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O uso da caderneta agroecológica para controle de gestão das agricultoras familiares e agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural no noroeste de Minas Gerais: a prática da autogestão
Sobre a Proposta
Tipo de Edital: Pibex
Situação: Aprovado
Dados do Coordenador
luciane da costa barbé
20241012024442385
instituto de ciências agrárias
Caracterização da Ação
ciências sociais aplicadas
educação
trabalho
desenvolvimento rural e questão agrária
regional
Não
Membros
leonardo barros dobbss
Vice-coordenador(a)
tânia pires da silva
Voluntário(a)
larissa alves de sousa
Bolsista
veronica peres da silva
Voluntário(a)
O Projeto "A caderneta agroecológica como ferramenta de controle de gestão para agricultoras e agentes da AssistênciaTécnica e Extensão Rural no noroeste de Minas Gerais é uma proposta que, desde o início de 2023, buca capacitar mulheres produtoras rurais em processos de gestão e administração com uso da ferramenta Caderneta Agroecológica (CA). A Caderneta Agroecológica é utilizada como instrumento político- pedagógico para mensurar renda monetária e não monetária, além de contribuir para a promoção da autonomia das mulheres camponesas. O baixo empoderamento de muitas mulheres trabalhadoras rurais é traduzida para pouca visibilidade no trabalho agropecuário, e ainda na fragilidade de se ter autonomia para manter atividades de gestão em qualquer outra área em virtude do machismo estrutural que circunda o rural. Para contrinuir e continuar forlanecendo mulheres camponesas, metodologicamente, as ações continuarão a ser desenvolvidas in loco, de modo dialógico, utilizando metodologias participativas - Intimamente influenciada pela concepção freireana de extensão e comunicação. A opção pelo uso de abordagens participativas, para além da retórica, implica em proporcionar aos participantes do projeto, a partir de sua deflagração, a oportunidade de partilhar da tomada de decisão sobre os rumos e ações do projeto.
Mulheres Rurais, Empoderamento, Gestão
Temas relacionados à visibilidade e empoderamento das mulheres tem ganhado espaço em várias áreas de conhecimento, e, sobretudo, tem se mostrado fundamental para construção de políticas públicas voltadas a este público. Ações de extensão universitária, bem como ações de extensão rural que estimulam o empoderamento das mulheres camponesas tem trazido perspectivas mais positivas tanto para autoestima dessas mulheres como na administração e inovação de seus negócios. Entretanto, no espaço rural esse reconhecimento ainda não ganhou fôlego e, tão pouco produziu visibilidade merecida às mulheres que possuem importante papel na contribuição da renda familiar. A Região noroeste do estado de Minas Gerais é um importante polo do crescimento agrícola, com Unidades de Produção Agrícola de grande, médio e pequeno porte, com destaque para assentamentos de reforma Agrária. Nestes termos, a atuação e valorização da atuação das mulheres agricultoras nas atividades agropecuárias e de beneficiamento da produção é de profunda necessidade fortalecer, já que muitas delas podem ser consideradas como promotoras da soberania alimentar, pois trabalham na terra, nos cultivos para autoconsumo, no beneficiamento ou comercialização da produção; desta maneira contribuem para a sustentabilidade econômica das suas famílias. Encarregam-se, portanto do trabalho reprodutivo, produtivo e comunitário. É neste contexto que este projeto se insere com o objetivo de continuar capacitando e fomentar o uso da ferramenta Caderneta Agroecologica (CA) para aprendizado e controle do que as mulheres produzem. A Caderneta Agroecológica é utilizada como instrumento político-pedagógico criado pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) em parceria com o Movimento de Mulheres da Zona da Mata e Leste de Minas e, além de mensurar renda monetária e não monetária, a Caderneta contribui para a promoção da autonomia das mulheres camponesas. A Caderneta é presentada em um formato simples, possui quatro colunas para organizar as informações sobre a produção das mulheres. Ou seja, nela são registrados o que foi vendido, o que foi doado, o que foi trocado e o que foi consumido de tudo, o que é cultivado nos espaços de domínio das mulheres nas unidades produtivas da agricultura familiar e camponesa ou o que foi produzido por elas, como o artesanato e o beneficiamento, por exemplo (Cardoso et al., 2019). Assim, este projeto de extensão tem como objetivo central capacitar técnicas(os) extensionistas e mulheres camponesas para utilização da CA, sendo está uma ferramenta de monitoramento da produção da agricultura familiar, com o objetivo de dar visibilidade e valorizar a produção Agroecológica (ou em processos de transição para agriculturas de base ecológica), sobretudo das mulheres agricultoras da região de Unaí e entorno.
Mesmo nos últimos anos as mulheres rurais terem sido mais bem reconhecidas pelo importante papel como trabalhadoras, a agricultura de base familiar ainda está fortemente atrelada pela divisão sexual do trabalho, em função de suas raízes históricas, que diferencia o trabalho entre homens e mulheres (Paulilo, 1987; Paulilo e Silva 2007; Paulilo, 2004). Essa Tal diferenciação coloca aos homens o reconhecimento público do trabalho produtivo, e, as mulheres, permanecem a invisibilidade do trabalho, que se circunscreve aos domínios privados (Herrera, 2013). De acordo com Herrera (2013) as camponesas além das atividades domésticas do cotidiano, realizam atividades produtivas, como o plantio e a colheita da produção para o autoconsumo da família, a ordenha de vacas, a produção de queijo e pão e práticas orientadas para a pequena escala de comercialização de produtos agrícolas. Essas mulheres promovem um importante papel também na agroindustrialização da produção gerada pela família. Desde beneficiamento simples realizado em seus lares, como um preparo de um doce de leite ou goiabada, até no emprego de tecnologias mais modernas com maquinário no preparo de polpa de frutas, essas mulheres incorporam práticas ancestrais na produção de alimentos. Desde a década de 80 as mulheres do campo iniciaram diferentes processos para que pudessem ser reconhecidas em direitos. De acordo com Siliprandi (2011), os movimentos sociais das mulheres rurais se iniciaram ainda nos anos de 1980 no Brasil, ano em que ocorreram importantes reivindicações e lutas sociais no país. As primeiras lutas destas mulheres foram em relação ao reconhecimento de sua profissão como trabalhador rural, e não como donas de casa ou domésticas. Alguns movimentos como marchas à Brasília e abaixo assinados foram organizados para influenciar a Assembleia Nacional Constituinte. Diante do esforço tiveram como conquista a menção ao direito das mulheres à terra e sua inclusão como beneficiárias na previdência social, na Constituição de 1988. Este acontecimento impulsionou na motivação para que as mulheres continuassem a lutar pelos seus direitos. Muitas mulheres protagonizam papéis estratégicos para o fortalecimento das lutas pelo acesso a terra. Nestes termos, também é possível afirmar que as mulheres camponesas participam do desenvolvimento rural quando atuam na ocupação de terras e se inserem no trabalho da produção e na agroindustrialização da produção para na diversificação da renda da família. A ausência de empoderamento de muitas mulheres trabalhadoras rurais é traduzida para pouca visibilidade no trabalho agropecuário, e ainda na fragilidade de se ter autonomia para manter atividades de gestão em qualquer outra área em virtude do machismo estrutural que circunda o rural. Uma das estratégias para mensurar a visibilidade ao trabalho das agricultoras é a Caderneta Agroecológica, como já mencionada; a CA mensura a produção e ainda promove a autonomia das mulheres camponesas. Realizar ações de extensão que possam servir para uma melhor contribuição econômica, ecológica, social e cultural das mulheres rurais para a economia familiar, para a segurança e soberania alimentar e para a vida é de grande relevância, pois, o caráter produtivo da mão de obra feminina ainda é invisibilizado e destituído do seu reconhecimento social enquanto trabalho, quando analisado a luz da economia clássica. Para Cardoso e colaboradoras (2019) na economia clássica e ou hegemônica só são consideradas como parte da economia aquelas atividades que geram recursos monetários, ou seja, apenas as que têm relação com o mercado. Dessa forma, boa parte das atividades que ficam sob responsabilidade das mulheres são invisibilizadas ou desconsideradas por essa perspectiva da economia, centrada na lógica mercantil (Cardoso et al., 2019). Desde 2023 o uso da CA tem sido estimulado e acompanhado junto à 20 mulheres camponesas da Fazenda Tabocas que iniciaram o preenchimento da CA com acompanhamento da bolsita, bem como da coordenadora da ação. A proposta é que esta ação atinja um maior número de mulheres (de outros assentamentos) e Assessoria Técnica que ainda não estão participando efetivamente do trabalho proposto por razões de natureza que envolve maior sensibilização. Assim, justifica-se esta ação pela possibilidade de apontar a contribuição das mulheres rurais para a economia familiar e para a reprodução de sua propriedade rural ou agroecossistema e consequentemente para desenvolvimento rural. Com o aprendizado do uso, as informações sistematizadas nas Cadernetas, também poderão gerar informações de referência para qualificar metodologicamente a prestação de serviço de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (ATES) em assentamentos de reforma agrária, contribuindo para construção novos indicadores para projetos e ações, ou políticas públicas. Está ação proposta é um desdobramento do conhecimento advindo de pesquisas já realizadas em território nacional. Importante ressaltar que aqui é levado em consideração indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, em observância com as necessidades da região do noroeste de minas onde a Universidade está inserida, interagindo e transformando a realidade social.
Geral: capacitar mulheres produtoras rurais e técnicas ligadas aos serviços de extensão rural em processos de gestão e administração com uso da ferramenta Caderneta Agroecológica. Objetivos específicos: - Fortalecer o processo e gestão e administração da unidades socioprodutivas da agricultura familiar; - Colaborar no processo de autonomia e empoderamento das mulheres que atuam diretamenta na produção meio de oficinas; - Construir ações que potencializam a participação das mulheres nos espaços de discussões; - Promover trocas de experiências entre agricultoras e assistência técnica - Promover trocas de experiências entre agricultoras, discentes e docentes a partir dos saberes populares e acadêmicos.
Previsão de impacto direto: - Capacitar mais 25 mulheres agricultoras de assentamentos rurais em administração e gestão de empreendimentos rurais; - Capacitar 5 Agentes de ATER/ ATES (Assistência Técnica e Extensão Rural) para multiplicação da ferramenta CA; - Capacitar 10 discentes para colaborar/ monitorar o preenchimento da CA; Capacitar 3 docentes para colaborar/ monitorar o preenchimento da CAPrevisão de impacto indireto: - Integrar atividades de ensino, e pesquisa com aquelas de extensão; - Contribuir para que o pessoal envolvido com a presente proposta se torne multiplicador da temática, por meio do fortalecimento de dinâmicas sociais e intercâmbio com outras unidades socioprodutivas da agricultura familiar; - Colaborar com os processos de desenvolvimento rurale aproximação com atores locais.
Metodologicamente, todas as ações a seguir ocorrerão de modo dialógico, utilizando metodologias participativas. - Intimamente influenciada pela concepção freireana de extensão educação. A opção pelo uso de abordagens participativas, para além da retórica, implica em proporcionar aos participantes do projeto, a partir de sua deflagração, a oportunidade de partilhar da tomada de decisão sobre os rumos e ações do projeto. Esta proposta de ação seguirá metodologicamente os passos propostos no documento Guia Metodológico para a Sistematização das Cadernetas Agroecológicas (Cardoso et. al , 2019) com adaptações. 1. Sensibilização: Inicialmente será realizado ações de sensibilização da equipe de estudantes, bolsita, voluntários e assessoria técnica para a sistematização da produção das mulheres agricultoras. Com o objetivo de sensibilizar toda equipe sobre a importância de sistematizar e visibilizar a contribuição das mulheres rurais para a reprodução dos agroecossistemas e para a agroecologia na região. Para esta primeira etapa será realizada uma reunião com utilização de Diagnóstico Participativo e roda de conversa. 2. Capacitação: O segundo passo será o de capacitação e sensibilização dos coletivos e organizações locais de mulheres para a sistematização da produção das mulheres rurais. Esta etapa tem como objetivo apresentar para as mulheres, grupos produtivos, associações, sindicatos, e movimentos sociais a proposta do projeto de extensão, esclarecendo a importância da aplicação das CA para a sua vida, para o trabalho das organizações de assessoria técnica e para o fortalecimento das ações no território. As ações estratégicas a serem cumpridas durante esse processo de sensibilização serão: - Formar/fortalecer redes locais/territoriais animadas em torno da temática de mulher rural, empreendedorismo, economia feminista e agroecologia, criando um grupo que anime e seja animado pelo processo. - Apresentar cada um dos instrumentos que será utilizado, esclarecendo como serão feitos, por quem e para que servem; cotidianos, bem como contribuir para uma leitura crítica do território, a fim de construir alternativas para superar as problemáticas; - Criar um grupo local de animação das Cadernetas. É fundamental que as mulheres participantes não se sintam sozinhas nessa tarefa e tenham um grupo de apoio para animar, tirar dúvidas (além da equipe técnica) e mostrarem seus pré-resultados. Isso mantém o processo vivo. 3. Apresentação da metodologia da Caderneta Agroecológica: Nesta fase será realizada reunião ou encontro das mulheres agricultoras que participarão do processo ou de suas representantes. Aqui ocorrerá a apresentação da proposta de sistematização e definição, com a participação das mulheres agricultoras, sobre estratégia de distribuição das Cadernetas (por comunidades, territórios, municípios, grupos e associações de mulheres) e a quantidade de Cadernetas que serão sistematizadas pela organização local. 4. Distribuição das Cadernetas Agroecológicas e capacitação das mulheres rurais: O material para confecção das cadernetas seguirá o modelo proposto (adptado) pelo Guia Metodológico. 5. Preenchimento das Cadernetas Agroecológicas e acompanhamento da equipe de extensão universitária e técnica da região: Esse preenchimento deverá ser feito pelas produtoras rurais já capacitadas na fase anterior. 6. Retorno para averiguação do preenchimento das cadernetas e avaliação do projeto junto ao público beneficiário.
CARDOSO, E., JALIL, L., TELLES, L., ALVARENGA, C., & WEITZMAN, R. Guia metodológico da caderneta agroecológica. Recife: FIDA, 2019. FREIRE, P. (1964) Educação como prática da liberdade. 30. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2007. HERRERA, K. M. Uma análise do trabalho da mulher rural através da perspectiva da multifuncionalidade agrícola. Seminário Internacional Fazendo Gênero, v. 10, 2013. PAULILO, M. O peso do trabalho leve. Ciência Hoje. Rio de Janeiro. 1987. 5 (28), p. 64-70. PAULILO, M.; SILVA, C. A luta das mulheres agricultoras: entrevista com Dona Adélia Schmitz. In: Revista de Estudos Feministas. Florianópolis, 2007. 15(2). p. 240. SILIPRANDI, E. Mulheres agricultoras: sujeitos políticos na luta por soberania e segurança alimentar. Recuperado em, v. 8, 2013.
As estudantes do cursos oferecidos pelo Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri possuem uma formação multidisciplinar favorecendo as vossas inserções em projetos diversos da área agrária e/ou ambiental. No caso específico da presente proposta as discentes envolvidas terão a oportunidade de lidar diretamente com uma metodologia que ocorrerá de forma participativa e problematizadora, cujos conteúdos e técnicas empregados serão elaborados respeitando o repertório de vida do público beneficiário. As discentes serão primeiramente formadas pela coordenadora do projeto, ensinando-as, conscientizando-as sobre o tema e as metodologias adotadas para o desenvolvimento do projeto. Em seguida, as mesmas serão capacitadas para colaborarem a desenvolver as práticas do projeto e auxiliar no que for preciso. A formação/capacitação será realizada através de forma teórica, como através da leitura de diferentes materiais bibliográficos para que as discentes possam se inteirar do assunto, e depois sejam capaz de relacionar a teoria com a prática, juntamente com as beneficiárias do projeto. Dentro de uma abordagem que permite a pesquisa-ação, procurar-se-á práxis que possibilite as estudantes e beneficiárias uma ampla integração para o fortalecimento da relação pesquisa-campo-cidade. As discentes envolvidas serão capazes de desenvolver a parte metodológica do projeto através de uma estrutura didática flexível adaptada às necessidades de cada grupo, aproximando-as também da creditação de extensão. Nas oficinas e capacitações a serem oferecidos com a participação das discentes serão utilizados métodos já preconizados pelas metodologias participativas; ao invés da extensão convencional clássica, onde o conhecimento gerado pelos centros de pesquisas eram “transferidos” de modo unilateral, em que geralmente há um monólogo ou imposição do saber acadêmico sobre o popular, em cada curso aqui proposto e realizado se priorizará o diálogo entre os saberes para construção de novos conhecimentos. As discentes integradas à equipe executora do projeto serão acompanhadas e avaliadas através de reuniões quinzenais e relatórios mensais que serão realizados em conjunto com coordenadora da presente proposta.
Dentro de uma abordagem que permite a pesquisa-ação, procurar-se-á práxis que possibilite aos estudantes e beneficiárias(os), uma ampla integração para o fortalecimento da relação pesquisa-campo-cidade. As(os) discentes envolvidas(o)s serão capazes de desenvolver a parte metodológica do projeto através de uma estrutura didática flexível adaptada às necessidades do público alvo. Ao invés da extensão universitária convencional clássica, onde o conhecimento gerado pelos centros de pesquisas eram “transferidos” de modo unilateral, em que geralmente há um monólogo ou imposição do saber acadêmico sobre o popular, em cada atividade proposta nesta ação de extensão aqui proposta se priorizará o diálogo entre os saberes para construção de novos conhecimentos.
Público-alvo
Mulheres agricultoras de diferentes assentamentos de Reforma Agrária do noroeste de Minas (FAzenda Tabocas e Barreirinho). A presente proposta beneficiará diretamente as envolvidas através da colaboração e ampliação de seus conhecimentos sobre gestão e administração de empreendimentos rurais e agroindustriais com o intuito de promover melhoria das suas Unidades Socioprodutívas por meio do empoderamento dessas mulheres e apropriação do espaço de geração de renda.
Técnicas e técnicos ligados aos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural, pública e ou privada atuantes na região do Noroeste de Minas Gerais
Estudantes dos quatro cursos (Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e Engenharia Agrícola e Ambiental) de diferentes períodos.
Municípios Atendidos
Unaí
Parcerias
A associação do Tabocas, está ciente deste projeto de extensão, uma vez que já articula e mobiliza as partcicipantes, além de ceder voluntariamente o espaço (sede da associação) para os encontros coletivos previstos pelo projeto.
A associação do assentameto Barreirinho, acordou parceria antecipadamente e está ciente das ações proposta no projeto. Realizará a articulação e mobilização das partcicipantes, bem como cederá o espaço para os encontros coletivos previstos pelo projeto.
A Emater – MG é a maior empresa pública do setor no Brasil, atualmente está presente em cerca de 790 municípios do Estado. Vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do governo do Estado de Minas Gerais, responde pelos atendimentos aos agricultores e agricultoras de Unaí e outros municípios do estdo. Sua missão é promover o desenvolvimento sustentável, por meio de assistência técnica e extensão rural, assegurando a melhoria de qualidade de vida da sociedade mineira. Capacitar seus agentes por meio deste projeto, por si só já é uma ganho aos servidores, bem como os beneficiarios atenditos pela empresa. A Emater indicará as agentes de ater que serão capacitadas por este projeto.
Cronograma de Atividades
Esta atividade tem como objetivo de sensibilizar toda equipe envolvida no projeto sobre a importância de sistematizar e visibilizar a contribuição das mulheres rurais para a reprodução dos agroecossistemas e para a agroecologia na região. Para esta primeira etapa será realizada um encontro em área rural com a participação de todos/as os agentes do desenvolvimento rural local e mulheres camponesas.
Esta atividade será a capacitação e sensibilização dos coletivos e organizações locais de mulheres para a sistematização da produção das mulheres rurais. Esta etapa tem como objetivo apresentar para as mulheres, grupos produtivos, associações, sindicatos, e movimentos sociais a proposta do projeto de extensão, esclarecendo a importância da aplicação das CA para a sua vida, para o trabalho das organizações de assessoria técnica e para o fortalecimento das ações no território.
Nesta fase será realizada uma reunião ou mais encontros junto às mulheres agricultoras que participarão do processo ou de suas representantes. Aqui ocorrerá a apresentação da proposta de sistematização e definição, com a articipação das mulheres agricultoras, sobre estratégia de distribuição das Cadernetas (por comunidades, territórios, municípios, grupos e associações de mulheres) e a quantidade de Cadernetas que serão sistematizadas pela organização local.
Distribuição das Cadernetas Agroecológicas e capacitação das mulheres rurais. Neste dia também será realizado um teste coletivo para preenchimento das CA.
As Cadernetas deverão ser preenchidas diariamente pelo Público Alvo, e o mesmo deverá ser acompanhado uma vez no mês para fins de controle e planejamento.
Retorno para averiguação do preenchimento das cadernetas e avaliação do projeto junto ao público beneficiário.
Sistematização do Projeto de extensão por meio de Relatório final.