Visitante
Trilha Verde da Maria Fumaça: patrimônio cultural, memória e meio ambiente na escola básica em Gouveia, Minas Gerais
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
helder de moraes pinto
20231012023293122
faculdade interdisciplinar em humanidades
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
cultura
patrimônio cultural, histórico, natural e imaterial
regional
Não
Membros
claudiene dos santos oliveira pereira
Bolsista
A Trilha Verde da Maria Fumaça é um caminho de memórias e ecoturismo em fase de consolidação, ou seja, é o usufruto do leito da antiga linha férrea, no trecho entre Diamantina e Monjolos-MG, com 92 km, adornado com arquitetura, comunidade rurais, rios, e riachos, campos e montanhas de valor ambiental e cultural singular, formadores da identidade social regional. Dito isso, o projeto em tela irá lançar mão tal circuito numa abordagem educacional (ambiental e patrimonial), com foco na educação básica, especialmente as turmas de sexto e sétimo da Escola Municipal Zezé Ribas, localizada na zona rural de Gouveia, Minas Gerais. Logo, busca-se investigar aspectos da trilha que se relacionem a propostas de preservação de recursos culturais e naturais, a partir de abordagens propostas nas teorias da "educação patrimonial" - a saber - "educação Patrimonial consiste em um “processo permanente e sistemático”, centrado no “Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo”, cuja metodologia se aplica a [...] qualquer evidência material ou manifestação cultural, seja um objeto ou conjunto de bens, um monumento ou um sítio histórico ou arqueológico, uma paisagem natural, um parque ou uma área de proteção ambiental, um centro histórico urbano ou uma comunidade da área rural, uma manifestação popular de caráter folclórico ou ritual, um processo de produção industrial ou artesanal, tecnologias e saberes populares, e qualquer outra expressão resultante da relação entre indivíduos e seu meio ambiente”. Toda essa definição se aplica aos vestígios culturais ligados a Trilha Verde, promotores de fruição cultural, sociabilidade e lazer, ancorados na memória social local, em elementos da paisagem natural e em vestígios materiais deixados para ferrovia ao longo do trajeto. Assim, esta proposta visa conceber exercícios escolares a partir de elementos patrimoniais extraídos da Trilha; a serem explorados no espaço da sala de aula e visitas de campo (se possível); tal investida contará com mediadores pedagógicos físicos e digitais. Para identificar dados da Trilha que serão 'curricularizados' usaremos as noções de “patrimônio cultural” como ferramenta de educação patrimonial para os estudantes e professoras de rede escolar municipal. O projeto recorrerá ao farto material acumulado\elaborado ao longo do ano de 2021, pelas ações do projeto de extensão “Educação patrimonial em comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça: em busca da preservação de seus atrativos naturais e culturais e da memória ferroviária" (UFVJM\PROEXC - inscrição: 20211012021260122). O que dará continuidade e (re) significar o trabalho já realizado, porém num rearranjo da abordagem tanto do ponto de vista do público, quanto das ações, ou seja, como levar até a\o estudante (infantil) os conceitos e conteúdos relacionados ao 'patrimônio cultural e natural regional', a partir da temas como 'memória ferroviária' e 'meio ambiente'. Dessa forma, serão elaborados materiais como: cartilhas, textos, slides e oficinas que serão utilizados para trabalhar estas questões com os alunos desta escola.
patrimônio cultural e natural, educação patrimonial, Trilha Verde da Maria Fumaça
A Trilha Verde da Maria Fumaça é um circuito patrimonial que corresponde a antiga estrada de ferro Diamantina-Corinto que foi inaugurado em 1914 e desativado em 1973. Este projeto propõe a construção de conteúdos educativos sobre as comunidades pertencentes à Trilha Verde da Maria Fumaça: Bandeirinha, Barão de Guaicuí, Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador e Monjolos. Primeiramente, será feita uma consulta e convite a professoras de história e geografia da Escola Zezé Ribas para serem parceiras do projeto; e também o mesmo será feito com a Secretaria Municipal de Educação. Em seguida, atuaremos na a elaboração desses conteúdos; e para isso, serão feitas buscas e apropriações nos arquivos do projeto - "Educação patrimonial em comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça: em busca da preservação de seus atrativos naturais e culturais e da memória ferroviária" (UFVJM\PROEXC - inscrição: 20211012021260122), sobretudo os vídeos os quais haviam sido elaborados sobre as comunidades de Barão de Guaicuí, Mendes, Bandeirinha, Conselheiro Mata, Monjolos e Rodeado que tratam da história da Ferrovia Diamantina a Corinto nestes locais. Além disso, será feita uma visita a sítios virtuais para coletar informações textuais, imagéticas e fílmicas de seres naturais, culturais, bem como das arquiteturas como estações ferroviárias de cada uma das comunidades. Após isso, vamos elaborar textos e situações pedagógicas, como oficinas e slides, com informações sobre a história desses locais e da memória ferroviária. Assim, os conteúdos sobre história e memória das comunidades da Trilha e da ferrovia e serão estudados pelos escolares guiados pelas noções de patrimônio que, entre outras coisas, prega o cuidado, a preservação cultural e natural do território. Os conteúdos elaborados em 2021 também serão enviados para pessoas das comunidades envolvidas, bem como para as secretarias de educação, cultura e turismo ligadas a tais populações. Através desses conteúdos procura-se fazer com que as novas gerações frequentem a memória regional, se percebendo como parte de um todo para além da sua cidade. Sobretudo, espera-se que os estudantes tenham acesso a conceitos que possam sensibilizar e fomentar o interesse em cuidar/preservar os elementos da paisagem natural como montanhas, riachos, campos e cachoeiras, e vestígios materiais da ferrovia ao longo dessas comunidades, os quais unidos constituem o patrimônio cultural do circuito. Somado a isso, permitir que essas pessoas valorizem esses bens culturais, compreendam o que significa "Educação Patrimonial" e que estejam envolvidas na preservação desse complexo patrimônio e que empreendem isso em seu cotidiano. A Educação Patrimonial "constitui-se de todos os processos educativos formais e não formais que têm como foco o Patrimônio Cultural, apropriado socialmente como recurso para a compreensão sócio-histórica das referências culturais em todas as suas manifestações, a fim de colaborar para seu reconhecimento, sua valorização e preservação." (IPHA, 2014, p. 19). Isso posto, são horizontes do projeto: a) percorrer, de forma didática, patrimônios das comunidades das seis comunidades que compõe este circuito patrimonial fim de conhecer informações sobre seus bens naturais, culturais e estações ferroviárias, por meio de atividades educativas diversas, com textos, objetos, maquetes, fotografias, filmes e excursões (se possível); portanto cabe-nos; b) Elaborar textos e outros instrumentos pedagógicos sobre a história desses locais e da memória ferroviária feitos por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental; c) Executar uma pesquisa bibliográfica sobre educação patrimonial e preservação de atrativos culturais/ naturais para subsidiar a criação dos materiais; d) Divulgar esses conteúdos gerados nas redes sociais da Secretaria de Educação; e) Elaborar em conjunto com a(s) professora(s) algumas propostas de aulas e outras atividades com base nos materiais didáticos ofertados pelo projeto; f) criar o relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançado.
No ano de 2021 desenvolvemos o projeto de extensão “Educação patrimonial em comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça: em busca da preservação de seus atrativos naturais e culturais e da memória ferroviária”. Tal projeto buscou percorrer a Trilha, meios digitais, em redes sociais e outras ferramentas telemáticas, para identificar dados que possam ser tratados a partir das noções de “patrimônio cultural” e apontar oportunidades de educação patrimonial, sobretudo para os visitantes de redes sociais. Diante disso, vislumbramos de um 'novo' projeto partindo dos estudos, textos e vídeos que foram criados sobre as comunidades de Bandeirinha, Barão de Guaicuí, Mendes, Conselheiro Mata, Rodeador e Monjolos, nos quais apresentamos informações sobre essas comunidades como dados populacionais, seus bens naturais, culturais e estações ferroviárias, fotografias e filmes. Além disso, esses vídeos traziam como conteúdo textos que destacam a necessidade da educação patrimonial e preservação de atrativos culturais/ naturais articulando com a Trilha Verde, recortes de jornais da imprensa Pão de Santo Antonio, sobre história e memória dessas comunidades e da ferrovia Diamantina-Corinto. Nessa perspectiva, com conteúdos já criados, objetivamos os converter em atividades voltadas à alunos do sexto e sétimo ano da Escola Municipal Zezé Ribas, localizada em Gouveia, Minas Gerais. Diante disso, serão propostas atividades de leitura, interpretação de texto, desenho e maquetes, fotografia e, alguma visita de campo, permearão esse programa Educação Patrimonial. No segundo semestre do ano de 2023, almejamos, caso for possível, realizar excursões escolares nos espaços destas comunidades, com estes alunos, sob a supervisão do professor regente, como também da autorização de seus pais. Consideramos importante esse projeto desenvolvido no espaço escolar gouveano, já que muitos desses alunos certamente desconhecem que nesta região presenciou o trem de ferro, que configurou em um elemento representante da modernidade ocidental. Outra questão relevante é que através disso, podemos estabelecer uma ferramenta de ensino ao trabalhar com esses alunos ao aproximá-los dos bens culturais dessas comunidades e fazê-los refletir sobre a importância de preservá-los, promovendo uma visão crítica acerca deles. Ademais, é válido salientar que a Educação Patrimonial permite com que os sujeitos tenham acesso a saberes, formas de expressão, celebrações, lugares, histórias, objetos e espaços importantes para a memória social de um povo. Assim, acabam por permitir que eles possam continuar fazendo parte da cultura das próximas gerações. Um bem cultural seja material ou imaterial, representa a história de um grupo social, destacando suas características e especificidades, esses bens culturais são responsáveis pelo reconhecimento da sociedade da história local, por isso conhecer e estudar os patrimônios locais torna-se fundamental. (MORO, 2017, p.9). Logo, com esse projeto pretendemos fazer com que esses educandos relacionem a memória ferroviária com o patrimônio cultural dessas localidades. Vale ainda salientar, que a educação patrimonial é um tema transversal, e que deve ser trabalhado nos espaços escolares, haja vista que colabora para a formação cultural dos educandos. A transversalidade possibilita que no ambiente escolar sejam abordados temas que não são profundamente explorados no cotidiano da sala de aula. Para Florêncio (2015) a preservação dos bens culturais deve ser compreendida como uma pratica social, e a Educação Patrimonial precisa ter esse preceito, pois vai interferir de maneira intrínseca na forma como a sociedade percebe a sua cultura. Somado a isso, ressalta-se que a escola se constitui em um local de transmissão de valores e compartilhamento de experiências, de diversidade cultural. Nesse sentido, é que a educação patrimonial ganha ênfase. Ademais, a escolha do quinto ano do ensino fundamental se deve ao fato de que os alunos se encontram ainda na fase inicial de aquisição de conhecimentos e valores, essenciais para sua formação, tanto pessoal como enquanto alunos. A BNCC traz o patrimônio no quinto ano do Ensino Fundamental através da unidade temática “Registros da história: linguagens e culturas”, cujos objetos de conhecimento são “Os patrimônios materiais e imateriais da humanidade”. Em relação as habilidades que devem ser desenvolvidas por esses alunos é a habilidade “(EF05HI10) Inventariar os patrimônios materiais e imateriais da humanidade e analisar mudanças e permanências desses patrimônios ao longo do tempo (BRASIL, 2017, p. 414). Por fim, cabe ressaltar que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), ressaltam a importância do ensino fundamental , que é: conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou de outras características individuais e sociais (BRASIL, 1997, p. 8).
Objetivos gerais: * Criar conteúdo com textos, imagens baseadas nos vídeos anteriormente elaborados em 2021 ao longo do projeto “Educação patrimonial em comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça: em busca da preservação de seus atrativos naturais e culturais e da memória ferroviária” sobre as comunidades rurais situadas às margens da Trilha Verde da Maria Fumaça. Com isso, busca-se atender ao público da educação fundamental nas demandas e educação patrimonial, envolvendo a comunidade escolar do quinto e sexto ano da Escola Municipal Zezé Ribas acerca da importância da preservação dos bens patrimoniais (culturais e naturais), bem como construir nas comunidades o interesse e ação cotidiana de preservação e promoção dessas riquezas históricas e ecológicas. Objetivos específicos: * Produzir conteúdos pautados na proteção da Trilha segundo princípios da sustentabilidade e promoção do patrimônio cultural; * Discutir e promover, por meio de ferramentas e estratégias pedagógicas, a percepções e os conceitos de promoção e preservação patrimonial com base nas comunidades da Trilha; * Estudar os pontos de presença de água às margens do percurso para serem incorporados ao conceito de patrimônio da Trilha Verde, como território aquífero relevante da ‘APA CAPIVARA/BARÃO’ e do ‘Médio Espinhaço’ - 'Reserva da Biosfera'; * Coletar informações para fundamentar o “tombamento”, como bem histórico e natural, todo o percurso da Trilha, especialmente, os vestígios arqueológico, notadamente, a arquitetura da linha férrea. Enfim, associar tudo isso ao conceito de patrimônio mundial.
Inicialmente, pretende-se estabelecer comunicação com professores da rede municipal de ensino, sabe-se na escola há três turmas uma do quinto e sexto ano com as quais pretendemos firmar parceria. Considerando que o circuito é ainda desprovido de uma política de preservação de seus bens naturais e culturais; cabe também ao sistema escolar (básico e superior) desenvolver conteúdo sobre a preservação do patrimônio cultural presente na Trilha, em parceria com as comunidades e, para ser utilizado pelas escola e comunidades como forma de orientar ações de preservação de promoção desses bens. Somado a isso, busca-se criar peças de difusão desses conteúdos em redes sociais e outros suportes digitais para populações além das comunidades envolvidas. Enfim, visamos despertar nestes alunos, em moradores e visitantes a necessidade da preservação do belo e raro patrimônio natural e cultural presente ao longo do 92Km do percurso da Trilha Verde da Maria Fumaça.
A metodologia será pautada na pesquisa bibliográfica e a documental serão o método. A pesquisa documental é caracterizada por Cellard (2008,p. 295) conforme citado por Sá-Silva (2009,p.2) , como algo “insubstituível em qualquer reconstituição referente a um passado relativamente distante, pois não é raro que ele represente a quase totalidade dos vestígios da atividade humana em determinadas épocas”. Seguindo tal linha, Bravo (1991) apud Silva (2009,p.4556) afirma que os documentos referem-se a “todas as realizações produzidas pelo homem que se mostram como indícios de sua ação e que podem revelar suas ideias, opiniões , formas de viver''. Já a pesquisa bibliográfica traz a análise e estudo de documentos científicos, a exemplo de artigos científicos, dissertações, livros didáticos escolares, enciclopédias, dicionários e periódicos. A principal finalidade da pesquisa bibliográfica é proporcionar aos pesquisadores e pesquisadoras o contato direto com obras, artigos ou documentos que tratem do tema em estudo (Oliveira, 2007 apud Sá-Silva 2009). Além disso, usaremos dados de páginas de Redes Sociais para compor as situações didáticas em diálogo com as professoras parceiras. Considera-se ainda como parte intangível da metodologia estimular a participação remota dos interessados nas comunidades. * 1ª etapa: realização das pesquisas; * 2ª etapa: composição das peças didáticas com informações atividades sobre o circuito da Trilha, baseadas , sobretudo , nos vídeos elaborados em 2021; * 3ª etapa: Aplicação, nas turmas parceiras, dos produtos alcançados sobre a tradição e patrimônio cultural e ambiental - águas, vegetação ,rochas, além da realização das visitas de campo se possível. Por fim, haverá a elaboração do relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançados, assim como anexando todos os materiais elaborados.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNC C_20dez_site.pdf. Acesso em: 17 de setembro de 2021. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: temas transversais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, v. 8. 1997. p. 7. 2 Ibidem, p. 8. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNC C_20dez_site.pdf. CAMINHOS DA SERRA: AMBIENTE, EDUCAÇÃO E CIDADANIA. 3ª Expedição pela Trilha Verde da Maria Fumaça – A Sinalização. Gouveia, 2016. CAMINHOS DA SERRA: AMBIENTE, EDUCAÇÃO E CIDADANIA. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - CONTRATADA - Serra Sertão Expedições e Vivências. Gouveia, Caminhos da Serra, 2018. CAVACO, Inês Isabel Guerreiro. Ferrovias em espaço urbano: sua transformação em vias verdes. O caso de Vila Real de Santo António. 2017. Tese de Doutorado. Disponível em < https://sapientia.ualg.pt/handle/10400.1/10687 > Acesso em 20 de junho de 2022. DAL SOGLIO, Fábio Kessler. Princípios e Aplicações da Pesquisa Participativa em Agroecologia. REDES: Revista do Desenvolvimento Regional, v. 22, n. 2, p. 116-136, 2017. Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. 1. ed. Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2015. (verbete). FLORENCIO, Sônia Regina Rampim. Educação patrimonial: algumas diretrizes conceituais. Brasil: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico. In. Cadernos do Patrimônio Cultural: Educação Patrimonial. GUIMARÃES, Mauro. Educação ambiental crítica. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, p. 25-34, 2004. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (Iphan). Educação Patrimonial: Manual de aplicação: Programa Mais Educação / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. – Brasília, DF : Iphan/DAF/Cogedip/Ceduc, 2013. JUNIOR, Magno Vasconcelos Pereira. Patrimônio cultural e a institucionalização da memória coletiva no Brasil. Biblio3W Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, n. 1, 2018. MOREIRA, R.A.; Araújo, H.R. Trilha Verde da Maria Fumaça: patrimônio ferroviário e turismo no Vale do Jequitinhonha. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.9, n.6, nov-2016/jan-2017, pp.751-767. Disponível em < http://acervo.ufvjm.edu.br/jspui/bitstream/1/1426/1/1060-4221-1-PB.pdf > Acesso em 13/03/2022. MOREIRA, R.A.; Araújo. RAMAL FERROVIÁRIO CORINTO – DIAMANTINA: análise da imprensa local entre os anos de 1893 a 1913 e o roteiro turístico Trilha Verde Da Maria Fumaça, 2018, 75 f. trabalho de conclusão de curso (graduação em Turismo) – Faculdade Interdisciplinar em Humanidades, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri., 2018. PINHEIRO, Adson Rodrigo S. (org). Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico, 2015, p.210 MORO, Taciane Neres et al. A educação patrimonial como tema transversal: uma experiência no município de Itaqui. 2017. PROCHNOW, Lucas Neves. Memória ferroviária. In: REZENDE, Maria Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia (Orgs.). SÁ-SILVA, J. R.; ALMEIDA, C. D. & GUINDANI, J. P. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Ano I, n. I, jul. 2009. Disponível em: . Acesso em 20 de junho de 2022. SERRA SERTÃO EXPEDIÇÕES E VIVÊNCIAS. Relatório de Sinalização 3. Diamantina, 02/2019. SERRA SERTÃO EXPEDIÇÕES E VIVÊNCIAS. Relatório Parcial. Diamantina, 08/2018. SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. – São Paulo : Contexto, 2009. VOGT, C. De Ciências, divulgação, futebol e bem-estar cultural. In. PORTO, C.; BROTAS, A. M. P.; BORTOLIERO, S. T. (Org.). Diálogos entre ciência e divulgação científica. Salvador: Edufba, 2011. ZANIRATOL, Silvia Helena . RIBEIRO, Wagner Costa Ribeiro. Patrimônio cultural: a percepção da natureza como um bem não renovável. Revista Brasileira de História, vol.26 n.51 São Paulo Jan./June 2006.Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882006000100012. Acesso em: 22 de julho de 2020.
O estudante participará diretamente na produção pesquisa bibliográfica e a documental, na identificação e coleta dos vestígios sobre os patrimônios dispersos na área a abrangência do projeto: * Assumirá parte da responsabilidade no planejamento da pesquisa; identificar tematicamente atores sociais que poderão colaborar com o projeto nas comunidades; * Atuará no compartilhamento com as comunidades da preparação e materialização dos diferentes conteúdos gerados; elaborará textos as para crianças e atividades pedagógicas informações sobre a história desses locais e da memória ferroviária feitos por meio de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental; * Irá criar textos, oficinas, propostas de maquetes e outros meios pedagógicos baseados, sobretudo, nos materiais elaborados no projeto de 2021; * Atuará na elaboração e apresentação desses conteúdos em parceira com as professoras parceiras; * Divulgará esse material nas páginas do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra; * Fará a elaboração do relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançados, assim como anexando todos os catálogos elaborados e pesquisas feitas.
Muitas pessoas, especialmente as que fazem parte das novas gerações, desconhecem a existência nesta região de uma estrada de ferro. Além disso, muitos sequer sabem da importância de preservar os bens naturais e culturais que nela existem. Ao abordar a ferrovia Diamantina-Corinto é válido falar acerca da Trilha Verde da Maria Fumaça. É um Caminho patrimonial e turístico entre comunidades, um roteiro que possui fortes traços das múltiplas características de Minas Gerais. Logo, é algo essencial elaborar e difundir conteúdos sobre o patrimônio cultural e natural que ‘adorna’ a Trilha Verde. Portanto, busca-se fazer com que crianças e educadores da 'margem' da Trilha, já que esta corta a comunidade gouveiana de Barão, possam acessar e refletir acerca dessas informações a partir das premissas da educação patrimonial. Estes estudos são relevantes para o desenvolvimento humano, sendo um fator de são humanização dessas pessoas. Ademais, trata-se de um serviço de preservação para as futuras gerações de bens que, entre eles, estão vários riachos de água cristalinas que são conteúdo vital para diversas vidas animais e vegetais dessa região do Espinhaço. Enfim, é uma urgência a preservação e divulgação disso entre os mais jovens, e as comunidades, sobretudo nos espaços escolares, destes noventa e dois quilômetros do antigo ramal ferroviário. Como se sabe, este percurso encontra-se na Serra do Espinhaço e o Sertão Gerais, e além de muito quartzito e calcário, tem como vegetação o campo rupestre e mata seca, e possui o Jequitinhonha e São Francisco. Dessa forma, há muita água, além de uma rica biodiversidade e múltiplas paisagens. Em suma, busca-se promover a educação patrimonial através desses alunos e disseminar isso também através das pessoas dessas comunidades da Trilha Verde da Maria Fumaça.
Público-alvo
O público alvo trata-se de estudantes e professores do sexto e sétimo ano da Escola Municipal Zezé Ribas, localizada na comunidade de Pedro Pereira , zona rural de Gouveia, Minas Gerais. A escolha deste público se deve ao fato de que a ideia de existência da ferrovia Diamantina-Corinto, certamente não é algo que foi disseminado no espaço deste local, sobretudo acreditamos na escola em si. Além disso, alguns moradores locais das comunidades de Barão de Guaicuí, Conselheiro Mata e Monjolos, que possuam vínculo com a Trilha Verde da Maria Fumaça. Com relação a essas pessoas, a escolha é justificada em razão de que elas ao nosso ver, podem contribuir na disseminação da importância da preservação dos aspectos culturais e naturais dessas comunidades.
Municípios Atendidos
Gouveia
Diamantina
Monjolos
Parcerias
O projeto ainda será apresentado para a Escola Municipal Zezé Ribas. Isso porque o coordenador tem um certo contato com a instituição, haja vista que já realizou projetos anteriormente no local.
Cronograma de Atividades
Janeiro a abril: organização dos materiais a serem elaborados para serem trabalhados na escola através da ação da bolsista e dos professores de geografia e história destes alunos. Junho, julho (1ª quinzena), agosto (2ª quinzena): atividades desenvolvidas com os alunos na escola uma vez ao mês em cada turma, devido ao próprio cronograma da escola e atividades que já se encontram em curso. Serão feitas atividades com textos sobre essas comunidades e estação ferroviária, oficinas como elaboração de artesanatos baseados no antigo ramal, cartazes, desenhos, produções escritas, fotografias, dentre outros. O desenvolvimento dessas atividades terá a supervisão da professora regente. Agosto (2ª quinzena), setembro, outubro (2ª quinzena): visitas de campo as comunidades, onde vamos buscar visitar algumas das comunidades com a participação e atuação das professoras e dos alunos. Caso haja visitas de campo a comunidade de Bandeirinha a iremos visitar e tirar fotos das casas de turmas. Além disso, iremos propor a um dos moradores que compartilhem com elas sobre as histórias que sabem sobre o trem de ferro que ali passava, suas memórias. Por fim, será mostrado a eles vestígios do trem de ferro que passava nessa comunidade, como pregos e dormentes. Na visita a Barão iremos explorar a estação e o pontilhão que liga o distrito a Mendes. Durante a visita de campo a Conselheiro Mata, vamos visitar a estação e o antigo prédio da Escola Rural Dom Joaquim Silvério de Souza. Na visita a Monjolos, vamos ir a estação e pontilhão. Além disso, neste período vamos também levar até essas comunidades os conteúdos elaborados em 2021 para serem disseminados a eles. Novembro e dezembro: será feita a divulgação de todo material produzido ao longo deste projeto nas páginas do Facebook da Trilha Verde da Maria Fumaça e da OSC Caminhos da Serra. Além disso, será elaborado o relatório final do projeto, comparando os resultados esperados com os alcançados, assim como anexando todos os catálogos elaborados e pesquisas feitas.