Visitante
APAExonados por leitura: contação de estórias para pessoas com necessidades especiais
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
marcela azevedo magalhaes
20241012024195132
departamento de zootecnia
Caracterização da Ação
outros
educação
comunicação
alfabetização, leitura e escrita
municipal
Não
Membros
janaína azevedo martuscello
Voluntário(a)
barbara carvalho ferreira
Vice-coordenador(a)
josimara rocha pereira
Bolsista
amanda cristina da silva
Voluntário(a)
eliana lino de souza
Voluntário(a)
Esta tem como ação uma proposta capaz de atingir estudantes público-alvo da educação especial, sendo seu principal foco a contação de estórias, selecionadas de acordo com o perfil do público. A proposta apresenta caráter multidisciplinar, por envolver os departamentos de Zootecnia e Educação. Ações de extensão devem ser propostas como forma de levar os saberes da Universidade para a comunidade externa. Nessa vertente, o projeto apresentado, atuará em ação conjunta com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE/Diamantina-MG), de forma a incrementar as atividades educativas realizadas nessa instituição. Assim, a avaliação dos avanços dos estudantes e de suas capacidades de resposta diante da contação de estórias será material riquíssimo para estudos na área de educação e de psicologia. Ademais, os resultados dessa ação poderão ser utilizados em sala de aula e a proposta poderá servir de base para realização de novas ações na APAE. Assim, a UFVJM atenderá, na plenitude os três pilares da educação superior no Brasil: o ensino, a pesquisa e a extensão, conforme prevê o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFVJM. Ao contrário do que se possa imaginar, estudantes público-alvo da educação especial muitas vezes tem capacidade de respostas maior do que o esperado. Surpreende com sua dedicação e interesse. Mas, para tal, exige da pessoa que é o interlocutor uma doação e um envolvimento maior do que com outros estudantes. Através da leitura pode-se extrair dos estudantes sentimentos reprimidos, apaziguar emoções e colocar a criança com deficiência em contato com o mundo dos livros, além, de permitir uma maior interação entre o meio e o estudante. Espera-se que a leitura para estudantes com necessidades especiais favoreça um maior desenvolvimento crítico e intelectual, bem como estimule seu imaginário. Ademais, em se tratando de uma proposta do departamento de Zootecnia, todas as estórias terão personagem, animal, para que após a contação e sempre que possível, os estudantes possam interagir com a animal. De fato, a terapia com animal tem excelentes resultados na resposta cognitiva de crianças com necessidades especiais.
Animais, APAE, educação, leitura, socialização
Esta tem como ação uma proposta capaz de atingir estudantes público-alvo da educação especial, sendo seu principal foco a contação de estórias, selecionadas de acordo com o perfil do público. A proposta apresenta caráter multidisciplinar, por envolver os departamentos de Zootecnia e Educação. Ações de extensão devem ser propostas como forma de levar os saberes da Universidade para a comunidade externa. Nessa vertente, o projeto apresentado, atuará em ação conjunta com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE/Diamantina-MG), de forma a incrementar as atividades educativas realizadas nessa instituição. Assim, a avaliação dos avanços dos estudantes e de suas capacidades de resposta diante da contação de estórias será material riquíssimo para estudos na área de educação e de psicologia. Ademais, os resultados dessa ação poderão ser utilizados em sala de aula e a proposta poderá servir de base para realização de novas ações na APAE. Assim, a UFVJM atenderá, na plenitude os três pilares da educação superior no Brasil: o ensino, a pesquisa e a extensão, conforme prevê o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFVJM. Ao contrário do que se possa imaginar, estudantes público-alvo da educação especial muitas vezes tem capacidade de respostas maior do que o esperado. Surpreende com sua dedicação e interesse. Mas, para tal, exige da pessoa que é o interlocutor uma doação e um envolvimento maior do que com outros estudantes. Através da leitura pode-se extrair dos estudantes sentimentos reprimidos, apaziguar emoções e colocar a criança com deficiência em contato com o mundo dos livros, além, de permitir uma maior interação entre o meio e o estudante. Espera-se que a leitura para estudantes com necessidades especiais favoreça um maior desenvolvimento crítico e intelectual, bem como estimule seu imaginário. Ademais, em se tratando de uma proposta do departamento de Zootecnia, todas as estórias terão personagem, animal, para que após a contação e sempre que possível, os estudantes possam interagir com a animal. De fato, a terapia com animal tem excelentes resultados na resposta cognitiva de crianças com necessidades especiais.
A rede APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) foi criada no Rio de Janeiro em 1945 é a maior rede de apoio às pessoas com necessidade especial. A APAE surgiu como uma alternativa de promoção de inclusão de pessoas com deficiência que visa a garantia de direito destes cidadãos. A APAE de Diamantina visa assegurar o bem estar dos educandos, procurando promover seu desenvolvimento integral, global, dentro dos limites de sua capacidade, visando a formação de sua personalidade, inclusão e melhor convivência familiar. A Instituição oferta a escolarização na modalidade EJA anos iniciais, e oferta também aos usuários oficinas psicopedagógicas, atendimentos especializados com fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, fonoaudiologia e assistência social as pessoas com deficiência intelectual e/ou múltipla, bem como seus familiares. Em parceria com a Polícia Militar a APAE oferta a cinoterapia, para os alunos que frequentam a APAE. É nesta frente de trabalho que a presente proposta pretende ser desenvolvida, por meio da parceira da UFVJM e a APAE Diamantina-MG na busca de oportunidades para o desenvolvimento pleno dos estudantes público-alvo da educação especial e de sua participação efetiva na comunidade. No entanto, tais esforços estão ainda aquém das reais potencialidades de colaboração entre UFVJM e APAE. A diretoria informou que ainda não existem projetos e parcerias voltadas para ações educativas junto a UFVJM. Assim, a presente proposta está inserida e se justifica pela carência de intervenções voltadas para o desenvolvimento cognitivo e social dos estudantes público-alvo da educação especia. A contação de estórias, além de proporcionar tais desenvolvimentos, também contribui para o interesse pela leitura e livros das crianças, adolescentes e adultos. Todas as histórias terão personagem animal e ao fim, sempre que possível, os estudantes terão contato com a animal. Isso porque a terapia com animal tem trazido excelentes resultados no que tange a capacidade cognitiva das crianças e adolescentes. As histórias são excelentes ferramentas de trabalho: educam, motivam; com elas adquirem-se conhecimentos e outras vivências. Crianças e adultos gostam. Levam empatia e o contato com os impulsos emocionais, reações e instintos comuns aos seres humanos e o reconhecimento dos fatos e efeitos causados por estes impulsos são exemplos de vida. Na contação de estórias alguns valores que podem ser trabalhados: alegria, amor, doação, confiabilidade, cooperação, coragem, cortesia, disciplina, honestidade, igualdade, justiça, lealdade, limpeza, misericórdia, paciência, paz, respeito, responsabilidade, solicitude e tolerância. Destaca-se que esse projeto já acontece desde o ano de 2015 na APAE de São João Del Rei-MG, coordenado pela Profa. Dra. Janaína Azevedo Martuscello, no qual recebeu prêmios e apresentou ótimos resultados. Por esse motivo, surgiu a motivação de apresentar o projeto para o presente edital, de modo a replicar e fazer acontecer tal ação de extensão também na cidade de Diamantina-MG. É importante salientar que a Profa. Dra. Janaína Azevedo Martuscello, idealizadora do projeto na cidade de São João Del Rei-MG, fará parte deste projeto, de forma a contribuir com suas experiências.
Objetivos gerais: Estimular nos estudantes público-alvo da educação especial o gosto artístico, literário e por animais, desenvolvendo sua imaginação e capacidade cognitiva. Objetivos específicos: Nos estudantes da APAE: - desenvolver habilidades de observação e atenção; - estabelecer uma ligação interna entre o mundo da fantasia e o da realidade; - desenvolver a capacidade de dar sequência lógica aos fatos; - fixar e ampliar o vocabulário; - estimular o interesse pela leitura; - desenvolver a consciência metalinguística - desenvolver a consciência fonológica desenvolver outros aspectos da linguagem oral e escrita e; - coloca-los em contato com animais domésticos, sempre que possível.
Na promover maior desenvolvimento de habilidades de observação e atenção nos estudantes público-alvo da educação especial pelo interesse pela leitura de forma lúdica. Estima-se o atendimento de cerca de 50 estudantes que frequentam regularmente a APAE. No contexto das leituras, todas terão o animal como personagem e sempre que possível, os estudantes terão contato com o animal vivo seja na APAE ou trazendo os estudantes até o Campus JK da UFVJM.
Antes de se iniciar as atividades de leitura para as crianças com necessidades especiais, serão passadas cerca de 4 (quatro) semanas em contato com os estudantes, a fim de obter uma melhor compreensão das suas necessidades e também estabelecer vínculos de relacionamento. O projeto será realizado em parceria com a Associação dos Pais e amigos dos Excepcionais (APAE) de Diamantina-MG. Uma conversa prévia já foi realizada com a coordenadora da proposta junto a APAE e há muito interesse da APAE no projeto. As atividades de contação de estórias serão realizadas quinzenalmente, em dia previamente agendado pela direção da APAE. Serão atendidos todos os estudantes matriculados regularmente na APAE, com os mais variados tipos e graus de deficiência. Havendo possibilidade, orientadora, bolsista e alunos voluntários farão curso de capacitação para contação de estórias. Os livros para serem lidos aos estudantes público-alvo da educação especial serão escolhidos levando-se em conta a presença de uma interação entre a linguagem verbal e a imagem, para melhor atrair a atenção dos alunos. Em todas as estórias, pelo menos um dos personagens será um animal, pois, na medida do possível o animal será levado aos estudantes. Em se tratando de animais de grande porte (por exemplo: bovinos) os estudantes serão levados a UFVJM/Campus JK para que a história seja contata e, na sequência, para que tenham contato com a referido animal. Esses livros conterão enredos simples, com poucos personagens e linguagem acessível. Os temas serão escolhidos considerando-se a idade, a série ou turma, buscando-se também o auxílio dos próprios alunos que colocavam suas opiniões quanto aos assuntos. Do ponto de vista de conteúdo, levar-se-á em conta as seguintes fases de crescimento: a fase de conhecimento do mundo; da projeção do estudante no mundo; da identificação de pessoas e coisas; a formação de uma atitude crítica e de um pensamento reflexivo, conforme sugerido por Pondé (1985). Por se tratarem de estudantes público-alvo da educação especial, para a escolha dos temas e materiais, levar-se-á sempre em conta também as necessidades individuais de cada estudante. As atividades serão desenvolvidas utilizando-se textos, livros, música, fantoches e seguidas sempre que possível por uma atividade de fixação (pintura, colagem, dobradura e sobretudo, a presença do animal, sempre que possível). Toda a atividade será registrado no Comitê de ética de uso de animais. As atividades serão desenvolvidas através de estágios, conforme especificado a seguir: a) Leitura de livros b) Leitura de livros associada à utilização de fantoches c) Música associada a fantoches d) Histórias infantis narradas (acompanhadas de música) e também fantoches e) Presença do animal em sala ou na UFVJM/Campus JK, sempre que possível; f) Haverá campanha para doação de livros e fantoches.
BATISTA, Cleide Vitor Mussini. Hora do Conto: um espaço para brincar com as palavras. In. Trabalho pedagógico na educação infantil. Londrina: Humanidades, 2007. COELHO, N. N. Literatura infantil: teoria e análise didática. São Paulo: Moderna, 2000. LAMBERT, M. Benefícios da relação homem-animal. Monografia (Graduação em Medicina Veterinária). 2014. 24p. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Veterinária. Porto Alegre, 2014. PONDË, Glória. A arte de fazer artes: como escrever histórias para crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: Nórdica, 1985. SILVA, M.E., FACHIM, G.R.B. Leitura para portadores de deficiência com necessidades especiais: relato de uma experiência. Rev. ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, v. 7, n. 2, p. 148-156, 2002. VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. (J. L. Camargo, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1962). 1987. VYGOTSKY, L. S. The fundamentals of defectology. Em R. W. Rieber & A. S. Carton (Orgs.). The collected works of L. S. Vygotsky. vol. 2 (pp. 1-25). New York and London: Plenum Press. (Trabalho original publicado em 1925). 1993.
Neste projeto a extensão é entendida como um processo que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade, visando uma formação teórica e profissional dos acadêmicos (Política de Extensão da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri/UFVJM, 2009). Assim, a participação do estudante, considerada como um dos pilares das ações entre extensão e prática profissional, ocorrerá ao longo de todo o projeto, iniciando na ambientação na APAE, na participação de cursos e grupo de estudos sobre contação de estórias, se estendo no planejamento e implantação das atividades. No decorrer do projeto de extensão, o estudante será acompanhado por professores com experiência na área do projeto e será avaliado em termos de participação no grupo de estudo, nas etapas de elaboração e implantação das atividades.
Desde os primórdios da humanidade, contar histórias é uma atividade privilegiada na transmissão de conhecimentos e valores humanos. Essa atividade tão simples, mas tão fundamental, pode se tornar um rotina banal ou representar um momento de excepcional importância na educação. Por muito tempo a leitura foi vista apenas como necessária para decifrar uma mensagem, como forma de comunicação. Atualmente, sabe-se que a leitura vai muito além da decodificação. São muitas as vantagens em todas as pessoas terem o hábito de ler, especialmente os textos literários, porque estimulam o exercício da mente; a percepção do real em suas múltiplas significações; a consciência do eu em relação ao outro (Coelho, 2000). As bibliotecas eram consideradas pelas civilizações dos egípcios, gregos e romanos como um depósito de remédios para o espírito. Em bibliotecas medievais, descobriram-se inscrições destacando a leitura com finalidade terapêutica. A literatura possui a virtude de ser sedativa e curativa e, como forma de influência na psique humana, percorreu um longo caminho de Aristóteles e sua teoria da catarse até Freud e suas experiências psicanalíticas. Desta forma, constata-se que a leitura tem sido utilizada com sucesso como auxiliar da psicologia para resolver conflitos e enfrentar problemas de ordem emocional, social, mental e educacional. Partindo desse papel curativo, a atividade de leitura para pessoas com necessidades especiais pode ser entendida como uma forma de liberação das emoções (Silva & Fachim, 2002). As histórias permeiam desde o universo infantil até o adulto. Através delas, as tradições, os valores e toda a identidade dos povos puderam ser preservada, mesmo no tempo em que ainda não havia a escrita. De geração em geração, o conhecimento era passado, tendo como resultado um rico mosaico de culturas. Por meio de uma linguagem da fantasia e do irreal, os contos de tradição oral despertam o imaginário e nos permitem experimentar o novo. As histórias divertem e esclarecem conflitos internos. Ter contato com histórias é uma das maneiras mais eficazes de fazer os alunos a entrar em contato com sentimentos como: amor, medo, raiva, abandono e inveja. Sentimentos estes que precisam ser lapidados para viverem em sociedade. Batista (2007) afirma que as escolas algumas vezes costumam recusar um trabalho diferenciado com a leitura porque a contação de histórias se distancia dos métodos das avaliações, ou do que o currículo propõe, porque essas escolas têm dificuldade de trabalhar com o que não pode ser avaliado. Dessa maneira a literatura na escola perde sua beleza quando é vista como conteúdo avaliativo, fazendo com que o prazer dado pelo trabalho desenvolvido com a literatura se perca com a avaliação. Em estudos realizados por teóricos há descrição da literatura em relação a sua importância e em que esta pode influenciar, demonstra-se que pode formar o pensamento humano e, portanto, seu benefício está para além de contar histórias. Segundo Oliveira (2009), na escola o professor ao lidar com a literatura na sala de aula estabelece uma maior relação com a cultura do aluno, com sua realidade. E talvez pelo fato de o professor não conhecer este, e vários outros benefícios ao trabalhar com a literatura, ela deixa de receber o devido estímulo como um dos momentos significativos da aprendizagem. Caráter, raciocínio, imaginação, criatividade, senso crítico e disciplina são aspectos internos que podem ser trabalhados através das estórias. O caráter: feitos heroicos e conteúdos encerram lições de vida. O raciocínio: enredos intrigantes agitam o pensamento de quem os acompanha, levam a interrogações. A imaginação: quando acompanhamos mentalmente a narração, criam-se imagens e fantasias que não funcionam somente como um passatempo mas que ajudam na formação da personalidade do ouvinte. A criatividade, que aumenta os horizontes dos ouvintes. Senso crítico, identificando as atitudes que levam à prosperidade, incentivando-as e reprimindo as danosas, ensinando a coordenar suas opiniões para que se tenha uma vida mais útil e feliz em sociedade. E Disciplina, confiando que algo foi preparado especialmente para o ouvinte ou grupo, as chances de uma postura espontaneamente atenta e participativa aumentam. Segundo a Associação Americana de Deficiência Mental (AAMR) e Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM-IV), por deficiência mental entende-se o estado de redução notável do funcionamento intelectual significativamente inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho. É consenso que a pessoa com necessidades educacionais especiais se beneficia das interações sociais e da cultura na qual está inserida, sendo que essas interações, se desenvolvidas de maneira adequada, serão propulsoras de mediações e conflitos necessários ao desenvolvimento pleno do indivíduo e à construção dos processos mentais superiores (Vygotsky, 1987). As proposições de Vygotsky (1993) na área da Defectologia conduziram o autor a propor que o desenvolvimento de uma pessoa deficiente representa, sempre, um processo criativo e que essa pessoa apresenta meios particulares de processar o mundo. A abordagem de Vygotsky incorpora a noção de compensação e, de acordo com o autor, no contato do indivíduo deficiente com o mundo externo surgem conflitos, e a resolução desses conflitos pode propiciar a emergência de soluções alternativas, que se constituem em formas qualitativamente diferentes das funções psicológicas superiores. Desta maneira, Vygotsky assume uma posição que privilegia a importância dada à aprendizagem escolar como promotora do desenvolvimento e que reconhece o papel desempenhado pelo professor como mediador no processo de aquisição de conhecimento, na formação de conceitos científicos e no desenvolvimento cognitivo de seus alunos. Nesse contexto, a contação de estórias pode auxiliar o desenvolvimento da pessoa com necessidade especial, por estimular seus sentidos e imaginação. Ademais, a participação dos animais será fundamental para o projeto, isso porque a terapia assistida por animais, segundo o Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (INATAA) visa: “introduzir o animal juntamente com o indivíduo ou um grupo e torná-lo parte do tratamento, visando sempre promover saúde física, social, emocional, bem como desenvolver as funções cognitivas; tem, assim, finalidade terapêutica” (LAMPERT, 2014).
Público-alvo
O projeto visa atender pessoas com necessidades especiais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE/Diamantina-MG). melhorando sua relação com a escola (APAE). Atualmente na APAE de Diamantina-MG são atendidos adultos e idosos.
Municípios Atendidos
Diamantina
Parcerias
A presente proposta de extensão tem como objetivo atender as pessoas com necessidades especiais que frequentam regularmente a APAE de Diamantina-MG. É importante destacar que muito ao contrário do que se possa imaginar, as pessoas com necessidade especial muitas vezes tem capacidade de respostas maior do que o esperado. Surpreende com sua dedicação e interesse. Mas, para tal, exige da pessoa que é o interlocutor uma doação e um envolvimento maior do que com outros alunos. Através da leitura pode-se extrair dos alunos sentimentos reprimidos, apaziguar emoções e colocar a criança com deficiência em contato com o mundo dos livros, além é claro, de permitir uma maior interação entre o meio e o aluno. Espera-se que leitura para alunos com necessidades especiais favoreça aos alunos um maior desenvolvimento crítico e intelecto, bem como estimula o seu imaginário, permitindo que algumas barreiras e conceitos sobre a pessoa com necessidades especiais sejam quebradas. Diante da motivação em apresentar a proposta no presente edital da PROEXC, foi agendada e realizada uma reunião com a diretoria e demais colaboradores da APAE, de modo a apresentar a proposta do projeto, para que os mesmos pudessem relatar o interesse (ou não) em participar da ação proposta. A diretoria da APAE se mostrou positiva e muito interessada na presente ação, e ainda informou que atualmente não há ações de extensão da UFVJM ocorrendo na APAE de Diamantina-MG.
Cronograma de Atividades
Curso para contadores de estórias
02/01/2024
02/12/2024
Sempre que for possível os membros da presente proposta de extensão farão cursos de contadores de estórias.
Os membros da presente proposta de extensão, antes de iniciar as atividades de contação de estórias, passarão 4 (quatro) semanas junto aos alunos da APAE de forma a criar uma ambientação entre membros do projeto e alunos da APAE e a fim de obter uma melhor compreensão das suas necessidades e também estabelecer vínculos de relacionamento.
A escolha dos livros para pessoas com necessidade especiais serão escolhidos levando-se em conta a presença de uma interação entre a linguagem verbal e a pictórica, para melhor atrair a atenção dos alunos. Em todas as estórias, pelo um dos personagem será um animal. Esses livros conterão enredos simples, com poucos personagens e linguagem acessível. Os temas serão escolhidos considerando-se a idade, a série ou turma, buscando-se também o auxílio dos próprios alunos que colocavam suas opiniões quanto aos assuntos. Por se tratarem de pessoas com necessidades especiais, para a escolha dos temas e materiais, levar-se-á sempre em conta também as necessidades individuais de cada aluno.
Além da utilização dos livros para contação das estórias, serão utilizados música e fantoches, e seguidas, sempre que possível, por uma atividade de fixação (pintura, colagem, dobradura e sobretudo, a presença do animal).
Serão realizadas pelos membros do projeto uma leitura prévia do livro escolhido de forma a ter uma melhor preparação para a contação de estórias.
Refere-se a atividade de contação das estórias para as pessoas com necessidades especiais que frequentam regularmente a APAE de Diamantina-MG.
Nessa atividade os membros do projeto organizarão uma oficina para contação de estórias para a comunidade. Nesse momento, outras pessoas (como por exemplo familiares das pessoas atendidas na APAE), além das pessoas com necessidades especiais serão convidadas e poderão participar da ação.
Atividade de contação de estórias para as pessoas da comunidade.
Elaboração e enviar do relatório parcial semestral que ocorrerá até o 30º dia do 7º mês de início das atividades do projeto, conforme previsto no cronograma.
Elaboração e envio do relatório final (via Siexc) pelo bolsistas.