das ações de extensão.
A Policlínica Municipal, gerida pela Secretaria de Saúde do município, será o local em que os alunos acompanharão os pacientes com diagnóstico para hepatites virais e onde demais pacientes serão atendidos na rede de atenção secundária.
Cronograma de Atividades
Reunião de planejamento para início das atividades do projeto
:Capacitação dos participantes do projeto.
Prática na policlínica municipal. (4 alunos)
Produção de um poadcast sobre Tipos de Hepatites Virais e como prevenir.
Reunião de controle com todos os participantes do projeto para discussão dos casos e trocas de experiências e informações.
Realização de Workshop “Fluxos de atendimento e abordagem das hepatites virais na atenção básica” para os profissionais de saúde atuantes nas Unidades Básicas da cidade de Teófilo Otoni.
Realização de ação em Unidade básica de saúde.
Realização de ação em Unidade básica de saúde.
Realização de ação em Unidade básica de saúde.
Dia mundial de luta contra as hepatites virais. Realização da ação extensionista em parceria com a SMS-TO
Realização de ação em Unidade Básica de Saúde em distritos de Teófilo Otoni.
Ação sobre conscientização das Hepatites Virais em uma escola da cidade.
Reunião para encerramento do projeto.