Visitante
Conscientização do manejo dos ambientes de produção sob estresse hídrico no Noroeste de Minas Gerais
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
alceu linares pádua junior
202310120232321117
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências agrárias
0
meio ambiente
desenvolvimento regional
regional
Não
Membros
anderson barbosa evaristo
Voluntário(a)
sergio macedo silva
Voluntário(a)
renata oliveira batista
Voluntário(a)
mariana rodrigues bueno
Voluntário(a)
leonardo barros dobbss
Voluntário(a)
joão vitor campos pires
Bolsista
O conhecimento dos atributos químicos, físicos e biológicos do solo da camada de superfície (0-20 cm) e subsuperfície (abaixo de 20 cm) associado as condições climáticas da região é definido como Ambiente de Produção. Na região noroeste de Minas Gerais o evento de estresse hídrico, veranico, afeta de maneira significativa o rendimento das culturas. Nesta perspectiva o conhecimento das classes de solos auxilia na escolha das áreas que podem proporcionar "confiança agrícola" ao produtor. Nesta linha de raciocínio a presente proposta visa apresentar aos produtores quais atributos podem auxiliar na escolha de áreas para o cultivo de plantas com menor risco de produção.
Manejo, pedologia, fertilidade do solo, biologia
O Brasil ocupa posição de destaque no cenário agrícola mundial devido à grande extensão de terras associada à favorável condição pedoclimática presente na maior parte do país (MARIN & NASIFF, 2013). Trabalhos que avaliam as potencialidades e limitações das diferentes classes de solos associados ao clima, sistema de cultivo e seu efeito sobre as culturas são escassos. As características pedogenéticas dos solos, geralmente, não são utilizadas como parâmetros na tomada de decisão para o manejo das plantas. Entretanto, alguns autores como Demattê (1981) e Vasconcelos (2011), entre outros, consideram essas variáveis como fatores importantes na distribuição do sistema radicular e consequentemente na produção vegetal, caracterizando-se assim, como importante critério na escolha de variedades. Estudos que avaliam algumas características do solo como fatores de produção são mais frequentes, tal como o de Santos et al. (2008) que utilizaram a textura dos solos como parâmetro de produtividade para a cultura da soja e Cunha et al. (2000) que concluíram que a capacidade produtiva da seringueira está relacionada a capacidade hídrica da morfoestrutura do horizonte de subsuperfície do Argissolo. O conhecimento acerca das classes de solos e sua relação com as culturas da soja, milho e feijão na região do Cerrado do Noroeste de Minas Gerais ainda é incipiente, porém fundamental para o planejamento agrícola. Neste contexto, destacam-se os levantamentos de reconhecimento de média intensidade de solos da região geoeconômica de Brasília-Minas Gerais realizados por Naomi et al. (1998), que, apesar de fornecerem informações mais completas sobre alguns pontos de amostragem da região de estudo, são desatualizadas e em escala pouco detalhada para o manejo adequado das culturas. Segundo dados expostos pela Prefeitura de Unaí (2022), no ano de 2021, a região foi considerada a maior produtora de grãos do estado de Minas Gerais, ocupando o sexto lugar no ranking nacional. Dada a importância da região para a produção de grãos no cenário nacional, torna-se fundamental estudos mais detalhados da relação solo-cultura e clima na busca de um manejo mais racional das potencialidades dos solos e a convivência mais harmoniosa com suas limitações. Diante destes fatos, a mesorregião Noroeste de Minas Gerais é considerada um ótimo objeto de estudo, pois incorpora a produção em larga escala, e, ainda, possui enraizadas grandes concentrações de agricultores familiares na região, o que expressa também à desigualdade de acesso à terra e à renda. (SABOURIN et al, 2007). Portanto, diante das dificuldades expostas sobre o manejo das culturas anuais em diferentes classes de solos, o presente projeto busca apresentar aos produtores a capacidade de aperfeiçoar o conhecimento técnico sobre o conhecimento e manejo dos distinto tipos de solos, possibilitando o melhor uso da terra no Noroeste de Minas Gerais principalmente nos anos de longos veranicos.
A atividade agrária influencia significativamente no desenvolvimento econômico e social do Brasil, abrangendo tanto a produção de larga escala como a produção realizada pela agricultura familiar. Segundo dados do Censo Agropecuário IBGE (2006), foram identificados “4.367.902 estabelecimentos da agricultura familiar, o que apresenta 84,4% dos estabelecimentos brasileiros”. Cerca de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por agricultores familiares. Em 2006, a agricultura familiar foi responsável por: 87% da produção nacional de mandioca; 70% da produção de feijão; 46% do milho; 38% do café; 34% do arroz; 58% do leite; 59% do plantel de suínos; 50% das aves; 30% dos bovinos; e ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%). Entretanto, ocupam apenas 24,3% da área total dos estabelecimentos, enquanto os “não familiares” representam 15,6% do total de agricultores e ocupam 75,7% da área. As propriedades familiares estão localizadas geralmente em áreas de solos fortemente degradados, sendo mais comuns locais praticamente inaptos para as atividades agrícolas. Entretanto, é evidente que a correta escolha das áreas para o cultivo das culturas podem elevar sua produtividade e trazer benefícios econômicos e sociais para as famílias das comunidades. O conhecimento das potencialidades e limitações dos solos torna-se de fundamental importância para a agricultura familiar, principalmente na mesorregião Noroeste de Minas Gerais que pode aumentar de forma significativa seu potencial produtivo, com grande capacidade de expansão de sua atividade agropecuária. A mesorregião mineira destaca-se, pelo grande número de agricultores familiares e assentamentos de reforma agrária no país (SABOURIN et al., 2007). A adoção de atividades pedagógicas teóricas e práticas serão úteis como agente facilitador no processo de ensino. Além disso, o projeto aproximará o acadêmico às atividades de ensino e extensão e oportunizará ao aprimoramento de habilidades relacionadas ao tema. O projeto proposto encontra-se em conformidade e articulado com a política de extensão de UFVJM que prioriza pela ampliação e consolidação das relações entre instituição e demais setores da sociedade com o objetivo de contribuir para transformar a realidade mediante o conhecimento e a melhoria das condições de vida da população.
Como objetivos gerais: Demonstrar o efeito da classe do solo no manejo agrícola das terras, podendo recomendar alternativas sustentáveis de manejo nos distintos ambientes de produção, presentes nas lavouras do Noroeste de Minas Gerais, viabilizando o melhor planejamento agrícola pelos produtores. Como objetivos específicos: Integrar os alunos e a sociedade (produtores e técnicos) para a promoção de novas práticas baseadas nas perspectivas trazidas pelo manejo correto do solo, desenvolvimento sustentável e ética social; Qualificar a alocação das variedades e ou híbridos nas diferentes zonas de manejo pedológicos; Demonstrar o efeito produtivo do ciclo das culturas (precoce, médio e tardia) em diferentes classes de solos; Divulgar a tecnologia entre os produtores, técnicos e a sociedade do noroeste mineiro por meio de boletins técnicos, dias de campo, folders, reuniões, dentre outras atividades que se julgarem pertinentes.
Durante o desenvolvimento do projeto, entre o mês de setembro de 2022 a julho de 2023, esperam-se as seguintes impactos diretos: 1. Divulgação do conhecimento sobre a importância de reconhecer as classes de solos para sua utilização racional e da sua conservação entre aproximadamente 200 produtores. 2. Capacitar pessoas de cooperativas e comunidades para torna-los professores colaboradores e disseminadores do conhecimento entre os moradores das comunidades. 3. Treinamento dos 6 professores colaboradores, por meio de minicurso e oficina, para que a difusão do conhecimento sobre o tema possa ter continuidade nas comunidades. 4. Conscientização sobre o tema das 200 pessoas das comunidades e cooperados. 5. Inclusão dos discentes do ICA-UFVJM participantes do projeto ao tema “Conscientização do manejo dos ambientes de produção sob estresse hídrico no Noroeste de Minas Gerais” na forma mais abrangente e às técnicas de ensino e extensão utilizadas na proposta. 6. Realização de dias de campo durante o ciclo das culturas, para que os produtores possam identificar os efeitos do ajuste da variedade em função das classes de solos. 7. Divulgação e apresentação de trabalhos referentes ao projeto no Sintegra/UFVJM e Workshop de integração/UFVJM. Após o projeto, a partir do mês de setembro de 2022, esperam-se as seguintes impactos indiretos: 1. Difusão, por parte dos professores colaboradores, das ideias apresentadas no projeto para as os demais membros da comunidade. 2. Difusão do projeto “Conscientização do manejo dos ambientes de produção sob estresse hídrico no Noroeste de Minas Gerais” entre as escolas públicas dos municípios de Unaí e Bonfinópolis de Minas para que esse possa ter continuidade e durabilidade. 3. Formação do “Grupo de Extensão em Manejo de Solo” no ICA/UFVJM, para que a ideia proposta neste projeto possa ser difundida entre outros setores da sociedade. Com a continuidade das atividades do grupo de extensão, outros discente do ICA, além dos 6 participantes iniciais, podem ser integrados ao projeto e, dessa forma, aprofundarem seus conhecimentos sobre a importância na identificação das classes de solos e nas técnicas de ensino e extensão utilizadas. 4. Divulgação dos resultados obtidos mediante ações como dias de campo, para que outras comunidades possam manter firmes as raízes da tecnologia dos Ambientes de Produção. 5. Reconhecimento da comunidade em geral ao trabalho prestado pelo projeto. 6. Como meta principal do projeto, espera-se a conscientização da comunidade na escolha e no manejo dos solos e consequentemente sua preservação, principalmente com o apoio continuo e duradouro dos professores colaboradores nas comunidades.
Ao iniciar um trabalho de campo, alguns fatores deverão ser considerados logo em seu princípio, especialmente quando se considera o saber acumulado por grupos sociais como fonte de pesquisa. De acordo com Ellen (1984) e Alfonso (1990), para que o projeto tenha êxito, é fundamental a escolha da comunidade a ser estudada. Dentro desta exigência dois são os critérios fundamentais para o desenvolvimento das atividades: a) a comunidade e a cooperativa tem que ser representativa na região, pois servirá de modelo para a aquisição da tecnologia pelas demais produtores da região; e b) os moradores e cooperados têm que aceitar que o estudo seja realizado com eles. Para adoção da tecnologia, busca-se trabalhar com comunidades que estejam pouco afetadas pelo processo de modernização agropecuária e que ainda conservem a experiência de seus antepassados, sendo fundamental que estes agricultores possuam algum nível de organização social como, por exemplo, fazer parte de uma associação de produtores, ou equivalente. Aquisição de dados da comunidade modelo Após a escolha da comunidade, os moradores serão entrevistados para elaboração do perfil agrícola da propriedade familiar nos municípios de Unaí e Bonfinópolis de Minas. A obtenção de dados como: divisão das áreas na propriedade em função de sua experiência prática, as culturas geralmente cultivadas, correções e adubações, tratos culturais, histórico de cultivos e produtividades, dados climáticos, doenças, pragas, interesse no plantio de espécies vegetais não comuns na região, dentre outras informações que se tornarem pertinentes. Levantamento de Solos Os ambientes de produção serão delimitados em função dos atributos de superfície e subsuperfície dos solos que mais tornam as áreas aptas, mediamente aptas, a inaptas para os cultivos vegetais. Informações simples e de fácil identificação serão levantadas e discutidas com os agricultores para melhor ajuste das culturas nas áreas. Parâmetros como: profundidade efetiva, presença de cascalho, nódulos ou concreções ferruginosas, áreas de planícies denominadas muitas vezes de terras de cultura, muito em função da presença de rochas ricas em carbonato de cálcio e magnésio “calcários” presentes na região noroeste de Minas Gerais que tornam as áreas com aptidão para várias culturas extremamente viáveis, mas que na situação atual não são utilizadas. Serão designadas três pessoas de cada comunidade além de dois acadêmicos para cada comunidade, sendo um bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex) da UFVJM para acompanhar os levantamentos de solos e desenvolvimento das culturas. A ideia de incluir os membros da comunidade no projeto é a aproximação do conceito técnico e sua aplicação prática, pois esses serão agentes disseminadores do projeto dentro da comunidade. Análise do solo para avaliação da fertilidade do solo Serão abertas trincheiras e ou cortes em barrancos para descrição e coleta de amostras para quantificação química, caracterização morfológica e física. Determinada as “manchas de solos” em cada variação estabelecida na propriedade, serão coletados os solos nas camadas de 0-20 cm para o diagnóstico de aplicação de corretivos e adubos e 40-60 cm para utilização de condicionador de solo quando for o caso, principalmente para a implantação de culturas mais exigentes em fertilidade do solo, sendo as recomendações baseadas no boletim técnico de recomendação para uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais (5ª APROXIMAÇÃO, 1999). Escolha de espécies vegetais e variedades As variedades serão escolhidas quanto a capacidade de gerar sementes viáveis para posteriores plantios e seu ciclo de desenvolvimento, pois essa característica genética tem alta relação com o perfil do solo, culturas de ciclo tardio possuem um sistema radicular mais agressivo podendo se recomendadas para área mais limitantes quanto a água disponível e fertilidade do solo; por outro lado, culturas de ciclo precoce são mais exigentes necessitando um perfil de solo corrigido, principalmente na superfície, posição de maior volume de raízes para esse grupo de plantas. A escolha da espécie vegetal será determinada em função das potencialidades e limitações dos solos mapeados, pois culturas como feijão, mandioca e citrus são pouco tolerantes a solos com barreiras físicas em profundidade, horizontes concrecionários, litoplínticos (formados por concreções com alto teor de ferro e alumínio, denominadas de petroplintita, muito comuns nos municípios de Unaí e Bonfinópolis de Minas) ou mesmo a rocha de origem, proporcionando ambiente moderadamente drenado e favorável a fungos e bactérias que vivem no solo e reduzem a produtividade das culturas acima mencionadas. Planejamento do Plantio Definida a espécie vegetal a se cultivar em função da classe de solo presente na área, serão consideradas informações específicas da cultura, quanto ao ciclo de desenvolvimento (espécies de ciclo anual, médio ou tardio), espaçamento, orientação do plantio em nível em função do relevo da propriedade, posição do sol, dentre outras informações que se julgarem necessárias. Monitoramento O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das culturas alocadas em função do potencial agrícola dos solos será realizado durante os estádios vegetativos e reprodutivos da cultura, com enfoque principalmente nos 15 dias antes e 15 dias após o período de enchimento de grãos ou frutos, considerado período crítico da produtividade das plantas onde características e propriedades químicas, físico-hídricas e morfológicas dos solos são mais atuantes. Para critério comparativo será preservada uma parte da área para que se aplique o manejo convencional e escolha das sementes tradicionalmente adotada pela comunidade, como forma de apresentar resultados visíveis e consistentes aos agricultores, para manutenção e expansão do projeto para comunidades vizinhas.
ALFONSO, J.M. La investigation em antropologia social. Barcelona, Editorial Ariel, 1990, 237p. BRADY, N.C.; WEIL, R.R. Elementos da natureza e propriedades dos solos, 3° Edição. Bookman Companhia Editora LTDA, 2013. 716p. BUAINAIN, A. M.; SABBATO, A. Di; GUANZIROLI, C. E. Agricultura Familiar: Um estudo de Focalização Regional. SOBER, Cuiabá, 2003. BUAINAIN, A. M.; ROMEIRO, A. A agricultura familiar no Brasil: Agricultura familiar e sistemas de produção. Projeto: UTF/BRA/051/BRA. Março de 2000. 62p. DEMATTÊ, J.L.I. Characteristics of Brazilian soils related to root growth. In: THE SOIL/ROOT SYSTEM IN RELATION TO BRAZILIAN AGRICULTURE, 1980, Londrina. Proceedings... Londrina: Instituto Agronômico do Paraná, 1981. p.21-41. DEMATTÊ, J.L.I.; DEMATTÊ, J.A.M. Ambientes de Produção como estratégia de manejo na cana-de-açúcar. Informações Agronômicas, nº 127, Piracicaba, 2009. ELLEN, R.F. Ethnographic research a guide to general conduct. London. Academic Press. 1984, 403 p. IBGE, Censo Agropecuário 2006: Agricultura Familiar Primeiros Resultados. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Rio de Janeiro, 2006, p. 267. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO (MDA). Plano safra 2015/2016 Agricultura Familiar, Alimentos Saudáveis para o Brasil. http://www.mda.gov.br/plano_safra/ acesso em: 11/02/2016. PIRES, A. C. RABELO, R. R. XAVIER, J. H. V. Uso potencial da análise do ciclo de vida (acv) associada aos conceitos da produção orgânica aplicados à agricultura familiar. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.19, n. 2, p.149-178, maio/ago. 2002. PRADO, H. Ambientes de produção de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil. Encarte técnico (POTAFOS). Informações agronômicas nº 110 junho de 2005. p.12-17, 2005. RECOMENDAÇÃO PARA O USO DE CORRETIVOS E FERTILIZANTES EM MINAS GERAIS: 5ª. Aproximação. Viçosa: Comissão de Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999. 359p. SABOURIN, E.; OLIVEIRA, M.N.; XAVIER, J.H.V. Lógica familiar e lógica coletiva nos assentamentos de reforma agrária: o caso do município de Unaí, MG. Revista Estudos sociais agrícolas. Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, 2007, p. 23-61.
A grade curricular do Bacharelado em Ciências Agrárias do ICA/UFVJM possibilita ao estudante desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão relacionadas ao estudo do solo no que se referem às suas características, potencialidades e precauções, tendo em vista que quatro disciplinas específicas sobre o assunto são contempladas na grade curricular do curso. São essas: “Introdução a Ciência do Solo” (BCA 054); “Gênese, Morfologia e Classificação de Solos” (BCA 053), Fertilidade dos Solos e Nutrição de Plantas (BCA200) e Agricultura Geral (BCA 303). Todos os discentes listados como integrantes da equipe executora da proposta já cursaram ou estão cursando as duas primeiras disciplinas (BCA 053 e 054). Sendo assim, todas as informações recebidas sobre solos capacitam o discente do curso a participar e, acima de tudo, contribuir com ideias úteis e inovadores ao bom desenvolvimento do projeto de extensão em questão. O desenvolvimento do projeto trará ao estudante a possibilidade de consolidar, difundir e aperfeiçoar todo o conhecimento teórico adquirido em sala de aula. Ainda, a prática de suas atividades na extensão motivará o discente a continuar no curso evitando com isso uma possível evasão. O treinamento e capacitação dos discentes sobre a metodologia a ser utilizada será realizado pelo docente coordenador do projeto mediante apresentações internas para os integrantes, onde aspectos relacionados à postura durante a exposição do conteúdo as comunidades, adequação da linguagem ao público, entre outros aspectos serão observados. A atividade será facilitada, uma vez que dois dos oito os discentes da equipe foram integrantes do projeto de extensão “Solo na Escola: da conscientização à conservação” no qual o coordenador do presente projeto foi membro da equipe. Além disso, outros professores do ICA/UFVJM com experiência comprovada em projetos de extensão, e colaboradores nesse, também auxiliarão no treinamento e capacitação dos discentes. O discente envolvido no projeto participará ativamente de todas as atividades mencionadas: elaboração dos materiais pedagógicos teóricos e práticos, apresentações nas comunidades rurais, minicurso e dias de campo. As participações serão acompanhadas e avaliadas pelo coordenador do projeto. A participação do discente no projeto será avaliada pelo seu comprometimento, assiduidade e dedicação às atividades atribuídas. O discente terá fundamental participação para o bom desenvolvimento do projeto.
A agropecuária é uma atividade de grande risco. Neste momento pós pandemia pequenos e médios produtores reduziram seu poder aquisitivo imposto pelo elevado custo de produção. O conhecimento do solo se torna fundamental para o sucesso produtivo. Nesta perspectiva a capacitação sobre os Ambientes de Produção por parte dos agricultores se torna peça chave para cultivo das lavouras em regiões de longo estresse hídrico, como a região noroeste de Minas Gerais. Portanto, esta proposta apresenta uma tecnologia para o conhecimento e desenvolvimento regional.
Público-alvo
A ideia é que o projeto contemple pelo menos 100 agricultores familiares e 80 cooperados e 20 técnicos.
Municípios Atendidos
Unaí
Parcerias
O Projeto conta com a parceria da Embrapa, pois segue a proposta da Validação de ativos tecnológicos para promover a inovação com agricultores familiares e o fortalecimento do arranjo produtivo do leite no Noroeste de Minas Gerais. A equipe técnica da Embrapa será de grande importância neste projeto, pois a instituição tem parceria com diversos produtores da região. Este conhecimento e bom relacionamento será fundamental para a escolha da "propriedades vitrine" para a elaboração desta proposta.
Cronograma de Atividades
Revisão e capacitação sobre o Levantamento de solos e manejo de plantas
Coleta para análise do solo e interpretação, correção e adubação.
Correção do solo com calcário e aplicação de gesso
Plantio da cultura do milho em sistema de sequeiro
Acompanhamento da cultura ao longo deste período de março a agosto para identificação e registro de parâmetros agronômicos.
Dia de campo para o público alvo e demais técnicos envolvidos na adoção da tecnologia. Elaborar o relatório parcial das atividades.
Compilação dos dados, apresentação das informações em cooperativas, núcleos de agricultura familiar, nas escolas de ensino fundamental, médio e superior.
Confecção do relatório final.