Visitante
Saúde Bucal em Ambiente Hospitalar - Assistência Odontológica aos pacientes internados na Santa Casa de Caridade - Diamantina/MG
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
olga dumont flecha
202410120241901079
departamento de odontologia
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
saúde
saúde humana
regional
programa de atenção integral a saúde
Não
Membros
brender leonan da silva
Voluntário(a)
dhelfeson willya douglas de oliveira
Vice-coordenador(a)
ana letícia da paixão
Voluntário(a)
augusto josé alves
Voluntário(a)
elizete vieira dos santos
Voluntário(a)
gabriela larissa soares pereira
Voluntário(a)
letícia salvador rocha câmara
Voluntário(a)
luiza sana de souza
Voluntário(a)
marta de cássia silva lopes
Voluntário(a)
naiara michelly de souza pinto
Voluntário(a)
patricia antao oliveira
Voluntário(a)
silvia freitas de carvalho
Voluntário(a)
stephanie silveira souza
Voluntário(a)
camila das virgens braz
Voluntário(a)
nathan rodrigues souza
Voluntário(a)
laura fonseca dos santos
Voluntário(a)
emilly vieira machado
Bolsista
sara papaspyrou marques
Voluntário(a)
O presente projeto, intitulado “Saúde Bucal em Ambiente Hospitalar - Assistência Odontológica aos pacientes internados na Santa Casa de Caridade - Diamantina/MG”, é uma iniciativa de acadêmicos do curso de Odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), vigente desde 2012. O objetivo central do projeto está pautado na realização de atividades focadas na educação e promoção de saúde bucal, a fim de contribuir para a redução das infecções hospitalares na Santa Casa de Caridade do município de Diamantina. O público-alvo é composto pelos pacientes das Clínicas Neurológica e Cirúrgica. A partir da participação do projeto, os acadêmicos poderão contrapor os conhecimentos científicos com a realidade encontrada na instituição de saúde, bem como desenvolver habilidades essenciais no que tange a formação profissional humanizada, generalista e familiarizada com o atendimento multiprofissional. Ademais, a partir das experiências vivenciadas durante o projeto, poderão ser desenvolvidos trabalhos científicos que irão contribuir para a globalização das atividades desempenhadas pela equipe, fomentando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Equipe Hospitalar de Odontologia, Promoção da Saúde, Educação em Saúde, Pneumonia Associada à Assistência à Saúde.
Conceitua-se integralidade como uma série de atributos e ações conjuntas que contribuem, com a ajuda dos recursos disponíveis, para um melhor alcance do estado de saúde, seja individual, ou coletivo. A Constituição Federal Brasileira traz esse termo de modo a garantir, por lei, que as necessidades da população sejam atendidas de forma a transcender campos específicos e expandir o atendimento primário à saúde para que se torne parte no desenvolvimento socioeconômico das comunidades. Tendo isso em vista, nos últimos anos, o cenário hospitalar se viu diante da necessidade de uma ampliação em seus serviços prestados, e consequentemente, também em seus prestadores de serviços, onde a multidisciplinaridade tornasse um norte a ser considerado no atendimento integral, universal e com garantia de equidade ao paciente. Neste contexto, o atendimento odontológico faz-se presente e necessário em todas as suas especialidades e meios de atuação (WEBSTER & SOUZA, 2016). Assim, é aqui apresentada a proposta do projeto de extensão intitulado “Saúde Bucal em Ambiente Hospitalar - Assistência Odontológica aos pacientes internados na Santa Casa de Caridade - Diamantina/MG” que tem como finalidade desenvolver ações de caráter multidisciplinar voltadas para os pacientes das Clínicas Neurológica e Cirúrgica da Santa Casa, situada próximo ao Campus l da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). São pacientes que possuem maior risco de desenvolvimento de agravos bucais por terem sido transferidos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), com maior dificuldade de higienização devido à coordenação motora reduzida de forma temporária ou até mesmo, permanente. Este grupo é composto por pacientes com necessidade de cuidados especiais constantes voltados para causa da internação e demais fatores de risco, aos quais podem estar expostos, como é o caso das doenças bucais. Dentre os problemas bucais que representam riscos diretos à infecção sistêmica, a doença periodontal é uma das mais citadas na literatura (MORAIS et al., 2006). Esta patologia é reconhecida como uma doença de origem infecciosa e de natureza inflamatória, e de acordo com Bitu et al. (2020), é notória a relação entre as periodontopatias e infecções respiratórias, destacando-se as pneumonias nosocomiais, caracterizadas como uma infecção do trato respiratório inferior, geralmente desenvolvida após 48h de internação hospitalar (BENATTI & MONTENEGRO, 2008; MINAS GERAIS, 2022). Sendo assim, o objetivo desse projeto está pautado na realização de procedimentos de higiene bucal no público alvo, buscando evitar a incidência de agravos bucais que possam apresentar manifestações sistêmicas influenciando no bem estar dos pacientes. Para isso, o projeto contará com a participação de acadêmicos do curso de odontologia da UFVJM, sob coordenação de docentes do curso, além de um componente do corpo clínico da Santa Casa de Caridade, que atuará como vice-coordenador do projeto.
A cavidade oral tem sido considerada como um potente reservatório de patógenos respiratórios, sendo a aspiração de microrganismos presentes na orofaringe o meio mais comum de aquisição da pneumonia nosocomial (SCANNAPIECO, 2002; AMARAL et al., 2009). Este quadro é o resultado da aspiração da flora orofaringeal para dentro do trato respiratório inferior e uma falha nos mecanismos de defesa. A falta de cuidados bucais aumenta o risco para a pneumonia, que tem sido documentada não só em pacientes idosos como também em pacientes internados submetidos à intubação orotraqueal. Estes cuidados têm um papel significativo na redução do número de potenciais patógenos respiratórios presentes na boca e possivelmente na prevalência da pneumonia por aspiração (EL-SOTH et al., 2004; VARGAS et al., 2008). Várias vias de acesso aos microrganismos para o trato respiratório têm sido descritas, tais como: inoculação direta por aspiração, inalação de aerossóis infectados, disseminação hematógena e extensão da infecção de áreas adjacentes. Destas, a aspiração de microrganismos da cavidade bucal e da orofaringe é a via mais comum de infecção, significando então que a microbiota bucal tem papel primordial na etiologia das infecções pulmonares (SCANNAPIECO, MYLOTTE, 1996; AMARAL et al., 2009). Dentre todas as infecções adquiridas em hospital, a pneumonia nosocomial é responsável por 10% a 15% deste total; e 20% a 50% de todos os pacientes afetados por infecções falecem. O risco de desenvolvimento de pneumonia nosocomial é de 10 a 20 vezes maior na unidade de terapia intensiva (GUSMÃO et al., 2004). Reforçando ainda mais a inter-relação existente entre doenças orais e sistêmicas, OLIVEIRA et al. (2007) colheram amostras para cultura do aspirado traqueal e do biofilme no dorso da língua e na superfície dos primeiros molares superiores de 30 pacientes. Foram encontradas: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Stenotrophomas maltophilia, Candida albicans, Acinetobacter calcoaceticus, Candida tropicalis, Staphylococcus sp., Corynebacterium sp., Escherichia coli e Streptococcus pneumoniae. Sendo os microrganismos gram-negativos, tais como Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii, encontrados mais frequentemente em pacientes com pneumonias nosocomiais (OLIVEIRA et al., 2010). A impossibilidade do autocuidado, como é o caso do público alvo do projeto, favorece a precariedade da higienização bucal, acarretando o desequilíbrio da microbiota residente, com consequente aumento da possibilidade de aquisição de diversas doenças infecciosas, comprometendo a saúde integral do indivíduo (POTTER & PERRY, 1999; BAUER et al., 2002; SCANNAPIECO, 2002; EL SOTH, 2004). Dentre as razões discutidas para impossibilidade da higiene oral adequada, destacam-se a presença de pacientes idosos e/ou com dificuldades motoras de várias naturezas, sendo assim necessária a ajuda de acompanhantes e até mesmo de profissional especializado em saúde bucal (BURTNER et al., 1991). A negligência com a higiene bucal torna o biofilme e a orofaringe um propício reservatório de microrganismos, inclusive dos que não pertencem à flora oral, instalando ou agravando um processo infeccioso nos tecidos periodontais e ainda ocasionando infecções à distância, principalmente em pacientes em estado crítico. Estes dados propõem uma nova visão em que procedimentos específicos para o controle destes patógenos na cavidade oral devem ser considerados na prevenção de pneumonia nosocomial (GARCIA, 2005; MINAS GERAIS, 2022). Além da eficácia em prevenir complicações sistêmicas, o tratamento odontológico tem baixo custo, é simples, rápido e pode garantir economia aos cofres hospitalares, tendo em vista a redução dos dias de internação, de medicamentos e procedimentos a serem realizados (MUSCEDERE et al., 2008). Ensaios clínicos com bons níveis de evidências sugerem que a higiene bucal realizada com soluções antimicrobianas pode reduzir a pneumonia por aspiração, o que traz benefícios para o paciente e toda instituição, através da redução da taxa de mortalidade e dos custos hospitalares. Destaca-se também, a importância do cirurgião-dentista dentro do hospital, promovendo a interação profissional e uma melhor qualidade de vida ao paciente, além de reforçar a concepção da cavidade oral como parte integrante do corpo, devendo ser considerada durante os cuidados dos pacientes hospitalizados (NASCIMENTO et al., 2018; MINAS GERAIS, 2022). Neste projeto, a forma aquosa de clorexidina será utilizada de acordo com o protocolo proposto por SANTOS PSS et al. (2008). Será feito o bochecho com 15 ml de clorexidina a 0,12% por aqueles que conseguirem realizar tal procedimento, enquanto que nos pacientes que estão impossibilitados, será realizada a limpeza com uma gaze embebida de clorexidina e enrolada em uma espátula de madeira. É importante ressaltar que o projeto aqui proposto é desenvolvido desde 2012 e foi interrompido pela primeira vez, durante todo esse tempo, por causa da suspensão de todas as atividades da UFVJM, no início do ano de 2020, devido à pandemia da COVID-19. Durante estes 10 anos, cerca de 20 alunos por período entre bolsistas e voluntários já participaram do projeto atendendo a uma quantidade incalculável de pacientes internados na Santa Casa de Caridade de Diamantina. Inúmeros trabalhos foram apresentados na Semana de Integração: ensino, pesquisa e extensão - SINTEGRA (VIEIRA et al., 2013; REIS et al., 2015; GUEDES et al., 2015; SOARES et al., 2019; BRUNO et al., 2019; FARIA, et al., 2019) e em outros eventos científicos. Além disso, alguns artigos de autoria de bolsistas, foram publicados sobre o assunto, buscando explorar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão (FARIA et al., 2020, 2022). Outrossim, a Santa Casa de Caridade de Diamantina atende não somente a sua própria população, como também habitantes de toda a região aos arredores, fornecendo um suporte em saúde extremamente importante de forma a suprir a demanda dessas regiões, visto que na maior parte das vezes não possuem a infraestrutura adequada.
Gerais Aplicar um protocolo integrado de procedimentos para a manutenção da higiene bucal de pacientes internados na Santa Casa de Caridade de Diamantina, realçando a importância de uma rotina de cuidados bucais atrelado à condição sistêmica e bem estar do paciente. Específicos - Sugerir um protocolo de assistência odontológica aos pacientes internados; - Instalar um conjunto de ações em assistência odontológica juntamente com enfermeiros e técnicos em enfermagem; - Sensibilizar os responsáveis pela manutenção dos cuidados bucais a respeito da importância e relevância de uma adequada saúde bucal na recuperação e bem estar do paciente; - Orientar os familiares dos pacientes, para que também possam prestar os cuidados requeridos em domicílio; - Preparar os responsáveis para que possam identificar alterações da normalidade bucal e assim solicitar a ajuda de um profissional da área; - Obter resultados satisfatórios quanto à melhoria da qualidade de vida dos pacientes na visão dos familiares e profissionais de saúde que estão em contato com os enfermos; - Desenvolver na instituição a sensibilização dos profissionais sobre a importância de uma higiene bucal como processo preventivo de doenças específicas bem como reduzir o período de internação hospitalar e consequente diminuição dos gastos; - Trabalhar junto aos alunos-residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Idoso no atendimento aos pacientes internados na Santa Casa de Caridade de Diamantina; - Permitir o contato direto do acadêmico com os pacientes atendidos através do Sistema Único de Saúde (SUS), criando a oportunidade de amadurecimento profissional, pessoal e experiência na conduta no relacionamento direto com os pacientes e em ambiente hospitalar; - Reforçar a importância da inserção permanente do odontólogo no corpo clínico hospitalar; - Realizar um comparativo dos índices de infecção hospitalar e tempo de internação ocorridos nos períodos pré-pandêmico e pandêmico, nos quais não houve execução deste projeto, para avaliar o seu impacto nas condições gerais de saúde dos pacientes internados nas Clínicas Neurológica e Cirúrgica da Santa Casa de Caridade de Diamantina.
- Melhoria na qualidade de sobrevida dos pacientes; - Redução na taxa de incidência de infecções no ambiente hospitalar; - Redução no tempo de internação; - Assistência odontológica a, pelo menos, 700 pacientes por ano; - Racionalização do uso de antibióticos e outras medicações; - Melhora de forma significativa da assistência ao paciente internado e consequentemente de seu bem estar e condição sistêmica; - Estabelecimento de uma rotina de cuidados odontológicos para os pacientes internados.
A equipe do Projeto será composta por 20 acadêmicos do curso de Odontologia da UFVJM, do 2º ao 8º período, que atuarão sob a supervisão de professoras da área de Periodontia. As ações acontecerão por meio de uma capacitação inicial em diagnóstico, e posteriormente visitas diárias na Santa Casa, de acordo com o cronograma elaborado para a execução das atividades. Para isso, será adotado um sistema de revezamento entre os membros do projeto de forma que as ações sejam executadas diariamente. Inicialmente, os acadêmicos voluntários do projeto passarão por uma capacitação ministrada pela professora de estomatologia da UFVJM, Ana Terezinha Marques Mesquita, a fim de adquirir a habilidade e conhecimento necessário para diagnosticar os possíveis casos em caráter de urgência, que apresentem sinais e sintomas comuns de doenças bucais presentes na clínica, para, então, realizar um encaminhamento já associado e adiantado para a Clínica de Estomatologia do Departamento de Odontologia da UFVJM. Essa capacitação se dará por meio de uma aula ministrada online, de forma a expor os casos clínicos mais comuns e seus sintomas mais característicos, além de toda a informação complementar necessária para identificar os possíveis diagnósticos. Além disso, a Santa Casa também fornecerá um treinamento online da equipe, a fim de explanar sobre o fluxo de trabalho adotado na instituição, bem como a vestimenta adequada e os protocolos adotados durante os atendimentos em saúde. Será permitida a participação somente daqueles discentes que participarem desta capacitação, garantindo a qualidade e a confiabilidade das ações realizadas. Depois, para otimizar a logística de acompanhamento dos 35 leitos (20 neurológicos e 15 cirúrgicos), cada estudante ficará responsável por um grupo de pacientes, de forma que não sobrecarregue a ocupação dos espaços, evitando qualquer interferência na atuação dos demais profissionais da instituição. Os protocolos que serão adotados pelo Projeto, foram propostos pelas Diretrizes e Protocolos de Higiene Bucal para os Pacientes Internados nos Hospitais/SUS-MG (MINAS GERAIS, 2022). As intervenções estão descritas no ANEXO I. Além dos critérios citados acima, é importante se atentar, durante todo o procedimento, ao nível de consciência do paciente a cada exame físico, com a finalidade de identificar possíveis alterações sensoriais que possam interferir na proteção das vias aéreas. Outro aspecto relevante, diz respeito a identificação das alterações/lesões bucais. Caso sejam identificadas nos pacientes, a equipe do projeto deverá solicitar uma interconsulta na Clínica Odontológica da UFVJM. Durante o projeto, os familiares serão instruídos quanto à manutenção de uma saúde bucal adequada. Essas informações serão passadas aos parentes através de conversas informais durante as visitas, e também por meio de cartilhas confeccionadas pelos membros do projeto, uma vez que palestras ou outros recursos mais demorados são inapropriados em uma situação de estresse e tensão, e apenas a conversa pode não ser suficiente para memorização das informações passadas. Ademais, o projeto contará com a confecção de relatórios periódicos ao final de cada mês, para fins de registro, acompanhamento e levantamento dos dados. Ao fim de um ano, são esperados resultados positivos, como reduções na frequência de infecções hospitalares e no tempo de internação dos pacientes. Esses resultados poderão ser confirmados através de comparações feitas entre os registros estatísticos da instituição a respeito de infecções hospitalares antes e após a implantação do protocolo sugerido. Os dados coletados serão utilizados para a elaboração de artigos e outros trabalhos, os quais serão apresentados em eventos científicos, a fim de fomentar a indissociabilidade do tripé universitário (ensino, pesquisa e extensão). Além disso, são desejados a melhora do paciente, seu bem estar e a satisfação da família com o maior cuidado e atenção concedidos ao enfermo. No caso daqueles indivíduos que não possuírem Kits de escovação próprios, será realizada a doação dos mesmos pelo projeto.
01. AMARAL SM, CORTÊS AQ, PIRES FR. Pneumonia nosocomial: importância do microambiente oral. J Bras Pneumol. 2009; 35: 1116-24. 02. BAUER TT, TORRES A, FERRER R, HEYER CM, SCHULTZEWERNINGHAUS G, RASCHE K. Biofilm formation in endotracheal tubes. Association between pneumonia and the persistence of pathogens. Monaldi Arch Chest Dis 2002; 57:84-87. 03. BENATTI FG, MONTENEGRO FL. A intervenção odontológica colaborando na diminuição das afecções respiratórias dos idosos. Revista de Eap/Apcd, São J Campos 2008 jun; 9 (2):1-4. 04. BERALDO, C.C. & ANDRADE, D. Higiene bucal com clorexidina na prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica. J Bras Pneumol., v.34, n.9, p.707-714, 2008. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/Nvz3LYV74YdkbGXYWHKYkKc/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 12 maio 2022. 05. BITU, T.C.V. et al. O impacto da doença periodontal sobre as alterações respiratórias – uma revisão da literatura. Braz. J. of Develop., v.6, n.5, p.29408-29419, 2020. Disponível em: <https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/10352>. Acesso em: 12 maio 2022. 06. BRUNO, J.H.L.; SOARES, A.L.F.; FARIA, L.M.M.; OLIVEIRA, E.S.; GONÇALVES, P.F.; FLECHA, O.D. Assistência odontológica a pacientes internados na Santa Casa de Caridade de Diamantina – Minas Gerais. In: Semana da Integração ensino, pesquisa e extensão. 7, 2019, Diamantina-MG. Anais da 7º Edição da Semana da Integração ensino, pesquisa e extensão. Disponível em: <http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/1979>. Acesso em: 10 jul 2022. 07. BURTNER AP, LOW DW, MCNEAL DR, HASSELL TM, SMITH RG. Effects of chlorhexidine spray on plaque and gingival health in institutionalized persons with mental retardation. Spec Care Dentist, Chicago, v. 11, n. 3, p. 97- 100, Mar. 1991. 08. DENARDI BB. O uso de clorexidina na prática odontológica. Revista APCD 1994; 48(2): 1279- 84. 09. EL-SOTH AA, PIETRANTONI C, BHAT A, OKADA M, ZAMBON J. Colonization of dental plaques: a reservoir of respiratory pathogens for hospital-acquired pneumonia in institutionalized elders. Chest 2004; 126:1575-1582. 10. FARIA, L.M.M. et al. PREVALÊNCIA DE INFECÇÕES BUCAIS EM AMBIENTE HOSPITALAR. In: Semana da Integração ensino, pesquisa e extensão. 7, 2019, Diamantina-MG. Anais da 7º Edição da Semana da Integração ensino, pesquisa e extensão. Disponível em: <http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/1979>. Acesso em: 10 jul 2022. 11. FARIA, L.M.M. et al. Prevalência de infecções bucais em ambiente hospitalar. Rev Estomatol., v.28, n.1, p.8-16, 2020. Disponível em: <https://estomatologia.univalle.edu.co/index.php/revista_estomatologia/article/view/10561/13355>. Acesso em: 10 jul 2022. 12. FARIA, L.M.M. et al. Prevalência de infecções hospitalares e assistência odontológica: um estudo transversal. Rev Estomatol., v.30, n.1, 2022. Disponível em: <https://estomatologia.univalle.edu.co/index.php/revista_estomatologia/article/view/11252/15090>. Acesso em: 10 jul 2022. 13. FLORES, L.F. & MELLO, D.T. O impacto da extensão na formação discente, a experiência como prática formativa: um estudo no contexto de um instituto federal no rio grande do sul. Revista Conexão UEPG, v.16, n.1, p.1-12. Disponível em <https://www.redalyc.org/journal/5141/514162470027/514162470027.pdf>. Acesso em: 16 de maio 2022. 14. GARCIA R. A review of the possible role of oral and dental colonization on the occurrence of health care-associated pneumonia: underappreciated risk. Am J Infect Control. 2005; 33: 527-40. 15.GUEDES, L.C. et al. Protocolo para assistência odontológica a pacientes neurológicos internados na Santa Casa de Caridade de Diamantina. In: Semana de Integração: ensino, pesquisa e extensão. 4, 2015, Diamantina-MG. Anais da 4ª Edição da Semana da Integração ensino, pesquisa e extensão. Disponível em: <http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/1678>. Acesso em: 18 jul 2022. 16. GUSMÃO MEN, DOURADO I, FIACCONE RL. Nosocomial pneumonia in the intensive care unit of a Brazilian university hospital: an analysis of the time span from admission to disease onset. AJIC 2004; 32:209-214. 17. KALAGA A, ADDY M, HUNTER B. The Use of 0.2% Chlorhexidine Spray as an Adjunct to Oral Hygiene and Gingival Health in Physically and Mentally Handicapped Adults. Journal of Periodontology July 1989, Vol. 60, No. 7: 381-385. 18. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde. Coordenação de Saúde Bucal. (Org: Mirna Rodrigues Costa Guimarães, Jacqueline Silva Santos). Diretrizes e Protocolos de Higiene Bucal para os Pacientes Internados nos Hospitais do SUS-MG. Belo Horizonte, 2022. Disponível em: <https://www.saude.mg.gov.br/saudebucal>. Acesso em: 02 maio 2022. 19. MORAIS TM, SILVA A, AVI AL, SOUZA PH, KNOBEL E, CAMARGO LF. A importância da atuação odontológica em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva, 2006; 18; 412-417. 20. Moreira de Faria LM, Cordeiro CB, Gomes GF, Silva Baracho V, Ferreira de Aguiar EC, Silveira de Oliveira E, Douglas-de-Oliveira DW, Furtado Gonçalves P, Dumont Flecha O. Prevalência de infecções bucais em ambiente hospitalar. Rev Estomatol. 2020;28(1):8-16. DOI: 10.25100/re.v28i.1.105661 21. Moreira de Faria LM, Douglas-de-Oliveira DW, Silveira de Oliveira E, Ferreira de Aguiar EC, de Fátima Gomes G, Furtado Gonçalves PF, Dumont Flecha O. Prevalência de infecções hospitalares e assistência odontológica: um estudo transversal. Rev Estomatol. 2022 Março;30(1):e11252. DOI: 10.25100/re.v30i1.11252 22. MUSCEDERE JG, MARTIN CM, HEYLAND DK. The impact of ventilator-associated pneumonia on the Canadian health care system. J Crit Care. 2008 Mar;23(1):5-10. 23. NASCIMENTO NPG, GONÇALVES PF, DOUGLAS-DE-OLIVEIRA DW, FLECHA OD. Aspiration Pneumonia and oral health: a critical review of literature. Rev. Bras. Odontol. 2018;75:e1058. 24. OLIVEIRA LC, CARNEIRO PP, FISCHER RG, TINOCO EM. A presença de patógenos respiratórios no biofilme bucal de pacientes com pneumonia nosocomial. Rev Bras Ter Int. 2007; 19(4): 428-33. 25. OLIVEIRA, TFL. Associação entre doença periodontal e pneumonia nosocomial. 97 f. 2010. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010. 26. POTTER PA, PERRY AG. Fundamentos de enfermagem: conceitos, processo e prática. 4a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. 27. REIS, K.C.G.; SILVA. J.P.V.; ROCHA. L.G.B.; FLECHA, O.D. Medicina Periodontal: o potencial efeito das infecções bucais sobre condições sistêmicas. In: Semana de Integração: ensino, pesquisa e extensão. 4, 2015, Diamantina-MG. Anais da 4ª Edição da Semana da Integração ensino, pesquisa e extensão. Disponível em: < http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/1678>. Acesso em: 18 jul 2022. 28. SCANNAPIECO FA - Relação entre Doença Periodontal e Doenças Respiratórias, em: Rose LE, Genco RJ, Mealy BLet al - Medicina Periodontal. São Paulo: Santos, 2002; 83-97. 29. SCANNAPIECO FA, MYLOTTE JM. Relationship between periodontal disease and bacterial pneumonia. J Periodontol. 1996; 67: 1114-22. 30. SANTOS PSS, MELLO WR, WAKIM RCS, PASCHOAL MG. Uso de solução bucal com sistema enzimático em pacientes totalmente dependentes de cuidados em unidade de terapia intensiva. Rev. bras. ter. intensiva. 2008, vol.20, n.2, pp. 154-159. 31. SOARES, A.L.F.; GONÇALVES, P.F.; OLIVEIRA, D.W.D.; FLECHA, O.D. A Pneumonia por Aspiração e a Saúde Bucal: Uma Revisão Crítica da Literatura. In: Semana de Integração: ensino, pesquisa e extensão. 7, 2019, Diamantina-MG. Anais da 7ª Edição da Semana da Integração ensino, pesquisa e extensão. Disponível em: <http://acervo.ufvjm.edu.br:8080/jspui/handle/1/1678>. Acesso em: 18 jul 2022. 32. TABLAN OC, ANDERSON LJ, BESSER R, BRIDGES C, HAJJEH R CDC et al. Guidelines for preventing health-care-- associated pneumonia, 2003: recommendations of CDC and the Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee. MMWR Recomm Rep. 2004; 53(RR-3):1-36. 33. VARGAS MP, GONÇALVES PF, FLECHA OD. A doença periodontal como fator de risco para a pneumonia por aspiração-revisão de literatura. Periodontia. 2008; 18(2): 24-30. 34. WEBSTER, J.; SOUZA, A. F. Contextualização sobre a importância da atuação do Cirurgião dentista em ambiente hospitalar. CFO.ORG [online], 2016. Disponível em: <https://website.cfo.org.br/wp-content/uploads/2016/05/Artigo-sobre-acontextualiza%c3%a7%c3%a3o-da-inser%c3%a7%c3%a3o-dentista-em-ambiente-hospitalar.pdf>. Acesso em: 11 maio 2022.
De acordo com Severino (2007 apud FLORES & MELLO, 2020), a partição em Projetos Extensionistas, permite a articulação entre os pilares universitários (ensino, pesquisa e extensão), ao mesmo tempo que estabelece um vínculo entre a Universidade e a Sociedade, contribuindo para a sua transformação. Em um levantamento realizado por Flores & Mello (2020), constatou-se que, com a participação em atividades de extensão, tem-se como resultado o desenvolvimento e o aprimoramento de algumas habilidades, como o manejo do conhecimento adquirido na graduação com populações leigas nos assuntos abordados. Aliado a isto, há a possibilidade do crescimento pessoal e profissional dos discentes, além do amadurecimento científico dos mesmos. A participação dos acadêmicos do curso de Odontologia no Projeto se dará por meio de ações de promoção de saúde bucal, a partir de intervenções diretas na cavidade oral dos pacientes da Santa Casa. Não obstante, também contará com intervenções indiretas, como a capacitação dos familiares frente a medidas de prevenção em saúde bucal, confecção e compartilhamento de materiais didáticos e distribuição de Kits de escovação ao público-alvo. Para isso, os estudantes serão capacitados a respeito do manejo dos equipamentos e pacientes do ambiente hospitalar, o qual será palco das intervenções do projeto. Este treinamento acontecerá sob coordenação do enfermeiro chefe da Santa Casa de Caridade de Diamantina, devendo anteceder as atividades propriamente ditas. Aliado a isso, a equipe irá contar com uma aula introdutória, a respeito da identificação e conduta adequada frente aos principais agravos da cavidade bucal por uma das professoras do Departamento de Odontologia, atuante na área de Estomatologia e com uma vasta experiência com pacientes com complicações sistêmicas. Além disso, durante a sua participação, os estudantes poderão contrapor o conhecimento teórico às práticas do atendimento odontológico em ambientes hospitalares, adquirindo uma perícia, a qual não seria possível apenas com a grade curricular tradicional do curso. Outrossim, terão a oportunidade de exercitar o exame e o diagnóstico das lesões bucais mais frequentes no grupo que será acompanhado pela equipe. Visando a garantia da realização e qualidade das atividades mensais a serem executadas, serão realizadas reuniões trimestrais para discussão dos aprendizados e desafios encontrados pelos discentes, além do feedback da Coordenadora do projeto e do supervisor da equipe vinculado a instituição detentora do público-alvo.
É um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2012, com a participação de cerca de 20 alunos por semestre e uma média de atendimentos de no mínimo 500 pacientes por ano. Há uma integração entre ensino, pesquisa e extensão constatada pelas diversas publicações realizadas durante a execução do projeto. Oferece também a oportunidade de contato entre os alunos e a equipe multidisciplinar do SUS, além de desenvolverem suas habilidades nas diversas áreas da odontologia envolvidas. Outrossim, vale ressaltar que o diagnóstico direcionado a quadros clínicos de condições bucais costumam passar despercebidos pela equipe médica. Prova disso, foi um caso de fratura mandibular identificado pela bolsista do projeto (discente do 4º período do curso de Odontologia), o qual não foi percebido pela equipe da Santa Casa. A partir desta identificação, foi realizado rápida conduta cirúrgica para tratamento do paciente.
Público-alvo
São atendidos em média 35 pacientes por dia. Este grupo será beneficiado diretamente a partir das ações que serão desenvolvidas pelos acadêmicos, em prol da contribuição para a melhora da qualidade de vida dos enfermos. Além disso, também serão beneficiados, mesmo que de forma indireta, os familiares destes pacientes, por meio da aquisição de conhecimentos que fomentem os cuidados com a saúde bucal e ajudem na prevenção de agravos em saúde; a equipe de atenção à saúde da instituição, suprindo a carência na promoção de serviços odontológicos no local; bem como os membros do projeto, por meio da aquisição de habilidades frente ao atendimento multiprofissional.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
O Projeto contará com a parceria da Santa Casa de Caridade do município de Diamantina, a qual será a sede das atividades realizadas pelos acadêmicos do curso de Odontologia da UFVJM, além de oferecer a capacitação e treinamento dos alunos no que diz respeito aos protocolos de atendimento e logística do espaço.
Cronograma de Atividades
Seleção de voluntários para o projeto.
Capacitação dos voluntários pela equipe da Santa Casa de Caridade de Diamantina e aulas acerca das manifestações bucais de doenças sistêmicas, bem como seus tratamentos.
Reunião com a Coordenadora e Membros do Projeto para discussão acerca do andamento das atividades.
Visitas na Santa Casa de Caridade
01/02/2024
31/12/2024
Aplicação do protocolo de higienização bucal proposto pelo projeto para os pacientes das Clínicas Neurológica e Cirúrgica.
Levantamento dos dados do projeto
01/02/2024
31/12/2024
Registro da relação de pacientes, procedimentos realizados e lesões bucais mais recorrentes.
Confecção de materiais educativos
01/02/2024
31/12/2024
Confecção de panfletos, cartilhas e demais materiais para educação em saúde.
Participação em Congressos, Simpósios e demais eventos científicos.
Encaminhamento de pacientes para atendimento especializado nas Clínicas Odontológicas da UFVJM.