Visitante
Diálogos Ampliados com a Diversidade: acesso, permanência e emancipação
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
lucineide nunes soares
20241012024358396
faculdade de medicina do mucuri - fammuc
Caracterização da Ação
ciências humanas
educação
direitos humanos e justiça
direitos individuais e coletivos
regional
observatório dos direitos das mulheres dos vales jequitinhonha e mucuri- odmulheresvales
Sim
Membros
claudilene da costa ramalho
Voluntário(a)
bárbara mendes guimarães
Voluntário(a)
marília pereira de souza
Voluntário(a)
tales willyan fornazier moreira
Voluntário(a)
camila de lima
Voluntário(a)
andrey lopes de souza
Voluntário(a)
vanessa juliana da silva
Voluntário(a)
mônica freitas ferri
Voluntário(a)
alba cristina dos reis
Voluntário(a)
eudirene cardoso ferraz
Voluntário(a)
alide altivo gomes
Vice-coordenador(a)
felismina dalva teixeira silva
Voluntário(a)
ana patrícia de jesus santos
Voluntário(a)
bruno bastos valadares
Voluntário(a)
taylor batista dos santos
Voluntário(a)
adriana batista moreira
Voluntário(a)
cristiane moreira da cruz
Voluntário(a)
danielle ivy de almeida pinheiro
Voluntário(a)
eduarda silva rodrigues
Voluntário(a)
pedro henrique pereira dos santos
Voluntário(a)
marta pereira de almeida
Voluntário(a)
tiago do amarante paffaro
Voluntário(a)
leonardo junio oliveira duarte
Bolsista
matheus santana bessa
Voluntário(a)
ana clara ferraz andrade
Voluntário(a)
tatiane da silva souza
Voluntário(a)
cristiana aparecida de matos silva
Voluntário(a)
O Proposta de extensão: Diálogos Ampliados com a Diversidade: acesso, permanência e emancipação tem como objetivo geral, desenvolver ações que contribuam para a construção de uma cultura dialógica e de valorização da diversidade étnico-racial, de gênero, sexual e das pessoas com deficiência numa perspectiva de democratização dos ambientes de ensino-aprendizagem. E, nessa direção, realizar ações com a participação ativa dos estudantes do ensino médio em diálogos com os nossos estudantes universitários, técnicos e docentes - considerando que estes jovens estão em transição para o ensino superior e, além disso, se constituem por meio de múltiplas identidades e condições de vida. Para tanto, teremos 1)debates e aprofundamento de estudos sobre questões de desigualdades, diferenças, diversidade e direitos, tendo como foco os direitos humanos, a educação e a escola; 2) Rodas de Conversas e debates ampliados com a pretensão de se construir ações preventivas para a saúde mental do estudante universitário e do ensino médio; 3)Oficinas para o desenvolvimento de estratégias, recursos e competências para solucionar problemas/conflitos que percorrem a trajetória acadêmica e/ou de estudos; Estas e outras ações em planejamento, serão realizadas na UFVJM e nas instituições parceiras. Ressalta-se, essa proposta se alinha ao que estabelece aos regulamentos da extensão nacional e da UFVJM e, se inscreve num movimento de ações e reflexões articuladas com outras instituições, organizações, movimentos e comunidades de Teófilo Otoni e região numa compreensão de que é urgente a manutenção e ampliação de ações extensionistas que busque o diálogo com as diferenças de modo horizontal num processo de ação-reflexão-ação sobre o que temos feito para a permanência e emancipação dos sujeitos das políticas afirmativas que assumimos receber e daqueles que ainda não foram alcançados como é o caso dos que abrangem a comunidade LGBTQI+.
Diversidade, acesso, permanência, direitos humanos, direitos sociais
É notável que a partir da implementação da Lei 12.711/2012 (Lei de Cotas) as universidades públicas passaram por fortes mudanças com entrada de negros e negras, indígenas, de estudantes de escolas públicas, estudantes pobres e pessoas com deficiência. Mudanças, que ao nosso ver, as tornaram mais diversas e interessantes. Entretanto, é sabido que ainda existem desafios estruturais para melhor atender essa diversidade, o que implica a estas instituições repensarem estratégias para a garantia da permanência qualificada desses sujeitos. A implementação de políticas de ações afirmativas é compromisso assumido pela UFVJM e Governo Federal. É, nessa perspectiva que esta proposta nasce, especialmente compreendendo que toda relação social que estabelecemos na vida são marcadas pela dimensão étnico-racial, relações que para alguns grupos são permeadas por tensões/ conflitos e hierarquizações “em razão do tipo de cabelo, da cor da pele, das formas do corpo, do modo de falar ou de aspectos cognitivos relacionados a capacidades e talentos” (CORREA e JESUS, 2021). E, além disso, da compreensão de que os/as negros/as bem como mulheres, pessoas com deficiência e a comunidade LGBTQIA+, este último grupo embora ainda não estejam contemplado nas Lei de Cotas, também clamam pela garantia dessas politicas de acesso. Para o desenvolvimento desta proposta de extensão, acreditamos que a abertura de espaços e tempos com objetivo de dialogar e debater sobre e com a diversidade étnico-racial, de gênero, sexual e das pessoas com deficiência potencializa as interlocuções entre os conhecimentos produzidos na academia e os saberes, cultura da população, que para este projeto, se trata de estabelecer conexões com os saberes/pensamentos, cultura das juventudes em transição pra o ensino superior, e, que ao nosso ver, implica nos interrogarmos em quais condições os/as jovens estudantes de diferentes tipos de escolas competem para o acesso ao Ensino Superior. Para além disso, é importante percebermos como a classe social, a origem familiar e o tipo de escola frequentada estão associados ao desempenho dos processos seletivos para ingresso ao Ensino Superior. Os/as jovens são uniformizados e hierarquizados a partir das notas obtidas no ENEM, desconsiderando-se que desigualdades afetam fortemente o desempenho e muitas vezes colocando o baixo desempenho unicamente sobre o indivíduo. Daí a necessidade e importância das políticas de ações afirmativas. (NONATO e LIMA, 2021). É nessa direção, que nossas ações de extensão pretende percorrer com os estudos e debates a serem realizados entre comunidade interna da UFVJM e jovens de escolas públicas localizadas na periferia e zona Rural de Teófilo Otoni e região, cursinhos pré-vestibulares populares, entre outros, pois acreditamos que ao mantermos o diálogo mais próximo com esta(s) juventude(s), a “considerar seu protagonismo e papel decisório sobre como será seu futuro” (NONATO e LIMA, 2021).
Para (ZAGO, 2006), uma efetiva democratização da educação requer certamente políticas para a ampliação do acesso e fortalecimento do ensino público, em todos os seus níveis, mas requer também políticas voltadas para a permanência dos estudantes no sistema educacional de ensino. Permanência que pode ser potencializada na medida que as relações/acompanhamentos e diálogos bem como políticas educacionais que favoreçam a implementação de estratégias/práticas educativas voltadas para a formação humana que para Dayrell (2021) requer a compreensão de que o centro do processo educativo não está nos conteúdos, mas sim nos/as jovens com quem atuamos, entendidos como sujeitos. E, além disso, se refere à intenção pedagógica de contribuir para o desenvolvimento pleno do/a jovem, especialmente no que tange às identidades positivas. Nesse sentido, defender uma educação que parta de uma perspectiva antropológica a qual enfatiza que o sujeito não nasce pronto, mas nasce como um ser humano em potencial. Falar em ser humano é falar em um ser em construção, “inacabado” como defendido por Paulo Freire. E, como também nos provoca Dayrell, para uma construção dialógica e relacional do conhecimento, será necessário uma “Pedagogia das Juventudes” onde ver, ouvir, registrar e agir são princípios educativos e de pesquisa fundamentais. Esta proposta nasce destas e outras reflexões sobre o contexto de ensino-aprendizagem especialmente, no ensino básico e universitário, partindo da compreensão de que é necessário desenvolver práticas extensionistas, de ensino e pesquisa, com vistas à promoção do direito à diferença, à equidade e à igualdade, trazendo qualidade aos serviços educacionais prestados à comunidade local e regional atendidas pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em especial, no Campus do Mucuri, onde serão realizadas as suas ações. E, além disso, contribuir para o debate aprofundado sobre as atividades de ações afirmativas em curso. A escola como espaço de produção de identidades sociais faz com que ela continue sendo um espaço institucional constantemente disputado pelas diferentes vertentes políticas e por distintos movimentos sociais, na contemporaneidade (MEYER, 2011, p.40). É nessa direção que o movimento negro e os “sujeitos em movimento” (GOMES, 2007) lutam e conquistam as mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96 (LDB) por meio da Lei 10.639/03 e suas diretrizes bem como na aprovação da Lei 12.711/2012 que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio (conhecida Lei de Cotas), que marcam e dão novos impulsos na luta por políticas públicas educacionais mais focalizadas e, portanto, menos universalistas; e, por reformas educacionais mais permanentes e/ou estruturais contra a desigualdade racial e a favor de uma educação de qualidade e equitativa no sistema educacional brasileiro. Neste contexto, as estratégias planejadas para realização deste projeto nos possibilita afirmar que o objeto e objetivos desta ação extensionista está em conformidade com as regulamentações atuais, a exemplo da Política Nacional de Extensão, que estabelece, entre outras aspectos: - o da universidade produzir, em interação com a sociedade, um conhecimento novo. Um conhecimento que contribua para a superação da desigualdade e da exclusão social e para a construção de uma sociedade mais justa, ética e democrática. E, ainda: atuar junto aos sistemas de ensino público deve se constituir em uma das diretrizes prioritárias para o fortalecimento da educação básica através de contribuições técnico-científicas e na construção e difusão dos valores da cidadania.
GERAL: Desenvolver ações que contribuam para a construção de uma cultura dialógica e de valorização da diversidade étnico-racial, de gênero, sexual e das pessoas com deficiência numa perspectiva de democratização dos ambientes de ensino-aprendizagem; ESPECÍFICOS: - Promover espaço-tempo para o debate e aprofundamento de estudos sobre questões de desigualdades, diferenças, diversidade e direitos, tendo como foco os direitos humanos, a educação e a escola e a saúde mental; - Permitir o fortalecimento de redes de apoio/sociais solidárias entre comunidade interna e externa tendo sujeitos centrais estudantes do ensino médio, jovens em transição para o ensino superior; - Desenvolver conjuntamente estratégias, recursos e competências para solucionar problemas/conflitos que percorrem a trajetória acadêmica e/ou de estudos por meio da mentoria entre pares; - Proporcionar o compartilhamento de experiências entre os participantes por meio de rodas de conversas na UFVJM e nas instituições parceiras; - Realizar encontros ampliados com a participação de estudantes, profissionais do ensino médio das escolas públicas de Teófilo Otoni e região a priorizar temáticas elencadas nesta proposta bem como sobre ações preventivas para a saúde mental dos estudantes e jovens envolvidos: - Promover debates focados em reflexões e/ou auto-reflexões sobre atitudes e práticas antirracistas, antissexistas, anti-homofóbicas e inclusivas no ambiente escolar e universitário; - Proporcionar aos jovens participantes o contato, relações e interações com grupos artístico- culturais locais e/ou da região de apresentarem produções próprias.
Na realização desse projeto a meta central é que consigamos estabelecer diálogos com a diversidade de jovens do Vale do Mucuri numa perspectiva de compreendê-los como um grupo social, heterogêneo e, portanto, que se constituem por diferentes marcadores identitários: racial, gênero, orientação sexual e culturais, entre outros. O que implicará a também compreender o que esses sujeitos "em transição" vem pensando sobre suas trajetórias de estudos e/ou acadêmica, os desafios e possibilidades encontradas para permanecer estudando. E, nesse contexto, será proporcionado diferentes espaços de compartilhamento de experiências e participação de ações de apoio mútuo para que encontrem nas vivências e reflexões realizadas, novas formas de construir e aprofundar conhecimentos, de empoderamento e emancipação durante seus percursos de estudos na escola e universidade. Portanto, serão público-alvo direto, os estudantes que frequentam o ensino médio das escolas públicas, os cursinhos pré-vestibulares populares de Teófilo Otoni e região e os candidatos à SASI (Seleção Seriada da UFVJM) bem como os estudantes dos diferentes cursos de graduação do campus do Mucuri. E, como público indireto, os professores que atuam com os mesmos. Temos as seguintes metas a serem atingidas: - Construção do planejamento das ações com a co-participação e apoio das instituições parceiras bem como dos membros da comunidade acadêmica que estão na colaboração; - Na realização das Rodas de Conversas e debates ampliados se pretende construir ações preventivas para a saúde mental dos estudantes e/ou jovens envolvidos; - Fortalecimento da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão por meio de ações que focarão em debates sobre as desigualdades sociais presentes nas trajetórias de vida e estudos dos sujeitos jovens, público-alvo direto desta proposta. Além disso, permitir o aprofundamento, atualização e a geração de novos conhecimentos sobre a potencialização dessa trajetória. - Trabalharemos para a garantia de participação ampliada do jovens para que os diálogos e/ou ações atinjam um púbico de média de 1.500 jovens, entre estes, estudantes do ensino médio público, dos que frequentam cursinho pré-vestibulares populares e os universitários. - Acreditamos também que na interlocução das ações com o Centro de Referência do Direitos Humanos, poderemos acolher outros sujeitos, como jovens trabalhadores, associados a alguma organização, ou seja, que estejam submetidos a outras condições de vida e de perspectiva de estudos, que ao nosso ver, a participação destes, será muito relevante e enriquecedora para o compartilhamento de experiências. - Outra pretensão é a realização de registros que sistematize as ações e experiências vivenciadas bem como os resultados obtidos num movimento de ação-reflexão-ação. Produção que será elaborada com a co-participação dos diferentes envolvidos no intuito de publicizar o vivido/aprendido.
É importante ressaltar que a estratégia metodológica central dessa proposta é construir ações articuladas com os diferentes sujeitos participantes, instituições/organizações parceiras, grupos artístico- culturais, outros projetos de extensão desenvolvidos na UFVJM e que possuem objetivos que interseccionam com os desta proposta, o que permitirá o desenvolvimento de ações conjuntas com o intuito de promover a colaboração mútua na realização das ações, coordenadas por técnicos e docentes da UFVJM com a perspectiva de não perder de vista a indissociabilidade entre ensino-pesquisa-extensão. Destacamos a importância de contarmos com o apoio/parcerias como o Centro de Referência em Direitos Humanos do Mucuri (CRDH), o Observatório dos Direitos das Mulheres dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI/UFVJM), Diretoria de Acessibilidade e Inclusão (DAI/UFVJM) e a Divisão de Promoção à Saúde e Qualidade de Vida (DASA) tendo em vista as possibilidades de articulações/construção de atividades com diferentes grupos e/ou organizações /movimentos sociais que atuam nas dimensões que serão trabalhadas nesta proposta quais sejam: relações étnico-raciais, de gênero, sexual e com as pessoas com deficiência. Ações que consideramos permitir “a interlocução entre saberes, o desenvolvimento da capacidade crítica e a formação de atitudes investigativas” (UFVJM, 2012, p.1). É nessa direção, que nossas ações de extensão pretende percorrer com os estudos e debates a serem realizados entre comunidade interna da UFVJM e jovens de escolas públicas localizadas na periferia e zona Rural de Teófilo Otoni e região, cursinhos pré-vestibulares populares, entre outros, pois acreditamos que ao mantermos o diálogo mais próximo com esta(s) juventude(s), passamos construir juntos novos conhecimentos e a “considerar seu protagonismo e papel decisório sobre como será seu futuro” (NONATO e LIMA, 2021). Nesse sentido, a realização das estratégias pensadas para este projeto se configuram como um movimento da UFVJM a se aproximar e a contribuir para a problematização das questões que envolvem seu público presente e futuro, especialmente aqueles que acessam por meio da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012). Para o desenvolvimento das ações para o ano de 2024, adotaremos estratégias metodológicas que terão como foco as temáticas apontadas acima e serão organizadas da seguinte forma: - Reuniões de articulação com equipe de colaboradores e parceiros para planejamento e discussões sobre as estratégias e temáticas a serem trabalhadas; - Realização de encontros de mentoria entre pares e rodas de conversas – que constituirão em ambientes acolhedores e de apoio mútuo entre os estudantes, a fim de construir um espaço saudável de compartilhamento de experiências na universidade e nas escolas/instituições parceiras. - organização e execução dos encontros ampliados ser realizados na UFVJM, No Centro de Referência em Direitos Humanosde modo compartilhado na criação de um ambiente acolhedor e de apoio mútuo entre os estudantes, a fim de construir um espaço saudável de compartilhamento de experiências na universidade e nas escolas parceiras. - Realização do “Palco com a Diversidade em Cena” tendo a coparticipação de grupos artístico-culturais e produções do sujeitos envolvidos.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. ________. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília, 2005. __________. Conselho Nacional de Educação/ Conselho Pleno. Parecer CNE/CP nº 003, de 10 de março de 2004. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Diário Oficial da União, Brasília, DF, de 19 de maio de 2004. __________. Presidência da República/Casa Civil. Lei n.12711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, de 30 de agosto de 2012. CORREA, Maria Licinia, JESUS, Rodrigo Ednilson. Juventudes e Relações étnico-raciais - Ebook - Belo Horizonte : Fino Traço Editora, 2021. DAYRELL, Juarez Tarcísio; NONATO, Symaira Poliana. Por uma Pedagogia das Juventudes: educação e a pesquisa como princípio educativo. Ebook - Belo Horizonte: Fino Traço Editora, 2021. FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Documento elaborado pelo Fórum Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras, maio de 2012. UFVJM. Regulamento do Programa Institucional de Bolsas de Extensão – PIBEX. _______. Anexo da Resolução nº01-CONSEPE de 29 setembro de 2007, alterado pela Resolução nº24-CONSEPE de 17 de outubro de 2008. GOMES, Nilma Lino. Diversidade e Currículo. In: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre o currículo/ Diversidade e Currículo, 2007. MOORE, Carlos. Racismo & Sociedade: novas bases epistemológicas para entender o racismo. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007. MEYER, Dagmar E. Estermann. Das (Im) Possibilidades de ser ver como anjo... In: GOMES, Nilma L. e SILVA, Petronilha B. Gonçalves e. (orgs.). Experiências étnico-culturais para a formação de professores. Belo Horizonte, Autêntica, 2011. NONATO, Bréscia França; LIMA, Liliane Gonçalves Fernandes. Juventudes e Ensino Superior. - Ebook - Belo Horizonte : Fino Traço Editora, 2021. ZAGO, Nadir. Do acesso à Permanência no Ensino Superior: percursos de estudantes universitários de camadas populares. Revista Brasileira de Educação v. 11 n. 32 maio/ago. 2006.
O/a estudante bolsista e também os voluntários serão incentivados a terem uma participação ativa nas ações do projeto. No caso do bolsista, buscará um perfil de estudante que tenha vivenciado experiências com a mentoria entre pares e/ou semelhantes tendo em vista que o foco central das ações será desenvolver rodas de conversas na perspectiva da escuta ativa e da constituição de um ambiente acolhedor e de apoio mútuo entre os estudantes, a fim de construir um espaço saudável de compartilhamento de experiências, na universidade e no ensino básico. Será necessário ao menos um estudante bolsista para o apoio e co-participação nas ações. Lembramos que também selecionaremos estudantes voluntários que desejarem contribuir com o projeto. Para que o estudante possa se envolver com segurança no projeto, a perspectiva é que o mesmo seja antecipadamente orientado para participação ativa em cada ação planejada. Além dessa orientação rotineira, o mesmo terá oportunidade de participar das reuniões de organização e alinhamento das ações a serem executas; os horários dos grupos de estudos e de planejamento serão definidos e/ou redefinidos para que permita a sua participação, não apenas como ouvinte, mas como sujeito que também pode problematizar, sugerir. Ressaltamos e acreditamos que o acompanhamento, mediação e participação de ações compartilhas com o movimento social (Centro de Referência em Direitos Humanos, entre outros, contribuirá para sua formação política. Portanto, salientamos que esse processo de formação do estudante bolsista, a partir das ações e interlocuções a serem realizadas na execução do projeto favorece a construção de conhecimentos, onde – ele(a) estudante como sujeito da relação ensino-aprendizagem-, conviva com experiências que permitam compreender o papel da extensão como mobilizadora de conhecimentos externos às instituições educativas. E, além disso, a vivenciar como se dar a relação entre teoria e prática. Nessa direção, acredita-se que a imersão do jovem bolsista e demais estudantes envolvidos a priorizar o diálogo e a realização de estudos e análises críticas sobre a juventude, suas condições de vida e estudantil e, além disso, debates sobre as possibilidades emancipatórias, como protagonista numa relação entre pares. Serão atividades do(a) bolsista: - Participará das reuniões de planejamento das ações – nelas além de poder opinar, sugerir, contribuirá com os registros para mantermos a memória das ações do projeto; - Participará ativamente das rodas de conversa e mentorias entre pares bem como dos encontros/debates ampliados . Será importante colaborador na organização/execução dessas ações; - Realizará diferentes registros de todos momentos de execução do projeto, com o objetivo de possibilitar avaliações contínuas do processo. - Sobretudo será oportunizado e incentivado a realizar diferentes leituras sobre os diferentes assuntos que serão trabalhadas na realização das ações, e, nesse sentido, também terá a a oportunidade de dialogar com os conhecimentos dos demais projetos e instâncias que serão parceiros, entre estes: o Observatório dos Direitos das Mulheres dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI/UFVJM), Diretoria de Acessibilidade e Inclusão (DAI/UFVJM) e o Centro de Referência em Direitos Humanos do Mucuri. O seu acompanhamento será sistemático e processual, uma vez que avaliaremos a sua atuação a partir de sua inserção ativa processos de ação e reflexão desencadeados pelas atividades do projeto. E, portanto, registaremos a sua frequência e envolvimentos nas mesmas. Também teremos conversas específicas para sondagem do que o projeto poderá e estará contribuindo para sua formação e de como poderemos contribuir melhor com tal processo. E, pensamos em elaborar uma auto avaliação para que o mesmo registre para contribuir na avaliação da equipe. -
A relevância desta proposta está assentada na urgência da manutenção e ampliação de ações em que a comunidade universitária dialogue com as diferenças de modo horizontal a fazer indagações sobre o que temos feito no contexto das Ações Afirmativas para a permanência, desenvolvimento do protagonismo e emancipação dos sujeitos dessas políticas. E, nesse sentido, o estabelecimento de diálogo com a(s) juventude(s) presentes nas escolas públicas estaduais ,cursinhos pré-vestibulares populares a incluir os profissionais que com eles atuam, considera-se ser um caminho a ser percorrido onde se pretende aprofundar o debate sobre questões de desigualdades, diferenças, diversidade e direitos, tendo como foco os direitos humanos, a educação e suas instituições educativas.
Público-alvo
Serão os estudantes universitários representantes das três unidades acadêmicas da UFVJM: Fammuc, Facsae e ICET. Estes estarão em diálogo entre pares com os demais estudantes envolvidos. Dos estudantes da Faculdade de Medicina do Mucuri, contaremos com a representação de membros do Grupo de Estudos em Didática Aplicada ao Aprendizado de Medicina (GEDAAM/UFVJM), atualmente registrado como projeto de ensino, na Prograd.
Estudantes do 1º a o 3º ano do ensino médio da escola parceira e bem como de outras escolas convidadas para as ações ampliadas.
Serão os estudantes e/ou candidatos à Seleção Seriada da UFVJM, processo que atualmente é responsável pela ocupação das 50% das vagas para ingresso nos cursos de graduação presenciais da instituição, realizado por meio de três etapas. No geral, este público é caracterizado como mais regionalizado.
Este público será originado das parcerias com os cursinhos pré-vestibulares populares da região criados e/ou que venham a ser criados no período de realização do projeto.
Professores que atuam na escolas públicas parceiras e convidadas para ações, especialmente os que atuam no ensino médio.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Novo Cruzeiro
Malacacheta
Novo Oriente De Minas
Poté
Itambacuri
águas Formosas
Itaipé
Catuji
Setubinha
Ladainha
Parcerias
Esta instituição será uma importante parceira no planejamento e execuções das ações bem como nas mobilizações junto as escolas, entidades e órgãos que atuam nas dimensões que são focadas nesta proposta quais sejam: questões raciais, de gênero, sexuais e das pessoas com deficiência. O que contribuirá de forma significativa para a participação ativa dos sujeitos, especialmente nos momentos das atividades ampliadas.
Será um das instituições que o projeto contará na co-participação/construção e planejamento das ações bem como na mobilização de seus estudantes do ensino médio para a participação ativa nas ações.
Será um das instituições que o projeto contará na co-participação/construção e planejamento das ações bem como na mobilização de seus estudantes do ensino médio para a participação ativa nas ações.
Será um das instituições da zona Rural que o projeto contará na co-participação/construção e planejamento das ações bem como na mobilização de seus estudantes do ensino médio para a participação ativa nas ações.
Cronograma de Atividades
Reuniões com a equipe de colaboradores internos e representantes da instituições parceiras para planejamento e avaliação das ações a serem desenvolvidas no projeto bem como avaliação das mesmas, durante o ano de 2024.
Encontros sistemáticos com os estudantes (bolsista e voluntários) envolvidos no projetos para as orientações e estudos necessários e produção de materiais de apoio para a realização e divulgação das atividades do projeto.
I Encontro com os estudantes do Ensino Médio para esclarecimento sobre o projeto, discussões e levantamento de possíveis temáticas que serão contempladas /estudadas/debatidas nas rodas d e conversas e encontro ampliados. Coleta de sugestões de ações que poderão fortalecer as ações do projeto que poderão ser realizadas por meio da escuta ativa em grupos de trabalho menores, na segunda parte do encontro e/ou formulário eletrônico para ampliação da participação na construção.
Rodas de conversas entre pares e sessões de mentoria a serem realizadas na UFVJM e nas instituições parceiras.
Palcos com a diversidade em cena: apresentações/interferências artístico-culturais de grupos parceiros e produções dos jovens envolvidos na ação.
Reuniões para a avaliação das ações conjuntamente com o bolsista e Equipe Colaboradora – Produção Relatório Parcial
Reuniões para a avaliação das ações conjuntamente com o bolsista e Equipe Colaboradora – Produção Relatório Final