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Integração dialógica entre os discentes do Curso de Odontologia e as mulheres do Vale do Jequitinhonha no cuidado integral à saúde
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
paula cristina pelli paiva
2024101202443592
departamento de odontologia
Caracterização da Ação
ciências da saúde
saúde
educação
saúde humana
regional
programa de atenção integral a saúde
Não
Membros
patricia furtado gonçalves
Vice-coordenador(a)
haroldo neves de paiva
Voluntário(a)
ricardo lopes rocha
Voluntário(a)
suelleng maria cunha santos soares
Voluntário(a)
janir alves soares
Voluntário(a)
jose cristiano ramos gloria
Voluntário(a)
camila vanessa santos de paula
Bolsista
A saúde tem como foco uma perspectiva social subjetiva que leva em consideração determinantes do processo saúde/doença, ou seja, as condições em que os indivíduos se encontram desde o nascimento até o envelhecimento, perpassando pelas condições de vida e trabalho, incluindo o sistema de saúde Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar, em que o indivíduo consegue lidar com os estresses cotidianos, contribuir com sua comunidade, perceber suas próprias habilidades e trabalhar produtivamente. A humanização nas práticas de atenção à saúde tem ganhado destaque nas discussões mundiais e a adoção desse modelo de atendimento requer mudanças no processo de formação e capacitação dos profissionais. Nesse sentido, a extensão universitária visa estabelecer a comunicação entre as instituições de ensino superior e a comunidade, tendo em vista a interlocução de conhecimentos e a oportunidade de aprendizado das necessidades, vontades e saberes do contexto em que os alunos estão inseridos. O projeto objetiva proporcionar saúde física, mental, emocional e espiritual para essa população através do atendimento odontológico, realizado pelos integrantes e colaboradores visando a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, promover a imersão dos discentes em comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha e desenvolver novas habilidades; atendendo os requisitos necessários para a formação de profissionais humanizados como também reforçando os vínculos entre a universidade e a comunidade externa.
saúde bucal, educação em saúde, vulnerabilidade,
A humanização nas práticas de atenção à saúde tem ganhado destaque nas discussões mundiais e a adoção desse modelo de atendimento requer mudanças no processo de formação e capacitação dos profissionais (SILVA, 2020). Nesse sentido, a extensão universitária visa estabelecer a comunicação entre as instituições de ensino superior e a comunidade, tendo em vista a interlocução de conhecimentos e a oportunidade de aprendizado das necessidades, vontades e saberes do contexto em que os alunos estão inseridos (BORATO et al., 2018; SOUSA, 2019). O Vale do Jequitinhonha é uma região localizada no nordeste do estado de Minas Gerais que apresenta características marcantes relacionadas a desigualdades sociais e econômicas. (STEFANI, 2014). No ano de 2017, a Associação Jenipapense de Atenção à Infância (AJENAI) constatou um índice elevado de vulnerabilidade psicossocial, em Jenipapo de Minas, um município dessa região, principalmente entre mulheres e jovens, pela observação do grande uso de antidepressivos e ansiolíticos, para tratamento de problemas psicológicos e psiquiátricos. Diante disso foi criado um projeto multidisciplinar de atenção à saúde, que surgiu para atender esse público da comunidade rural do município (AJENAI, 2020). O projeto busca proporcionar saúde física, mental, emocional e espiritual para essa população através do atendimento odontológico, médico e de terapias integrativas, todos gratuitos. Neste contexto, a odontologia não poderia ficar de fora e busca juntamente com uma equipe multiprofissional promover ações de educação em saúde de forma dialógica com as pacientes, instigando a adoção de práticas saudáveis, realização de atividades de promoção de saúde e o atendimento clínico odontológico para reabilitação bucal. O projeto envolve sujeitos parceiros de Diamantina, comunidades quilombolas do Médio Vale do Jequitinhonha, suas lideranças, seus brincantes, seus mestres. Concebido como uma interação dialógica com troca de saberes, afetos e, portanto, de fortalecimento de vínculos entre sujeitos, constitui-se em momento de formação ímpar, pois mergulha em modos de fazer e estar no mundo que são fundamentais para a humanização da UFVJM (e muito especialmente, da nossa população discente, originária destas comunidades, que a cada dia temos a felicidade de ver crescer). Fundamentalmente, todos estes aspectos culminam na busca da saúde de forma integral, como estado de bem estar físico, social e mental dos participantes do projeto.
Pela busca do cuidado integral à saúde e já pautado na necessidade de acolhimento e acompanhamento da população quilombola que encontrava-se em estado de vulnerabilidade, foi realizada várias parcerias com profissionais de saúde e entidades não governamentais para o cuidado desta população de forma humanizada e dialógica. A odontologia como parte integrante do cuidado da saúde, com repercussão na auto estima e consequentemente nas interações sociais e na qualidade de vida, participa como forma para complementar o tratamento multidisciplinar ofertado aos pacientes através do atendimento odontológico, realizado na clínica integrada do Curso de Odontologia da UFVJM. O projeto se justifica por possibilitar a atuação de discentes e docentes na melhoria da qualidade de vida da população atendida e prover imersão dos mesmos em comunidades tradicionais do Vale do Jequitinhonha,. Dessa forma, atende não somente os requisitos necessários para a formação de profissionais humanizados como também para reforçar os vínculos entre a universidade e a comunidade externa.
Objetivos Gerais: Atuar de forma humanizada na promoção e atenção à saúde geral e bucal da população das comunidades quilombolas do médio Vale do Jequitinhonha em forma dialógica, proporcionando também a vivência terapêutica dos discentes nestas comunidades e a atuação multiprofissional no cuidado integral da saúde desta população. Objetivos Específicos: Realizar atividades de promoção de saúde com a comunidade, incluindo rodas de conversa sobre saúde geral e bucal, saúde mental, orientação em higiene bucal e escovação supervisionada; Realizar uma clínica de extensão a cada trinta dias para oferecer tratamento odontológico em todos os níveis de atenção, atenção psicológica (por médico psiquiatra e psicólogo), além de terapias integrativas (reiki, barras de access, acupuntura, florais, dentre outros); Proporcionar, anualmente, a vivência terapêutica dos discentes na comunidade, que oferece 'saúde' através de sua cultura, dos saberes populares, das artes, da música, e do brincar tradicional; Estabelecer contatos com lideranças locais para futuras articulações com a UFVJM; Fortalecer através do Programa ações com eixo transversal na promoção de saúde; Promover a formação integral dos discentes para atuar de forma humanizada nas comunidades.
Inserir o acadêmico em atividades extensionistas, atuando de forma humanizada e dialógica para o cuidado integral de saúde; Possibilitar nos discentes extensionistas o desenvolvimento de habilidades e saberes, trabalhando interdisciplinarmente; Realizar ações educativas (individuais e coletivas) nas pacientes quilombolas provenientes do médio Jequitinhonha; Promover a melhoria na higiene bucal; Fornecer subsídios aos profissionais da área da saúde, educação, planejamento e administração, relativos à saúde bucal das pacientes; Desenvolver habilidades técnicas para o atendimento odontológico às pacientes; Impactar positivamente na saúde das pacientes através da atenção integral a saúde; Proporcionar ao acadêmico visão crítica de seu aprendizado. Previsão de impacto direto: 20 atendimentos em saúde integral (atenção primária, secundária e terciária) e 1 ação de promoção de saúde coletiva a cada 30 dias. 40 discentes de graduação e pós graduação e 5 docentes beneficiados pela participação no projeto (Fase I - atendimentos em saúde e Fase 2 - vivência terapêutica) Previsão de impacto indireto: Melhora da qualidade de vida da população das comunidades, por meio de atividades educativas e por meio da troca de saberes proporcionada pelo Intercâmbio. Fortalecimento da relação da instituição (UFVJM) com organizações, movimentos socioculturais, e comunidades. Indicadores numéricos: Número de atendimentos em saúde mensais (atenção primária, secundária e terciária) e número de pessoas beneficiadas pela ação de promoção de saúde coletiva a cada 30 dias. Melhora da qualidade de vida monitorada através de dados de questionários de saúde (OHIP-14).
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO E EQUIPE DE TRABALHO O presente estudo será realizado em Diamantina, município com aproximadamente 48.095 habitantes, localizado ao nordeste do estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil (IBGE, 2016). A população do estudo incluirá pacientes provenientes de comunidades quilombolas localizados no Médio Jequitinhonha, assistidas pela ONG Tingui, através do projeto Brota Flor. A cidade de Diamantina é cidade polo, ou seja, centro de referência para atenção à saúde do Vale do Jequitinhonha e através do Consórcio Intermunicipal de Saúde recebe pacientes de todo o Vale. Estas pacientes já estão sendo assistidas por projeto denominado Intercâmbio da Saúde que conta com a participação de vários profissionais de saúde para o seu cuidado integral, sendo a equipe multidisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, terapeutas holísticos, enfermeiros, médicos em diversas especialidades e para a parte odontológica contará com a participação do curso de odontologia da UFVJM. A equipe se constituirá de docentes colaboradores que organizarão toda as atividades desde a calibração, nivelamento, estudos de casos através de grupos de discussão e planejamento integrado para o atendimento clínico, como confecção conjunta com os discentes de graduação e pós-graduação para os Protocolos de atendimentos voltando tanto para atividades educativas, preventivas de promoção de saúde quanto curativas, envolvendo os nívels 1ª, 2ª e 3ª de atenção à saúde. FORMAÇÃO DA EQUIPE: O projeto contatará com o apoio da Instituição Não Governamental Tingui e com o Grupo Pet Odontologia do Vale através de sua tutora e seus bolsistas que auxiliarão na capitação de voluntários para todas as atividades previstas. Alunos bolsista e voluntários serão capitados através de processo seletivo, segundo a PORTARIA NORMATIVA /PROEXC Nº 01, DE 03 DE JULHO DE 2023. Serão convidados alunos de pós-graduação, docentes, profissionais de saúde e técnicos administrativos com conhecimento do tema, para auxiliar nas atividades do projeto. CAPACITAÇÃO DA EQUIPE E EDUCAÇÃO CONTINUADA: Posteriormente à formação da equipe será realizada a capacitação da mesma. Essa capacitação através de encontros semanais, onde os temas referentes ao cuidado integral da saúde, manifestações bucais mais frequentes (prevenção, diagnóstico precoce e tratamento), hábitos saudáveis, dentre outros será feita por meio de aulas demonstrativas ministradas pelo coordenador e colaboradores do projeto, seminários, grupos de discussão, mesa redonda com a participação de profissionais da rede e docentes de outros cursos e através da organização de grupos de estudo. Também serão realizados treinamento e calibração da equipe para a abordagem do público alvo, aplicação de questionários, oratória, forma dialógica de integração e da parte clínica com a realização de exames bucais incluindo os critérios diagnósticos para investigação das principais alterações bucais e suas sequelas (lesões malignas e pré-malignas, traumatismo dentário, índice de placa bacteriana, índice CPOD, condição periodontal, presença e qualidade de próteses dentárias, indicações, etc.). Na capacitação também será abordado temas relativos à atendimento clínico humanizado e suas peculiaridade de acordo com o protocolo como preconizado pelo Ministério da Saúde. Estas atividades poderão ser realizadas presencialmente ou mediadas pela tecnologia digital. Também fará parte da capacitação da equipe, com o intuito foi viabilizar uma imersão nas peculiaridades regionais da Médio Vale possibilitando o conhecimento das comunidades e as organizações comunitárias, o pensar e a vida na sua organização, estudos sobre as articulações comunitárias, sua ação para visão da saúde desde sua promoção, passando pela educação, formal e não formal, e pela escuta das demandas, para construção e implementação de políticas públicas afirmativas, voltadas para o população participante. Assim, roda de conversa entre agentes de saúde, terapeutas do Intercâmbio da Saúde, ONG Tingui – principal parceira e interlocutora do projeto, e pessoas da comunidade ocorrerão periodicamente com o intuito de proporcionar aos participante e ao público alvo maior compreensão sobre o projeto e o seu envolvimento, objetivando sempre à saúde física, emocional e espiritual das pessoas envolvidas. CONFECÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO: Material educativo como cartilhas, panfletos e cartazes, vídeos utilizados nas ações educativas e preventivas serão continuamente desenvolvidos pela equipe participante. Também serão utilizados para alimentação periódica das mídias do Projeto e dos grupos de Whatsapp, aproximando assim todos os participantes. PLANOS DE RECRUTAMENTO E PERÍODO DE REALIZAÇÃO: Esse é um projeto de extensão, tem como objetivo realizar o cuidado integral de saúde da população, tanto física, emocional e espiritual. Assim, as pacientes serão selecionadas pela instituição parceira, dentre as pessoas com maior vulnerabilidade psicossocial da comunidade. A Prefeitura de Jenipapo de Minas e a Tingui são responsáveis pelo transporte de ida e volta à Diamantina e alimentação dos pacientes. Os atendimentos ocorrerão a cada 30 dias. O grupo PET Odontologia no Vale e colaboradores docentes do Departamento de Odontologia, realizará o tratamento odontológico em todos os níveis de atenção à saúde, na clínica integrada do Curso de Odontologia. Os atendimentos iniciarão às 9:00 horas da manhã com previsão de término as 15:00 horas. Inicialmente para recepção das pacientes, interação da equipe e maior aproximação será realizada uma dinâmica em grupo, seguida de atividade educativa para reforço dos cuidados preventivos, baseando também nos saberes populares. Todos os participantes fazem um lanche compartilhado. Após o lanche as pacientes fazem escovação supervisionada, para reforço da técnica e inicia-se os atendimentos clínicos de acordo com a demanda previamente observada. INTERVENÇÃO: No início de cada tratamento será realizado exame bucal, complementado com exames complementares radiografias periapicais, interproximais e panorâmicas (quando indicado), documentação fotográfica, confecção de modelos de estudo e montagem em ASA, para o adequado diagnóstico e planejamento dos atendimentos clínicos, buscando juntamente com o atendimento humanizado, a otimização e celeridade. Assim, previamente a cada encontro, serão realizadas reuniões entre os participantes (operadores/auxiliares e supervisores) para o planejamento das atividades curativas, sempre pensando na excelência do cuidado e celeridade. Assim, de acordo com a especialidade a ser abordada serão realizados estudos de caso, separação dos instrumentais e materiais e organização clínica. Docentes de acordo com cada especialidade auxiliarão nas atividades de ensino e na supervisão clínica. Ao final de cada dia de atendimento, nova roda de conversa é realizada com cantigas de roda e dança para agradecimento do dia produtivo, e as pacientes voltam para sua cidade de origem. SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E INDICADORES DE AVALIAÇÃO O coordenador será responsável por monitorar e avaliar o projeto, será computado o número de atendimentos em saúde (atenção primária, secundária e terciária) e número de pessoas beneficiadas pela ação de promoção de saúde individual e coletiva a cada 30 dias. A melhora da qualidade de vida será monitorada através de dados de questionários de saúde (OHIP-14). Haverá reuniões a cada quinzenais para discussão do andamento do projeto e acompanhamento dos casos atendidos, individualmente. O impacto também será avaliado através de entrevista semi-estrutura e feedback das pacientes. A medida que foram ocorrendo as altas pelo término do tratamento curador, novas pacientes serão inseridas no projeto utilizando a mesma sistemática metodológica. AVALIAÇÃO DA EQUIPE: Os alunos serão avaliados observando o grau de instrução adquirido com a execução do projeto. Para melhor organização e avaliação do acompanhamento das visitas serão confeccionadas lista de presença com horários de chegada e saída dos estudantes de odontologia, além da atividade realizada no respectivo dia. Ao final de cada mês serão enviados relatórios com a descrição das atividades desenvolvidas e do desempenho do bolsista. O grupo de discussão atuará para avaliação através de autoavaliação e feedback. PELO PÚBLICO ALVO: As pacientes avaliarão o projeto de extensão através de questionários semi-estruturado com perguntas direcionadas à satisfação em relação as ações, aos participantes bem como áreas abertas para opinião, reclamação e sugestões. PELA EQUIPE: Semanalmente a equipe irá se reunir para realizar a avaliação dos andamentos das ações planejadas, sua abrangência bem como as avaliações dos usuários. Assim, durante todo o período de execução será realizadas avaliações para melhoria das ações objetivando promover a saúde das puérperas, bem como o engajamento dos discente nas ações extensionistas. A avaliação ocorrerá de forma qualitativa observando o impacto das ações, sua exequibilidade e após a avaliação o grupo baseado nos resultados discutirá e planejará novas ações e estratégias para o constante aprimoramento do projeto.
CARVALHO, J. L. S et al. Práticas integrativas e complementares como recurso de saúde mental na Atenção Básica. Rev. Gaúcha Enferm. 38 (04) • 2017. BRASIL. IBGE. Dados do município de Jenipapo de Minas. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/jenipapo-de-minas/panorama. Acesso em 19 de novembro de 2020. PERRI DE CARVALHO, A.C. Ensino de Odontologia em Tempos da L.D.B. Canoas: Ed. ULBRA, 2001. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Ensino superior. Diretrizes curriculares dos cursos de Odontologia. Proposta da Comissão de Especialistas de ensino de Odontologia. Brasília, 1998. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. CHAVES MM. Odontologia Social. São Paulo: Artes Médicas; 1986. BOTAZZO C. Saúde bucal e cidadania: transitando entre a teoria e a prática. In: Pereira AC. Odontologia em saúde coletiva, planejando ações e promovendo saúde. Porto Alegre: Artmed; 2003. p.17-27. MEDEIROS UV. Saúde Bucal: comunidade, percepção da necessidade de saúde bucal pela comunidade. Rev APCD. 1989; 43:120-4. CASTILHO, L. Set al. Considerações sobre a humanização do atendimento odontológico a pacientes com deficiências de desenvolvimento a partir de um projeto de extensão. Revista Brasileira de Extensão Universitária. v. 5, n. 1, pp. 19-25, 2014. FADEL, C. B.; BORDIN, D.; KUHN, E.; MARTINS, L. D. O impacto da extensão universitária sobre a formação acadêmica em Odontologia. Interface (Botucatu) [online], v. 17, n. 47, pp. 937-946, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414- 32832013000400017&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 01 de jul. 2023. PAIVA P.C.P., et al. Revista Vozes dos Vales, Nº 20 – Ano X – 10/2021
O Projeto tem forte impacto na formação do estudante, que tem a possibilidade de interagir com as comunidades, propiciando a troca de saberes, além de interagir com profissionais (internos e externos à UFVJM) de diversas áreas da saúde, favorecendo o trabalho em equipe, a interdisciplinaridade a comunicação em saúde e a formação crítica do sujeito, além de fortalecer o tripé Universitário. Participará do projeto discentes do 1 ao 9 período do Curso de Odontologia, além de pós graduandos, possibilitando a integração entre estes. O estudante será capacitado para atendimento odontológico humanizado pela coordenadora do projeto, além de conhecer as terapias integrativas e suas interfaces possíveis com a saúde bucal por meio de discussões orientadas com os terapeutas voluntários. O estudante conduzirá o atendimento odontológico sob a supervisão da coordenadora, além de participar das demais etapas e organização e gerenciamento do projeto. Durante todas as etapas, será acompanhado e avaliado pela coordenadora, com foco no atendimento humanizado, além da performance e produtividade clínica
A proposta promover a formação discente diferenciada atuando nos pilares universitários de forma humanizada, para tanto o projeto irá propiciar um ambiente acolhedor, com profissionais humanizados, conhecedor da realidade das pessoas, envolvendo uma gama de especialidades terapeuticas. Serão convidados a participar do projeto discentes do 1 ao 9 período da graduação além dos pós graduandos. A interdisciplinaridade e interprofissionalidade é especialmente valorizada e presente no projeto, uma vez que permite a troca de experiência entre várias áreas do saber: culturas populares, saúde mental, saúde bucal, saúde geral são temas discutidos entre os profissionais, discentes e docentes participantes do projeto. O projeto traz uma abordagem inovadora ao aliar as especialidades na valorização humana a partir de uma abordagem
Público-alvo
Pacientes moradoras nas comunidades quilombolas do Médio Jequitinhonha
Municípios Atendidos
Jenipapo De Minas
Francisco Badaró
Chapada Do Norte
Parcerias
A Associação Tingui é responsável pela identificação dos sujeitos com vulnerabilidade psicossocial nas Comunidades Quilombolas, além de organizar o transporte, hospedagem e alimentação dos mesmos em Diamantina. Também é responsável pela interlocução junto às Prefeituras.
Auxilio na captação dos voluntários e sua capacitação para as atividades relacionadas com as ações educativas e curativas do projeto além de participar dos atendimentos.
Organização de dinâmicas e expressões corporais nas atividades coletivas e de integração entre os vários participantes
Cronograma de Atividades
Captação e capacitação dos voluntários para atuar nas várias etapas do projeto
Estudos sobre vários temas relacionados aos cuidados integrais à saúde serão abordados para formação e capacitação da equipe de modo a atuar nas atividades do projeto de forma ética e humanizada, embasado cientificamente para o cuidado da população alvo
Os participantes bolsista e volutnarios sob orientação do coordenador do projeto atuarão na organização de toda logística para o atendimento das pacientes na sua vinda à cidade de Diamantina. Com organização dos prontuários, indicação dos procedimentos a ser realizado em cada pacientes, indicação dos voluntários para atuarem como operadores e auxiliares, organização dos instrumentais, materiais, esterilização, equipos, recepção da clínica, dinâmica de grupo, lançamento de dados em planilha, e auxilio nos relatórios e avaliações.
Após estudo e preparo de acordo com a necessidade baseado no diagnóstico e plano de tratamento os voluntários sob supervisão dos docentes do curso de odontologia realizarão os atendimentos. Estes sempre precedidos de atividades educativas individuais e coletivas e dinâmicas.
Encontros serão realizados para avaliação dos atendimentos, qualidade e integração entre os voluntários e o público alvo. Nestes encontros serão abordados avaliações quantitativas e qualitativas e implementação de novas ações para a excelência do projeto
Relatórios parciais e finais serão produzidos bem como resumos, artigos e trabalhos para divulgação dos resultados alcançados que serão apresentados em eventos científicos e congressos.