Visitante
Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
claudilene da costa ramalho
20241012024431706
departamento de ciências humanas e sociais
Caracterização da Ação
ciências sociais aplicadas
direitos humanos e justiça
cultura
direitos individuais e coletivos
regional
observatório dos direitos das mulheres dos vales jequitinhonha e mucuri- odmulheresvales
Não
Membros
vanessa juliana da silva
Voluntário(a)
lucineide nunes soares
Voluntário(a)
naara de lima campos
Voluntário(a)
tales willyan fornazier moreira
Voluntário(a)
victor costa bispo
Voluntário(a)
mônica freitas ferri
Voluntário(a)
marília pereira de souza
Voluntário(a)
bárbara mendes guimarães
Voluntário(a)
kharina roberta santos lima
Voluntário(a)
josélia barroso queiroz lima
Voluntário(a)
natália de jesus amorim
Bolsista
lívia ferreira rocha souza
Voluntário(a)
thaisa silva martins
Vice-coordenador(a)
sidimara cristina de souza
Voluntário(a)
Essa proposta esta vinculada ao Programa de Extensão "Observatório dos Direitos das Mulheres dos Vales Jequitinhonha e Mucuri- ODMulheresVales" e é inspirado na pesquisa de doutorado “Mulheres Quilombolas do Vale do Jequitinhonha: Tecelãs da Resistência" e no trabalho que o projeto de extensão Observatório dos Direitos das Mulheres desenvolveu entre os anos de 2016 a 2019. Em 2023, com os acúmulos possibilitados pela aproximação com o debate étnico racial e racial o foco das ações visam fortalecer a atuação da UFVJM no combate ao racismo e sexismo e a valorização e troca de saberes entre universidade e sociedade.
Racismo, Sexismo, resistências, políticas afirmativas, feminismo popular
O termo aquilombar, utilizado por Evaristo (2020), foi popularizado nos últimos anos no Brasil tanto junto ao movimentos negro, quilombola e feministas negras, como também entre as(os) pesquisadoras(os), sendo utilizado no sentido de destacar a construção histórica da resistência negra no Brasil. Esse termo vai na direção do que Nascimento (2021) nos ensinou sobre os quilombos como sistemas alternativas que prevaleceram no pós-Abolição, Nesse sentido, o "projeto Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência", parte do pressuposto que as mulheres negras tecem suas resistências pautada na construção coletiva e na preservação dos modos de vida baseados em laços comunitários por meio das comunidades remanescentes de quilombo, das favelas, dos terreiros e de outros locais onde a sobrevivência da população negra sempre foi . Dentro disso, aquilombar ―é o movimento de buscar o quilombo, formar o quilombo, tornar-se quilombo. Ou seja, aquilombar-se é o ato de assumir uma posição de resistência contra-hegemônica a partir de um corpo político (SOUTO, 2020, p. 141). Nesse sentido, o projeto "Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência", está vinculado ao programa de extensão Observatório dos Direitos das Mulheres dos Vales Jequitinhonha e Mucuri e tem por objetivo contribuir com o debate sobre racismo e sexismo com vistas ao fortalecimento da auto organização das mulheres negras na região dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, por meio da realização de quatro ações estratégica: O grupo de estudos Sankofa: mulheres negras e suas escritas insurgentes; Roda de Mulheres " Se é Pertencer: Ciranda com as Mulheres de Itaobim"; Oficinas: As mulheres quilombolas dos Vales e sua arte de tercer (re)existências; Seminário/encontro Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência. Tais ações são pautadas na troca de saberes entre universidade e sociedade na defesa de pautas pela igualdade de gênero e étnico racial, bucando fortalecer a atuação da UFVJM no combate ao racismo e sexismo e a valorização e troca de saberes entre universidade e sociedade.
O projeto colonialista capitalista, racista e patriarcal no Brasil, que violentou e explorou os corpos negros, sobretudo os das mulheres negras, continua em curso, sob a roupagem da estrutura de dominação-exploração capitalista-racista-patriarcal. Gonzalez (2020) já alertava que a mulher negra no Brasil é objeto de uma tripla discriminação, que se expressa nos indicadores sociais que apontam as mulheres negras como as maiores vítimas do feminicídio, da violência sexual, da pobreza, do subemprego, do desemprego e da sub-representação política. São elas que têm seus filhos e companheiros violentados e assassinados dia a dia pela violência – em grande parte, pela violência policial. Desse modo, a tríade do racismo-sexismo-capitalismo produz e reproduz um conjunto de opressões/exploração na vida cotidiana das mulheres negras que marcam os seus corpos e vidas. Com isso, não é mera casualidade que a população negra seja, em sua grande maioria, a massa marginal, sendo a desigualdade social racializada e sexualizada no Brasil. Nesse pensamento, a partir da análise dos indicadores educacionais do Brasil, a Gonzalez (2020) esclarece que ―no grupo branco, a relação entre educação e renda é praticamente linear, enquanto no grupo negro o incremento educacional não é acompanhado por um aumento proporcional de renda (GONZALEZ, 2020, p. 37). Cabe ressaltar que ao falamos sobre o racismo e sexismo nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, percebe-se que as opressões advindas de tais estruturas se reproduzem dessa forma latente. Os Vales juntos possuem a maior quantidade de comunidades quilombolas certificadas de Minas Gerais, são regiões em que ainda prevalece alto índice de pobreza, violência, baixa escolaridade, baixos salários que afetam especialmente sua população negra. Quanto as mulheres negras, em especial, quilombolas, tem seus corpos marcados pelos altos índices de violência e feminicídio, sub representação política e invisibilidades, dentre outras opressões(RAMALHO, 2023). No entanto, nos Vales mesmo invisibilzadas e oprimidas, as mulheres negras, em especial quilombolas, tem sido historicamente tecelãs das resistências, tecem cotidianamente suas resistências e são o bastião da transmissão e preservação dos valores culturais, educacionais, sociais e políticos (SOARES, 2021). Diante disso, cabe a universidade fortalecer um conjunto de ações que visem dar visibilidade a essas resistências e ampliar sua atuação por meio do tripé ensino-pesquisa-extensão no combate ao racismo e sexismo. Nessa direção, esse Projeto de extensão materializa-se como uma proposta interdisciplinar propondo um conjunto de ações com vistas a fortalecer o enfrentamento do racismo e sexismo nos Vales Jequitinhonha e Mucuri, ou melhor, dentro e fora da UFVJM. .
Contribuir com o fortalecimento da atuação da UFVJM no combate ao racismo e sexismo potencializando a auto-organização das mulheres negras nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Objetivos específicos: Fortalecer a atuação dos movimentos populares que atuam na defesa dos direitos das mulheres negras nos movimentos populares. Contribuir com a ampliação da representatividade das mulheres negras nos espaços de poder Contribuir com a visibilidade e registro da memória de resistência das mulheres dos Vales, por meio da produção material áudio visual sobre a história do movimento de mulheres de Itaobim e de Teófilo Otoni, resgatando a história do movimento de mulheres de Itaobim (do GRUFEMI) e do Grupo de Mulheres Organizadas de Teófilo Otoni (GMOM) Realizar a amostra "O Jequitinhonha que habita em mim", como forma de ressaltar as práticas ancestrais de (re)existência das mulheres negras e do incentivo ao resgate da memória de resistencia.
Previsão de impacto direto- atingir 1000 mulheres, 300 alunos da UFVJM, campus Mucuri universidades da região e 100 profissionais que lidam diretamente nas políticas públicas com recorte com as étnico racial e de gênero - Produzir 01 artigos científicos, 01 Resumo Expandido e 01 Relato de experiência para apresentação em eventos e publicação; - Realização de 01 Seminário/Encontro no enfrentamento ao racismo e sexismo -Realização de 06 oficinas "As mulheres quilombolas dos Vales e sua arte de tercer (re)existências" - Realização de duas Roda de Mulheres " Ser é Pertencer: Ciranda com as Mulheres de Itaobim" -Produzir três materiais audiovisuais com o objetivo de resgatar a memória do Movimento e da resistências de Mulheres de Teófilo Otoni, de Itaobim e Minas Novas -Realizar grupo de estudos mensalmente focada na produção de mulheres negras Previsão de impacto indireto- aumentar em 20% as ações de enfrentamento ao desigualdade de étnico racial e de gênero na UFVJM
A metodologia do projeto primará pela participação/ação coletiva de todos membros citados, partindo do pressuposto de que a educação não é um processo de transmissão, mas um processo de interação e troca, o que também atende à um dos princípios da Política de Extensão da UFVJM – a Interação Social. Dentre as atividades propostas nesse projetos propõe-se a continuidade da Roda de Mulheres " Ser é Pertencer: Ciranda com as Mulheres de Itaobim", tal atividade será realizada em parceria com a Casa da Juventude de Itaobim e tem por objetivo Fortalecer a auto organização das mulheres de Itaobim; Essa oficina é continuidade das atividades pré festivale e também com a continuidade do Encontro de Mulheres do Festivale que o Observatório é um dos organizadores desde 2018. Essa atividade foi registrada no SIEXC nº 202203000453. A roda " Ser é Pertencer: Ciranda com as Mulheres de Itaobim" será realizada em dois momentos durante o ano, por meio de metodologia popular participava, que incentive a fala das mulheres, como também, possibilitando que as mulheres contem a história do Movimento de mulheres de Itaobim. Oficinas: As mulheres quilombolas dos Vales e sua arte de tecer (re)existências: Essas oficinas ocorrerão em dois módulos nos municípios de Ouro Verde, Minas Novas e Teófilo Otoni. As oficinas serão baseadas na concepção corpo-território e corpo-documento de Nascimento (2021), possibilitando a realização de espaço de vivência onde refletiremos sobre os silenciamentos nos corpos das mulheres negras, buscando registar as memórias de resistências, suas expressões artísticas e culturais e pensar coletivamente estratégias de fortalecer os fios que tecem suas resistências. Essas oficinas serão um espaço de mapeamento e mobilização para a realização do Seminário Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência. A realização do Seminário/encontro Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência, será organizado em parceria com os com os movimentos de mulheres, movimento quilombola e outros movimentos que atuam na pauta antirracista e anti-machista nos Vales. O objetivo dar visibilidade a resistências das mulheres quilombolas do Vales Jequitinhonha e Mucuri. Pretende-se realizar essa atividade no mês de julho como parte da agenda do Dia das mulheres negras Latino americana e caribenha. Para tal será composto de: palestras, discussão em grupos, oficinas, amostra "Benzedeiras" e apresentações culturais. O grupo irá de dividir em comissões de trabalho, as quais serão: 1) Comissão de Mobilização – esta equipe ficará responsável pela confirmação da participação no evento; 2) Comissão de Finanças e Infraestrutura – a comissão se incumbirá de buscar parcerias para além da Universidade para viabilizar a realização dos Seminários; 3) Comissão de Comunicação e Divulgação; 4) Comissão de Metodologia e Formação. Esse evento será realizado no campus Mucuri da UFVJM como estratégia de envolver os alunos e professores da serviço social e dos demais cursos da universidade. Como também incentivar que as comunidade externa ocupe a universidade. Será realizado mensalmente o Grupo de estudos Sankofa: mulheres negras e suas escritas insurgentes Essa atividade será precedida de revisão da metodologia, organização e planejamento das obras a serem estudadas, divulgação e inscrições dos seus participantes, tais atividades de planejamento, organização e mobilização ocorrerão entre os meses de janeiro e fevereiro de 2024. A realização de reunião de estudos iniciarão em março de 2024 e ocorrerão mensalmente na Universidade/ e ou na Casa dos Movimentos Populares com a equipe do Projeto (Coordenadoras, bolsista- Extensionista, extensionista voluntários), demais extensionistas e profissionais, movimentos de mulheres e membros da Comunidade externa interessados na temática racismo e sexismo. Estudaremos produções teóricas e literárias de mulheres negras: Conceição Evaristo, Lélia Gonzalez, Beatriz do Nascimento, Ângela Davis, Maria Firmina dos Reis, Sueli Carneiro, Bell hooks, Carolina Maria de Jesus, dentre outras.
GONÇALVES, Renata. Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento: contribuições para o combate à tríade capitalismo-patriarcado-racismo. In: Marxismo e questão étnico-racial: desafios contemporâneos. Maria Beatriz Costa Abramides (org.). São Paulo: EDUC, 2021. GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latinoçamericano: ensaio, intervenções e diálogos. FLÁVIA RIOS, Márcia Lima (org.). 1ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2020. NASCIMENTO, Beatriz. Textos e narração de Ôrí. Ôrí. Direção de Raquel Gerber. Brasil: Estelar Produções Cinematográficas e Culturais, 1989, 131min. NASCIMENTO, Beatriz. Uma história feita por mãos negra: relações raciais, quilombos e movimentos. Alex Ratts (org.). 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2021. NASCIMENTO, Beatriz. Todas (as) distâncias: poemas, aforismos e ensaios de Beatriz Nascimento. Alex Ratts e Bethania Gomes (org.). Ogums Toque Negro Editora. Rio de Janeiro, 2015.
Os (as) extensionistas participantes do projeto, bolsistas e voluntárias, estarão presentes em todas as etapas previstas, desde a mobilização, passando pelas diferentes oficinas e intercâmbios e formação. As metodologias participativas e demais ferramentas de diálogo com a comunidade serão construídas e aplicadas conjuntamente por toda a equipe. Caberá ao bolsista atuar no planejamento, organização e execução das atividades, na divulgação dessas, no suporte para as oficinas e na elaboração de relatórios, ajudando assim no desenvolvimento planejado de todo o projeto. Ele será elemento chave no processo contínuo de avaliação de todas as etapas previstas. Antes de iniciarmos as atividades toda a equipe, incluindo os extensionistas, passarão por um processo de formação continuada que discuta o racismo e sexismo, por meio da participação das voluntárias e extensionistas no grupo de estudos e nos espaços de formação organizados pelo projeto. A formação da equipe executora não será algo estanque, e sim, parte da proposta que norteará todo o processo de planejamento, execução e avaliação das atividades. Acreditamos que o Projeto poderá contribuir significativamente no processo de formação profissional e humana dos discentes, não só dos extensionistas, uma vez que o debate sobre o racismo e sexismo é ainda incipiente nos cursos de graduação, e que esses debates são de extrema necessidade e urgência pela realidade descrita acima. A modalidade de participação se dará ainda como: Extensionista com bolsa; Extensionista voluntário (com registro); Os participantes no projeto na qualidade de extensionistas, serão avaliados não só através da frequência, mas, sobretudo, por meio das intervenções no planejamento, execução e avaliação das atividades do projeto. Os estudantes serão avaliados por sua participação nas atividades do projeto, bem como no cumprimento das tarefas sob sua responsabilidade.
Essa proposta pauta-se no fortalecimento da aproximando a Universidade da realidade concreta dos Vales no combate ao racismo e sexismo, favorecendo a inserção da UFVJM na construção de respostas coletivas e populares assegurando um dos princípios da Política de Extensão: a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, uma vez que dentre as atividades previstas está a sistematização de dados sobre a realidade, que vem subsidiando pesquisas futuras com publicação de artigo e fomentado a produção de trabalho de conclusão de curso sobre a temática; e ainda, a realização de espaços de debate e formação. Cabe ressaltar, ainda, que o objetivo desse projeto não é apenas de conhecer a realidade, mas se propõe a intervir, um dos princípios da Política de Extensão da UFVJM, como forma de contribuir para o processo de transformação social, em especial no combate ao racismo e sexismo. Cabe ressaltar que o bolsista estará envolvido em todas as atividades e que as distribuições dos recursos previsto será da seguinte forma: Despesas com serviços de terceiros - pessoa jurídica: Possibilitará a realização do Seminário/Encontro Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência As despesas com transporte possibilitará a execução das seguintes atividades oficinas "As mulheres quilombolas dos Vales e sua arte de tecer (re)existências" e as Rodas de Mulheres " Ser é Pertencer: Ciranda com as Mulheres de Itaobim". Observa-se ainda que as parcerias as que são centrais para o sucesso desse projeto e temos a possibilidade de ampliar ainda mais a quantidade de parceiros envolvidos no decorrer da execução do projeto
Público-alvo
Essa proposta tem como foco principal as mulheres, especialmente negras e quilombolas dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, discentes da UFVJM e comunidade acadêmica em geral. Mas pretende-se envolver ainda os movimentos populares, movimento de mulheres, movimento quilombola e instituições que atuem no combate ao racismo e sexismo na região dos Vales.
Municípios Atendidos
Teófilo Otoni
Itaobim
Minas Novas
Ouro Verde De Minas
Parcerias
Contribuirá na organização, mobilização, articulação e avaliação das ações envolvidas
Contribuirá na organização, mobilização, articulação e avaliação das ações. Cederá o espaço para realização do Grupo de Estudos e outros eventos desenvolvidos em Teófilo Otoni
Tem atuação em Itaobim e contribuirá na organização, mobilização, articulação e avaliação das ações desenvolvidas em Itaobim. Além disso, cederá o espaço e apoiará na infraestrutura para realização das ações.
Planejamento e construção das atividades e na participação nas suas atividades que serão desenvolvidas em Minas Novas.
Será parceira na realização da amostra "O Jequitinhonha que habita em mim" durante o Encontro/Seminário Aquilombar nos Vales: Mulheres Negras tecelãs da Resistência"
Cronograma de Atividades
Essa atividade será realizada em parceria com a Casa da Juventude de Itaobim e tem por objetivo Fortalecer a auto organização das mulheres de Itaobim; Contribuir com a continuidade das atividades pré festivale e também com a continuidade do Encontro de Mulheres do Festivale que o Observatório é um dos organizadores desde 2018. A roda " Ser é Pertencer: Ciranda com as Mulheres de Itaobim" será realizada em dois momentos durante o ano a serem definidos juntamente com os parceiros. Ocorrerá por meio de metodologia popular participava, que incentive a fala das mulheres, como também, possibilitando que as mulheres contem a história do Movimento de mulheres de Itaobim.
A realização do Seminário/encontro Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência, será organizado em parceria com os com os movimentos de mulheres, movimento quilombola e outros movimentos que atuam na pauta antirracista e anti-machista nos Vales. O objetivo dar visibilidade a resistências das mulheres quilombolas do Vales Jequitinhonha e Mucuri. Pretende-se realizar essa atividade no mês de julho como parte da agenda do Dia das mulheres negras Latino americana e caribenha. Para tal será composto de: palestras, discussão em grupos, oficinas, amostra "O Jequitinhonha que habita em mim" e apresentações culturais. O grupo irá de dividir em comissões de trabalho, as quais serão: 1) Comissão de Mobilização – esta equipe ficará responsável pela confirmação da participação no evento; 2) Comissão de Finanças e Infraestrutura – a comissão se incumbirá de buscar parcerias para além da Universidade para viabilizar a realização dos Seminários; 3) Comissão de Comunicação e Divulgação; 4) Comissão de Metodologia e Formação. Esse evento será realizado no campus Mucuri da UFVJM como estratégia de envolver os alunos e professores da serviço social e dos demais cursos da universidade. Como também incentivar que as comunidade externa ocupe a universidade.
Oficinas: As mulheres quilombolas dos Vales e sua arte de tercer (re)existências: Essas oficinas ocorrerão em dois módulos nos municípios de Ouro Verde, Minas Novas e Teófilo Otoni. As oficinas serão baseadas na concepção corpo-território e corpo-documento de Nascimento (2021), possibilitando a realização de espaço de vivência onde refletiremos sobre os silenciamentos nos corpos das mulheres negras, buscando registar as memórias de resistências, suas expressões artísticas e culturais e pensar coletivamente estratégias de fortalecer os fios que tecem suas resistências. Essas oficinas serão um espaço de mapeamento e mobilização para a realização do Seminário Aquilombar nos Vales: Mulheres negras tecelãs da resistência.
Essa atividade será precedida de revisão da metodologia, organização e planejamento das obras a serem estudadas, divulgação e inscrições dos seus participantes, tais atividades de planejamento, organização e mobilização ocorrerão entre os meses de janeiro e fevereiro de 2024. A realização de reunião de estudos iniciarão em março de 2024 e ocorrerão mensalmente na Universidade/ e ou na Casa dos Movimentos Populares com a equipe do Projeto (Coordenadoras, bolsista- Extensionista, extensionista voluntários), demais extensionistas e profissionais, movimentos de mulheres e membros da Comunidade externa interessados na temática racismo e sexismo. Estudaremos produções teóricas e literárias de mulheres negras: Conceição Evaristo, Lélia Gonzalez, Beatriz do Nascimento, Ângela Davis, Maria Firmina dos Reis, Sueli Carneiro, Bell Hooks, Carolina Maria de Jesus, dentre outras.