Visitante
Semeando Leitura
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
simone de paula dos santos
2021010120210326051
faculdade interdisciplinar em humanidades
Caracterização da Ação
linguística, letras e artes
educação
cultura
alfabetização, leitura e escrita
municipal
não é vinculado a nenhum programa.
Não
Membros
maria amélia vieira toledo sampaio
Voluntário(a)
lara rodrigues pinheiro
Voluntário(a)
christóvão pereira abrahão
Voluntário(a)
gleyce campos dutra
Vice-coordenador(a)
valcirene aparecida de oliveira
Voluntário(a)
ricardo cardoso cassilhas
Voluntário(a)
priscila regina lopes
Voluntário(a)
maria amélia de castro cotta
Voluntário(a)
gilenna thaynan de oliveira duarte
Bolsista
mackson pedro da silva azevedo
Voluntário(a)
O projeto de extensão 'Semeando Leitura' tem como principal objetivo fomentar a cultura do livro e da leitura literária em espaços de visitação pública, como a Biblioteca Municipal Dr. João Antunes, localizada no Bairro Rio Grande, em Diamantina/MG. Para
Biblioteca, Cultura do Livro, Literatura Infantil
O projeto de extensão "Semeando Leitura" se constitui a partir de um conjunto de ações coordenadas por uma equipe multidisciplinar em torno da criação de um espaço destinado à literatura infantil na Biblioteca Municipal de Diamantina. Parte das ações do projeto já foram realizadas entre 2019 e 2020, e, mesmo sem recursos advindos de editais de fomento, a equipe conseguiu firmar parcerias importantes e captar parte dos recursos financeiros necessários junto ao Conselho Municipal de Cultura e doações vindas de comerciantes locais. As ações do projeto foram interrompidas pela pandemia do novo coronavírus, mas com a reabertura da biblioteca, estamos certos de que este é o momento ideal para o retorno das atividades e finalização da proposta. A biblioteca conta com um acervo histórico e literário considerável, mas carece de um espaço adequado para que crianças pequenas possam acessar o acervo e desenvolver o letramento literário de forma contínua e extracurricular. O espaço é bastante visitado e recebe escolas do entorno, as quais desenvolvem atividades no espaço, como contação de histórias e projeção de filmes, a partir do acervo existente. Apesar de bastante frequentada por crianças, o mobiliário disponível na biblioteca é inadequado à leitura infantil: o chão é frio, as prateleiras das estantes são altas e não há expositores de livros. Diante disso, faz-se necessário criar um espaço apropriado e seguro para que crianças possam ser incentivadas a manusear e ler livros infantis. Acreditamos que ações como esta podem cultivar o prazer pela leitura literária, em franca decadência em nosso país e motivar ações relacionadas, no âmbito da UFVJM e das escolas locais.
Os dados da 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro de 2016 revelam que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano. O baixo índice de leitura é uma de nossas mazelas históricas e aponta para o empobrecimento dos debates brasileiros. O repertório amplo de leituras contribui para o amadurecimento do espírito crítico do cidadão, fortalece laços afetivos, estimula a criatividade e possibilita consolidar conhecimentos escolares e não escolares do público-leitor. Nesse sentido, as maiores implicações do projeto 'Semeando Leitura' estão ligadas ao incentivo à adesão de práticas de leitura em ambientes com acervo e espaço destinado especificamente a esse fim. Do ponto de vista do aprimoramento de metodologias de ensino e aprendizagem de leitura literária, a presente proposta pode gerar implicações significativas no que se refere ao eixo leitura, presente na BNCC para Educação Infantil, o qual compreende 'as práticas de linguagem que decorrem da interação ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos e de sua interpretação[...](BNCC, 2017, p. 69), uma vez que a criação de um espaço adequado para que as crianças possam manipular e ler livros pode propiciar diversas ações de fomento à leitura para crianças. Como se trata de projeto a ser desenvolvido em uma biblioteca pública, para o público infantil, há também implicações educacionais ligadas ao desenvolvimento de competências relativas a linguagens, tal como as preconizadas pela Base Nacional Curricular Comum da Educação Infantil: a) Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas b) Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. d) Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação. (BNCC, 2017, p. 64) Além disso, indiretamente, 'semear' a leitura poderá impactar também em outros objetivos propostos pela BNCC, os quais objetivam que o sujeito da educação, como base do direito à educação, possa ao longo da vida: a) desenvolver, aperfeiçoar, reconhecer e valorizar suas próprias qualidades, prezar e cultivar o convívio social, fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro, para que sejam apreciados sem discriminação por etnia, origem, idade, gênero, condição física ou social, convicções ou credos; b) se expressar e interagir a partir das linguagens do corpo, da fala, da escrita, das artes, da matemática, das ciências humanas e da natureza, assim como informar e se informar por meio dos vários recursos de comunicação e informação; c) experimentar vivências individuais e coletivas, em práticas corporais e intelectuais nas artes, em letras, em ciências humanas e da natureza e em matemática, em situações significativas que promovam a descoberta de preferências e interesses, o questionamento livre, estimulando formação e encantamento pela cultura. (BNCC, 2017 p. 8) A despeito de o público-alvo estar em fase de pré-alfabetização, o que significa dizer que não são ainda capazes de ler um texto verbal com autonomia, a criação de um espaço esteticamente e funcionalmente adequado ao manuseio de livros e à leitura literária pode contribuir para o desenvolvimento do letramento desses usuários da biblioteca. Dessa forma, estamos considerando a criação desse espaço de leitura como uma “instância de letramento”, considerando que tal conceito se diferencia da acepção de alfabetização ou aquisição da escrita. Magda Soares (2004) apresenta-nos o conceito de letramento para se referir ao processo de aquisição da escrita que ultrapassa a ideia de alfabetização, pois se refere à capacidade que os indivíduos têm para responder às demandas sociais ligadas à leitura e à escrita. Mesmo sem saber ler e escrever, muitas pessoas participam de “eventos de letramento”: conhecem formulários e as demandas específicas desse gênero como nome, endereço e telefone, por exemplo. Costumam conhecer também os procedimentos que devem ser realizados em dia de pleito eleitoral, diante da urna eletrônica, como, por exemplo, a sequência dos candidatos a serem escolhidos e os seus respectivos números, já que o voto é obrigatório aos maiores de 18 anos, alfabetizados ou não. Os indivíduos, mesmo analfabetos, aprendem rapidamente a sacar dinheiro em caixa eletrônico e a comprar remédios em uma farmácia, utilizando uma receita médica. Nesse sentido, o conceito de letramento nos permite incluir um universo maior de sujeitos, já que considera níveis distintos de contato com os usos sociais da escrita, diferentemente do que acontece com as sociedades grafocêntricas, que excluem quem não domina a tecnologia da escrita. Segundo Ribeiro (2009), o letramento embaça a dicotomia alfabetizado e analfabeto, pois propõe a ideia de níveis de letramento, presentes em um continuum, desenvolvido de formas e em graus diferentes ao longo da vida dos indivíduos, dependendo do contato que eles possuem com as várias agências de letramento, organizadas em torno das esferas sociais de atividades. Enfim, os usos que fazemos da escrita e da leitura fazem parte do desenvolvimento da língua e da linguagem como processo ininterrupto, que ultrapassa a sua aquisição. Certamente, sem a aquisição da escrita, esse desenvolvimento é limitado, tendo em vista o fato de que, a escrita, enquanto tecnologia, participa do contínuo processo evolutivo dos meios de comunicação e de informação e ocupa uma posição de prestígio e poder ao lado de outras tecnologias, na sociedade moderna de consumo. Brian Street (1984), em sua obra divisora de águas, propõe novos estudos do letramento, os quais se baseiam na distinção que o autor faz entre um modelo autônomo de letramento, em que a escrita aparece como um bem cultural, que existe independentemente de contextos de uso, ao qual todos devem ter acesso; e um modelo ideológico, em que considera-se os contextos de uso da modalidade escrita da língua em sua interface com outros códigos semiológicos, a exemplo da oralidade e das imagens. Para Street (apud Galvão e Batista, 2006, p. 425), “Situadas entre autoridade/poder e resistência individual/criatividade, as práticas de letramento devem ser consideradas não somente aspectos da ´cultura´, mas também das estruturas de poder”. Segundo Rojo (2009, p. 99), o enfoque autônomo preconiza o contato escolar com a leitura e a escrita, pela própria natureza da escrita, o que faria com que o indivíduo aprendesse gradualmente as habilidades que o levariam a estágios universais de desenvolvimento (níveis)”. A prática escolar pautada nesse modelo visa ao domínio da escrita para a produção de um texto expositivo abstrato, internamente consistente, que pressupõe uma separação polarizada entre a oralidade e a escrita. Essa visão foi bastante difundida por Olson (1983) e reforçada pelo pensamento de Walter Ong (1982), quando busca diferenciar a oralidade da cultura escrita, atribuindo à escrita a responsabilidade por promover mudanças na consciência, na cognição e na linguagem humana. Ong (1998) coloca a escrita como marco que dividiria as sociedades em dois estágios: de um lado, a mentalidade “pré-lógica”, o mito e a incapacidade de abstração; de outro, a ´lógica´, a história, o desenvolvimento da ciência, da objetividade e do pensamento crítico” (apud Galvão, 2006, p. 425). O enfoque ideológico, por outro lado, “vê as práticas de letramento como indissoluvelmente ligadas às estruturas culturais e de poder da sociedade e reconhece a variedade de práticas culturais associada à leitura e à escrita em diferentes contextos” (Street, 1993, p. 7). Kleiman (1995), afirma que as práticas de letramento mudam segundo o contexto e que o modelo ideológico leva em conta a pluralidade e a diferença, contribuindo para a inclusão de pessoas com graus diferenciados de letramento. Na esfera pública, por exemplo, vemos circular textos como outdoors e letreiros de ônibus, ao passo que na esfera doméstica têm lugar livros de ficção, listas de compras, bilhetes, contas a pagar etc. Sobre esses modelos, Magda Soares (1998) afirma que o enfoque autônomo representa uma versão fraca do conceito de letramento, uma vez que “estaria ligada a mecanismos de adaptação da população às necessidades e exigências sociais do uso de leitura e escrita, para funcionar em sociedade”. O enfoque ideológico, segundo a autora, e mais forte, à medida que colaboraria não para a adaptação do cidadão às exigências sociais, mas para o resgate da autoestima, para a construção de identidades fortes, para a potencialização de poderes dos agentes sociais, em sua cultura local” (p. 100). Da passagem de um modelo ao outro, o termo letramento se pluraliza, a fim de atender à multiplicidade de práticas sociais, mediadas pela escrita, que se materializam em tempo e espaços distintos por agentes também plurais, que se valem dessas práticas para interagir, atuar nas diversas esferas sociais, como a esfera doméstica e do trabalho, fomentar a cultura local, entre outros objetivos. O projeto foi registrado na PROEXC em abril de 2019, com duração de um ano. Contudo, em função da pandemia, a equipe não pode finalizar as ações previstas, pois a biblioteca teve seu funcionamento interrompido a partir de abril de 2020. Entre as ações realizadas ao longo de 2019, destacamos: a) mapeamento do melhor local para a criação do espaço de leitura para crianças e jovens; b) levantamento de ideias para a organização do layout, para a acomodação do público-alvo e dos livros que comporão o espaço; c) levantamento de materiais diversos, recicláveis e não recicláveis, para a composição do espaço; d) elaboração do projeto de design de interior, sob supervisão de uma Arquiteta parceira; e) captação de recursos junto ao Conselho Municipal de Cultura para a execução do projeto; f) parceria com docentes do curso de Engenharia Florestal, os quais se dispuseram a construir o mobiliário necessário à criação do espaço (alguns móveis já foram produzidos); g) captação de livros para o acervo, por meio de campanha de arrecadação junto à comunidade local e parceiros do projeto. h) realização de orçamentos para aquisição de materiais necessários à criação do espaço. Ressaltamos que a biblioteca voltou a funcionar em período reduzido, atendendo a todas as normas sanitárias para o atendimento ao público, o que irá viabilizar a conclusão das ações projetadas para a criação do espaço de literatura infantil.
Objetivo Geral criar um espaço destinado à leitura literatura infantil na Biblioteca Pública Municipal de Diamantina, Dr. João Antunes, a fim de estimular a visitação ao espaço, ampliar a consulta ao acervo disponível na biblioteca e fomentar ações educativas relacionadas ao desenvolvimento do letramento literário de crianças. Objetivos Específicos: construir e monitorar um cantinho de leitura para crianças na Biblioteca Pública Municipal de Diamantina; estimular a formação de leitores, sobretudo, crianças e jovens; estimular ações lúdicas de fomento à leitura para crianças e jovens. auxiliar escolas de educação infantil e ensino fundamental no desenvolvimento do letramento literário dos estudantes.
Pretende-se finalizar a construção do espaço destinado à literatura infantil na Biblioteca Municipal Dr. João Antunes, no Bairro Rio Grande, em Diamantina, para que ações de fomento ao letramento literário possam ser melhor projetadas no espaço criado. Para ampliar as ações do projeto nesse sentido, firmamos parceria com o projeto de extensão LEITURA E LITERATURA INFANTIL: FORMANDO LEITORES MIRINS E LEITORES ADULTOS", coordenado por uma professora e pedagoga da UFVJM, a fim de que possamos, por meio de uma ação integrada, desenvolver eventos de extensão no espaço a ser construído, com o intuito de otimizar esforços para atender às demandas do público-alvo para este espaço. O projeto LEITURA E LITERATURA INFANTIL: FORMANDO LEITORES MIRINS E LEITORES ADULTOS, no que tange à formação de leitores mirins, objetiva instrumentalizar professores da Educação Básica, por meio da construção de práticas pedagógicas, as quais poderão auxiliar o desenvolvimento da leitura literária por crianças. Um dos objetivos específicos desse projeto é fomentar ciranda de livros no espaço destinado à literatura infantil a ser criado, a fim de apresentar obras literárias para as crianças de forma lúdica e fundamentada nas diretrizes curriculares para a Educação Infantil. A parceria irá também contribuir com a formação inicial de estudantes de Letras e Pedagogia, envolvidos com ambos os projetos, e a formação continuada de professores da educação básica.
Em um primeiro momento, a equipe criará o espaço destinado à literatura infantil na biblioteca. Para tanto, seguirá os seguintes procedimentos: a) aquisição de materiais, a partir dos orçamentos já realizados pela equipe; b) confecção dos móveis que comporão o espaço (plano baixo), com base em projeto de design de interior já elaborado e na parceira já firmada com docentes do curso de Engenharia Florestal, os quais dispõem de conhecimento para a confecção e o melhor aproveitamento dos recursos materiais a serem adquiridos; c) decoração do espaço (plano médio e alto), a partir de oficinas de artes a serem ofertadas ao público-alvo do projeto. d) organização e exposição do acervo com base em estratégias de captação do público-alvo; e) inauguração do espaço com rua de lazer e atividades corelacionadas para o público-alvo. A avaliação do projeto será feita durante todo o processo de construção do espaço pela equipe executora, e, após ser finalizado, poderemos atestar a funcionalidade do espaço e sua capacidade de captação do público-alvo, à medida que ele for sendo utilizado pela comunidade. Metodologia durante o período de atividades remotas Enquanto durar a pandemia do covid-19 e as orientações sanitárias de isolamento social, subjacentes a esse período, ofertaremos um curso de extensão modular com duração de 30 horas, previstas para o primeiro semestre de 2021 (em curso) e 30 horas para o segundo semestre, em torno da formação de leitores mirins. No primeiro módulo, estudaremos abordagens gerais sobre a leitura, focalizando suas dimensões cognitiva e sóciocognitiva. No segundo módulo, abordaremos a relação entre leitura e biblioteca, focalizando a produção de propostas voltadas para o desenvolvimento do letramento literário infantil. Faremos oficinas virtuais de produção de móveis que irão compor o espaço da biblioteca, assim que pudermos realizar ações no espaço físico da biblioteca. Os estudantes envolvidos estão fomentando o projeto nas redes sociais, produzido material de divulgação, dicas de leitura e outros materiais de incentivo à leitura e à biblioteca. Pretendemos continuar alimentando as redes sociais durante a pandemia, promovendo aproximação entre o público externo e o projeto. Os móveis projetados pela arquiteta, parceira do projeto, continuarão a ser confeccionados pelo prof. Christovão, do curso de Engenharia Florestal, durante a pandemia, pois o professor está utilizando sua oficina participar para a confecção dos móveis. Os estudantes acompanharão a confecção dos móveis virtualmente e produzirão uma cartilha informativa mostrando o passo-a-passo da produção desse mobiliário.
BATISTA, Antônio Augusto Gomes; GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. Oralidade e escrita: uma revisão. Cad. Pesqui. [online]. 2006, vol.36, n.128, pp.403-432. ISSN 0100-1574. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742006000200007. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. http://prolivro.org.br/home/index.php/atuacao/25-projetos/pesquisas/3900-pesquisa-retratos-da-leitura-no-brasil-48. Acesso em 22/04/2019. PAIVA, A.; RODRIGUES, P. C. A. Letramento Literário na Sala de Aula: desafios e possibilidades. In: Alfabetização e Letramento na Sala de Aula. Belo Horizonte: Autêntica; Editora Ceale. KATO, M. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. São Paulo, SP: Ática, 1986, p. 07. KLEIMAN, A. B.; SIGNORINI, I. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1995. Olson, J., & Reynolds, T. Understanding Consumers’ Cognitive Structures: Implications for Advertising Strategy. In L. Percy, & A. Woodside (Eds.), Advertising and Consumer Psychology. Lexington, MA: Lexington Books, 1983. ONG, W. J. Oralidade e cultura escrita: a tecnologização da palavra. Campinas: Papirus, 1998. [original inglês: 1982] RIBEIRO, Ana Elisa. Letramento digital: um tema em três gêneros efêmeros.Revista da ABRALIN, v.8, n.1, p. 15-38, jan./jun. 2009 ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola. Editorial, 2009. 128 p SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. ___. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, São Paulo: Autores Associados, v.25, 2004. p. 5-17 STREET, B. V. Literacy in theory and practice. Cambridge University Press, 1984.
Atualmente, a equipe do projeto é formada por discentes do curso de Letras, em função da estreita relação das ações do projeto com a área de ensino, com o letramento literário e a literatura infantil. Os discentes participaram de todas as etapas do projeto até o momento, a saber: a) reuniões de planejamento e divisão de tarefas; b) elaboração e encaminhamento de convites para firmar parcerias; c) elaboração de vídeo de divulgação do projeto; d) elaboração de orçamentos; e) pesquisa de materiais sustentáveis para a confecção do mobiliário e da decoração do espaço; f) elaboração de relatórios parciais e final. Além de mantermos a participação dos discentes nas atividades descritas acima, iremos envolvê-los em todas as ações previstas para 2021, entre as quais destacamos: a) confecção do mobiliário sob supervisão de um docente colaborador; b) oferta de cursos à comunidade para confecção de objetos de decoração para compor o espaço; c) organização do espaço; d) divulgação de todas as etapas de criação do espaço para a comunidade e parceiros do projeto; e) confecção do regulamento para utilização do espaço; f) organização e participação da inauguração do espaço; f) elaboração de relatórios parciais e final, como forma de avaliação da participação nas ações do projeto.
A presente proposta é claramente uma ação extensionista, não só por priorizar espaços e instituições externas à Universidade, mas também por contar com o apoio da comunidade local, a qual utiliza o espaço da biblioteca com regularidade, a exemplo da Escola Municipal de Educação Infantil Célio Hugo Alves Pereira, situada no Bairro Rio Grande. Do ponto de vista da relação entre a extensão e o ensino, a proposta impacta diretamente na formação dos estudantes de graduação envolvidos, à medida que os envolve em problemáticas curriculares e extracurriculares e os instiga a encontrar soluções criativas para atingir objetivos educacionais ligados à sua formação inicial na licenciatura em Letras. Os estudantes, até o momento, participaram ativamente de todas as etapas de construção do projeto: reuniões de equipe, pesquisa de ideias para a composição do espaço, levantamento de materiais e estratégias de captação de recursos. O público-alvo é constituído por crianças e o espaço atenderá, além do público da comunidade em geral, turmas de estudantes advindos das escolas do entorno da biblioteca, que já frequentam o espaço e poderão se beneficiar ainda mais com a adequação aqui proposta. As escolas poderão desenvolver propostas pedagógicas complementares no espaço criado, para auxiliar o desenvolvimento do letramento literário das crianças.
Público-alvo
Em torno da Biblioteca Municipal Dr. João Antunes, localizada no Bairro Rio Grande/Diamantina, há 5 escolas que atendem ao público destinado à Educação Infantil, tanto na rede Municipal, quanto na rede privada, de modo que estima-se a presença de 700 cria
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
A Prefeitura Municipal de Diamantina, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura, firmou parceria com o projeto, conferindo anuência às ações projetadas no espaço.
A EMEI Célio Hugo participou do primeiro ano do projeto, arrecadando livros infantis para compor o acervo da biblioteca e materiais recicláveis para a confecção de puffs, que irão compor o espaço infantil. As professoras da escola visitam constantemente a
Cronograma de Atividades
Confecção dos móveis de acordo com o projeto de design já elaborado.
Oferta de oficinas para a construção de puffs de pneus, origames para o teto, confecção de cabana para leitura e bancos de garrafa pets.
Pintura dos móveis confeccionados e das paredes que irão compor o espaço destinado à literatura infantil.
Organização dos móveis e objetos de decoração confeccionados para o espaço. Organização do acervo de livros.
Reuniões semanais da equipe para planejamento e execução das ações do proejto.
Inauguração do espaço e finalização das ações de execução do projeto.
No primeiro módulo do curso, estudaremos abordagens gerais sobre a leitura, focalizando suas dimensões cognitiva e sóciocognitiva.
No segundo módulo do curso, abordaremos a relação entre leitura e biblioteca, focalizando a produção de propostas voltadas para o desenvolvimento do letramento literário infantil.